Cheias no Acre: 19 dos 22 municípios estão em estado de emergência, com desalojados e mortes


Há três óbitos e ao menos 24 mil desalojados e desabrigados, com estimativa de que nível do Rio Acre continue a subir; governo federal visitará Estado na segunda

Por Priscila Mengue

O número de municípios do Acre em estado de emergência em saúde pública pelas cheias históricas subiu para 19 neste sábado, 2, de acordo com o Governo do Estado. As inundações de rios e igarapés afetam praticamente todas cidades do Estado desde 21 de fevereiro, com milhares de moradores atingidos, inclusive da capital Rio Branco e de povoados indígenas.

Ao todo, ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Xapuri, Tarauacá, Assis Brasil, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Manoel Urbano e Feijó. Também foram registradas ao menos três mortes por afogamentos ligados a enchentes. Apenas três dos 22 municípios do Estado não estão em emergência.

Há a estimativa que o nível da água continue a subir nos próximos dias, de acordo com o boletim de alerta do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cheia histórica deixou moradias e outras construções parcialmente debaixo d’água. Entre elas, está a antiga Casa de Chico Mendes, tombada como patrimônio cultural nacional. O decreto de emergência estará em vigor por 180 dias.

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As cheias também causaram interrupções nos serviços de fornecimento de água e energia elétrica. Além disso, foram registrados ao menos oito chamados por afogamentos até sexta-feira, 1º, com três mortes confirmadas.

Cheias atingem municípios do Acre desde 21 de fevereiro Foto: Dhárcules Pinheiro/Ascom Sejusp

Entre os óbitos confirmados, estão Elias Lima de Souza, de 21 anos, que foi carregado pelas águas do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, no dia 25. Os demais foram em Sena Madureira, no dia 23, quando morreram José Ribamar Feitosa, 38 anos, e sua filha (de nome e idade não confirmados), que estavam em uma embarcação que naufragou na foz do Rio Caeté.

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Uma comitiva do governo federal irá visitar o Acre nesta segunda-feira, 4. Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva são esperados. “Nosso pessoal da Defesa Civil já está no estado, ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”, destacou Góes em rede social.

O Rio Acre segue em tendência de elevação, com a previsão de que aumente de 17,52 para 17,8 m neste domingo, 3, de acordo com o SGB. A marca atual é a quinta maior do histórico, monitorado há cerca de uma década pelo Serviço Geológico. Se a estimativa se concretizar, será a segunda maior marca histórica do rio, atrás apenas do 18,35 m de 2015.

Povos indígenas também foram afetados pelas cheias no Acre Foto: Neto Luce/Secom Acre
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As cheias também envolveram outros cursos d’água. De acordo com o Estado, em Marechal Thaumaturgo, cerca de 43% da população (de 17 mil pessoas) foi afetada pelo transbordamento do Rio Juruá. Já a cheia do Rio Purus atingiu populações indígenas dos povos Jaminawa, Kulina/Madija e Huni Kuin/Kaxinawá em Santa Rosa dos Purus, de acordo com o Governo. Parte dos atingidos morava em áreas rurais e perdeu plantações de agricultura familiar.

Com a situação, o Corpo de Bombeiros do Acre chegou a solicitar que a população ajude nos trabalhos, especialmente com pequenos barcos. As embarcações são necessárias para o atendimento de famílias de áreas de difícil acesso.

Em nota pública, o governo Gladson Cameli (PP) disse que estão “trabalhando incansavelmente para superar os desafios e reconstruir as comunidades afetadas” aos atingidos. Entre os trabalhos destacados, estão a reconstrução de tubulações do sistema de saneamento básico, a remoção de moradores ilhados e a distribuição de alimentos, medicamentos e itens de higiene.

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Das seis estações de monitoramento da SGB na Bacia do Rio Branco, quatro estão na cota de inundação, localizadas em Rio Branco, Rio Branco/Riozinho do Rôla, Xapuri e Capixaba. Já a estação de Brasiléia está na cota de atenção.

Em alguns municípios, a água começou a recuar. Em Xapuri, o nível do Rio Acre chegou a 17,09 m na sexta-feira, 1º, o segundo maior da história, mas está agora com tendência de redução, ainda segundo o SGB, por exemplo. Situação semelhante se repete em Assis Brasil, onde o rio também alcançou a segunda marca histórica, com 13,3 m, e também está com redução no nível d’água.

O número de municípios do Acre em estado de emergência em saúde pública pelas cheias históricas subiu para 19 neste sábado, 2, de acordo com o Governo do Estado. As inundações de rios e igarapés afetam praticamente todas cidades do Estado desde 21 de fevereiro, com milhares de moradores atingidos, inclusive da capital Rio Branco e de povoados indígenas.

Ao todo, ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Xapuri, Tarauacá, Assis Brasil, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Manoel Urbano e Feijó. Também foram registradas ao menos três mortes por afogamentos ligados a enchentes. Apenas três dos 22 municípios do Estado não estão em emergência.

Há a estimativa que o nível da água continue a subir nos próximos dias, de acordo com o boletim de alerta do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cheia histórica deixou moradias e outras construções parcialmente debaixo d’água. Entre elas, está a antiga Casa de Chico Mendes, tombada como patrimônio cultural nacional. O decreto de emergência estará em vigor por 180 dias.

As cheias também causaram interrupções nos serviços de fornecimento de água e energia elétrica. Além disso, foram registrados ao menos oito chamados por afogamentos até sexta-feira, 1º, com três mortes confirmadas.

Cheias atingem municípios do Acre desde 21 de fevereiro Foto: Dhárcules Pinheiro/Ascom Sejusp

Entre os óbitos confirmados, estão Elias Lima de Souza, de 21 anos, que foi carregado pelas águas do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, no dia 25. Os demais foram em Sena Madureira, no dia 23, quando morreram José Ribamar Feitosa, 38 anos, e sua filha (de nome e idade não confirmados), que estavam em uma embarcação que naufragou na foz do Rio Caeté.

Uma comitiva do governo federal irá visitar o Acre nesta segunda-feira, 4. Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva são esperados. “Nosso pessoal da Defesa Civil já está no estado, ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”, destacou Góes em rede social.

O Rio Acre segue em tendência de elevação, com a previsão de que aumente de 17,52 para 17,8 m neste domingo, 3, de acordo com o SGB. A marca atual é a quinta maior do histórico, monitorado há cerca de uma década pelo Serviço Geológico. Se a estimativa se concretizar, será a segunda maior marca histórica do rio, atrás apenas do 18,35 m de 2015.

Povos indígenas também foram afetados pelas cheias no Acre Foto: Neto Luce/Secom Acre

As cheias também envolveram outros cursos d’água. De acordo com o Estado, em Marechal Thaumaturgo, cerca de 43% da população (de 17 mil pessoas) foi afetada pelo transbordamento do Rio Juruá. Já a cheia do Rio Purus atingiu populações indígenas dos povos Jaminawa, Kulina/Madija e Huni Kuin/Kaxinawá em Santa Rosa dos Purus, de acordo com o Governo. Parte dos atingidos morava em áreas rurais e perdeu plantações de agricultura familiar.

Com a situação, o Corpo de Bombeiros do Acre chegou a solicitar que a população ajude nos trabalhos, especialmente com pequenos barcos. As embarcações são necessárias para o atendimento de famílias de áreas de difícil acesso.

Em nota pública, o governo Gladson Cameli (PP) disse que estão “trabalhando incansavelmente para superar os desafios e reconstruir as comunidades afetadas” aos atingidos. Entre os trabalhos destacados, estão a reconstrução de tubulações do sistema de saneamento básico, a remoção de moradores ilhados e a distribuição de alimentos, medicamentos e itens de higiene.

Das seis estações de monitoramento da SGB na Bacia do Rio Branco, quatro estão na cota de inundação, localizadas em Rio Branco, Rio Branco/Riozinho do Rôla, Xapuri e Capixaba. Já a estação de Brasiléia está na cota de atenção.

Em alguns municípios, a água começou a recuar. Em Xapuri, o nível do Rio Acre chegou a 17,09 m na sexta-feira, 1º, o segundo maior da história, mas está agora com tendência de redução, ainda segundo o SGB, por exemplo. Situação semelhante se repete em Assis Brasil, onde o rio também alcançou a segunda marca histórica, com 13,3 m, e também está com redução no nível d’água.

O número de municípios do Acre em estado de emergência em saúde pública pelas cheias históricas subiu para 19 neste sábado, 2, de acordo com o Governo do Estado. As inundações de rios e igarapés afetam praticamente todas cidades do Estado desde 21 de fevereiro, com milhares de moradores atingidos, inclusive da capital Rio Branco e de povoados indígenas.

Ao todo, ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Xapuri, Tarauacá, Assis Brasil, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Manoel Urbano e Feijó. Também foram registradas ao menos três mortes por afogamentos ligados a enchentes. Apenas três dos 22 municípios do Estado não estão em emergência.

Há a estimativa que o nível da água continue a subir nos próximos dias, de acordo com o boletim de alerta do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cheia histórica deixou moradias e outras construções parcialmente debaixo d’água. Entre elas, está a antiga Casa de Chico Mendes, tombada como patrimônio cultural nacional. O decreto de emergência estará em vigor por 180 dias.

As cheias também causaram interrupções nos serviços de fornecimento de água e energia elétrica. Além disso, foram registrados ao menos oito chamados por afogamentos até sexta-feira, 1º, com três mortes confirmadas.

Cheias atingem municípios do Acre desde 21 de fevereiro Foto: Dhárcules Pinheiro/Ascom Sejusp

Entre os óbitos confirmados, estão Elias Lima de Souza, de 21 anos, que foi carregado pelas águas do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, no dia 25. Os demais foram em Sena Madureira, no dia 23, quando morreram José Ribamar Feitosa, 38 anos, e sua filha (de nome e idade não confirmados), que estavam em uma embarcação que naufragou na foz do Rio Caeté.

Uma comitiva do governo federal irá visitar o Acre nesta segunda-feira, 4. Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva são esperados. “Nosso pessoal da Defesa Civil já está no estado, ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”, destacou Góes em rede social.

O Rio Acre segue em tendência de elevação, com a previsão de que aumente de 17,52 para 17,8 m neste domingo, 3, de acordo com o SGB. A marca atual é a quinta maior do histórico, monitorado há cerca de uma década pelo Serviço Geológico. Se a estimativa se concretizar, será a segunda maior marca histórica do rio, atrás apenas do 18,35 m de 2015.

Povos indígenas também foram afetados pelas cheias no Acre Foto: Neto Luce/Secom Acre

As cheias também envolveram outros cursos d’água. De acordo com o Estado, em Marechal Thaumaturgo, cerca de 43% da população (de 17 mil pessoas) foi afetada pelo transbordamento do Rio Juruá. Já a cheia do Rio Purus atingiu populações indígenas dos povos Jaminawa, Kulina/Madija e Huni Kuin/Kaxinawá em Santa Rosa dos Purus, de acordo com o Governo. Parte dos atingidos morava em áreas rurais e perdeu plantações de agricultura familiar.

Com a situação, o Corpo de Bombeiros do Acre chegou a solicitar que a população ajude nos trabalhos, especialmente com pequenos barcos. As embarcações são necessárias para o atendimento de famílias de áreas de difícil acesso.

Em nota pública, o governo Gladson Cameli (PP) disse que estão “trabalhando incansavelmente para superar os desafios e reconstruir as comunidades afetadas” aos atingidos. Entre os trabalhos destacados, estão a reconstrução de tubulações do sistema de saneamento básico, a remoção de moradores ilhados e a distribuição de alimentos, medicamentos e itens de higiene.

Das seis estações de monitoramento da SGB na Bacia do Rio Branco, quatro estão na cota de inundação, localizadas em Rio Branco, Rio Branco/Riozinho do Rôla, Xapuri e Capixaba. Já a estação de Brasiléia está na cota de atenção.

Em alguns municípios, a água começou a recuar. Em Xapuri, o nível do Rio Acre chegou a 17,09 m na sexta-feira, 1º, o segundo maior da história, mas está agora com tendência de redução, ainda segundo o SGB, por exemplo. Situação semelhante se repete em Assis Brasil, onde o rio também alcançou a segunda marca histórica, com 13,3 m, e também está com redução no nível d’água.

O número de municípios do Acre em estado de emergência em saúde pública pelas cheias históricas subiu para 19 neste sábado, 2, de acordo com o Governo do Estado. As inundações de rios e igarapés afetam praticamente todas cidades do Estado desde 21 de fevereiro, com milhares de moradores atingidos, inclusive da capital Rio Branco e de povoados indígenas.

Ao todo, ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Xapuri, Tarauacá, Assis Brasil, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Manoel Urbano e Feijó. Também foram registradas ao menos três mortes por afogamentos ligados a enchentes. Apenas três dos 22 municípios do Estado não estão em emergência.

Há a estimativa que o nível da água continue a subir nos próximos dias, de acordo com o boletim de alerta do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cheia histórica deixou moradias e outras construções parcialmente debaixo d’água. Entre elas, está a antiga Casa de Chico Mendes, tombada como patrimônio cultural nacional. O decreto de emergência estará em vigor por 180 dias.

As cheias também causaram interrupções nos serviços de fornecimento de água e energia elétrica. Além disso, foram registrados ao menos oito chamados por afogamentos até sexta-feira, 1º, com três mortes confirmadas.

Cheias atingem municípios do Acre desde 21 de fevereiro Foto: Dhárcules Pinheiro/Ascom Sejusp

Entre os óbitos confirmados, estão Elias Lima de Souza, de 21 anos, que foi carregado pelas águas do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, no dia 25. Os demais foram em Sena Madureira, no dia 23, quando morreram José Ribamar Feitosa, 38 anos, e sua filha (de nome e idade não confirmados), que estavam em uma embarcação que naufragou na foz do Rio Caeté.

Uma comitiva do governo federal irá visitar o Acre nesta segunda-feira, 4. Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva são esperados. “Nosso pessoal da Defesa Civil já está no estado, ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”, destacou Góes em rede social.

O Rio Acre segue em tendência de elevação, com a previsão de que aumente de 17,52 para 17,8 m neste domingo, 3, de acordo com o SGB. A marca atual é a quinta maior do histórico, monitorado há cerca de uma década pelo Serviço Geológico. Se a estimativa se concretizar, será a segunda maior marca histórica do rio, atrás apenas do 18,35 m de 2015.

Povos indígenas também foram afetados pelas cheias no Acre Foto: Neto Luce/Secom Acre

As cheias também envolveram outros cursos d’água. De acordo com o Estado, em Marechal Thaumaturgo, cerca de 43% da população (de 17 mil pessoas) foi afetada pelo transbordamento do Rio Juruá. Já a cheia do Rio Purus atingiu populações indígenas dos povos Jaminawa, Kulina/Madija e Huni Kuin/Kaxinawá em Santa Rosa dos Purus, de acordo com o Governo. Parte dos atingidos morava em áreas rurais e perdeu plantações de agricultura familiar.

Com a situação, o Corpo de Bombeiros do Acre chegou a solicitar que a população ajude nos trabalhos, especialmente com pequenos barcos. As embarcações são necessárias para o atendimento de famílias de áreas de difícil acesso.

Em nota pública, o governo Gladson Cameli (PP) disse que estão “trabalhando incansavelmente para superar os desafios e reconstruir as comunidades afetadas” aos atingidos. Entre os trabalhos destacados, estão a reconstrução de tubulações do sistema de saneamento básico, a remoção de moradores ilhados e a distribuição de alimentos, medicamentos e itens de higiene.

Das seis estações de monitoramento da SGB na Bacia do Rio Branco, quatro estão na cota de inundação, localizadas em Rio Branco, Rio Branco/Riozinho do Rôla, Xapuri e Capixaba. Já a estação de Brasiléia está na cota de atenção.

Em alguns municípios, a água começou a recuar. Em Xapuri, o nível do Rio Acre chegou a 17,09 m na sexta-feira, 1º, o segundo maior da história, mas está agora com tendência de redução, ainda segundo o SGB, por exemplo. Situação semelhante se repete em Assis Brasil, onde o rio também alcançou a segunda marca histórica, com 13,3 m, e também está com redução no nível d’água.

O número de municípios do Acre em estado de emergência em saúde pública pelas cheias históricas subiu para 19 neste sábado, 2, de acordo com o Governo do Estado. As inundações de rios e igarapés afetam praticamente todas cidades do Estado desde 21 de fevereiro, com milhares de moradores atingidos, inclusive da capital Rio Branco e de povoados indígenas.

Ao todo, ao menos 24 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas nos municípios de Rio Branco, Plácido de Castro, Xapuri, Tarauacá, Assis Brasil, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Sena Madureira, Epitaciolândia, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Manoel Urbano e Feijó. Também foram registradas ao menos três mortes por afogamentos ligados a enchentes. Apenas três dos 22 municípios do Estado não estão em emergência.

Há a estimativa que o nível da água continue a subir nos próximos dias, de acordo com o boletim de alerta do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A cheia histórica deixou moradias e outras construções parcialmente debaixo d’água. Entre elas, está a antiga Casa de Chico Mendes, tombada como patrimônio cultural nacional. O decreto de emergência estará em vigor por 180 dias.

As cheias também causaram interrupções nos serviços de fornecimento de água e energia elétrica. Além disso, foram registrados ao menos oito chamados por afogamentos até sexta-feira, 1º, com três mortes confirmadas.

Cheias atingem municípios do Acre desde 21 de fevereiro Foto: Dhárcules Pinheiro/Ascom Sejusp

Entre os óbitos confirmados, estão Elias Lima de Souza, de 21 anos, que foi carregado pelas águas do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, no dia 25. Os demais foram em Sena Madureira, no dia 23, quando morreram José Ribamar Feitosa, 38 anos, e sua filha (de nome e idade não confirmados), que estavam em uma embarcação que naufragou na foz do Rio Caeté.

Uma comitiva do governo federal irá visitar o Acre nesta segunda-feira, 4. Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva são esperados. “Nosso pessoal da Defesa Civil já está no estado, ajudando a preparar os planos de trabalho para as ações de assistência, de restabelecimento e de reconstrução necessárias ao povo acreano”, destacou Góes em rede social.

O Rio Acre segue em tendência de elevação, com a previsão de que aumente de 17,52 para 17,8 m neste domingo, 3, de acordo com o SGB. A marca atual é a quinta maior do histórico, monitorado há cerca de uma década pelo Serviço Geológico. Se a estimativa se concretizar, será a segunda maior marca histórica do rio, atrás apenas do 18,35 m de 2015.

Povos indígenas também foram afetados pelas cheias no Acre Foto: Neto Luce/Secom Acre

As cheias também envolveram outros cursos d’água. De acordo com o Estado, em Marechal Thaumaturgo, cerca de 43% da população (de 17 mil pessoas) foi afetada pelo transbordamento do Rio Juruá. Já a cheia do Rio Purus atingiu populações indígenas dos povos Jaminawa, Kulina/Madija e Huni Kuin/Kaxinawá em Santa Rosa dos Purus, de acordo com o Governo. Parte dos atingidos morava em áreas rurais e perdeu plantações de agricultura familiar.

Com a situação, o Corpo de Bombeiros do Acre chegou a solicitar que a população ajude nos trabalhos, especialmente com pequenos barcos. As embarcações são necessárias para o atendimento de famílias de áreas de difícil acesso.

Em nota pública, o governo Gladson Cameli (PP) disse que estão “trabalhando incansavelmente para superar os desafios e reconstruir as comunidades afetadas” aos atingidos. Entre os trabalhos destacados, estão a reconstrução de tubulações do sistema de saneamento básico, a remoção de moradores ilhados e a distribuição de alimentos, medicamentos e itens de higiene.

Das seis estações de monitoramento da SGB na Bacia do Rio Branco, quatro estão na cota de inundação, localizadas em Rio Branco, Rio Branco/Riozinho do Rôla, Xapuri e Capixaba. Já a estação de Brasiléia está na cota de atenção.

Em alguns municípios, a água começou a recuar. Em Xapuri, o nível do Rio Acre chegou a 17,09 m na sexta-feira, 1º, o segundo maior da história, mas está agora com tendência de redução, ainda segundo o SGB, por exemplo. Situação semelhante se repete em Assis Brasil, onde o rio também alcançou a segunda marca histórica, com 13,3 m, e também está com redução no nível d’água.

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