Caso Daniel: júri de sete acusados pela morte do jogador começa 5 anos após o crime


Corpo do atleta foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado; previsão inicial é de que o julgamento dure ao menos três dias

Por Ederson Hising

Mais de cinco anos após o crime, começou na manhã desta segunda-feira, 18, no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o júri popular dos sete acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. A previsão inicial é de que o julgamento dure ao menos três dias.

O crime ocorreu em 27 de outubro de 2018, na mesma cidade do júri. O corpo foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, em uma estrada rural na Colônia Mergulhão. À época, Daniel era jogador do São Bento, de Sorocaba (SP). O meia, que tinha 24 anos, fez a base no Cruzeiro e passou por clubes como São Paulo, Coritiba e Botafogo.

Daniel Corrêa Freitas foi morto em 2018: jogador atuou por Coritiba, Cruzeiro, Botafogo e São Paulo, entre outros clubes Foto: Reprodução/https://www.saopaulofc.net/
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Antes de morrer, o atleta havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, ré e filha do assassino confesso, o empresário Edison Luiz Brittes Júnior, em uma boate de Curitiba. No local, o jogador foi convidado para continuar a comemoração na casa da família, em São José dos Pinhais.

Segundo a investigação, Daniel foi espancado ainda na casa da família depois que o assassino o encontrou na cama ao lado da mulher dele, Cristiana Rodrigues Brittes. O jogador enviou fotos da mulher em um grupo de amigos pelo WhatsApp. Edison Brittes alegou que Daniel tentou estuprar Cristiana, porém a investigação da Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro.

Além de Brittes, outros três amigos da filha que estavam na festa, também acusados no processo, participaram das agressões e da ocultação do cadáver, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). O empresário, agora com 43 anos, é o único réu preso pelo crime. Ele está detido preventivamente há cinco anos, quatro meses e 18 dias.

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A investigação da Polícia Civil sobre o caso durou menos de um mês. Em 28 de novembro de 2018, a Justiça de São José dos Pinhais recebeu a denúncia dos sete acusados feita pelo MP-PR. Desde então, foram realizadas quatro audiências de instrução presenciais e três por carta precatória. Foram ouvidas seis testemunhas sigilosas, 14 de acusação e outras 55 de defesa, além dos interrogatórios dos réus.

O julgamento e os acusados

Por volta das 9h desta segunda, o júri popular teve início comandado pelo juiz Thiago Flores Carvalho. Outros quatro magistrados declinaram do caso. Pela manhã, foram definidos os sete jurados: quatro mulheres jovens e três homens (um jovem, um de meia-idade e um idoso). A Justiça havia convocado 160 pessoas que poderiam compor o corpo de jurados.

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Deverão ser ouvidas 20 testemunhas de defesa, entre presenciais e online, e cinco de acusação, sendo quatro delas sigilosas. Os réus também serão interrogados. Após isso, terá a fase de debates entre acusação e defesa, com 2h30 para cada. Em caso de réplica e tréplica, haverá mais 2h para a defesa e o mesmo período para a acusação.

São réus no caso: Edison Brittes Júnior, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e coação no curso do processo; Cristiana Brittes, por homicídio qualificado, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo; Allana Brittes, por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.

Além dos réus da família Brittes, há ainda Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, que responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ele está preso por ter sido flagrado com drogas, em Foz do Iguaçu (PR). David William Vollero Silva e Ygor King são réus por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Evellyn Brisola Perusso, que teria ajudado a limpar vestígios do crime na casa da família, responde por fraude processual.

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O que dizem as defesas

O advogado de Edison, Elias Mattar Assad, defende que o réu apenas reagiu à suposta tentativa de abuso sexual por parte da vítima contra a Cristiana. A defesa de Cristiana, realizada por Thaise Mattar Assad, disse esperar que a sociedade “finalmente compreenda as reais circunstâncias do caso”. A filha do casal, Allana, é defendida por Caroline Mattar Assad e Louise Mattar Assad, que afirmaram confiar na Justiça.

A defesa dos acusados David Vollero e Ygor King, comandada pelo advogado Rodrigo Faucz, alega que ficou comprovado que os dois participaram das agressões na casa da família, mas não se envolveram no momento do homicídio. Já a defesa de Eduardo Henrique, feita pelas advogadas Jéssica Virgínia Moreira e Clarissa Taques, disse ansiar que os fatos sejam esclarecidos e confiar que as medidas tomadas pelos jurados serão justas e proporcionais.

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A advogada Thayse Cristine Pozzobon, que defende Evellyn Perusso, disse que a cliente é inocente. Ela acredita na absolvição da jovem por ter sido coagida a limpar vestígios do crime.

A família do jogador viajou do interior de Minas Gerais para acompanhar o julgamento. Nilton Ribeiro, advogado que representa a família e assistente de acusação, defende que as provas são robustas contra os réus e que aguarda uma “sentença exemplar” por causa da “brutalidade e covardia” do crime.

Mais de cinco anos após o crime, começou na manhã desta segunda-feira, 18, no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o júri popular dos sete acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. A previsão inicial é de que o julgamento dure ao menos três dias.

O crime ocorreu em 27 de outubro de 2018, na mesma cidade do júri. O corpo foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, em uma estrada rural na Colônia Mergulhão. À época, Daniel era jogador do São Bento, de Sorocaba (SP). O meia, que tinha 24 anos, fez a base no Cruzeiro e passou por clubes como São Paulo, Coritiba e Botafogo.

Daniel Corrêa Freitas foi morto em 2018: jogador atuou por Coritiba, Cruzeiro, Botafogo e São Paulo, entre outros clubes Foto: Reprodução/https://www.saopaulofc.net/

Antes de morrer, o atleta havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, ré e filha do assassino confesso, o empresário Edison Luiz Brittes Júnior, em uma boate de Curitiba. No local, o jogador foi convidado para continuar a comemoração na casa da família, em São José dos Pinhais.

Segundo a investigação, Daniel foi espancado ainda na casa da família depois que o assassino o encontrou na cama ao lado da mulher dele, Cristiana Rodrigues Brittes. O jogador enviou fotos da mulher em um grupo de amigos pelo WhatsApp. Edison Brittes alegou que Daniel tentou estuprar Cristiana, porém a investigação da Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro.

Além de Brittes, outros três amigos da filha que estavam na festa, também acusados no processo, participaram das agressões e da ocultação do cadáver, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). O empresário, agora com 43 anos, é o único réu preso pelo crime. Ele está detido preventivamente há cinco anos, quatro meses e 18 dias.

A investigação da Polícia Civil sobre o caso durou menos de um mês. Em 28 de novembro de 2018, a Justiça de São José dos Pinhais recebeu a denúncia dos sete acusados feita pelo MP-PR. Desde então, foram realizadas quatro audiências de instrução presenciais e três por carta precatória. Foram ouvidas seis testemunhas sigilosas, 14 de acusação e outras 55 de defesa, além dos interrogatórios dos réus.

O julgamento e os acusados

Por volta das 9h desta segunda, o júri popular teve início comandado pelo juiz Thiago Flores Carvalho. Outros quatro magistrados declinaram do caso. Pela manhã, foram definidos os sete jurados: quatro mulheres jovens e três homens (um jovem, um de meia-idade e um idoso). A Justiça havia convocado 160 pessoas que poderiam compor o corpo de jurados.

Deverão ser ouvidas 20 testemunhas de defesa, entre presenciais e online, e cinco de acusação, sendo quatro delas sigilosas. Os réus também serão interrogados. Após isso, terá a fase de debates entre acusação e defesa, com 2h30 para cada. Em caso de réplica e tréplica, haverá mais 2h para a defesa e o mesmo período para a acusação.

São réus no caso: Edison Brittes Júnior, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e coação no curso do processo; Cristiana Brittes, por homicídio qualificado, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo; Allana Brittes, por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.

Além dos réus da família Brittes, há ainda Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, que responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ele está preso por ter sido flagrado com drogas, em Foz do Iguaçu (PR). David William Vollero Silva e Ygor King são réus por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Evellyn Brisola Perusso, que teria ajudado a limpar vestígios do crime na casa da família, responde por fraude processual.

O que dizem as defesas

O advogado de Edison, Elias Mattar Assad, defende que o réu apenas reagiu à suposta tentativa de abuso sexual por parte da vítima contra a Cristiana. A defesa de Cristiana, realizada por Thaise Mattar Assad, disse esperar que a sociedade “finalmente compreenda as reais circunstâncias do caso”. A filha do casal, Allana, é defendida por Caroline Mattar Assad e Louise Mattar Assad, que afirmaram confiar na Justiça.

A defesa dos acusados David Vollero e Ygor King, comandada pelo advogado Rodrigo Faucz, alega que ficou comprovado que os dois participaram das agressões na casa da família, mas não se envolveram no momento do homicídio. Já a defesa de Eduardo Henrique, feita pelas advogadas Jéssica Virgínia Moreira e Clarissa Taques, disse ansiar que os fatos sejam esclarecidos e confiar que as medidas tomadas pelos jurados serão justas e proporcionais.

A advogada Thayse Cristine Pozzobon, que defende Evellyn Perusso, disse que a cliente é inocente. Ela acredita na absolvição da jovem por ter sido coagida a limpar vestígios do crime.

A família do jogador viajou do interior de Minas Gerais para acompanhar o julgamento. Nilton Ribeiro, advogado que representa a família e assistente de acusação, defende que as provas são robustas contra os réus e que aguarda uma “sentença exemplar” por causa da “brutalidade e covardia” do crime.

Mais de cinco anos após o crime, começou na manhã desta segunda-feira, 18, no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o júri popular dos sete acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. A previsão inicial é de que o julgamento dure ao menos três dias.

O crime ocorreu em 27 de outubro de 2018, na mesma cidade do júri. O corpo foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, em uma estrada rural na Colônia Mergulhão. À época, Daniel era jogador do São Bento, de Sorocaba (SP). O meia, que tinha 24 anos, fez a base no Cruzeiro e passou por clubes como São Paulo, Coritiba e Botafogo.

Daniel Corrêa Freitas foi morto em 2018: jogador atuou por Coritiba, Cruzeiro, Botafogo e São Paulo, entre outros clubes Foto: Reprodução/https://www.saopaulofc.net/

Antes de morrer, o atleta havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, ré e filha do assassino confesso, o empresário Edison Luiz Brittes Júnior, em uma boate de Curitiba. No local, o jogador foi convidado para continuar a comemoração na casa da família, em São José dos Pinhais.

Segundo a investigação, Daniel foi espancado ainda na casa da família depois que o assassino o encontrou na cama ao lado da mulher dele, Cristiana Rodrigues Brittes. O jogador enviou fotos da mulher em um grupo de amigos pelo WhatsApp. Edison Brittes alegou que Daniel tentou estuprar Cristiana, porém a investigação da Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro.

Além de Brittes, outros três amigos da filha que estavam na festa, também acusados no processo, participaram das agressões e da ocultação do cadáver, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). O empresário, agora com 43 anos, é o único réu preso pelo crime. Ele está detido preventivamente há cinco anos, quatro meses e 18 dias.

A investigação da Polícia Civil sobre o caso durou menos de um mês. Em 28 de novembro de 2018, a Justiça de São José dos Pinhais recebeu a denúncia dos sete acusados feita pelo MP-PR. Desde então, foram realizadas quatro audiências de instrução presenciais e três por carta precatória. Foram ouvidas seis testemunhas sigilosas, 14 de acusação e outras 55 de defesa, além dos interrogatórios dos réus.

O julgamento e os acusados

Por volta das 9h desta segunda, o júri popular teve início comandado pelo juiz Thiago Flores Carvalho. Outros quatro magistrados declinaram do caso. Pela manhã, foram definidos os sete jurados: quatro mulheres jovens e três homens (um jovem, um de meia-idade e um idoso). A Justiça havia convocado 160 pessoas que poderiam compor o corpo de jurados.

Deverão ser ouvidas 20 testemunhas de defesa, entre presenciais e online, e cinco de acusação, sendo quatro delas sigilosas. Os réus também serão interrogados. Após isso, terá a fase de debates entre acusação e defesa, com 2h30 para cada. Em caso de réplica e tréplica, haverá mais 2h para a defesa e o mesmo período para a acusação.

São réus no caso: Edison Brittes Júnior, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e coação no curso do processo; Cristiana Brittes, por homicídio qualificado, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo; Allana Brittes, por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.

Além dos réus da família Brittes, há ainda Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, que responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ele está preso por ter sido flagrado com drogas, em Foz do Iguaçu (PR). David William Vollero Silva e Ygor King são réus por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Evellyn Brisola Perusso, que teria ajudado a limpar vestígios do crime na casa da família, responde por fraude processual.

O que dizem as defesas

O advogado de Edison, Elias Mattar Assad, defende que o réu apenas reagiu à suposta tentativa de abuso sexual por parte da vítima contra a Cristiana. A defesa de Cristiana, realizada por Thaise Mattar Assad, disse esperar que a sociedade “finalmente compreenda as reais circunstâncias do caso”. A filha do casal, Allana, é defendida por Caroline Mattar Assad e Louise Mattar Assad, que afirmaram confiar na Justiça.

A defesa dos acusados David Vollero e Ygor King, comandada pelo advogado Rodrigo Faucz, alega que ficou comprovado que os dois participaram das agressões na casa da família, mas não se envolveram no momento do homicídio. Já a defesa de Eduardo Henrique, feita pelas advogadas Jéssica Virgínia Moreira e Clarissa Taques, disse ansiar que os fatos sejam esclarecidos e confiar que as medidas tomadas pelos jurados serão justas e proporcionais.

A advogada Thayse Cristine Pozzobon, que defende Evellyn Perusso, disse que a cliente é inocente. Ela acredita na absolvição da jovem por ter sido coagida a limpar vestígios do crime.

A família do jogador viajou do interior de Minas Gerais para acompanhar o julgamento. Nilton Ribeiro, advogado que representa a família e assistente de acusação, defende que as provas são robustas contra os réus e que aguarda uma “sentença exemplar” por causa da “brutalidade e covardia” do crime.

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