China tira lições do Japão sobre desaceleração da economia e deflação


Reguladores chineses estão se voltando para o Japão para tirar lições sobre a história econômica, determinados a evitar que a segunda maior economia do mundo entre no mesmo caminho de recessão e deflação que afetou o país vizinho nos últimos 20 anos. Pequim vê a liberalização do fluxo de capital e do iene há mais de 30 anos como fatores chave que levaram à criação e subsequente estouro da bolha de ativos no Japão no início dos anos 90, de acordo com o governo japonês e outras fontes que estão em contato direto com os reguladores chineses. "Eles não estão nem um pouco interessados nos sucessos do Japão. Seu principal interesse é nos erros do Japão", disse à Reuters uma fonte baseada na China que está em contato direto com os reguladores, sob condição de anonimato. "As economias japonesa e chinesa compartilham algumas semelhanças, então eu assumo que há muito o que aprender de nossas experiências." À medida que a economia chinesa desacelera e surgem sinais de deflação, o interesse da China no Japão tem crescido notavelmente, de acordo com as fontes. Em reunião anual do Parlamento que começou na quinta-feira, a China anunciou uma meta de crescimento da economia de cerca de 7 por cento este ano, abaixo dos 7,4 por cento de 2014, que já tinham representado o avanço mais lento em 24 anos.

Por Redação

DÉCADAS PERDIDAS

A China está realizando três reformas financeiras fundamentais que o Japão assumiu nas últimas décadas - liberalização das taxas de juro, internacionalização da moeda e abertura da sua conta de capital. Essas reformas devem ajudar no desenvolvimento da economia, mas passos mal dados podem ter enormes repercussões.

Políticos chineses veem o Acordo de Plaza de 1985, firmado entre o Japão e as potências ocidentais e que efetivamente aprovou um iene mais forte e a abertura da conta de capital durante os anos 1980 e 1990, como eventos cruciais para Tóquio, culminando com as "duas décadas perdidas" do Japão, dizem as fontes.

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O aumento do iene que se seguiu ao acordo atingiu as principais exportações do país. Montadoras japonesas de automóveis, por exemplo, começaram a deslocar mais produção para o exterior. Isso começou a prejudicar o crescimento econômico e levou o Banco do Japão a aliviar a política monetária.

No entanto, grande parte do dinheiro da flexibilização, junto com a entrada de dinheiro estrangeiro após a liberalização da conta de capital, fluiu para ações, imóveis e outros bens.

"A China já está aplicando as lições da experiência do Japão. Mesmo com a desaceleração do crescimento, formuladores chineses de política não estão tomando medidas que podem elevar os desequilíbrios financeiros. Isso é muito sábio da parte deles", disse o membro do Conselho do Banco do Japão Takahide Kiuchi, em entrevista coletiva em Maebashi, norte de Tóquio, na quinta-feira.

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(Por Kazunori Takada e Leika Kihara)

DÉCADAS PERDIDAS

A China está realizando três reformas financeiras fundamentais que o Japão assumiu nas últimas décadas - liberalização das taxas de juro, internacionalização da moeda e abertura da sua conta de capital. Essas reformas devem ajudar no desenvolvimento da economia, mas passos mal dados podem ter enormes repercussões.

Políticos chineses veem o Acordo de Plaza de 1985, firmado entre o Japão e as potências ocidentais e que efetivamente aprovou um iene mais forte e a abertura da conta de capital durante os anos 1980 e 1990, como eventos cruciais para Tóquio, culminando com as "duas décadas perdidas" do Japão, dizem as fontes.

O aumento do iene que se seguiu ao acordo atingiu as principais exportações do país. Montadoras japonesas de automóveis, por exemplo, começaram a deslocar mais produção para o exterior. Isso começou a prejudicar o crescimento econômico e levou o Banco do Japão a aliviar a política monetária.

No entanto, grande parte do dinheiro da flexibilização, junto com a entrada de dinheiro estrangeiro após a liberalização da conta de capital, fluiu para ações, imóveis e outros bens.

"A China já está aplicando as lições da experiência do Japão. Mesmo com a desaceleração do crescimento, formuladores chineses de política não estão tomando medidas que podem elevar os desequilíbrios financeiros. Isso é muito sábio da parte deles", disse o membro do Conselho do Banco do Japão Takahide Kiuchi, em entrevista coletiva em Maebashi, norte de Tóquio, na quinta-feira.

(Por Kazunori Takada e Leika Kihara)

DÉCADAS PERDIDAS

A China está realizando três reformas financeiras fundamentais que o Japão assumiu nas últimas décadas - liberalização das taxas de juro, internacionalização da moeda e abertura da sua conta de capital. Essas reformas devem ajudar no desenvolvimento da economia, mas passos mal dados podem ter enormes repercussões.

Políticos chineses veem o Acordo de Plaza de 1985, firmado entre o Japão e as potências ocidentais e que efetivamente aprovou um iene mais forte e a abertura da conta de capital durante os anos 1980 e 1990, como eventos cruciais para Tóquio, culminando com as "duas décadas perdidas" do Japão, dizem as fontes.

O aumento do iene que se seguiu ao acordo atingiu as principais exportações do país. Montadoras japonesas de automóveis, por exemplo, começaram a deslocar mais produção para o exterior. Isso começou a prejudicar o crescimento econômico e levou o Banco do Japão a aliviar a política monetária.

No entanto, grande parte do dinheiro da flexibilização, junto com a entrada de dinheiro estrangeiro após a liberalização da conta de capital, fluiu para ações, imóveis e outros bens.

"A China já está aplicando as lições da experiência do Japão. Mesmo com a desaceleração do crescimento, formuladores chineses de política não estão tomando medidas que podem elevar os desequilíbrios financeiros. Isso é muito sábio da parte deles", disse o membro do Conselho do Banco do Japão Takahide Kiuchi, em entrevista coletiva em Maebashi, norte de Tóquio, na quinta-feira.

(Por Kazunori Takada e Leika Kihara)

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