Quinta-feira, 26 de maio de 1910


 

Por Redação

 

 

 Foto: Estadão
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A - Entrada Principal; B - Pavilhão para administração; C - Pavilhão para 200 presos; D - Officinas de trabalhos; E - Collunas de prisão de rigor; F- Amphiteatro para ceremonias do culto; L - Cozinha a vapor; P - Pavilhão para doentes; Q - Casa de serviço; R - Necroterio; S - Casa de Administração; T - Muro principal com torres; Y - Palecete do Director

 

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 Foto: Estadão

A segurança absoluta e os rigorosos preceitos sanitários observados nas edificações, em harmonia com uma distribuição combinada dos diversos departamentos, constituem os requisitos indispensaveis a que deve obedecer o projecto de uma penitenciaria. Os projectos escolhidos pela comissão como Ella própria demonstra não preenchem taes condições. Estampamos a planta geral do projecto "Laboravit Fidenter" para denmosnstrar o quanto a commissão dse esforçou para eleval-o á altura do merecer a primeira classificação.(...) (pág.7)

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ITALIA

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O correspondente do "Temps" em Roma procurou colher as impressões de alguns homens políticos de diversos partidos acerca da actual situação política italiana e especialmente das recentes declarações do sr. Luzzatti. O optimismo, dizelle, é geral; parece não restar duvida de que o ministro obterá uma forte maioria no Parlamento. Diz-se até que os clericaes tambem votarão a moção de confiança, visto o discurso do sr. Luzzatto não inspirar receio algum aos catholicos. A qualificação adoptada pelo sr. Luzatti de escola "nacional" em vez da de escola laica é considerada habilíssima e de molde a evitar as contendas religiosas. Esta intenção faz com que o sr. Luzzatti conquiste a boa vontade daquelles que se inquietavam com uma possível tendência anti-clerical da parte dos seus collegas radicaes. Por seu lado, os radicaes tambem se mostram contentes. O projecto de reforma eleitoral é que poderia suscitar algumas hostilidades, pois a maioria dos actuaes deputados parece não ser favoravel a representação proporcional. Mas covem observar que essa reforma apenas interessará as grandes cidades e os deputados que as representam são geralmente partidários desse systema de representação. Com respeito ao alargamento do suffragio universal, trará elle comsigo cerca de um milhão a mais de eleitores, pois que para se ter o direito de votar bastará ter frenquentado durante um anno a escola primaria, ao passo que pele lei actualmente em vigor é preciso apresentar attestado de exame de terceiro anno. O projecto realtivo aos serviços marítimos parece que está sendo bem recebido. (...) (pág.1)

 

GRAN-BRETANHA

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O relatório que sir. Eldon Gorst acaba de publicar relativamente ao Egypto ainda é menos optimista que o que o anno passado se publicou. Sir Eldon começa por se queixar da imprensa indígena, cuja attitude de violência é cada vez maior, "Não hesito em dizer, escreve elle no seu relatório, que os chefes do partido nacionalista são moralmente responsáveis pelo assassínio de Buttos pachá. Foram elles que incitaram a actos como esse, durante annos, sabendo muito bem que as suas palavras não deixariam de lavar indivíduos cheios de mocidade e de ignorância é pratica de violências que elles agora fngem deplorar." A lei de imprensa, no dizer de sir. Eldon Gorst, teria talvez sido applicada com demaziada moderação, e o relatório dá a entender claramente que o governo vae dentro em breve mostrar-se mais rigoroso no caso de não cessarem os excessos. A este respeito, não deixa de ser curioso que o governo inglez tenha reconhecido na mesma occasião na India como no Egypto, a necessidade de pôr freio á imprensa indígena. Parece que o Conselho legislativo egypcio não deu á Inglaterra satisfacções muito ardentes. A opposição que ali se fez á renovações da concessão do canal de Suez prova, aos olhos de sir. Eldon Gorst; que a assembléa geral ainda se não encontra em condições de abordar as questões sem se sentir dominada pelo sentimento de desconfiança para com o governo. O mesmo acontece com respeito aos caminhos de ferro sudanezes; a Assembléa teima em recusar os reditos que são necessários para o desenvolvimento econimico do Sudãi, de que todavia o Egypto depende no que todas as suas captações de águas. A discussão do orçamento não foi mais do que um pretexto para diatribes contra o governo. Sir Eldon Gorst declara, em vista de todas estas razões que nada justificaria uma nova explicação dos poderes da Assembléa. O "Times" insiste sobre esta parte commentando o relatório de sir. Eldon: aquelle jornal lembra aos egypcios que os processos seguidos pelos nacionalistas não farão senão recuar o ensejo para a Inglaterra conceder no Egypto o "self government".(pág.2)

 

ALLEMANHA

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Informa um jornal de Strasburgo que o imperador da Allemanha, por ocasião da sua recente estada na Alsacia, se pronunciou sobre a questão da autonomia. Segundo o referido jornal, Guilherme II declarou que se não tratava de estabelecer uma dynastia na Alsacia-Lorena, e que elle é que continuaria sendo soberano das províncias annexadas.(pág.2)

 

ALLEMANHA II

Um escriptor socialista muito conhecido, o sr. Wilhelm Kolbe, num artigo publicado na "Revista Socialista Mensal", preconiza um accordo entre socialistas e liberaes. "A questão que há a resolver, diz elle, não é a organisação da nova sociedade socialista, mas sim, a transformação do actual regimen burocrático num regimen em que  a nação se governe a si mesma. Nesse intuito, é indispensável que se formem colligações políticas. Uma parte dos liberaes avançados já esta fazendo causa commum com os socialistas na questão do suffragio universal. É essa uma das razões pelas quaes a democracia socialista conserva em todas as suas manifestações um caracter tão rigorosamente ordenado. Há muitos nacionaes liberaes que estão inclinados a juntar-se ao movimento, mas a ala direita do partido ainda sente nisso uma certa repugnância; tanto assim é que o bloco da esquerda, ainda que limitado a uma acção política determinada, está por emquanto muito longe de se realisar. Não deixa, comtudo, de ser curiosos ver como o socialismo allemão vae abandonando os seus elementos theoricos afim de se tornar viável. Por outro lado, é para notar que o centro aproveitaria tudo quanto pode para empurrar os nacionaes liberaes para a opposição, afim de ficar só com os conservadores na maioria. O presidente do Reichstag, o conde Schwerin-Löwitz, deu no dia 3 de maio a sua primeira "soirée" parlamentariner Tageblatt" nota, por esse facto, que parece que entre os parlamentares allemães se pretendem estabelecer costumes novos. Com effeito, só os membros da maioria, isto é , os conservadores livres e os catholicos é que acceitaram o convite do novo presidente, ao passo que a opposição, incluindo os nacionaes liberaes, e contra todos os precedentes seabsteve de comparecer. (pág.2)

 

ALLEMANHA III

O governo da Alsacia- Lorena, por decreto publicado no dia 3 de maio, determinou que passasse a ser empregada a língua alleman como língua official em 21 localidades lorenas que ficam perto da fronteira franceza. Como é sabido, o governo imperial das duas províncias anexadas costuma tomar de tempos a tempos uma deliberação deste gênero a pretexto de que a maioria dos habitantes das communas visadas fala o allemão. As estatísticas de que para esse effeito se tem feito uso são muito contestáveis e têm sido sempre ontestadas. Na sessão realisada no dia 3 de maio, na delegação, foram formuladas ásperas censuras contra essa nova determinação. Mas tudo isso de nada serviu, pois decreto começará a ter applicação no próximo dia 1 de julho.(pág.2)

 

 

 

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A - Entrada Principal; B - Pavilhão para administração; C - Pavilhão para 200 presos; D - Officinas de trabalhos; E - Collunas de prisão de rigor; F- Amphiteatro para ceremonias do culto; L - Cozinha a vapor; P - Pavilhão para doentes; Q - Casa de serviço; R - Necroterio; S - Casa de Administração; T - Muro principal com torres; Y - Palecete do Director

 

 

 Foto: Estadão

A segurança absoluta e os rigorosos preceitos sanitários observados nas edificações, em harmonia com uma distribuição combinada dos diversos departamentos, constituem os requisitos indispensaveis a que deve obedecer o projecto de uma penitenciaria. Os projectos escolhidos pela comissão como Ella própria demonstra não preenchem taes condições. Estampamos a planta geral do projecto "Laboravit Fidenter" para denmosnstrar o quanto a commissão dse esforçou para eleval-o á altura do merecer a primeira classificação.(...) (pág.7)

 

 

ITALIA

O correspondente do "Temps" em Roma procurou colher as impressões de alguns homens políticos de diversos partidos acerca da actual situação política italiana e especialmente das recentes declarações do sr. Luzzatti. O optimismo, dizelle, é geral; parece não restar duvida de que o ministro obterá uma forte maioria no Parlamento. Diz-se até que os clericaes tambem votarão a moção de confiança, visto o discurso do sr. Luzzatto não inspirar receio algum aos catholicos. A qualificação adoptada pelo sr. Luzatti de escola "nacional" em vez da de escola laica é considerada habilíssima e de molde a evitar as contendas religiosas. Esta intenção faz com que o sr. Luzzatti conquiste a boa vontade daquelles que se inquietavam com uma possível tendência anti-clerical da parte dos seus collegas radicaes. Por seu lado, os radicaes tambem se mostram contentes. O projecto de reforma eleitoral é que poderia suscitar algumas hostilidades, pois a maioria dos actuaes deputados parece não ser favoravel a representação proporcional. Mas covem observar que essa reforma apenas interessará as grandes cidades e os deputados que as representam são geralmente partidários desse systema de representação. Com respeito ao alargamento do suffragio universal, trará elle comsigo cerca de um milhão a mais de eleitores, pois que para se ter o direito de votar bastará ter frenquentado durante um anno a escola primaria, ao passo que pele lei actualmente em vigor é preciso apresentar attestado de exame de terceiro anno. O projecto realtivo aos serviços marítimos parece que está sendo bem recebido. (...) (pág.1)

 

GRAN-BRETANHA

O relatório que sir. Eldon Gorst acaba de publicar relativamente ao Egypto ainda é menos optimista que o que o anno passado se publicou. Sir Eldon começa por se queixar da imprensa indígena, cuja attitude de violência é cada vez maior, "Não hesito em dizer, escreve elle no seu relatório, que os chefes do partido nacionalista são moralmente responsáveis pelo assassínio de Buttos pachá. Foram elles que incitaram a actos como esse, durante annos, sabendo muito bem que as suas palavras não deixariam de lavar indivíduos cheios de mocidade e de ignorância é pratica de violências que elles agora fngem deplorar." A lei de imprensa, no dizer de sir. Eldon Gorst, teria talvez sido applicada com demaziada moderação, e o relatório dá a entender claramente que o governo vae dentro em breve mostrar-se mais rigoroso no caso de não cessarem os excessos. A este respeito, não deixa de ser curioso que o governo inglez tenha reconhecido na mesma occasião na India como no Egypto, a necessidade de pôr freio á imprensa indígena. Parece que o Conselho legislativo egypcio não deu á Inglaterra satisfacções muito ardentes. A opposição que ali se fez á renovações da concessão do canal de Suez prova, aos olhos de sir. Eldon Gorst; que a assembléa geral ainda se não encontra em condições de abordar as questões sem se sentir dominada pelo sentimento de desconfiança para com o governo. O mesmo acontece com respeito aos caminhos de ferro sudanezes; a Assembléa teima em recusar os reditos que são necessários para o desenvolvimento econimico do Sudãi, de que todavia o Egypto depende no que todas as suas captações de águas. A discussão do orçamento não foi mais do que um pretexto para diatribes contra o governo. Sir Eldon Gorst declara, em vista de todas estas razões que nada justificaria uma nova explicação dos poderes da Assembléa. O "Times" insiste sobre esta parte commentando o relatório de sir. Eldon: aquelle jornal lembra aos egypcios que os processos seguidos pelos nacionalistas não farão senão recuar o ensejo para a Inglaterra conceder no Egypto o "self government".(pág.2)

 

ALLEMANHA

Informa um jornal de Strasburgo que o imperador da Allemanha, por ocasião da sua recente estada na Alsacia, se pronunciou sobre a questão da autonomia. Segundo o referido jornal, Guilherme II declarou que se não tratava de estabelecer uma dynastia na Alsacia-Lorena, e que elle é que continuaria sendo soberano das províncias annexadas.(pág.2)

 

ALLEMANHA II

Um escriptor socialista muito conhecido, o sr. Wilhelm Kolbe, num artigo publicado na "Revista Socialista Mensal", preconiza um accordo entre socialistas e liberaes. "A questão que há a resolver, diz elle, não é a organisação da nova sociedade socialista, mas sim, a transformação do actual regimen burocrático num regimen em que  a nação se governe a si mesma. Nesse intuito, é indispensável que se formem colligações políticas. Uma parte dos liberaes avançados já esta fazendo causa commum com os socialistas na questão do suffragio universal. É essa uma das razões pelas quaes a democracia socialista conserva em todas as suas manifestações um caracter tão rigorosamente ordenado. Há muitos nacionaes liberaes que estão inclinados a juntar-se ao movimento, mas a ala direita do partido ainda sente nisso uma certa repugnância; tanto assim é que o bloco da esquerda, ainda que limitado a uma acção política determinada, está por emquanto muito longe de se realisar. Não deixa, comtudo, de ser curiosos ver como o socialismo allemão vae abandonando os seus elementos theoricos afim de se tornar viável. Por outro lado, é para notar que o centro aproveitaria tudo quanto pode para empurrar os nacionaes liberaes para a opposição, afim de ficar só com os conservadores na maioria. O presidente do Reichstag, o conde Schwerin-Löwitz, deu no dia 3 de maio a sua primeira "soirée" parlamentariner Tageblatt" nota, por esse facto, que parece que entre os parlamentares allemães se pretendem estabelecer costumes novos. Com effeito, só os membros da maioria, isto é , os conservadores livres e os catholicos é que acceitaram o convite do novo presidente, ao passo que a opposição, incluindo os nacionaes liberaes, e contra todos os precedentes seabsteve de comparecer. (pág.2)

 

ALLEMANHA III

O governo da Alsacia- Lorena, por decreto publicado no dia 3 de maio, determinou que passasse a ser empregada a língua alleman como língua official em 21 localidades lorenas que ficam perto da fronteira franceza. Como é sabido, o governo imperial das duas províncias anexadas costuma tomar de tempos a tempos uma deliberação deste gênero a pretexto de que a maioria dos habitantes das communas visadas fala o allemão. As estatísticas de que para esse effeito se tem feito uso são muito contestáveis e têm sido sempre ontestadas. Na sessão realisada no dia 3 de maio, na delegação, foram formuladas ásperas censuras contra essa nova determinação. Mas tudo isso de nada serviu, pois decreto começará a ter applicação no próximo dia 1 de julho.(pág.2)

 

 

 

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A - Entrada Principal; B - Pavilhão para administração; C - Pavilhão para 200 presos; D - Officinas de trabalhos; E - Collunas de prisão de rigor; F- Amphiteatro para ceremonias do culto; L - Cozinha a vapor; P - Pavilhão para doentes; Q - Casa de serviço; R - Necroterio; S - Casa de Administração; T - Muro principal com torres; Y - Palecete do Director

 

 

 Foto: Estadão

A segurança absoluta e os rigorosos preceitos sanitários observados nas edificações, em harmonia com uma distribuição combinada dos diversos departamentos, constituem os requisitos indispensaveis a que deve obedecer o projecto de uma penitenciaria. Os projectos escolhidos pela comissão como Ella própria demonstra não preenchem taes condições. Estampamos a planta geral do projecto "Laboravit Fidenter" para denmosnstrar o quanto a commissão dse esforçou para eleval-o á altura do merecer a primeira classificação.(...) (pág.7)

 

 

ITALIA

O correspondente do "Temps" em Roma procurou colher as impressões de alguns homens políticos de diversos partidos acerca da actual situação política italiana e especialmente das recentes declarações do sr. Luzzatti. O optimismo, dizelle, é geral; parece não restar duvida de que o ministro obterá uma forte maioria no Parlamento. Diz-se até que os clericaes tambem votarão a moção de confiança, visto o discurso do sr. Luzzatto não inspirar receio algum aos catholicos. A qualificação adoptada pelo sr. Luzatti de escola "nacional" em vez da de escola laica é considerada habilíssima e de molde a evitar as contendas religiosas. Esta intenção faz com que o sr. Luzzatti conquiste a boa vontade daquelles que se inquietavam com uma possível tendência anti-clerical da parte dos seus collegas radicaes. Por seu lado, os radicaes tambem se mostram contentes. O projecto de reforma eleitoral é que poderia suscitar algumas hostilidades, pois a maioria dos actuaes deputados parece não ser favoravel a representação proporcional. Mas covem observar que essa reforma apenas interessará as grandes cidades e os deputados que as representam são geralmente partidários desse systema de representação. Com respeito ao alargamento do suffragio universal, trará elle comsigo cerca de um milhão a mais de eleitores, pois que para se ter o direito de votar bastará ter frenquentado durante um anno a escola primaria, ao passo que pele lei actualmente em vigor é preciso apresentar attestado de exame de terceiro anno. O projecto realtivo aos serviços marítimos parece que está sendo bem recebido. (...) (pág.1)

 

GRAN-BRETANHA

O relatório que sir. Eldon Gorst acaba de publicar relativamente ao Egypto ainda é menos optimista que o que o anno passado se publicou. Sir Eldon começa por se queixar da imprensa indígena, cuja attitude de violência é cada vez maior, "Não hesito em dizer, escreve elle no seu relatório, que os chefes do partido nacionalista são moralmente responsáveis pelo assassínio de Buttos pachá. Foram elles que incitaram a actos como esse, durante annos, sabendo muito bem que as suas palavras não deixariam de lavar indivíduos cheios de mocidade e de ignorância é pratica de violências que elles agora fngem deplorar." A lei de imprensa, no dizer de sir. Eldon Gorst, teria talvez sido applicada com demaziada moderação, e o relatório dá a entender claramente que o governo vae dentro em breve mostrar-se mais rigoroso no caso de não cessarem os excessos. A este respeito, não deixa de ser curioso que o governo inglez tenha reconhecido na mesma occasião na India como no Egypto, a necessidade de pôr freio á imprensa indígena. Parece que o Conselho legislativo egypcio não deu á Inglaterra satisfacções muito ardentes. A opposição que ali se fez á renovações da concessão do canal de Suez prova, aos olhos de sir. Eldon Gorst; que a assembléa geral ainda se não encontra em condições de abordar as questões sem se sentir dominada pelo sentimento de desconfiança para com o governo. O mesmo acontece com respeito aos caminhos de ferro sudanezes; a Assembléa teima em recusar os reditos que são necessários para o desenvolvimento econimico do Sudãi, de que todavia o Egypto depende no que todas as suas captações de águas. A discussão do orçamento não foi mais do que um pretexto para diatribes contra o governo. Sir Eldon Gorst declara, em vista de todas estas razões que nada justificaria uma nova explicação dos poderes da Assembléa. O "Times" insiste sobre esta parte commentando o relatório de sir. Eldon: aquelle jornal lembra aos egypcios que os processos seguidos pelos nacionalistas não farão senão recuar o ensejo para a Inglaterra conceder no Egypto o "self government".(pág.2)

 

ALLEMANHA

Informa um jornal de Strasburgo que o imperador da Allemanha, por ocasião da sua recente estada na Alsacia, se pronunciou sobre a questão da autonomia. Segundo o referido jornal, Guilherme II declarou que se não tratava de estabelecer uma dynastia na Alsacia-Lorena, e que elle é que continuaria sendo soberano das províncias annexadas.(pág.2)

 

ALLEMANHA II

Um escriptor socialista muito conhecido, o sr. Wilhelm Kolbe, num artigo publicado na "Revista Socialista Mensal", preconiza um accordo entre socialistas e liberaes. "A questão que há a resolver, diz elle, não é a organisação da nova sociedade socialista, mas sim, a transformação do actual regimen burocrático num regimen em que  a nação se governe a si mesma. Nesse intuito, é indispensável que se formem colligações políticas. Uma parte dos liberaes avançados já esta fazendo causa commum com os socialistas na questão do suffragio universal. É essa uma das razões pelas quaes a democracia socialista conserva em todas as suas manifestações um caracter tão rigorosamente ordenado. Há muitos nacionaes liberaes que estão inclinados a juntar-se ao movimento, mas a ala direita do partido ainda sente nisso uma certa repugnância; tanto assim é que o bloco da esquerda, ainda que limitado a uma acção política determinada, está por emquanto muito longe de se realisar. Não deixa, comtudo, de ser curiosos ver como o socialismo allemão vae abandonando os seus elementos theoricos afim de se tornar viável. Por outro lado, é para notar que o centro aproveitaria tudo quanto pode para empurrar os nacionaes liberaes para a opposição, afim de ficar só com os conservadores na maioria. O presidente do Reichstag, o conde Schwerin-Löwitz, deu no dia 3 de maio a sua primeira "soirée" parlamentariner Tageblatt" nota, por esse facto, que parece que entre os parlamentares allemães se pretendem estabelecer costumes novos. Com effeito, só os membros da maioria, isto é , os conservadores livres e os catholicos é que acceitaram o convite do novo presidente, ao passo que a opposição, incluindo os nacionaes liberaes, e contra todos os precedentes seabsteve de comparecer. (pág.2)

 

ALLEMANHA III

O governo da Alsacia- Lorena, por decreto publicado no dia 3 de maio, determinou que passasse a ser empregada a língua alleman como língua official em 21 localidades lorenas que ficam perto da fronteira franceza. Como é sabido, o governo imperial das duas províncias anexadas costuma tomar de tempos a tempos uma deliberação deste gênero a pretexto de que a maioria dos habitantes das communas visadas fala o allemão. As estatísticas de que para esse effeito se tem feito uso são muito contestáveis e têm sido sempre ontestadas. Na sessão realisada no dia 3 de maio, na delegação, foram formuladas ásperas censuras contra essa nova determinação. Mas tudo isso de nada serviu, pois decreto começará a ter applicação no próximo dia 1 de julho.(pág.2)

 

 

 

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 Foto: Estadão

A segurança absoluta e os rigorosos preceitos sanitários observados nas edificações, em harmonia com uma distribuição combinada dos diversos departamentos, constituem os requisitos indispensaveis a que deve obedecer o projecto de uma penitenciaria. Os projectos escolhidos pela comissão como Ella própria demonstra não preenchem taes condições. Estampamos a planta geral do projecto "Laboravit Fidenter" para denmosnstrar o quanto a commissão dse esforçou para eleval-o á altura do merecer a primeira classificação.(...) (pág.7)

 

 

ITALIA

O correspondente do "Temps" em Roma procurou colher as impressões de alguns homens políticos de diversos partidos acerca da actual situação política italiana e especialmente das recentes declarações do sr. Luzzatti. O optimismo, dizelle, é geral; parece não restar duvida de que o ministro obterá uma forte maioria no Parlamento. Diz-se até que os clericaes tambem votarão a moção de confiança, visto o discurso do sr. Luzzatto não inspirar receio algum aos catholicos. A qualificação adoptada pelo sr. Luzatti de escola "nacional" em vez da de escola laica é considerada habilíssima e de molde a evitar as contendas religiosas. Esta intenção faz com que o sr. Luzzatti conquiste a boa vontade daquelles que se inquietavam com uma possível tendência anti-clerical da parte dos seus collegas radicaes. Por seu lado, os radicaes tambem se mostram contentes. O projecto de reforma eleitoral é que poderia suscitar algumas hostilidades, pois a maioria dos actuaes deputados parece não ser favoravel a representação proporcional. Mas covem observar que essa reforma apenas interessará as grandes cidades e os deputados que as representam são geralmente partidários desse systema de representação. Com respeito ao alargamento do suffragio universal, trará elle comsigo cerca de um milhão a mais de eleitores, pois que para se ter o direito de votar bastará ter frenquentado durante um anno a escola primaria, ao passo que pele lei actualmente em vigor é preciso apresentar attestado de exame de terceiro anno. O projecto realtivo aos serviços marítimos parece que está sendo bem recebido. (...) (pág.1)

 

GRAN-BRETANHA

O relatório que sir. Eldon Gorst acaba de publicar relativamente ao Egypto ainda é menos optimista que o que o anno passado se publicou. Sir Eldon começa por se queixar da imprensa indígena, cuja attitude de violência é cada vez maior, "Não hesito em dizer, escreve elle no seu relatório, que os chefes do partido nacionalista são moralmente responsáveis pelo assassínio de Buttos pachá. Foram elles que incitaram a actos como esse, durante annos, sabendo muito bem que as suas palavras não deixariam de lavar indivíduos cheios de mocidade e de ignorância é pratica de violências que elles agora fngem deplorar." A lei de imprensa, no dizer de sir. Eldon Gorst, teria talvez sido applicada com demaziada moderação, e o relatório dá a entender claramente que o governo vae dentro em breve mostrar-se mais rigoroso no caso de não cessarem os excessos. A este respeito, não deixa de ser curioso que o governo inglez tenha reconhecido na mesma occasião na India como no Egypto, a necessidade de pôr freio á imprensa indígena. Parece que o Conselho legislativo egypcio não deu á Inglaterra satisfacções muito ardentes. A opposição que ali se fez á renovações da concessão do canal de Suez prova, aos olhos de sir. Eldon Gorst; que a assembléa geral ainda se não encontra em condições de abordar as questões sem se sentir dominada pelo sentimento de desconfiança para com o governo. O mesmo acontece com respeito aos caminhos de ferro sudanezes; a Assembléa teima em recusar os reditos que são necessários para o desenvolvimento econimico do Sudãi, de que todavia o Egypto depende no que todas as suas captações de águas. A discussão do orçamento não foi mais do que um pretexto para diatribes contra o governo. Sir Eldon Gorst declara, em vista de todas estas razões que nada justificaria uma nova explicação dos poderes da Assembléa. O "Times" insiste sobre esta parte commentando o relatório de sir. Eldon: aquelle jornal lembra aos egypcios que os processos seguidos pelos nacionalistas não farão senão recuar o ensejo para a Inglaterra conceder no Egypto o "self government".(pág.2)

 

ALLEMANHA

Informa um jornal de Strasburgo que o imperador da Allemanha, por ocasião da sua recente estada na Alsacia, se pronunciou sobre a questão da autonomia. Segundo o referido jornal, Guilherme II declarou que se não tratava de estabelecer uma dynastia na Alsacia-Lorena, e que elle é que continuaria sendo soberano das províncias annexadas.(pág.2)

 

ALLEMANHA II

Um escriptor socialista muito conhecido, o sr. Wilhelm Kolbe, num artigo publicado na "Revista Socialista Mensal", preconiza um accordo entre socialistas e liberaes. "A questão que há a resolver, diz elle, não é a organisação da nova sociedade socialista, mas sim, a transformação do actual regimen burocrático num regimen em que  a nação se governe a si mesma. Nesse intuito, é indispensável que se formem colligações políticas. Uma parte dos liberaes avançados já esta fazendo causa commum com os socialistas na questão do suffragio universal. É essa uma das razões pelas quaes a democracia socialista conserva em todas as suas manifestações um caracter tão rigorosamente ordenado. Há muitos nacionaes liberaes que estão inclinados a juntar-se ao movimento, mas a ala direita do partido ainda sente nisso uma certa repugnância; tanto assim é que o bloco da esquerda, ainda que limitado a uma acção política determinada, está por emquanto muito longe de se realisar. Não deixa, comtudo, de ser curiosos ver como o socialismo allemão vae abandonando os seus elementos theoricos afim de se tornar viável. Por outro lado, é para notar que o centro aproveitaria tudo quanto pode para empurrar os nacionaes liberaes para a opposição, afim de ficar só com os conservadores na maioria. O presidente do Reichstag, o conde Schwerin-Löwitz, deu no dia 3 de maio a sua primeira "soirée" parlamentariner Tageblatt" nota, por esse facto, que parece que entre os parlamentares allemães se pretendem estabelecer costumes novos. Com effeito, só os membros da maioria, isto é , os conservadores livres e os catholicos é que acceitaram o convite do novo presidente, ao passo que a opposição, incluindo os nacionaes liberaes, e contra todos os precedentes seabsteve de comparecer. (pág.2)

 

ALLEMANHA III

O governo da Alsacia- Lorena, por decreto publicado no dia 3 de maio, determinou que passasse a ser empregada a língua alleman como língua official em 21 localidades lorenas que ficam perto da fronteira franceza. Como é sabido, o governo imperial das duas províncias anexadas costuma tomar de tempos a tempos uma deliberação deste gênero a pretexto de que a maioria dos habitantes das communas visadas fala o allemão. As estatísticas de que para esse effeito se tem feito uso são muito contestáveis e têm sido sempre ontestadas. Na sessão realisada no dia 3 de maio, na delegação, foram formuladas ásperas censuras contra essa nova determinação. Mas tudo isso de nada serviu, pois decreto começará a ter applicação no próximo dia 1 de julho.(pág.2)

 

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