Chade e Sudão assinam acordo de paz


Pacto pretende encerrar cinco anos de hostilidades entre os dois países africanos

Por Da BBC Brasil

Os presidentes do Chade, Idriss Deby, e do Sudão, Omar al-Bashir, assinaram na quinta-feira, 13, um acordo de paz que pretende colocar fim a cinco anos de hostilidades praticadas entre os dois países. Os governos dos dois países africanos vinham se acusando mutuamente de instigar grupos rebeldes de seus respectivos países a desestabilizar seus governos e se comprometeram a pôr em prática pactos de não-agressão que fracassaram anteriormente. A assinatura do acordo foi feita durante a cúpula da Organização da Conferência Islâmica (OCI), em Dacar, no Senegal, e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com a mediação do presidente senegalês, Abdoulaye Wade. Embora as duas nações tenham assinado cinco pactos de não-agressão nos últimos cinco anos, as disputas e as denúncias de ataques armados continuam. Acusações O pacto, que ganhou o nome de Acordo de Dacar, estabelece a criação de um grupo de monitoramento de observadores internacionais de países africanos que se encontrariam mensalmente para garantir que as violações não sejam mais cometidas. O acordo diz que os líderes concordam em "inibir todas as atividades de grupos armados e prevenir o uso de nossos respectivos territórios para a desestabilização do outro". Horas antes da assinatura do acordo, o Chade denunciou que tropas rebeldes apoiadas pelo Sudão cruzaram sua fronteira para lançar um ataque contra o território chadiano. O governo de Cartum negou as acusações. As acusações também foram rejeitadas pela Aliança Nacional Rebelde do Chade, que negou a movimentação de seus rebeldes. Trincheira No mês passado, o governo do Chade frustrou uma tentativa de golpe contra o presidente Idriss Deby. Durantes dois dias, tropas do governo e rebeldes se enfrentaram na capital N'Djamena provocando a morte de dezenas e a fuga de milhares de pessoas. O Chade acusou o governo sudanês de apoiar a ofensiva rebelde no país para impedir que a União Européia enviasse uma força de paz à região com objetivo de proteger refugiados da região de Darfur, no Sudão, e funcionários de organizações humanitárias. Desde então, o país aumentou as medidas de segurança para prevenir ataques, entre elas a escavação de uma grande trincheira ao redor da capital e a derrubada de árvores que poderiam servir de esconderijo para os rebeldes. O Chade é um dos destinos de milhares de refugiados de Darfur, uma província sudanesa, que vive em conflito desde 2003. As hostilidades se iniciaram depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum. A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, que já deixou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados.     Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os presidentes do Chade, Idriss Deby, e do Sudão, Omar al-Bashir, assinaram na quinta-feira, 13, um acordo de paz que pretende colocar fim a cinco anos de hostilidades praticadas entre os dois países. Os governos dos dois países africanos vinham se acusando mutuamente de instigar grupos rebeldes de seus respectivos países a desestabilizar seus governos e se comprometeram a pôr em prática pactos de não-agressão que fracassaram anteriormente. A assinatura do acordo foi feita durante a cúpula da Organização da Conferência Islâmica (OCI), em Dacar, no Senegal, e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com a mediação do presidente senegalês, Abdoulaye Wade. Embora as duas nações tenham assinado cinco pactos de não-agressão nos últimos cinco anos, as disputas e as denúncias de ataques armados continuam. Acusações O pacto, que ganhou o nome de Acordo de Dacar, estabelece a criação de um grupo de monitoramento de observadores internacionais de países africanos que se encontrariam mensalmente para garantir que as violações não sejam mais cometidas. O acordo diz que os líderes concordam em "inibir todas as atividades de grupos armados e prevenir o uso de nossos respectivos territórios para a desestabilização do outro". Horas antes da assinatura do acordo, o Chade denunciou que tropas rebeldes apoiadas pelo Sudão cruzaram sua fronteira para lançar um ataque contra o território chadiano. O governo de Cartum negou as acusações. As acusações também foram rejeitadas pela Aliança Nacional Rebelde do Chade, que negou a movimentação de seus rebeldes. Trincheira No mês passado, o governo do Chade frustrou uma tentativa de golpe contra o presidente Idriss Deby. Durantes dois dias, tropas do governo e rebeldes se enfrentaram na capital N'Djamena provocando a morte de dezenas e a fuga de milhares de pessoas. O Chade acusou o governo sudanês de apoiar a ofensiva rebelde no país para impedir que a União Européia enviasse uma força de paz à região com objetivo de proteger refugiados da região de Darfur, no Sudão, e funcionários de organizações humanitárias. Desde então, o país aumentou as medidas de segurança para prevenir ataques, entre elas a escavação de uma grande trincheira ao redor da capital e a derrubada de árvores que poderiam servir de esconderijo para os rebeldes. O Chade é um dos destinos de milhares de refugiados de Darfur, uma província sudanesa, que vive em conflito desde 2003. As hostilidades se iniciaram depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum. A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, que já deixou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados.     Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os presidentes do Chade, Idriss Deby, e do Sudão, Omar al-Bashir, assinaram na quinta-feira, 13, um acordo de paz que pretende colocar fim a cinco anos de hostilidades praticadas entre os dois países. Os governos dos dois países africanos vinham se acusando mutuamente de instigar grupos rebeldes de seus respectivos países a desestabilizar seus governos e se comprometeram a pôr em prática pactos de não-agressão que fracassaram anteriormente. A assinatura do acordo foi feita durante a cúpula da Organização da Conferência Islâmica (OCI), em Dacar, no Senegal, e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com a mediação do presidente senegalês, Abdoulaye Wade. Embora as duas nações tenham assinado cinco pactos de não-agressão nos últimos cinco anos, as disputas e as denúncias de ataques armados continuam. Acusações O pacto, que ganhou o nome de Acordo de Dacar, estabelece a criação de um grupo de monitoramento de observadores internacionais de países africanos que se encontrariam mensalmente para garantir que as violações não sejam mais cometidas. O acordo diz que os líderes concordam em "inibir todas as atividades de grupos armados e prevenir o uso de nossos respectivos territórios para a desestabilização do outro". Horas antes da assinatura do acordo, o Chade denunciou que tropas rebeldes apoiadas pelo Sudão cruzaram sua fronteira para lançar um ataque contra o território chadiano. O governo de Cartum negou as acusações. As acusações também foram rejeitadas pela Aliança Nacional Rebelde do Chade, que negou a movimentação de seus rebeldes. Trincheira No mês passado, o governo do Chade frustrou uma tentativa de golpe contra o presidente Idriss Deby. Durantes dois dias, tropas do governo e rebeldes se enfrentaram na capital N'Djamena provocando a morte de dezenas e a fuga de milhares de pessoas. O Chade acusou o governo sudanês de apoiar a ofensiva rebelde no país para impedir que a União Européia enviasse uma força de paz à região com objetivo de proteger refugiados da região de Darfur, no Sudão, e funcionários de organizações humanitárias. Desde então, o país aumentou as medidas de segurança para prevenir ataques, entre elas a escavação de uma grande trincheira ao redor da capital e a derrubada de árvores que poderiam servir de esconderijo para os rebeldes. O Chade é um dos destinos de milhares de refugiados de Darfur, uma província sudanesa, que vive em conflito desde 2003. As hostilidades se iniciaram depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum. A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, que já deixou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados.     Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os presidentes do Chade, Idriss Deby, e do Sudão, Omar al-Bashir, assinaram na quinta-feira, 13, um acordo de paz que pretende colocar fim a cinco anos de hostilidades praticadas entre os dois países. Os governos dos dois países africanos vinham se acusando mutuamente de instigar grupos rebeldes de seus respectivos países a desestabilizar seus governos e se comprometeram a pôr em prática pactos de não-agressão que fracassaram anteriormente. A assinatura do acordo foi feita durante a cúpula da Organização da Conferência Islâmica (OCI), em Dacar, no Senegal, e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com a mediação do presidente senegalês, Abdoulaye Wade. Embora as duas nações tenham assinado cinco pactos de não-agressão nos últimos cinco anos, as disputas e as denúncias de ataques armados continuam. Acusações O pacto, que ganhou o nome de Acordo de Dacar, estabelece a criação de um grupo de monitoramento de observadores internacionais de países africanos que se encontrariam mensalmente para garantir que as violações não sejam mais cometidas. O acordo diz que os líderes concordam em "inibir todas as atividades de grupos armados e prevenir o uso de nossos respectivos territórios para a desestabilização do outro". Horas antes da assinatura do acordo, o Chade denunciou que tropas rebeldes apoiadas pelo Sudão cruzaram sua fronteira para lançar um ataque contra o território chadiano. O governo de Cartum negou as acusações. As acusações também foram rejeitadas pela Aliança Nacional Rebelde do Chade, que negou a movimentação de seus rebeldes. Trincheira No mês passado, o governo do Chade frustrou uma tentativa de golpe contra o presidente Idriss Deby. Durantes dois dias, tropas do governo e rebeldes se enfrentaram na capital N'Djamena provocando a morte de dezenas e a fuga de milhares de pessoas. O Chade acusou o governo sudanês de apoiar a ofensiva rebelde no país para impedir que a União Européia enviasse uma força de paz à região com objetivo de proteger refugiados da região de Darfur, no Sudão, e funcionários de organizações humanitárias. Desde então, o país aumentou as medidas de segurança para prevenir ataques, entre elas a escavação de uma grande trincheira ao redor da capital e a derrubada de árvores que poderiam servir de esconderijo para os rebeldes. O Chade é um dos destinos de milhares de refugiados de Darfur, uma província sudanesa, que vive em conflito desde 2003. As hostilidades se iniciaram depois que um grupo rebelde começou a atacar alvos do governo, alegando que a região estava sendo negligenciada pelas autoridades sudanesas em Cartum. A retaliação do governo veio na forma de uma campanha de repressão da região, que já deixou mais de 200 mil mortos e dois milhões de refugiados.     Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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