Chuva mata mais 4 pessoas em SP


Por Rodrigo Burgarelli

Um barranco de cerca de 20 metros de altura desmoronou, na noite de anteontem, no bairro Jardim Aparecida, em Francisco Morato, Região Metropolitana de São Paulo, matando três pessoas da mesma família: Wagner Lui Gonçalves, de 50 anos, Iara da Silva Oliveira Gonçalves, de 47, e a filha deles Amanda Gonçalves de Oliveira, de 15. Na mesma noite, o estudante Carlos Gabriel Ferreira do Rosário, de 11 anos, foi encontrado na Barragem da Usina Piratininga, no extremo sul de São Paulo, depois de cair num bueiro enquanto chovia. Com isso, subiu para 68 o número de mortos pelas chuvas desde dezembro no Estado de São Paulo.A chuva em Francisco Morato começou às 19 horas. Às 21h30, a terra deslizou. Os bombeiros chegaram apenas duas horas depois do acidente, quando os vizinhos tentavam cavar a lama com as mãos para retirar as vítimas. Na casa da frente, também atingida pelo desabamento, morava parte da família, que teve apenas ferimentos leves. Parentes dos mortos reclamam de descaso. A filha do casal soterrado, que se identificou somente como Cristiane, acredita que o deslizamento foi causado pela falta de manutenção em um sistema de encanamento que passava acima da casa e afirmou que estuda entrar na Justiça contra a prefeitura.O prefeito Zezinho Bressane (PT) negou que tenha sido negligente em não realizar obras no local. "Não podemos trabalhar com o solo encharcado dessa maneira. É perigoso." TRANSTORNOSNa mesma rua onde aconteceu o deslizamento, o pedreiro Gerivaldo Almeida teve de sair de casa após o local ficar alagado por semanas, no início do mês. "Eu mesmo tive de interditar minha casa. Vou ter de aterrar tudo e construir uma nova por cima, começando do zero. Fui na prefeitura pedir ajuda, mas não deu em nada", afirmou.Um pouco mais acima, no mesmo bairro, uma aposentada, que preferiu não se identificar, convive há quase dois meses com um buraco de quase 5 metros de comprimento ocupando metade da rua na frente da sua casa. "Pedi para interditarem isso aqui, porque está aumentando cada vez mais. Mas sabe o que me disseram? Que era para deixar a casa cair, pois eles não tinham como fazer nada", contou, mostrando um papel de recibo de pedido de vistoria da prefeitura de Francisco Morato.A balconista Jéssica do Carmo Cervantes, de 28 anos, decidiu se mudar para a casa da irmã após uma grande quantidade de terra deslizar barranco abaixo bem ao lado de onde morava e destruir as casas de dois vizinhos, na segunda-feira. "Mudei porque fiquei com medo. Três carros estão presos embaixo da terra", disse. O deslizamento foi tão grande que a mancha de terra é visível de outros bairros.MORROSFrancisco Morato é uma cidade montanhosa e pobre, onde grande parte das casas fica em colinas ou morros. Por isso, não são poucos os moradores que reclamam de enchentes e deslizamentos, da falta de lugar para morar e do descaso do poder público com imóveis em situação de risco. A prefeitura estima que cem famílias estejam desabrigadas e 2 mil em situação de risco, mas o próprio prefeito admite que os números talvez sejam maiores, já que "muita gente vai para a casa de parentes e vizinhos por conta própria". Segundo o prefeito, a situação na cidade está complicada, pois a Defesa Civil não consegue notificar todas as pessoas que vivem em locais de risco. Zezinho disse ainda que está fazendo um planejamento para evitar que novos deslizamentos aconteçam no próximo verão. "Mas para esse ano, já foi", disse.

Um barranco de cerca de 20 metros de altura desmoronou, na noite de anteontem, no bairro Jardim Aparecida, em Francisco Morato, Região Metropolitana de São Paulo, matando três pessoas da mesma família: Wagner Lui Gonçalves, de 50 anos, Iara da Silva Oliveira Gonçalves, de 47, e a filha deles Amanda Gonçalves de Oliveira, de 15. Na mesma noite, o estudante Carlos Gabriel Ferreira do Rosário, de 11 anos, foi encontrado na Barragem da Usina Piratininga, no extremo sul de São Paulo, depois de cair num bueiro enquanto chovia. Com isso, subiu para 68 o número de mortos pelas chuvas desde dezembro no Estado de São Paulo.A chuva em Francisco Morato começou às 19 horas. Às 21h30, a terra deslizou. Os bombeiros chegaram apenas duas horas depois do acidente, quando os vizinhos tentavam cavar a lama com as mãos para retirar as vítimas. Na casa da frente, também atingida pelo desabamento, morava parte da família, que teve apenas ferimentos leves. Parentes dos mortos reclamam de descaso. A filha do casal soterrado, que se identificou somente como Cristiane, acredita que o deslizamento foi causado pela falta de manutenção em um sistema de encanamento que passava acima da casa e afirmou que estuda entrar na Justiça contra a prefeitura.O prefeito Zezinho Bressane (PT) negou que tenha sido negligente em não realizar obras no local. "Não podemos trabalhar com o solo encharcado dessa maneira. É perigoso." TRANSTORNOSNa mesma rua onde aconteceu o deslizamento, o pedreiro Gerivaldo Almeida teve de sair de casa após o local ficar alagado por semanas, no início do mês. "Eu mesmo tive de interditar minha casa. Vou ter de aterrar tudo e construir uma nova por cima, começando do zero. Fui na prefeitura pedir ajuda, mas não deu em nada", afirmou.Um pouco mais acima, no mesmo bairro, uma aposentada, que preferiu não se identificar, convive há quase dois meses com um buraco de quase 5 metros de comprimento ocupando metade da rua na frente da sua casa. "Pedi para interditarem isso aqui, porque está aumentando cada vez mais. Mas sabe o que me disseram? Que era para deixar a casa cair, pois eles não tinham como fazer nada", contou, mostrando um papel de recibo de pedido de vistoria da prefeitura de Francisco Morato.A balconista Jéssica do Carmo Cervantes, de 28 anos, decidiu se mudar para a casa da irmã após uma grande quantidade de terra deslizar barranco abaixo bem ao lado de onde morava e destruir as casas de dois vizinhos, na segunda-feira. "Mudei porque fiquei com medo. Três carros estão presos embaixo da terra", disse. O deslizamento foi tão grande que a mancha de terra é visível de outros bairros.MORROSFrancisco Morato é uma cidade montanhosa e pobre, onde grande parte das casas fica em colinas ou morros. Por isso, não são poucos os moradores que reclamam de enchentes e deslizamentos, da falta de lugar para morar e do descaso do poder público com imóveis em situação de risco. A prefeitura estima que cem famílias estejam desabrigadas e 2 mil em situação de risco, mas o próprio prefeito admite que os números talvez sejam maiores, já que "muita gente vai para a casa de parentes e vizinhos por conta própria". Segundo o prefeito, a situação na cidade está complicada, pois a Defesa Civil não consegue notificar todas as pessoas que vivem em locais de risco. Zezinho disse ainda que está fazendo um planejamento para evitar que novos deslizamentos aconteçam no próximo verão. "Mas para esse ano, já foi", disse.

Um barranco de cerca de 20 metros de altura desmoronou, na noite de anteontem, no bairro Jardim Aparecida, em Francisco Morato, Região Metropolitana de São Paulo, matando três pessoas da mesma família: Wagner Lui Gonçalves, de 50 anos, Iara da Silva Oliveira Gonçalves, de 47, e a filha deles Amanda Gonçalves de Oliveira, de 15. Na mesma noite, o estudante Carlos Gabriel Ferreira do Rosário, de 11 anos, foi encontrado na Barragem da Usina Piratininga, no extremo sul de São Paulo, depois de cair num bueiro enquanto chovia. Com isso, subiu para 68 o número de mortos pelas chuvas desde dezembro no Estado de São Paulo.A chuva em Francisco Morato começou às 19 horas. Às 21h30, a terra deslizou. Os bombeiros chegaram apenas duas horas depois do acidente, quando os vizinhos tentavam cavar a lama com as mãos para retirar as vítimas. Na casa da frente, também atingida pelo desabamento, morava parte da família, que teve apenas ferimentos leves. Parentes dos mortos reclamam de descaso. A filha do casal soterrado, que se identificou somente como Cristiane, acredita que o deslizamento foi causado pela falta de manutenção em um sistema de encanamento que passava acima da casa e afirmou que estuda entrar na Justiça contra a prefeitura.O prefeito Zezinho Bressane (PT) negou que tenha sido negligente em não realizar obras no local. "Não podemos trabalhar com o solo encharcado dessa maneira. É perigoso." TRANSTORNOSNa mesma rua onde aconteceu o deslizamento, o pedreiro Gerivaldo Almeida teve de sair de casa após o local ficar alagado por semanas, no início do mês. "Eu mesmo tive de interditar minha casa. Vou ter de aterrar tudo e construir uma nova por cima, começando do zero. Fui na prefeitura pedir ajuda, mas não deu em nada", afirmou.Um pouco mais acima, no mesmo bairro, uma aposentada, que preferiu não se identificar, convive há quase dois meses com um buraco de quase 5 metros de comprimento ocupando metade da rua na frente da sua casa. "Pedi para interditarem isso aqui, porque está aumentando cada vez mais. Mas sabe o que me disseram? Que era para deixar a casa cair, pois eles não tinham como fazer nada", contou, mostrando um papel de recibo de pedido de vistoria da prefeitura de Francisco Morato.A balconista Jéssica do Carmo Cervantes, de 28 anos, decidiu se mudar para a casa da irmã após uma grande quantidade de terra deslizar barranco abaixo bem ao lado de onde morava e destruir as casas de dois vizinhos, na segunda-feira. "Mudei porque fiquei com medo. Três carros estão presos embaixo da terra", disse. O deslizamento foi tão grande que a mancha de terra é visível de outros bairros.MORROSFrancisco Morato é uma cidade montanhosa e pobre, onde grande parte das casas fica em colinas ou morros. Por isso, não são poucos os moradores que reclamam de enchentes e deslizamentos, da falta de lugar para morar e do descaso do poder público com imóveis em situação de risco. A prefeitura estima que cem famílias estejam desabrigadas e 2 mil em situação de risco, mas o próprio prefeito admite que os números talvez sejam maiores, já que "muita gente vai para a casa de parentes e vizinhos por conta própria". Segundo o prefeito, a situação na cidade está complicada, pois a Defesa Civil não consegue notificar todas as pessoas que vivem em locais de risco. Zezinho disse ainda que está fazendo um planejamento para evitar que novos deslizamentos aconteçam no próximo verão. "Mas para esse ano, já foi", disse.

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