Veja números da tragédia no Rio Grande do Sul: ‘Exige tratamento de pós-guerra’, diz Leite


Maior desastre ambiental do Estado já atingiu mais de 700 mil de pessoas; há 78 mortes confirmadas e 105 desaparecidos

Por Renata Okumura
Atualização:

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na tarde deste domingo, 5, que o Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. Ele ressalta os esforços de municípios e outras autoridades do País no resgate da população ainda em áreas de risco.

Pessoas sendo resgatadas no Rio Grande do Sul Foto: Renan Mattos/Reuters

Há relatos de moradores ilhados, ainda sobre telhados, com uso de botes e até jet-skis em resgates. O Estado enfrenta seu pior desastre climático, com 78 mortos e 105 desaparecidos, com barragens sob ameaça de rompimento, estradas e pontes destruídas e cerca de um milhão de imóveis sem água.

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O Aeroporto Salgado Filho está com operações suspensas e a inundação do Rio Guaíba, que atingiu nível recorde, alagou o centro de Porto Alegre.

A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, incluindo o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Ele voltou ao Estado, onde já esteve nesta semana quando desembarcou em Santa Maria. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integram a comitiva.

“É um cenário de guerra no Estado, e com cenário de guerra, teremos que ter o tratamento também do pós-guerra. A vinda do presidente Lula e outras autoridades vai ser muito importante para dar consciência situacional. Não é hora de procurar culpados. Não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter de trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige. Primeiro a mitigação, e depois a reconstrução”, afirma Leite.

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O governador, no sábado, já falou sobre a necessidade de uma espécie de Plano Marshall, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Como o Estadão mostrou, apenas em 2023, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões. Especialistas alertam que, com o aquecimento global, eventos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes.

Segundo Leite, as próximas semanas ainda serão difíceis. “A água ainda vai demorar a baixar e continuar trazendo transtornos. Naturalmente, na região metropolitana, tem centros logísticos que atendem diversas localidades e enfrentam muitas dificuldades”, acrescentou o governador.

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Leite também aproveitou para agradecer aos voluntários que estão ajudando nos resgates. “Tem grupos mobilizados de jet-ski e de barcos mobilizados resgatando muitas pessoas também.”

Lula garantiu apoio ao Rio Grande do Sul na reconstrução do Estado. “O governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as todas estradas estaduais. O ministro Camilo Santana (da Educação) sabe que fazer as crianças voltarem a ter aulas é uma prioridade, tão importante quanto a água para beber. A nossa ministra Nísia Trindade (da Saúde) sabe que por meio do Sistema Único de Saúde (Sus) é importante a gente buscar esforços para minimizar o sofrimento do Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente também citou que serão elaboradas ações para financiar linhas de créditos no Rio Grande do Sul. “Também trouxemos a nossa companheira Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) que está encarregada de apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos para que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.”

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“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade deste Estado”, disse Lula ao citar a ida dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que também integram a sua comitiva.

Lula defendeu que as pessoas não podem reconstruir suas casas nos mesmos locais que elas caíram. “É preciso que Estado, municípios e União localizem terrenos em pontos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho”, afirmou ele.

O presidente citou a importância do Rio Grande do Sul para o País. “Esse Estado tem muito a ver com a integridade do nosso Brasil. Tem muito a ver com a cultura do nosso País. Tem muito a ver com os pesquisadores e cientistas deste País, com a grandeza da música brasileira, mas sobretudo este Estado é formado por homens e mulheres que marcaram história neste País. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, acrescentou Lula.

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Boletim das 18 horas deste domingo, 5:

  • Municípios afetados: 341;
  • Pessoas em abrigos: 18.487;
  • Desalojados: 115.844;
  • Afetados: 844.673;
  • Feridos: 175;
  • Desaparecidos: 105;
  • Óbitos confirmados: 78;
  • Óbitos em investigação*: 4 - está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.
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Veja outros números envolvendo a tragédia:

  • 110 hospitais afetados - destes 17 sem atendimento e 75 funcionando parcialmente;
  • 12 barreiras sob pressão - Nível de emergência (2), nível de alerta (5) e nível de atenção (5);
  • Rompimento parcial da Usina 14 de Julho exige evacuação em 10 municípios, conforme dados atualizados na tarde de sábado.
  • 418,2 mil pontos sem energia;
  • 1,06 milhão de imóveis sem água;
  • Dezenas de municípios sem telefonia e internet;
  • Nas estradas há ao menos 178 pontos de bloqueios - 142 totais e 45 parciais;
  • Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA) fechado por tempo indeterminado;
  • Impactos na produção - no abastecimento, no emprego e na renda;
  • Impactos na indústria - insumos e paralisações.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na tarde deste domingo, 5, que o Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. Ele ressalta os esforços de municípios e outras autoridades do País no resgate da população ainda em áreas de risco.

Pessoas sendo resgatadas no Rio Grande do Sul Foto: Renan Mattos/Reuters

Há relatos de moradores ilhados, ainda sobre telhados, com uso de botes e até jet-skis em resgates. O Estado enfrenta seu pior desastre climático, com 78 mortos e 105 desaparecidos, com barragens sob ameaça de rompimento, estradas e pontes destruídas e cerca de um milhão de imóveis sem água.

O Aeroporto Salgado Filho está com operações suspensas e a inundação do Rio Guaíba, que atingiu nível recorde, alagou o centro de Porto Alegre.

A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, incluindo o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Ele voltou ao Estado, onde já esteve nesta semana quando desembarcou em Santa Maria. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integram a comitiva.

“É um cenário de guerra no Estado, e com cenário de guerra, teremos que ter o tratamento também do pós-guerra. A vinda do presidente Lula e outras autoridades vai ser muito importante para dar consciência situacional. Não é hora de procurar culpados. Não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter de trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige. Primeiro a mitigação, e depois a reconstrução”, afirma Leite.

O governador, no sábado, já falou sobre a necessidade de uma espécie de Plano Marshall, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Como o Estadão mostrou, apenas em 2023, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões. Especialistas alertam que, com o aquecimento global, eventos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes.

Segundo Leite, as próximas semanas ainda serão difíceis. “A água ainda vai demorar a baixar e continuar trazendo transtornos. Naturalmente, na região metropolitana, tem centros logísticos que atendem diversas localidades e enfrentam muitas dificuldades”, acrescentou o governador.

Leite também aproveitou para agradecer aos voluntários que estão ajudando nos resgates. “Tem grupos mobilizados de jet-ski e de barcos mobilizados resgatando muitas pessoas também.”

Lula garantiu apoio ao Rio Grande do Sul na reconstrução do Estado. “O governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as todas estradas estaduais. O ministro Camilo Santana (da Educação) sabe que fazer as crianças voltarem a ter aulas é uma prioridade, tão importante quanto a água para beber. A nossa ministra Nísia Trindade (da Saúde) sabe que por meio do Sistema Único de Saúde (Sus) é importante a gente buscar esforços para minimizar o sofrimento do Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente também citou que serão elaboradas ações para financiar linhas de créditos no Rio Grande do Sul. “Também trouxemos a nossa companheira Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) que está encarregada de apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos para que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.”

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade deste Estado”, disse Lula ao citar a ida dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que também integram a sua comitiva.

Lula defendeu que as pessoas não podem reconstruir suas casas nos mesmos locais que elas caíram. “É preciso que Estado, municípios e União localizem terrenos em pontos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho”, afirmou ele.

O presidente citou a importância do Rio Grande do Sul para o País. “Esse Estado tem muito a ver com a integridade do nosso Brasil. Tem muito a ver com a cultura do nosso País. Tem muito a ver com os pesquisadores e cientistas deste País, com a grandeza da música brasileira, mas sobretudo este Estado é formado por homens e mulheres que marcaram história neste País. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, acrescentou Lula.

Boletim das 18 horas deste domingo, 5:

  • Municípios afetados: 341;
  • Pessoas em abrigos: 18.487;
  • Desalojados: 115.844;
  • Afetados: 844.673;
  • Feridos: 175;
  • Desaparecidos: 105;
  • Óbitos confirmados: 78;
  • Óbitos em investigação*: 4 - está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.

Veja outros números envolvendo a tragédia:

  • 110 hospitais afetados - destes 17 sem atendimento e 75 funcionando parcialmente;
  • 12 barreiras sob pressão - Nível de emergência (2), nível de alerta (5) e nível de atenção (5);
  • Rompimento parcial da Usina 14 de Julho exige evacuação em 10 municípios, conforme dados atualizados na tarde de sábado.
  • 418,2 mil pontos sem energia;
  • 1,06 milhão de imóveis sem água;
  • Dezenas de municípios sem telefonia e internet;
  • Nas estradas há ao menos 178 pontos de bloqueios - 142 totais e 45 parciais;
  • Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA) fechado por tempo indeterminado;
  • Impactos na produção - no abastecimento, no emprego e na renda;
  • Impactos na indústria - insumos e paralisações.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na tarde deste domingo, 5, que o Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. Ele ressalta os esforços de municípios e outras autoridades do País no resgate da população ainda em áreas de risco.

Pessoas sendo resgatadas no Rio Grande do Sul Foto: Renan Mattos/Reuters

Há relatos de moradores ilhados, ainda sobre telhados, com uso de botes e até jet-skis em resgates. O Estado enfrenta seu pior desastre climático, com 78 mortos e 105 desaparecidos, com barragens sob ameaça de rompimento, estradas e pontes destruídas e cerca de um milhão de imóveis sem água.

O Aeroporto Salgado Filho está com operações suspensas e a inundação do Rio Guaíba, que atingiu nível recorde, alagou o centro de Porto Alegre.

A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, incluindo o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Ele voltou ao Estado, onde já esteve nesta semana quando desembarcou em Santa Maria. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integram a comitiva.

“É um cenário de guerra no Estado, e com cenário de guerra, teremos que ter o tratamento também do pós-guerra. A vinda do presidente Lula e outras autoridades vai ser muito importante para dar consciência situacional. Não é hora de procurar culpados. Não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter de trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige. Primeiro a mitigação, e depois a reconstrução”, afirma Leite.

O governador, no sábado, já falou sobre a necessidade de uma espécie de Plano Marshall, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Como o Estadão mostrou, apenas em 2023, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões. Especialistas alertam que, com o aquecimento global, eventos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes.

Segundo Leite, as próximas semanas ainda serão difíceis. “A água ainda vai demorar a baixar e continuar trazendo transtornos. Naturalmente, na região metropolitana, tem centros logísticos que atendem diversas localidades e enfrentam muitas dificuldades”, acrescentou o governador.

Leite também aproveitou para agradecer aos voluntários que estão ajudando nos resgates. “Tem grupos mobilizados de jet-ski e de barcos mobilizados resgatando muitas pessoas também.”

Lula garantiu apoio ao Rio Grande do Sul na reconstrução do Estado. “O governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as todas estradas estaduais. O ministro Camilo Santana (da Educação) sabe que fazer as crianças voltarem a ter aulas é uma prioridade, tão importante quanto a água para beber. A nossa ministra Nísia Trindade (da Saúde) sabe que por meio do Sistema Único de Saúde (Sus) é importante a gente buscar esforços para minimizar o sofrimento do Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente também citou que serão elaboradas ações para financiar linhas de créditos no Rio Grande do Sul. “Também trouxemos a nossa companheira Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) que está encarregada de apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos para que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.”

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade deste Estado”, disse Lula ao citar a ida dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que também integram a sua comitiva.

Lula defendeu que as pessoas não podem reconstruir suas casas nos mesmos locais que elas caíram. “É preciso que Estado, municípios e União localizem terrenos em pontos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho”, afirmou ele.

O presidente citou a importância do Rio Grande do Sul para o País. “Esse Estado tem muito a ver com a integridade do nosso Brasil. Tem muito a ver com a cultura do nosso País. Tem muito a ver com os pesquisadores e cientistas deste País, com a grandeza da música brasileira, mas sobretudo este Estado é formado por homens e mulheres que marcaram história neste País. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, acrescentou Lula.

Boletim das 18 horas deste domingo, 5:

  • Municípios afetados: 341;
  • Pessoas em abrigos: 18.487;
  • Desalojados: 115.844;
  • Afetados: 844.673;
  • Feridos: 175;
  • Desaparecidos: 105;
  • Óbitos confirmados: 78;
  • Óbitos em investigação*: 4 - está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.

Veja outros números envolvendo a tragédia:

  • 110 hospitais afetados - destes 17 sem atendimento e 75 funcionando parcialmente;
  • 12 barreiras sob pressão - Nível de emergência (2), nível de alerta (5) e nível de atenção (5);
  • Rompimento parcial da Usina 14 de Julho exige evacuação em 10 municípios, conforme dados atualizados na tarde de sábado.
  • 418,2 mil pontos sem energia;
  • 1,06 milhão de imóveis sem água;
  • Dezenas de municípios sem telefonia e internet;
  • Nas estradas há ao menos 178 pontos de bloqueios - 142 totais e 45 parciais;
  • Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA) fechado por tempo indeterminado;
  • Impactos na produção - no abastecimento, no emprego e na renda;
  • Impactos na indústria - insumos e paralisações.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na tarde deste domingo, 5, que o Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. Ele ressalta os esforços de municípios e outras autoridades do País no resgate da população ainda em áreas de risco.

Pessoas sendo resgatadas no Rio Grande do Sul Foto: Renan Mattos/Reuters

Há relatos de moradores ilhados, ainda sobre telhados, com uso de botes e até jet-skis em resgates. O Estado enfrenta seu pior desastre climático, com 78 mortos e 105 desaparecidos, com barragens sob ameaça de rompimento, estradas e pontes destruídas e cerca de um milhão de imóveis sem água.

O Aeroporto Salgado Filho está com operações suspensas e a inundação do Rio Guaíba, que atingiu nível recorde, alagou o centro de Porto Alegre.

A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, incluindo o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Ele voltou ao Estado, onde já esteve nesta semana quando desembarcou em Santa Maria. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integram a comitiva.

“É um cenário de guerra no Estado, e com cenário de guerra, teremos que ter o tratamento também do pós-guerra. A vinda do presidente Lula e outras autoridades vai ser muito importante para dar consciência situacional. Não é hora de procurar culpados. Não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter de trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige. Primeiro a mitigação, e depois a reconstrução”, afirma Leite.

O governador, no sábado, já falou sobre a necessidade de uma espécie de Plano Marshall, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Como o Estadão mostrou, apenas em 2023, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões. Especialistas alertam que, com o aquecimento global, eventos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes.

Segundo Leite, as próximas semanas ainda serão difíceis. “A água ainda vai demorar a baixar e continuar trazendo transtornos. Naturalmente, na região metropolitana, tem centros logísticos que atendem diversas localidades e enfrentam muitas dificuldades”, acrescentou o governador.

Leite também aproveitou para agradecer aos voluntários que estão ajudando nos resgates. “Tem grupos mobilizados de jet-ski e de barcos mobilizados resgatando muitas pessoas também.”

Lula garantiu apoio ao Rio Grande do Sul na reconstrução do Estado. “O governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as todas estradas estaduais. O ministro Camilo Santana (da Educação) sabe que fazer as crianças voltarem a ter aulas é uma prioridade, tão importante quanto a água para beber. A nossa ministra Nísia Trindade (da Saúde) sabe que por meio do Sistema Único de Saúde (Sus) é importante a gente buscar esforços para minimizar o sofrimento do Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente também citou que serão elaboradas ações para financiar linhas de créditos no Rio Grande do Sul. “Também trouxemos a nossa companheira Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) que está encarregada de apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos para que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.”

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade deste Estado”, disse Lula ao citar a ida dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que também integram a sua comitiva.

Lula defendeu que as pessoas não podem reconstruir suas casas nos mesmos locais que elas caíram. “É preciso que Estado, municípios e União localizem terrenos em pontos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho”, afirmou ele.

O presidente citou a importância do Rio Grande do Sul para o País. “Esse Estado tem muito a ver com a integridade do nosso Brasil. Tem muito a ver com a cultura do nosso País. Tem muito a ver com os pesquisadores e cientistas deste País, com a grandeza da música brasileira, mas sobretudo este Estado é formado por homens e mulheres que marcaram história neste País. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, acrescentou Lula.

Boletim das 18 horas deste domingo, 5:

  • Municípios afetados: 341;
  • Pessoas em abrigos: 18.487;
  • Desalojados: 115.844;
  • Afetados: 844.673;
  • Feridos: 175;
  • Desaparecidos: 105;
  • Óbitos confirmados: 78;
  • Óbitos em investigação*: 4 - está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.

Veja outros números envolvendo a tragédia:

  • 110 hospitais afetados - destes 17 sem atendimento e 75 funcionando parcialmente;
  • 12 barreiras sob pressão - Nível de emergência (2), nível de alerta (5) e nível de atenção (5);
  • Rompimento parcial da Usina 14 de Julho exige evacuação em 10 municípios, conforme dados atualizados na tarde de sábado.
  • 418,2 mil pontos sem energia;
  • 1,06 milhão de imóveis sem água;
  • Dezenas de municípios sem telefonia e internet;
  • Nas estradas há ao menos 178 pontos de bloqueios - 142 totais e 45 parciais;
  • Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA) fechado por tempo indeterminado;
  • Impactos na produção - no abastecimento, no emprego e na renda;
  • Impactos na indústria - insumos e paralisações.

O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou na tarde deste domingo, 5, que o Rio Grande do Sul vive um cenário de guerra. Ele ressalta os esforços de municípios e outras autoridades do País no resgate da população ainda em áreas de risco.

Pessoas sendo resgatadas no Rio Grande do Sul Foto: Renan Mattos/Reuters

Há relatos de moradores ilhados, ainda sobre telhados, com uso de botes e até jet-skis em resgates. O Estado enfrenta seu pior desastre climático, com 78 mortos e 105 desaparecidos, com barragens sob ameaça de rompimento, estradas e pontes destruídas e cerca de um milhão de imóveis sem água.

O Aeroporto Salgado Filho está com operações suspensas e a inundação do Rio Guaíba, que atingiu nível recorde, alagou o centro de Porto Alegre.

A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está reunido no Estado gaúcho com ao menos nove ministros, incluindo o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Ele voltou ao Estado, onde já esteve nesta semana quando desembarcou em Santa Maria. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integram a comitiva.

“É um cenário de guerra no Estado, e com cenário de guerra, teremos que ter o tratamento também do pós-guerra. A vinda do presidente Lula e outras autoridades vai ser muito importante para dar consciência situacional. Não é hora de procurar culpados. Não é hora de transferir responsabilidades. Vamos ter de trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige. Primeiro a mitigação, e depois a reconstrução”, afirma Leite.

O governador, no sábado, já falou sobre a necessidade de uma espécie de Plano Marshall, em referência ao apoio americano para reerguer a Europa Ocidental após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Como o Estadão mostrou, apenas em 2023, os desastres naturais causaram prejuízo de R$ 105,4 bilhões. Especialistas alertam que, com o aquecimento global, eventos extremos serão cada vez mais intensos e frequentes.

Segundo Leite, as próximas semanas ainda serão difíceis. “A água ainda vai demorar a baixar e continuar trazendo transtornos. Naturalmente, na região metropolitana, tem centros logísticos que atendem diversas localidades e enfrentam muitas dificuldades”, acrescentou o governador.

Leite também aproveitou para agradecer aos voluntários que estão ajudando nos resgates. “Tem grupos mobilizados de jet-ski e de barcos mobilizados resgatando muitas pessoas também.”

Lula garantiu apoio ao Rio Grande do Sul na reconstrução do Estado. “O governo federal, através do Ministério dos Transportes, vai ajudar a recuperar as todas estradas estaduais. O ministro Camilo Santana (da Educação) sabe que fazer as crianças voltarem a ter aulas é uma prioridade, tão importante quanto a água para beber. A nossa ministra Nísia Trindade (da Saúde) sabe que por meio do Sistema Único de Saúde (Sus) é importante a gente buscar esforços para minimizar o sofrimento do Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente também citou que serão elaboradas ações para financiar linhas de créditos no Rio Grande do Sul. “Também trouxemos a nossa companheira Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) que está encarregada de apresentar um plano de prevenção de acidentes climáticos para que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça.”

“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade deste Estado”, disse Lula ao citar a ida dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que também integram a sua comitiva.

Lula defendeu que as pessoas não podem reconstruir suas casas nos mesmos locais que elas caíram. “É preciso que Estado, municípios e União localizem terrenos em pontos de maior tranquilidade para as pessoas poderem reconstruir o seu ninho”, afirmou ele.

O presidente citou a importância do Rio Grande do Sul para o País. “Esse Estado tem muito a ver com a integridade do nosso Brasil. Tem muito a ver com a cultura do nosso País. Tem muito a ver com os pesquisadores e cientistas deste País, com a grandeza da música brasileira, mas sobretudo este Estado é formado por homens e mulheres que marcaram história neste País. O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo no que diz respeito à agricultura”, acrescentou Lula.

Boletim das 18 horas deste domingo, 5:

  • Municípios afetados: 341;
  • Pessoas em abrigos: 18.487;
  • Desalojados: 115.844;
  • Afetados: 844.673;
  • Feridos: 175;
  • Desaparecidos: 105;
  • Óbitos confirmados: 78;
  • Óbitos em investigação*: 4 - está sendo apurado se os óbitos têm relação com os eventos meteorológicos.

Veja outros números envolvendo a tragédia:

  • 110 hospitais afetados - destes 17 sem atendimento e 75 funcionando parcialmente;
  • 12 barreiras sob pressão - Nível de emergência (2), nível de alerta (5) e nível de atenção (5);
  • Rompimento parcial da Usina 14 de Julho exige evacuação em 10 municípios, conforme dados atualizados na tarde de sábado.
  • 418,2 mil pontos sem energia;
  • 1,06 milhão de imóveis sem água;
  • Dezenas de municípios sem telefonia e internet;
  • Nas estradas há ao menos 178 pontos de bloqueios - 142 totais e 45 parciais;
  • Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA) fechado por tempo indeterminado;
  • Impactos na produção - no abastecimento, no emprego e na renda;
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