Casa de Santos Dumont tem escada com degrau de ‘raquete’ e amplia acervo após reabertura; veja fotos


Local volta a receber o público nesta quinta-feira, data dos 150 anos de nascimento do ‘Pai da Aviação’

Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Nascido há 150 anos em Minas Gerais, na cidade que hoje leva seu nome, Alberto Santos Dumont foi um homem de muitas facetas: aeronauta, inventor, escritor, midiático e autodidata. Reconhecido como o “Pai da Aviação”, realizou o primeiro voo em aparelho “mais pesado que o ar” da história.

A Casa Museu de Petrópolis, no Rio, foi a moradia de férias do inventor. O local será reaberto ao público nesta quinta-feira, 20, na data dos 150 anos de nascimento de Santos Dumont, reformado e com mais acessibilidade.

Casa de Santos Dumont, no centro de Petrópolis, foi projetada e desenhada pelo 'Pai da Aviação'; escada de entrada só pode ser acessada começando com o pé direito Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO
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Novas peças foram incorporadas ao acervo, entre elas a bandeira original que o aviador hasteava diariamente na fachada, mobiliário e um quadro com a família – pai, mãe e irmãos. Outra novidade para os visitantes é uma carta de Dumont com o pedido do terreno para a construção da casa. O documento estava na Companhia Petropolitana e foi incluído no acervo da casa museu.

Projetada e desenhada pelo próprio Santos Dumont e conhecida como “A Encantada”, a casa foi a residência de verão do “Pai da Aviação”. A escada de entrada, com degraus em forma de raquete, só pode ser acessada começando com o pé direito – uma superstição do inventor. O acervo inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Dumont, além de alguns inventos dele, como o chuveiro do banheiro, que era aquecido a álcool.

Após reforma, novas peças foram incorporadas ao acervo, que inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Santos Dumont Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO
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A casa, construída em terreno adquirido em 1918, tem mais de um século, possuindo uma ampla sala com biblioteca e escritório, sua oficina e laboratório no piso inferior, e na parte de cima banheiro e quarto de dormir. O terraço possui um observatório que Dumont usava para ver os astros. O chalé do tipo alpino francês não tinha cozinha: as refeições de Santos Dumont eram fornecidas pelo Palace Hotel.

No Centro Cultural 14 Bis, construído em 2012, anexo à casa, tem maquetes táteis dos aeroplanos e pode ser exibido um curta metragem sobre o aviador.

Casa Museu Santos Dumont

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Local: Rua do Encanto, 22, Centro, Petrópolis-RJ

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: R$ 10

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Contato: (24) 2247-5222

Réplica do 14 Bis, criado por Santos Dumont, no centro de Petrópolis, região serrana do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Outros três museus brasileiros disponibilizam variado e rico material sobre o aviador nascido há 150 anos. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, além de expor o acervo físico, disponibiliza acesso a um imenso acervo digital. No Museu de Cabangu, em Minas Gerais, o visitante conhece a casa onde o aviador nasceu. Já o Museu Aeronáutico, também no Rio, guarda até o coração do herói brasileiro. Na capital paulista, está aberta uma exposição sobre Santos Dumont, com réplica do 14-Bis, seu primeiro aeroplano.

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Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), mais conhecido como Museu do Ipiranga, guarda a maior coleção de documentos, fotos, vestimentas e objetos de Santos Dumont. Conforme a curadora Solange Ferraz de Lima, são mais de 1.400 itens, a maior parte doada pela família de Santos Dumont três anos após sua morte.

Durante muitos anos, o material ficou exposto em uma sala dedicada ao aviador. Atualmente, grande parte do acervo está digitalizada e acessível na internet. “Além dos documentos, são mais de 400 imagens que ele colecionava, a maioria relacionada à aviação. Os balões, aeroplanos, as engenhocas dele também estão ali. O usuário pode navegar livremente pelo acervo”, disse.

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Quem vai ao museu pode encontrar equipamentos de trabalho, parafusos e ferramentas que compunham a oficina de Santos Dumont. Indumentárias, como o famoso chapéu e os calçados borzeguim usados pelo aviador também estão ali, assim como um clipping das notícias e reportagens sobre seus feitos reunidos por ele. Curiosidades, como um canhão salva-vidas para lançar boias a banhistas em dificuldade, seu brevê de piloto, passaporte diplomático e condecorações dada por diversos países, como França, Portugal, Chile e Peru estão no acervo.

Local: Rua dos Patriotas, 20, São Paulo-SP

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: de R$ 15 a R$ 30 (inteira).

Contato: museudoipiranga.org.br/contato

Acesso ao acervo digital: https://acervoonline.mp.usp.br/iconografia/

A coleção está disponibilizada também na Wikipédia: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Santos_Dumont_Collection

Museu de Cabangu

O Museu de Cabangu funciona na casa em que Santos Dumont nasceu, há 150 anos. No acervo, estão pertences pessoais do aviador, como o chapéu panamá, dois bustos dele que ele mesmo esculpiu, uma coleção de fotos de seus balões e aeronaves, talheres, louças e móveis, como a cama usada por Alberto. Há ainda uma réplica do 14 Bis e um avião T23 Uirapuru da Força Aérea Brasileira, responsável pela propriedade.

As cartas que Dumont escrevia a seu caseiro também estão ali. A propriedade, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, onde a família criou gado holandês, preserva mata natural com trilhas e cachoeiras.

O inventor ocupou a residência por duas ocasiões: do seu nascimento até os dois anos de idade e, depois, em 1919, quando o governo federal lhe deu a casa em doação. Antes de sua morte, Santos Dumont fez um testamento devolvendo a propriedade ao governo brasileiro.

Algumas criações do inventor ainda estão ali: um chuveiro de água quente, uma lareira e um chafariz abastecido por gravidade. No museu estão depositadas também as cinzas da primeira mulher piloto de aviação no Brasil, Anésia Pinheiro Machado.

Local: BR-499, s/n, Santos Dumont - MG

Horário: Segundo a sexta, 8 às 17 h

Ingresso: gratuito

Contato: (32) 3251-3646

Museu Aeroespacial

Considerado o maior museu de aviação do hemisfério sul, ocupando área de 15 mil m2, tem uma sala dedicada a Santos Dumont, com documentos, objetos e maquetes. Um dos destaques é a réplica do 14-bis construída em 1973, equipada com motor de 166 hp. Em um pequeno cofre exposto, encontra-se o coração de Santos Dumont. O acervo histórico e documental abarca toda a vida do aviador.

A Sala Santos Dumont foi inaugurada em 20 de julho de 1996 e guarda alguns de seus projetos originais, diário, medalhas e muitas fotos. O museu acaba de receber em doação o carro fúnebre que transportou o corpo do aviador, após sua morte em 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP). O veículo, um Chevrolet Ramona preto, fabricado em 1929, foi restaurado.

Prefeitura de Guarujá fez a doação do carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont para a Força Aérea Brasileira; modelo está exposto no Rio Foto: FAB/Divulgação

No acervo também está a cópia do documento da União Internacional de Nomenclatura Astronômica que, em 1973, centenário de Santos Dumont, deu seu nome a uma cratera lunar.

Local: Av. Mal. Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos – Rio de Janeiro - RJ

Horário: terça a domingo, das 9 às 16h.

Ingresso: gratuito, inclusive o estacionamento.

Visitas guiadas (acima de 15 pessoas) mediante agendamento (recursoseducativos.musal@gmail.com)

Contato: (21) 2157 -2537 / (21) 2157-2986

Farol Santander

Até o dia 23 de outubro, o Farol Santander expõe acervo de Santos Dumont que inclui a réplica em tamanho real (11,7 m de envergadura, 9,6 de comprimento e 3,7 de altura) do 14 Bis, o biplano no qual o aviador fez o primeiro voo do mundo, em 1906. A réplica está no andar térreo do prédio icônico, pendurada no teto.

A Exposição Santos-Dumont – O Poeta Inventor expõe também réplica do avião Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve da história da aviação. O cesto do balão Brasil, o primeiro projeto de Dumont, objetos como luvas e gorro, e a primeira edição do livro Dans L’Air (Os Meus Balões), publicado por Santos-Dumont em 1904 fazem parte do acervo, disposto nos 23.º e 24.º andares do prédio. A mostra simula em telas de led o voo do dirigível n. 6 em torno da torre Eiffel, em Paris, e mostra o trajeto do Demoiselle, em Saint-Cyr, na França.

Local: R. João Brícola, 24, Centro, São Paulo-SP

Data: até 15/10

Horário: terça a domingo, das 9 às 20h

Ingresso: R$ 35

Contato: (11) 3553-5627

SOROCABA - Nascido há 150 anos em Minas Gerais, na cidade que hoje leva seu nome, Alberto Santos Dumont foi um homem de muitas facetas: aeronauta, inventor, escritor, midiático e autodidata. Reconhecido como o “Pai da Aviação”, realizou o primeiro voo em aparelho “mais pesado que o ar” da história.

A Casa Museu de Petrópolis, no Rio, foi a moradia de férias do inventor. O local será reaberto ao público nesta quinta-feira, 20, na data dos 150 anos de nascimento de Santos Dumont, reformado e com mais acessibilidade.

Casa de Santos Dumont, no centro de Petrópolis, foi projetada e desenhada pelo 'Pai da Aviação'; escada de entrada só pode ser acessada começando com o pé direito Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Novas peças foram incorporadas ao acervo, entre elas a bandeira original que o aviador hasteava diariamente na fachada, mobiliário e um quadro com a família – pai, mãe e irmãos. Outra novidade para os visitantes é uma carta de Dumont com o pedido do terreno para a construção da casa. O documento estava na Companhia Petropolitana e foi incluído no acervo da casa museu.

Projetada e desenhada pelo próprio Santos Dumont e conhecida como “A Encantada”, a casa foi a residência de verão do “Pai da Aviação”. A escada de entrada, com degraus em forma de raquete, só pode ser acessada começando com o pé direito – uma superstição do inventor. O acervo inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Dumont, além de alguns inventos dele, como o chuveiro do banheiro, que era aquecido a álcool.

Após reforma, novas peças foram incorporadas ao acervo, que inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Santos Dumont Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

A casa, construída em terreno adquirido em 1918, tem mais de um século, possuindo uma ampla sala com biblioteca e escritório, sua oficina e laboratório no piso inferior, e na parte de cima banheiro e quarto de dormir. O terraço possui um observatório que Dumont usava para ver os astros. O chalé do tipo alpino francês não tinha cozinha: as refeições de Santos Dumont eram fornecidas pelo Palace Hotel.

No Centro Cultural 14 Bis, construído em 2012, anexo à casa, tem maquetes táteis dos aeroplanos e pode ser exibido um curta metragem sobre o aviador.

Casa Museu Santos Dumont

Local: Rua do Encanto, 22, Centro, Petrópolis-RJ

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: R$ 10

Contato: (24) 2247-5222

Réplica do 14 Bis, criado por Santos Dumont, no centro de Petrópolis, região serrana do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Outros três museus brasileiros disponibilizam variado e rico material sobre o aviador nascido há 150 anos. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, além de expor o acervo físico, disponibiliza acesso a um imenso acervo digital. No Museu de Cabangu, em Minas Gerais, o visitante conhece a casa onde o aviador nasceu. Já o Museu Aeronáutico, também no Rio, guarda até o coração do herói brasileiro. Na capital paulista, está aberta uma exposição sobre Santos Dumont, com réplica do 14-Bis, seu primeiro aeroplano.

Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), mais conhecido como Museu do Ipiranga, guarda a maior coleção de documentos, fotos, vestimentas e objetos de Santos Dumont. Conforme a curadora Solange Ferraz de Lima, são mais de 1.400 itens, a maior parte doada pela família de Santos Dumont três anos após sua morte.

Durante muitos anos, o material ficou exposto em uma sala dedicada ao aviador. Atualmente, grande parte do acervo está digitalizada e acessível na internet. “Além dos documentos, são mais de 400 imagens que ele colecionava, a maioria relacionada à aviação. Os balões, aeroplanos, as engenhocas dele também estão ali. O usuário pode navegar livremente pelo acervo”, disse.

Quem vai ao museu pode encontrar equipamentos de trabalho, parafusos e ferramentas que compunham a oficina de Santos Dumont. Indumentárias, como o famoso chapéu e os calçados borzeguim usados pelo aviador também estão ali, assim como um clipping das notícias e reportagens sobre seus feitos reunidos por ele. Curiosidades, como um canhão salva-vidas para lançar boias a banhistas em dificuldade, seu brevê de piloto, passaporte diplomático e condecorações dada por diversos países, como França, Portugal, Chile e Peru estão no acervo.

Local: Rua dos Patriotas, 20, São Paulo-SP

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: de R$ 15 a R$ 30 (inteira).

Contato: museudoipiranga.org.br/contato

Acesso ao acervo digital: https://acervoonline.mp.usp.br/iconografia/

A coleção está disponibilizada também na Wikipédia: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Santos_Dumont_Collection

Museu de Cabangu

O Museu de Cabangu funciona na casa em que Santos Dumont nasceu, há 150 anos. No acervo, estão pertences pessoais do aviador, como o chapéu panamá, dois bustos dele que ele mesmo esculpiu, uma coleção de fotos de seus balões e aeronaves, talheres, louças e móveis, como a cama usada por Alberto. Há ainda uma réplica do 14 Bis e um avião T23 Uirapuru da Força Aérea Brasileira, responsável pela propriedade.

As cartas que Dumont escrevia a seu caseiro também estão ali. A propriedade, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, onde a família criou gado holandês, preserva mata natural com trilhas e cachoeiras.

O inventor ocupou a residência por duas ocasiões: do seu nascimento até os dois anos de idade e, depois, em 1919, quando o governo federal lhe deu a casa em doação. Antes de sua morte, Santos Dumont fez um testamento devolvendo a propriedade ao governo brasileiro.

Algumas criações do inventor ainda estão ali: um chuveiro de água quente, uma lareira e um chafariz abastecido por gravidade. No museu estão depositadas também as cinzas da primeira mulher piloto de aviação no Brasil, Anésia Pinheiro Machado.

Local: BR-499, s/n, Santos Dumont - MG

Horário: Segundo a sexta, 8 às 17 h

Ingresso: gratuito

Contato: (32) 3251-3646

Museu Aeroespacial

Considerado o maior museu de aviação do hemisfério sul, ocupando área de 15 mil m2, tem uma sala dedicada a Santos Dumont, com documentos, objetos e maquetes. Um dos destaques é a réplica do 14-bis construída em 1973, equipada com motor de 166 hp. Em um pequeno cofre exposto, encontra-se o coração de Santos Dumont. O acervo histórico e documental abarca toda a vida do aviador.

A Sala Santos Dumont foi inaugurada em 20 de julho de 1996 e guarda alguns de seus projetos originais, diário, medalhas e muitas fotos. O museu acaba de receber em doação o carro fúnebre que transportou o corpo do aviador, após sua morte em 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP). O veículo, um Chevrolet Ramona preto, fabricado em 1929, foi restaurado.

Prefeitura de Guarujá fez a doação do carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont para a Força Aérea Brasileira; modelo está exposto no Rio Foto: FAB/Divulgação

No acervo também está a cópia do documento da União Internacional de Nomenclatura Astronômica que, em 1973, centenário de Santos Dumont, deu seu nome a uma cratera lunar.

Local: Av. Mal. Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos – Rio de Janeiro - RJ

Horário: terça a domingo, das 9 às 16h.

Ingresso: gratuito, inclusive o estacionamento.

Visitas guiadas (acima de 15 pessoas) mediante agendamento (recursoseducativos.musal@gmail.com)

Contato: (21) 2157 -2537 / (21) 2157-2986

Farol Santander

Até o dia 23 de outubro, o Farol Santander expõe acervo de Santos Dumont que inclui a réplica em tamanho real (11,7 m de envergadura, 9,6 de comprimento e 3,7 de altura) do 14 Bis, o biplano no qual o aviador fez o primeiro voo do mundo, em 1906. A réplica está no andar térreo do prédio icônico, pendurada no teto.

A Exposição Santos-Dumont – O Poeta Inventor expõe também réplica do avião Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve da história da aviação. O cesto do balão Brasil, o primeiro projeto de Dumont, objetos como luvas e gorro, e a primeira edição do livro Dans L’Air (Os Meus Balões), publicado por Santos-Dumont em 1904 fazem parte do acervo, disposto nos 23.º e 24.º andares do prédio. A mostra simula em telas de led o voo do dirigível n. 6 em torno da torre Eiffel, em Paris, e mostra o trajeto do Demoiselle, em Saint-Cyr, na França.

Local: R. João Brícola, 24, Centro, São Paulo-SP

Data: até 15/10

Horário: terça a domingo, das 9 às 20h

Ingresso: R$ 35

Contato: (11) 3553-5627

SOROCABA - Nascido há 150 anos em Minas Gerais, na cidade que hoje leva seu nome, Alberto Santos Dumont foi um homem de muitas facetas: aeronauta, inventor, escritor, midiático e autodidata. Reconhecido como o “Pai da Aviação”, realizou o primeiro voo em aparelho “mais pesado que o ar” da história.

A Casa Museu de Petrópolis, no Rio, foi a moradia de férias do inventor. O local será reaberto ao público nesta quinta-feira, 20, na data dos 150 anos de nascimento de Santos Dumont, reformado e com mais acessibilidade.

Casa de Santos Dumont, no centro de Petrópolis, foi projetada e desenhada pelo 'Pai da Aviação'; escada de entrada só pode ser acessada começando com o pé direito Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Novas peças foram incorporadas ao acervo, entre elas a bandeira original que o aviador hasteava diariamente na fachada, mobiliário e um quadro com a família – pai, mãe e irmãos. Outra novidade para os visitantes é uma carta de Dumont com o pedido do terreno para a construção da casa. O documento estava na Companhia Petropolitana e foi incluído no acervo da casa museu.

Projetada e desenhada pelo próprio Santos Dumont e conhecida como “A Encantada”, a casa foi a residência de verão do “Pai da Aviação”. A escada de entrada, com degraus em forma de raquete, só pode ser acessada começando com o pé direito – uma superstição do inventor. O acervo inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Dumont, além de alguns inventos dele, como o chuveiro do banheiro, que era aquecido a álcool.

Após reforma, novas peças foram incorporadas ao acervo, que inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Santos Dumont Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

A casa, construída em terreno adquirido em 1918, tem mais de um século, possuindo uma ampla sala com biblioteca e escritório, sua oficina e laboratório no piso inferior, e na parte de cima banheiro e quarto de dormir. O terraço possui um observatório que Dumont usava para ver os astros. O chalé do tipo alpino francês não tinha cozinha: as refeições de Santos Dumont eram fornecidas pelo Palace Hotel.

No Centro Cultural 14 Bis, construído em 2012, anexo à casa, tem maquetes táteis dos aeroplanos e pode ser exibido um curta metragem sobre o aviador.

Casa Museu Santos Dumont

Local: Rua do Encanto, 22, Centro, Petrópolis-RJ

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: R$ 10

Contato: (24) 2247-5222

Réplica do 14 Bis, criado por Santos Dumont, no centro de Petrópolis, região serrana do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Outros três museus brasileiros disponibilizam variado e rico material sobre o aviador nascido há 150 anos. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, além de expor o acervo físico, disponibiliza acesso a um imenso acervo digital. No Museu de Cabangu, em Minas Gerais, o visitante conhece a casa onde o aviador nasceu. Já o Museu Aeronáutico, também no Rio, guarda até o coração do herói brasileiro. Na capital paulista, está aberta uma exposição sobre Santos Dumont, com réplica do 14-Bis, seu primeiro aeroplano.

Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), mais conhecido como Museu do Ipiranga, guarda a maior coleção de documentos, fotos, vestimentas e objetos de Santos Dumont. Conforme a curadora Solange Ferraz de Lima, são mais de 1.400 itens, a maior parte doada pela família de Santos Dumont três anos após sua morte.

Durante muitos anos, o material ficou exposto em uma sala dedicada ao aviador. Atualmente, grande parte do acervo está digitalizada e acessível na internet. “Além dos documentos, são mais de 400 imagens que ele colecionava, a maioria relacionada à aviação. Os balões, aeroplanos, as engenhocas dele também estão ali. O usuário pode navegar livremente pelo acervo”, disse.

Quem vai ao museu pode encontrar equipamentos de trabalho, parafusos e ferramentas que compunham a oficina de Santos Dumont. Indumentárias, como o famoso chapéu e os calçados borzeguim usados pelo aviador também estão ali, assim como um clipping das notícias e reportagens sobre seus feitos reunidos por ele. Curiosidades, como um canhão salva-vidas para lançar boias a banhistas em dificuldade, seu brevê de piloto, passaporte diplomático e condecorações dada por diversos países, como França, Portugal, Chile e Peru estão no acervo.

Local: Rua dos Patriotas, 20, São Paulo-SP

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: de R$ 15 a R$ 30 (inteira).

Contato: museudoipiranga.org.br/contato

Acesso ao acervo digital: https://acervoonline.mp.usp.br/iconografia/

A coleção está disponibilizada também na Wikipédia: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Santos_Dumont_Collection

Museu de Cabangu

O Museu de Cabangu funciona na casa em que Santos Dumont nasceu, há 150 anos. No acervo, estão pertences pessoais do aviador, como o chapéu panamá, dois bustos dele que ele mesmo esculpiu, uma coleção de fotos de seus balões e aeronaves, talheres, louças e móveis, como a cama usada por Alberto. Há ainda uma réplica do 14 Bis e um avião T23 Uirapuru da Força Aérea Brasileira, responsável pela propriedade.

As cartas que Dumont escrevia a seu caseiro também estão ali. A propriedade, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, onde a família criou gado holandês, preserva mata natural com trilhas e cachoeiras.

O inventor ocupou a residência por duas ocasiões: do seu nascimento até os dois anos de idade e, depois, em 1919, quando o governo federal lhe deu a casa em doação. Antes de sua morte, Santos Dumont fez um testamento devolvendo a propriedade ao governo brasileiro.

Algumas criações do inventor ainda estão ali: um chuveiro de água quente, uma lareira e um chafariz abastecido por gravidade. No museu estão depositadas também as cinzas da primeira mulher piloto de aviação no Brasil, Anésia Pinheiro Machado.

Local: BR-499, s/n, Santos Dumont - MG

Horário: Segundo a sexta, 8 às 17 h

Ingresso: gratuito

Contato: (32) 3251-3646

Museu Aeroespacial

Considerado o maior museu de aviação do hemisfério sul, ocupando área de 15 mil m2, tem uma sala dedicada a Santos Dumont, com documentos, objetos e maquetes. Um dos destaques é a réplica do 14-bis construída em 1973, equipada com motor de 166 hp. Em um pequeno cofre exposto, encontra-se o coração de Santos Dumont. O acervo histórico e documental abarca toda a vida do aviador.

A Sala Santos Dumont foi inaugurada em 20 de julho de 1996 e guarda alguns de seus projetos originais, diário, medalhas e muitas fotos. O museu acaba de receber em doação o carro fúnebre que transportou o corpo do aviador, após sua morte em 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP). O veículo, um Chevrolet Ramona preto, fabricado em 1929, foi restaurado.

Prefeitura de Guarujá fez a doação do carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont para a Força Aérea Brasileira; modelo está exposto no Rio Foto: FAB/Divulgação

No acervo também está a cópia do documento da União Internacional de Nomenclatura Astronômica que, em 1973, centenário de Santos Dumont, deu seu nome a uma cratera lunar.

Local: Av. Mal. Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos – Rio de Janeiro - RJ

Horário: terça a domingo, das 9 às 16h.

Ingresso: gratuito, inclusive o estacionamento.

Visitas guiadas (acima de 15 pessoas) mediante agendamento (recursoseducativos.musal@gmail.com)

Contato: (21) 2157 -2537 / (21) 2157-2986

Farol Santander

Até o dia 23 de outubro, o Farol Santander expõe acervo de Santos Dumont que inclui a réplica em tamanho real (11,7 m de envergadura, 9,6 de comprimento e 3,7 de altura) do 14 Bis, o biplano no qual o aviador fez o primeiro voo do mundo, em 1906. A réplica está no andar térreo do prédio icônico, pendurada no teto.

A Exposição Santos-Dumont – O Poeta Inventor expõe também réplica do avião Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve da história da aviação. O cesto do balão Brasil, o primeiro projeto de Dumont, objetos como luvas e gorro, e a primeira edição do livro Dans L’Air (Os Meus Balões), publicado por Santos-Dumont em 1904 fazem parte do acervo, disposto nos 23.º e 24.º andares do prédio. A mostra simula em telas de led o voo do dirigível n. 6 em torno da torre Eiffel, em Paris, e mostra o trajeto do Demoiselle, em Saint-Cyr, na França.

Local: R. João Brícola, 24, Centro, São Paulo-SP

Data: até 15/10

Horário: terça a domingo, das 9 às 20h

Ingresso: R$ 35

Contato: (11) 3553-5627

SOROCABA - Nascido há 150 anos em Minas Gerais, na cidade que hoje leva seu nome, Alberto Santos Dumont foi um homem de muitas facetas: aeronauta, inventor, escritor, midiático e autodidata. Reconhecido como o “Pai da Aviação”, realizou o primeiro voo em aparelho “mais pesado que o ar” da história.

A Casa Museu de Petrópolis, no Rio, foi a moradia de férias do inventor. O local será reaberto ao público nesta quinta-feira, 20, na data dos 150 anos de nascimento de Santos Dumont, reformado e com mais acessibilidade.

Casa de Santos Dumont, no centro de Petrópolis, foi projetada e desenhada pelo 'Pai da Aviação'; escada de entrada só pode ser acessada começando com o pé direito Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Novas peças foram incorporadas ao acervo, entre elas a bandeira original que o aviador hasteava diariamente na fachada, mobiliário e um quadro com a família – pai, mãe e irmãos. Outra novidade para os visitantes é uma carta de Dumont com o pedido do terreno para a construção da casa. O documento estava na Companhia Petropolitana e foi incluído no acervo da casa museu.

Projetada e desenhada pelo próprio Santos Dumont e conhecida como “A Encantada”, a casa foi a residência de verão do “Pai da Aviação”. A escada de entrada, com degraus em forma de raquete, só pode ser acessada começando com o pé direito – uma superstição do inventor. O acervo inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Dumont, além de alguns inventos dele, como o chuveiro do banheiro, que era aquecido a álcool.

Após reforma, novas peças foram incorporadas ao acervo, que inclui livros, cartas, objetos e mobiliário de Santos Dumont Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

A casa, construída em terreno adquirido em 1918, tem mais de um século, possuindo uma ampla sala com biblioteca e escritório, sua oficina e laboratório no piso inferior, e na parte de cima banheiro e quarto de dormir. O terraço possui um observatório que Dumont usava para ver os astros. O chalé do tipo alpino francês não tinha cozinha: as refeições de Santos Dumont eram fornecidas pelo Palace Hotel.

No Centro Cultural 14 Bis, construído em 2012, anexo à casa, tem maquetes táteis dos aeroplanos e pode ser exibido um curta metragem sobre o aviador.

Casa Museu Santos Dumont

Local: Rua do Encanto, 22, Centro, Petrópolis-RJ

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: R$ 10

Contato: (24) 2247-5222

Réplica do 14 Bis, criado por Santos Dumont, no centro de Petrópolis, região serrana do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Outros três museus brasileiros disponibilizam variado e rico material sobre o aviador nascido há 150 anos. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, além de expor o acervo físico, disponibiliza acesso a um imenso acervo digital. No Museu de Cabangu, em Minas Gerais, o visitante conhece a casa onde o aviador nasceu. Já o Museu Aeronáutico, também no Rio, guarda até o coração do herói brasileiro. Na capital paulista, está aberta uma exposição sobre Santos Dumont, com réplica do 14-Bis, seu primeiro aeroplano.

Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), mais conhecido como Museu do Ipiranga, guarda a maior coleção de documentos, fotos, vestimentas e objetos de Santos Dumont. Conforme a curadora Solange Ferraz de Lima, são mais de 1.400 itens, a maior parte doada pela família de Santos Dumont três anos após sua morte.

Durante muitos anos, o material ficou exposto em uma sala dedicada ao aviador. Atualmente, grande parte do acervo está digitalizada e acessível na internet. “Além dos documentos, são mais de 400 imagens que ele colecionava, a maioria relacionada à aviação. Os balões, aeroplanos, as engenhocas dele também estão ali. O usuário pode navegar livremente pelo acervo”, disse.

Quem vai ao museu pode encontrar equipamentos de trabalho, parafusos e ferramentas que compunham a oficina de Santos Dumont. Indumentárias, como o famoso chapéu e os calçados borzeguim usados pelo aviador também estão ali, assim como um clipping das notícias e reportagens sobre seus feitos reunidos por ele. Curiosidades, como um canhão salva-vidas para lançar boias a banhistas em dificuldade, seu brevê de piloto, passaporte diplomático e condecorações dada por diversos países, como França, Portugal, Chile e Peru estão no acervo.

Local: Rua dos Patriotas, 20, São Paulo-SP

Horário: terça a domingo, das 10 às 17h.

Ingresso: de R$ 15 a R$ 30 (inteira).

Contato: museudoipiranga.org.br/contato

Acesso ao acervo digital: https://acervoonline.mp.usp.br/iconografia/

A coleção está disponibilizada também na Wikipédia: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Santos_Dumont_Collection

Museu de Cabangu

O Museu de Cabangu funciona na casa em que Santos Dumont nasceu, há 150 anos. No acervo, estão pertences pessoais do aviador, como o chapéu panamá, dois bustos dele que ele mesmo esculpiu, uma coleção de fotos de seus balões e aeronaves, talheres, louças e móveis, como a cama usada por Alberto. Há ainda uma réplica do 14 Bis e um avião T23 Uirapuru da Força Aérea Brasileira, responsável pela propriedade.

As cartas que Dumont escrevia a seu caseiro também estão ali. A propriedade, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, onde a família criou gado holandês, preserva mata natural com trilhas e cachoeiras.

O inventor ocupou a residência por duas ocasiões: do seu nascimento até os dois anos de idade e, depois, em 1919, quando o governo federal lhe deu a casa em doação. Antes de sua morte, Santos Dumont fez um testamento devolvendo a propriedade ao governo brasileiro.

Algumas criações do inventor ainda estão ali: um chuveiro de água quente, uma lareira e um chafariz abastecido por gravidade. No museu estão depositadas também as cinzas da primeira mulher piloto de aviação no Brasil, Anésia Pinheiro Machado.

Local: BR-499, s/n, Santos Dumont - MG

Horário: Segundo a sexta, 8 às 17 h

Ingresso: gratuito

Contato: (32) 3251-3646

Museu Aeroespacial

Considerado o maior museu de aviação do hemisfério sul, ocupando área de 15 mil m2, tem uma sala dedicada a Santos Dumont, com documentos, objetos e maquetes. Um dos destaques é a réplica do 14-bis construída em 1973, equipada com motor de 166 hp. Em um pequeno cofre exposto, encontra-se o coração de Santos Dumont. O acervo histórico e documental abarca toda a vida do aviador.

A Sala Santos Dumont foi inaugurada em 20 de julho de 1996 e guarda alguns de seus projetos originais, diário, medalhas e muitas fotos. O museu acaba de receber em doação o carro fúnebre que transportou o corpo do aviador, após sua morte em 23 de julho de 1932, em Guarujá (SP). O veículo, um Chevrolet Ramona preto, fabricado em 1929, foi restaurado.

Prefeitura de Guarujá fez a doação do carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont para a Força Aérea Brasileira; modelo está exposto no Rio Foto: FAB/Divulgação

No acervo também está a cópia do documento da União Internacional de Nomenclatura Astronômica que, em 1973, centenário de Santos Dumont, deu seu nome a uma cratera lunar.

Local: Av. Mal. Fontenelle, 2000, Campo dos Afonsos – Rio de Janeiro - RJ

Horário: terça a domingo, das 9 às 16h.

Ingresso: gratuito, inclusive o estacionamento.

Visitas guiadas (acima de 15 pessoas) mediante agendamento (recursoseducativos.musal@gmail.com)

Contato: (21) 2157 -2537 / (21) 2157-2986

Farol Santander

Até o dia 23 de outubro, o Farol Santander expõe acervo de Santos Dumont que inclui a réplica em tamanho real (11,7 m de envergadura, 9,6 de comprimento e 3,7 de altura) do 14 Bis, o biplano no qual o aviador fez o primeiro voo do mundo, em 1906. A réplica está no andar térreo do prédio icônico, pendurada no teto.

A Exposição Santos-Dumont – O Poeta Inventor expõe também réplica do avião Demoiselle, considerado o primeiro ultraleve da história da aviação. O cesto do balão Brasil, o primeiro projeto de Dumont, objetos como luvas e gorro, e a primeira edição do livro Dans L’Air (Os Meus Balões), publicado por Santos-Dumont em 1904 fazem parte do acervo, disposto nos 23.º e 24.º andares do prédio. A mostra simula em telas de led o voo do dirigível n. 6 em torno da torre Eiffel, em Paris, e mostra o trajeto do Demoiselle, em Saint-Cyr, na França.

Local: R. João Brícola, 24, Centro, São Paulo-SP

Data: até 15/10

Horário: terça a domingo, das 9 às 20h

Ingresso: R$ 35

Contato: (11) 3553-5627

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