Perícia cria reviravolta judicial em caso de envenenamento no Piauí


Lucélia Maria, acusada e presa por suspostamente envenenar duas crianças em Parnaíba em agosto do ano passado, foi solta nesta segunda-feira. Polícia diz que laudo demorou por falta de reagente

Por Luciano Coelho e Caio Possati
Atualização:

A Justiça do Piauí autorizou nesta segunda-feira, 13, a soltura de uma mulher que estava presa desde o dia 23 de agosto do ano passado acusada de envenenar duas crianças, em Parnaíba, região norte do Estado. As vítimas, os meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, eram da mesma família que foi alvo de outro envenenamento, no começo de 2025, e que provocou a morte de quatro pessoas (veja mais abaixo).

Os dois garotos morreram ao consumir cajus envenenados com uma substância altamente tóxica chamada terbufós, utilizada em pesticidas e a mesma usada no crime cometido no começo deste ano. A suspeita de causar o envenenamento foi Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Depois de cinco meses, o laudo pericial descartou a presença de veneno nos cajus que foram dados às crianças.

Lucélia Maria da Conceição foi presa em flagrante em agosto de 2024 acusada de dar cajus envenenados a irmãos de oito e sete anos, no Paiuí. Foto: Reprodução TV Globo
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A decisão que soltou Lucélia foi dada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, Maria do Socorro Ivani Vasconcelos. A Secretaria de Justiça Piauí confirmou a chegada do alvará de soltura. Lucélia estava detida na Penitenciária Feminina de Teresina, capital do Estado.

Segundo o delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, o resultado dos laudos foi encaminhado ao Judiciário e o Ministério Público defendeu a conversão da prisão de Lucélia em medidas cautelares. Silva explicou, no entanto, que a mulher não foi absolvida ainda e que o caso vai exigir novas diligências a partir de agora, como ouvir novas testemunhas. “Ela ainda responde a ação criminal”, disse ao Estadão.

O advogado de Lucélia, Sammai Melo Cavalcante, disse à imprensa na porta da penitenciária que busca fazer justiça pela sua cliente. “Desde o primeiro momento ela se declarou inocente”, afirmou. “Foi um processo que, no meu entender, foi oferecida denúncia com fragilidade total de provas. Tanto é que isso desemboca no dia de hoje. Ninguém sabe o estado de espírito da Lucélia porque quebraram o espírito dela. Ela tinha direito à presunção de inocência”, disse o advogado.

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Lucélia acabou tendo a casa destruída como forma de represália ao suposto crime. O advogado afirmou aos jornalistas que a mulher ficará na casa de parentes a partir de agora.

De acordo com o delegado Abimael Silva, o mesmo veneno encontrado veneno no estômago das crianças (terbufós) foi localizado na residência de Lucélia. Ela, por sua vez, alegava à polícia que usava o produto para matar morcegos. “Também foram encontrados alguns cajus no lixo da casa dela, que também foram enviados para a perícia”, explicou Silva, à reportagem.

Sobre o tempo de espera para a conclusão dos laudos, o delegado explicou que, durante o tempo entre a prisão de Lucélia e a sua soltura, foi desenvolvido no Piauí um laboratório de uso da polícia técnico-cientifica, que permitiu fazer a análise dos supostos cajus envenenados. “Porém, neste caso, o reagente do caju não tinha aqui. Teve de pedir do exterior e só chegou em dezembro, coincidentemente no período que teve o segundo crime”, afirmou.

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Ulisses Gabriel e João Miguel são filhos de Francisca Maria Silva, que também morreu no começo do ano após novo caso de envenenamento. Além dela, seus dois filhos, Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e o irmão, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, também não resistiram.

O padrasto de Francisca Maria, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, é apontado como o principal suspeito do crime, e foi preso na última quarta-feira, 8. Ele nega o crime. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Segundo as investigações, os assassinatos teriam sido premeditados por Francisco, que morava na casa junto com sua companheira, Maria dos Aflitos (mãe de Francisca Maria Silva), enteados e outros membros da família. Na noite de réveillon, um arroz foi preparado e deixado sobre o fogão. Após a confraternização, Francisco permaneceu acordado sozinho, momento em que, segundo a perícia, teria adicionado ao alimento o veneno terbufós.

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Uma criança de quatro anos segue internada no Hospital de Urgência de Teresina – HUT em estado grave. As outras vítimas, incluindo o próprio Francisco de Assis, foram hospitalizadas e já receberam alta.

A Justiça do Piauí autorizou nesta segunda-feira, 13, a soltura de uma mulher que estava presa desde o dia 23 de agosto do ano passado acusada de envenenar duas crianças, em Parnaíba, região norte do Estado. As vítimas, os meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, eram da mesma família que foi alvo de outro envenenamento, no começo de 2025, e que provocou a morte de quatro pessoas (veja mais abaixo).

Os dois garotos morreram ao consumir cajus envenenados com uma substância altamente tóxica chamada terbufós, utilizada em pesticidas e a mesma usada no crime cometido no começo deste ano. A suspeita de causar o envenenamento foi Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Depois de cinco meses, o laudo pericial descartou a presença de veneno nos cajus que foram dados às crianças.

Lucélia Maria da Conceição foi presa em flagrante em agosto de 2024 acusada de dar cajus envenenados a irmãos de oito e sete anos, no Paiuí. Foto: Reprodução TV Globo

A decisão que soltou Lucélia foi dada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, Maria do Socorro Ivani Vasconcelos. A Secretaria de Justiça Piauí confirmou a chegada do alvará de soltura. Lucélia estava detida na Penitenciária Feminina de Teresina, capital do Estado.

Segundo o delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, o resultado dos laudos foi encaminhado ao Judiciário e o Ministério Público defendeu a conversão da prisão de Lucélia em medidas cautelares. Silva explicou, no entanto, que a mulher não foi absolvida ainda e que o caso vai exigir novas diligências a partir de agora, como ouvir novas testemunhas. “Ela ainda responde a ação criminal”, disse ao Estadão.

O advogado de Lucélia, Sammai Melo Cavalcante, disse à imprensa na porta da penitenciária que busca fazer justiça pela sua cliente. “Desde o primeiro momento ela se declarou inocente”, afirmou. “Foi um processo que, no meu entender, foi oferecida denúncia com fragilidade total de provas. Tanto é que isso desemboca no dia de hoje. Ninguém sabe o estado de espírito da Lucélia porque quebraram o espírito dela. Ela tinha direito à presunção de inocência”, disse o advogado.

Lucélia acabou tendo a casa destruída como forma de represália ao suposto crime. O advogado afirmou aos jornalistas que a mulher ficará na casa de parentes a partir de agora.

De acordo com o delegado Abimael Silva, o mesmo veneno encontrado veneno no estômago das crianças (terbufós) foi localizado na residência de Lucélia. Ela, por sua vez, alegava à polícia que usava o produto para matar morcegos. “Também foram encontrados alguns cajus no lixo da casa dela, que também foram enviados para a perícia”, explicou Silva, à reportagem.

Sobre o tempo de espera para a conclusão dos laudos, o delegado explicou que, durante o tempo entre a prisão de Lucélia e a sua soltura, foi desenvolvido no Piauí um laboratório de uso da polícia técnico-cientifica, que permitiu fazer a análise dos supostos cajus envenenados. “Porém, neste caso, o reagente do caju não tinha aqui. Teve de pedir do exterior e só chegou em dezembro, coincidentemente no período que teve o segundo crime”, afirmou.

Ulisses Gabriel e João Miguel são filhos de Francisca Maria Silva, que também morreu no começo do ano após novo caso de envenenamento. Além dela, seus dois filhos, Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e o irmão, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, também não resistiram.

O padrasto de Francisca Maria, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, é apontado como o principal suspeito do crime, e foi preso na última quarta-feira, 8. Ele nega o crime. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Segundo as investigações, os assassinatos teriam sido premeditados por Francisco, que morava na casa junto com sua companheira, Maria dos Aflitos (mãe de Francisca Maria Silva), enteados e outros membros da família. Na noite de réveillon, um arroz foi preparado e deixado sobre o fogão. Após a confraternização, Francisco permaneceu acordado sozinho, momento em que, segundo a perícia, teria adicionado ao alimento o veneno terbufós.

Uma criança de quatro anos segue internada no Hospital de Urgência de Teresina – HUT em estado grave. As outras vítimas, incluindo o próprio Francisco de Assis, foram hospitalizadas e já receberam alta.

A Justiça do Piauí autorizou nesta segunda-feira, 13, a soltura de uma mulher que estava presa desde o dia 23 de agosto do ano passado acusada de envenenar duas crianças, em Parnaíba, região norte do Estado. As vítimas, os meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, eram da mesma família que foi alvo de outro envenenamento, no começo de 2025, e que provocou a morte de quatro pessoas (veja mais abaixo).

Os dois garotos morreram ao consumir cajus envenenados com uma substância altamente tóxica chamada terbufós, utilizada em pesticidas e a mesma usada no crime cometido no começo deste ano. A suspeita de causar o envenenamento foi Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Depois de cinco meses, o laudo pericial descartou a presença de veneno nos cajus que foram dados às crianças.

Lucélia Maria da Conceição foi presa em flagrante em agosto de 2024 acusada de dar cajus envenenados a irmãos de oito e sete anos, no Paiuí. Foto: Reprodução TV Globo

A decisão que soltou Lucélia foi dada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, Maria do Socorro Ivani Vasconcelos. A Secretaria de Justiça Piauí confirmou a chegada do alvará de soltura. Lucélia estava detida na Penitenciária Feminina de Teresina, capital do Estado.

Segundo o delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, o resultado dos laudos foi encaminhado ao Judiciário e o Ministério Público defendeu a conversão da prisão de Lucélia em medidas cautelares. Silva explicou, no entanto, que a mulher não foi absolvida ainda e que o caso vai exigir novas diligências a partir de agora, como ouvir novas testemunhas. “Ela ainda responde a ação criminal”, disse ao Estadão.

O advogado de Lucélia, Sammai Melo Cavalcante, disse à imprensa na porta da penitenciária que busca fazer justiça pela sua cliente. “Desde o primeiro momento ela se declarou inocente”, afirmou. “Foi um processo que, no meu entender, foi oferecida denúncia com fragilidade total de provas. Tanto é que isso desemboca no dia de hoje. Ninguém sabe o estado de espírito da Lucélia porque quebraram o espírito dela. Ela tinha direito à presunção de inocência”, disse o advogado.

Lucélia acabou tendo a casa destruída como forma de represália ao suposto crime. O advogado afirmou aos jornalistas que a mulher ficará na casa de parentes a partir de agora.

De acordo com o delegado Abimael Silva, o mesmo veneno encontrado veneno no estômago das crianças (terbufós) foi localizado na residência de Lucélia. Ela, por sua vez, alegava à polícia que usava o produto para matar morcegos. “Também foram encontrados alguns cajus no lixo da casa dela, que também foram enviados para a perícia”, explicou Silva, à reportagem.

Sobre o tempo de espera para a conclusão dos laudos, o delegado explicou que, durante o tempo entre a prisão de Lucélia e a sua soltura, foi desenvolvido no Piauí um laboratório de uso da polícia técnico-cientifica, que permitiu fazer a análise dos supostos cajus envenenados. “Porém, neste caso, o reagente do caju não tinha aqui. Teve de pedir do exterior e só chegou em dezembro, coincidentemente no período que teve o segundo crime”, afirmou.

Ulisses Gabriel e João Miguel são filhos de Francisca Maria Silva, que também morreu no começo do ano após novo caso de envenenamento. Além dela, seus dois filhos, Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos, e o irmão, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, também não resistiram.

O padrasto de Francisca Maria, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, é apontado como o principal suspeito do crime, e foi preso na última quarta-feira, 8. Ele nega o crime. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Segundo as investigações, os assassinatos teriam sido premeditados por Francisco, que morava na casa junto com sua companheira, Maria dos Aflitos (mãe de Francisca Maria Silva), enteados e outros membros da família. Na noite de réveillon, um arroz foi preparado e deixado sobre o fogão. Após a confraternização, Francisco permaneceu acordado sozinho, momento em que, segundo a perícia, teria adicionado ao alimento o veneno terbufós.

Uma criança de quatro anos segue internada no Hospital de Urgência de Teresina – HUT em estado grave. As outras vítimas, incluindo o próprio Francisco de Assis, foram hospitalizadas e já receberam alta.

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