Carnaval: Simpatia é Quase Amor arrasta multidão no Rio com homenagens à democracia e a Aldir Blanc


Cortejo tomou conta da orla de Ipanema com samba dedicado ao compositor, um dos fundadores do bloco

Por Gabriel Vasconcelos

RIO - “Alô burguesia de Ipanema!” O grito de guerra do tradicional bloco de carnaval Simpatia é Quase Amor voltou a ser ouvido na orla da zona sul do Rio, na tarde deste sábado, 11.

Milhares de foliões tomaram a Avenida Vieira Souto, muitos para emendar banho de mar e festa. À revelia das previsões, o sol forte apareceu para o arrastão nas cores lilás e amarelo. A chuva só chegou às 18h.

Antes, às 16h, o entorno da Praça General Osório, em Ipanema, já estava completamente tomado para o cortejo, que partiu rumo à orla de Ipanema. O bloco chegou a ocupar a extensão de quatro quadras da praia.

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O “Simpa” volta depois de dois anos sem carnaval de rua devido à covid-19. Foi um hiato inédito na história do bloco, que desfilou pela primeira vez em 1985, na esteira da redemocratização e do movimento das “Diretas Já”. Trinta e nove anos depois, o tema voltou à ordem do dia do bloco. A atual conjuntura não escapou à crítica do bloco que, desta vez, homenageou o compositor Aldir Blanc e o voto popular.

“Viva a democracia, a vontade popular/ Foi-se a noite, veio o dia/ Simpatia vai passar”, diz o samba. À diferença dos blocos de marchinha, o Simpatia tem letra própria todos os anos.

Juarez Corrêa frequenta o bloco Simpatia é Quase Amor desde a década de 1980 Foto: GABRIEL VASCONCELOS/ESTADÃO
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O microbiologista Juarez Corrêa, 74, foi ao Simpatia acompanhado de amigas de longa data. “Venho ao Simpatia desde o início. Nesses anos todos, o bloco nunca perdeu a veia política e a irreverência. E dessa vez está sendo mais necessário do que nunca”, afirma.

Um dos fundadores do Simpatia foi Aldir Blanc, que deu o nome do cortejo. Morador de Vila Isabel, na zona norte, ele morreu em maio de 2020, vítima da pandemia. As letras do compositor, crônicas de um Rio de Janeiro progressista cantadas por Elis Regina e João Bosco, também foram lembradas no desfile.

“Da esperança é o mestre-sala/ Da Guanabara, dragão do mar/ Aldir é quase amor o Simpatia”, continua o samba.

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O trio de engenheiros Matheus Dias, 29, Kaoru Tsuchiya, 29, e Camila Almeida, 30, foram pela primeira vez no Simpatia. Eles ainda não tinham notado as referências na letra do samba, mas aprovaram as homenagens. “É sempre bom defender a democracia e lembrar de quem fez a cultura do País”, disse Kaoru para a aprovação dos demais.

Eles se conheceram na UFRJ há mais de dez anos e, desta vez montaram base no apartamento de Kaoru, em Ipanema. É lá que o trio vai ficar até o fim carnaval.

Camila, que mora em Realengo, na zona oeste da cidade, se diz animada. “Começamos com o pé direito nesse carnaval. O Simpatia é isso aqui mesmo então né, quase amor”, disse ao abraçar os amigos. O Simpatia volta a desfilar no domingo de carnaval.

RIO - “Alô burguesia de Ipanema!” O grito de guerra do tradicional bloco de carnaval Simpatia é Quase Amor voltou a ser ouvido na orla da zona sul do Rio, na tarde deste sábado, 11.

Milhares de foliões tomaram a Avenida Vieira Souto, muitos para emendar banho de mar e festa. À revelia das previsões, o sol forte apareceu para o arrastão nas cores lilás e amarelo. A chuva só chegou às 18h.

Antes, às 16h, o entorno da Praça General Osório, em Ipanema, já estava completamente tomado para o cortejo, que partiu rumo à orla de Ipanema. O bloco chegou a ocupar a extensão de quatro quadras da praia.

O “Simpa” volta depois de dois anos sem carnaval de rua devido à covid-19. Foi um hiato inédito na história do bloco, que desfilou pela primeira vez em 1985, na esteira da redemocratização e do movimento das “Diretas Já”. Trinta e nove anos depois, o tema voltou à ordem do dia do bloco. A atual conjuntura não escapou à crítica do bloco que, desta vez, homenageou o compositor Aldir Blanc e o voto popular.

“Viva a democracia, a vontade popular/ Foi-se a noite, veio o dia/ Simpatia vai passar”, diz o samba. À diferença dos blocos de marchinha, o Simpatia tem letra própria todos os anos.

Juarez Corrêa frequenta o bloco Simpatia é Quase Amor desde a década de 1980 Foto: GABRIEL VASCONCELOS/ESTADÃO

O microbiologista Juarez Corrêa, 74, foi ao Simpatia acompanhado de amigas de longa data. “Venho ao Simpatia desde o início. Nesses anos todos, o bloco nunca perdeu a veia política e a irreverência. E dessa vez está sendo mais necessário do que nunca”, afirma.

Um dos fundadores do Simpatia foi Aldir Blanc, que deu o nome do cortejo. Morador de Vila Isabel, na zona norte, ele morreu em maio de 2020, vítima da pandemia. As letras do compositor, crônicas de um Rio de Janeiro progressista cantadas por Elis Regina e João Bosco, também foram lembradas no desfile.

“Da esperança é o mestre-sala/ Da Guanabara, dragão do mar/ Aldir é quase amor o Simpatia”, continua o samba.

O trio de engenheiros Matheus Dias, 29, Kaoru Tsuchiya, 29, e Camila Almeida, 30, foram pela primeira vez no Simpatia. Eles ainda não tinham notado as referências na letra do samba, mas aprovaram as homenagens. “É sempre bom defender a democracia e lembrar de quem fez a cultura do País”, disse Kaoru para a aprovação dos demais.

Eles se conheceram na UFRJ há mais de dez anos e, desta vez montaram base no apartamento de Kaoru, em Ipanema. É lá que o trio vai ficar até o fim carnaval.

Camila, que mora em Realengo, na zona oeste da cidade, se diz animada. “Começamos com o pé direito nesse carnaval. O Simpatia é isso aqui mesmo então né, quase amor”, disse ao abraçar os amigos. O Simpatia volta a desfilar no domingo de carnaval.

RIO - “Alô burguesia de Ipanema!” O grito de guerra do tradicional bloco de carnaval Simpatia é Quase Amor voltou a ser ouvido na orla da zona sul do Rio, na tarde deste sábado, 11.

Milhares de foliões tomaram a Avenida Vieira Souto, muitos para emendar banho de mar e festa. À revelia das previsões, o sol forte apareceu para o arrastão nas cores lilás e amarelo. A chuva só chegou às 18h.

Antes, às 16h, o entorno da Praça General Osório, em Ipanema, já estava completamente tomado para o cortejo, que partiu rumo à orla de Ipanema. O bloco chegou a ocupar a extensão de quatro quadras da praia.

O “Simpa” volta depois de dois anos sem carnaval de rua devido à covid-19. Foi um hiato inédito na história do bloco, que desfilou pela primeira vez em 1985, na esteira da redemocratização e do movimento das “Diretas Já”. Trinta e nove anos depois, o tema voltou à ordem do dia do bloco. A atual conjuntura não escapou à crítica do bloco que, desta vez, homenageou o compositor Aldir Blanc e o voto popular.

“Viva a democracia, a vontade popular/ Foi-se a noite, veio o dia/ Simpatia vai passar”, diz o samba. À diferença dos blocos de marchinha, o Simpatia tem letra própria todos os anos.

Juarez Corrêa frequenta o bloco Simpatia é Quase Amor desde a década de 1980 Foto: GABRIEL VASCONCELOS/ESTADÃO

O microbiologista Juarez Corrêa, 74, foi ao Simpatia acompanhado de amigas de longa data. “Venho ao Simpatia desde o início. Nesses anos todos, o bloco nunca perdeu a veia política e a irreverência. E dessa vez está sendo mais necessário do que nunca”, afirma.

Um dos fundadores do Simpatia foi Aldir Blanc, que deu o nome do cortejo. Morador de Vila Isabel, na zona norte, ele morreu em maio de 2020, vítima da pandemia. As letras do compositor, crônicas de um Rio de Janeiro progressista cantadas por Elis Regina e João Bosco, também foram lembradas no desfile.

“Da esperança é o mestre-sala/ Da Guanabara, dragão do mar/ Aldir é quase amor o Simpatia”, continua o samba.

O trio de engenheiros Matheus Dias, 29, Kaoru Tsuchiya, 29, e Camila Almeida, 30, foram pela primeira vez no Simpatia. Eles ainda não tinham notado as referências na letra do samba, mas aprovaram as homenagens. “É sempre bom defender a democracia e lembrar de quem fez a cultura do País”, disse Kaoru para a aprovação dos demais.

Eles se conheceram na UFRJ há mais de dez anos e, desta vez montaram base no apartamento de Kaoru, em Ipanema. É lá que o trio vai ficar até o fim carnaval.

Camila, que mora em Realengo, na zona oeste da cidade, se diz animada. “Começamos com o pé direito nesse carnaval. O Simpatia é isso aqui mesmo então né, quase amor”, disse ao abraçar os amigos. O Simpatia volta a desfilar no domingo de carnaval.

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