China replica ''ficção'' dos EUA, diz cientista


Geógrafo e professor americano prevê nova crise financeira mundial

Por Sandra Hahn

Em meio ao ritmo acelerado de crescimento, a China está replicando "ficções" financeiras usadas nos Estados Unidos, afirmou o geógrafo e professor da City University de Nova York David Harvey, durante painel sobre a conjuntura econômica no seminário que discute os dez anos do Fórum Social Mundial."A China e a Índia ainda estão crescendo, a primeira aos trancos e barrancos. No caso da China o custo equivale a uma enorme expansão dos empréstimos bancários em projetos de risco - os bancos chineses não foram apanhados no frenesi especulativo global, mas agora estão dando continuidade a esse movimento", ressaltou. Harvey questionou mecanismos financeiros criados recentemente nos EUA. "É interessante, particularmente nos Estados Unidos, ver a velocidade como a sociedade tenta reconstruir todas essas ficções novamente", afirmou. "E essas ficções estão sendo replicadas na China." Nesse cenário, ele prevê nova crise financeira. Na mesma linha, ressaltando que não é economista, a cientista política francesa Susan George, da organização não-governamental Associação para Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos, disse que "se pode vender a mesma casa seis vezes e lucrar em todas elas", mas isso "não contribui em nada para a economia real". Ela defendeu também a tese de que os bancos sejam forçados a financiar novos projetos ecológicos. "Eles não vão fazer isso a não ser que recebam ordem política para isso", concluiu. Já o secretário nacional de Economia Solidária do governo federal, Paul Singer, usou exemplos de sua pasta para defender alternativas de produção. Afirmou que a economia solidária cresce 20% a 30% ao ano e um censo realizado em 2007 demonstrou o emprego de 1,7 milhão de pessoas nessas atividades cooperativas. A secretaria prepara novo censo em 2010 para medir a dimensão da economia solidária - que segundo Singer não tem limites e pode produzir de tomates a aviões.

Em meio ao ritmo acelerado de crescimento, a China está replicando "ficções" financeiras usadas nos Estados Unidos, afirmou o geógrafo e professor da City University de Nova York David Harvey, durante painel sobre a conjuntura econômica no seminário que discute os dez anos do Fórum Social Mundial."A China e a Índia ainda estão crescendo, a primeira aos trancos e barrancos. No caso da China o custo equivale a uma enorme expansão dos empréstimos bancários em projetos de risco - os bancos chineses não foram apanhados no frenesi especulativo global, mas agora estão dando continuidade a esse movimento", ressaltou. Harvey questionou mecanismos financeiros criados recentemente nos EUA. "É interessante, particularmente nos Estados Unidos, ver a velocidade como a sociedade tenta reconstruir todas essas ficções novamente", afirmou. "E essas ficções estão sendo replicadas na China." Nesse cenário, ele prevê nova crise financeira. Na mesma linha, ressaltando que não é economista, a cientista política francesa Susan George, da organização não-governamental Associação para Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos, disse que "se pode vender a mesma casa seis vezes e lucrar em todas elas", mas isso "não contribui em nada para a economia real". Ela defendeu também a tese de que os bancos sejam forçados a financiar novos projetos ecológicos. "Eles não vão fazer isso a não ser que recebam ordem política para isso", concluiu. Já o secretário nacional de Economia Solidária do governo federal, Paul Singer, usou exemplos de sua pasta para defender alternativas de produção. Afirmou que a economia solidária cresce 20% a 30% ao ano e um censo realizado em 2007 demonstrou o emprego de 1,7 milhão de pessoas nessas atividades cooperativas. A secretaria prepara novo censo em 2010 para medir a dimensão da economia solidária - que segundo Singer não tem limites e pode produzir de tomates a aviões.

Em meio ao ritmo acelerado de crescimento, a China está replicando "ficções" financeiras usadas nos Estados Unidos, afirmou o geógrafo e professor da City University de Nova York David Harvey, durante painel sobre a conjuntura econômica no seminário que discute os dez anos do Fórum Social Mundial."A China e a Índia ainda estão crescendo, a primeira aos trancos e barrancos. No caso da China o custo equivale a uma enorme expansão dos empréstimos bancários em projetos de risco - os bancos chineses não foram apanhados no frenesi especulativo global, mas agora estão dando continuidade a esse movimento", ressaltou. Harvey questionou mecanismos financeiros criados recentemente nos EUA. "É interessante, particularmente nos Estados Unidos, ver a velocidade como a sociedade tenta reconstruir todas essas ficções novamente", afirmou. "E essas ficções estão sendo replicadas na China." Nesse cenário, ele prevê nova crise financeira. Na mesma linha, ressaltando que não é economista, a cientista política francesa Susan George, da organização não-governamental Associação para Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos, disse que "se pode vender a mesma casa seis vezes e lucrar em todas elas", mas isso "não contribui em nada para a economia real". Ela defendeu também a tese de que os bancos sejam forçados a financiar novos projetos ecológicos. "Eles não vão fazer isso a não ser que recebam ordem política para isso", concluiu. Já o secretário nacional de Economia Solidária do governo federal, Paul Singer, usou exemplos de sua pasta para defender alternativas de produção. Afirmou que a economia solidária cresce 20% a 30% ao ano e um censo realizado em 2007 demonstrou o emprego de 1,7 milhão de pessoas nessas atividades cooperativas. A secretaria prepara novo censo em 2010 para medir a dimensão da economia solidária - que segundo Singer não tem limites e pode produzir de tomates a aviões.

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