Chuva continua no Rio Grande do Sul e Lagoa dos Patos segue em elevação; veja mapas de risco


Rio Taquari também volta a ter elevação, enquanto há recomendação de evacuação para áreas de risco em Pelotas, Rio Grande e outros municípios; mortes sobem para 136

Por Priscila Mengue
Atualização:

Com a permanência da chuva e previsão de temporais e vento forte no fim de semana, o Rio Grande do Sul está em alerta para o aumento no nível de rios, lagoas e outros cursos d’água, inclusive na Grande Porto Alegre. Um dos pontos de preocupação é o entorno da Lagoa dos Patos, no sul do Estado, que está em elevação.

Chamada de Costa Doce, a região abrange Pelotas, Arambaré, Rio Grande e mais municípios, onde algumas áreas receberam recomendação de evacuação. O transbordamento do curso d’água tem chegado a bairros mais próximos da orla.

Após a veiculação de dados que indicavam a elevação do Lago Guaíba, em Porto Alegre, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) corrigiu o registro. O curso d’água segue, portanto, em paulatina redução, chegando a 4,58m às 11h, enquanto a cota de inundação no centro é de 3 m.

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Ainda há diversas áreas da região metropolitana tomadas pela enchente. Há elevação, também, em trechos do Rio Uruguai, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.

Cerca de 2 milhões de pessoas foram impactadas pelo maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil. O número de mortes subiu para 136, mas autoridades têm destacado que os dados são parciais e irão subir. Ao menos 444 dos 497 municípios do Estado foram afetados. Pelo menos 71,3 mil pessoas estão em abrigos e outras 339,9 mil estão desalojados.

Segundo a Defesa Civil, o maior volume de precipitação nas últimas 24 horas foram na Região Hidrográfica do Guaíba e Litoral Norte, com acumulados superando pontualmente os 100 mm. “Em função dessas chuvas e dos solos ainda com muita umidade, os Rios Taquari e Caí apresentaram respostas hidrológicas atingindo limiares de alerta, apesar disso a tendência é que ambos rios entrem em estabilidade ainda hoje”, diz comunicado. “A Lagoa dos Patos apresenta níveis elevados e segue em elevação próximo a Pelotas e região”, acrescenta.

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Seis regiões do Estado estão em risco hidrológico severo, de acordo com a Defesa Civil, enquanto quase todo os restante está em situação de alerta ou atenção. A exceção é para alguns municípios do extremo sul. Também há preocupação com deslizamentos, especialmente na Serra Gaúcha.

“Devido ao prognóstico dos próximos dias, a Defesa Civil orienta às pessoas que moram em áreas com declive ou elevação nas regiões da Serra, Litoral Norte, Vales e Centro do Estado a respeito dos riscos da ocorrência de movimentos de massa nessas regiões”, destaca em comunicado da noite de sexta-feira, 10.

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Segundo destaca a Defesa Civil, a previsão é que as chuvas intensas e persistentes permaneçam em grande parte do Estado no domingo e na segunda. A onda de frio também tem começado a baixar as temperaturas, com previsão de que as mínimas cheguem entre 2º C e 10º C a partir de terça-feira, 14, quando a chuva deve dar uma trégua.

O Rio Taquari aumentou de 7,12m, à meia-noite, para 10,84m às 7h. Com o aumento, entrou na cota de alerta, mas ainda está abaixo da cota de inundação, que é de 18m. A medição é feita em Muçum, um dos municípios mais afetados no Estado.

Destruição em Roca Sales, município no entorno do Rio Taquari Foto: Diego Vara/Reuters
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No entorno da Lagoa dos Patos, na chamada Costa Doce, há registro de bloqueios e avanço da inundação. Prefeituras têm alertado para a dificuldade de medição do nível da água, que não foi mais atualizada pelo Estado desde a noite de sexta, quando estava com 2,48m, o dobro do registrado no dia 3. Cidades têm relatado elevação e níveis superiores. A cota de inundação é de 1,3m.

Em São Lourenço do Sul, parte dos abrigos estão lotados. Em Pelotas, a maior preocupação é com a Praia do Laranjal e a localidade de Valverde, com ao menos 632 pessoas em abrigos. No Rio Grande, a Prefeitura emitiu um alerta para a evacuação de mais áreas, com maior preocupação para a situação em partes do centro, da zona portuária, das ilhas e mais bairros.

A Santa Casa do Rio Grande decidiu transferir a emergência hospitalar temporariamente para o Hospital de Cardiologia. “Essa medida visa garantir a continuidade e a qualidade no atendimento às urgências”, justificou em comunicado na sexta.

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Confira, abaixo, uma estimativa preliminar das áreas mais sujeitas a riscos na enchente na Grande Porto Alegre e no entorno da Lagoa dos Patos. A ferramenta foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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O Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública, com bloqueios em rodovias, pontes e vias de acesso, crise no abastecimento de mantimentos e falta de água e energia em parte dos municípios. Na Saúde, hospitais e postos de saúde foram afetados, com dificuldade para a obtenção de insumos e medicamentos essenciais.

Abaixo, confira um modelo de criticidade de alguns municípios da região, também feito por pesquisadores da UFRGS. As ferramentas contemplam Rio Grande e Arambaré, respectivamente.

Com a permanência da chuva e previsão de temporais e vento forte no fim de semana, o Rio Grande do Sul está em alerta para o aumento no nível de rios, lagoas e outros cursos d’água, inclusive na Grande Porto Alegre. Um dos pontos de preocupação é o entorno da Lagoa dos Patos, no sul do Estado, que está em elevação.

Chamada de Costa Doce, a região abrange Pelotas, Arambaré, Rio Grande e mais municípios, onde algumas áreas receberam recomendação de evacuação. O transbordamento do curso d’água tem chegado a bairros mais próximos da orla.

Após a veiculação de dados que indicavam a elevação do Lago Guaíba, em Porto Alegre, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) corrigiu o registro. O curso d’água segue, portanto, em paulatina redução, chegando a 4,58m às 11h, enquanto a cota de inundação no centro é de 3 m.

Ainda há diversas áreas da região metropolitana tomadas pela enchente. Há elevação, também, em trechos do Rio Uruguai, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.

Cerca de 2 milhões de pessoas foram impactadas pelo maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil. O número de mortes subiu para 136, mas autoridades têm destacado que os dados são parciais e irão subir. Ao menos 444 dos 497 municípios do Estado foram afetados. Pelo menos 71,3 mil pessoas estão em abrigos e outras 339,9 mil estão desalojados.

Segundo a Defesa Civil, o maior volume de precipitação nas últimas 24 horas foram na Região Hidrográfica do Guaíba e Litoral Norte, com acumulados superando pontualmente os 100 mm. “Em função dessas chuvas e dos solos ainda com muita umidade, os Rios Taquari e Caí apresentaram respostas hidrológicas atingindo limiares de alerta, apesar disso a tendência é que ambos rios entrem em estabilidade ainda hoje”, diz comunicado. “A Lagoa dos Patos apresenta níveis elevados e segue em elevação próximo a Pelotas e região”, acrescenta.

Seis regiões do Estado estão em risco hidrológico severo, de acordo com a Defesa Civil, enquanto quase todo os restante está em situação de alerta ou atenção. A exceção é para alguns municípios do extremo sul. Também há preocupação com deslizamentos, especialmente na Serra Gaúcha.

“Devido ao prognóstico dos próximos dias, a Defesa Civil orienta às pessoas que moram em áreas com declive ou elevação nas regiões da Serra, Litoral Norte, Vales e Centro do Estado a respeito dos riscos da ocorrência de movimentos de massa nessas regiões”, destaca em comunicado da noite de sexta-feira, 10.

Segundo destaca a Defesa Civil, a previsão é que as chuvas intensas e persistentes permaneçam em grande parte do Estado no domingo e na segunda. A onda de frio também tem começado a baixar as temperaturas, com previsão de que as mínimas cheguem entre 2º C e 10º C a partir de terça-feira, 14, quando a chuva deve dar uma trégua.

O Rio Taquari aumentou de 7,12m, à meia-noite, para 10,84m às 7h. Com o aumento, entrou na cota de alerta, mas ainda está abaixo da cota de inundação, que é de 18m. A medição é feita em Muçum, um dos municípios mais afetados no Estado.

Destruição em Roca Sales, município no entorno do Rio Taquari Foto: Diego Vara/Reuters

No entorno da Lagoa dos Patos, na chamada Costa Doce, há registro de bloqueios e avanço da inundação. Prefeituras têm alertado para a dificuldade de medição do nível da água, que não foi mais atualizada pelo Estado desde a noite de sexta, quando estava com 2,48m, o dobro do registrado no dia 3. Cidades têm relatado elevação e níveis superiores. A cota de inundação é de 1,3m.

Em São Lourenço do Sul, parte dos abrigos estão lotados. Em Pelotas, a maior preocupação é com a Praia do Laranjal e a localidade de Valverde, com ao menos 632 pessoas em abrigos. No Rio Grande, a Prefeitura emitiu um alerta para a evacuação de mais áreas, com maior preocupação para a situação em partes do centro, da zona portuária, das ilhas e mais bairros.

A Santa Casa do Rio Grande decidiu transferir a emergência hospitalar temporariamente para o Hospital de Cardiologia. “Essa medida visa garantir a continuidade e a qualidade no atendimento às urgências”, justificou em comunicado na sexta.

Confira, abaixo, uma estimativa preliminar das áreas mais sujeitas a riscos na enchente na Grande Porto Alegre e no entorno da Lagoa dos Patos. A ferramenta foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública, com bloqueios em rodovias, pontes e vias de acesso, crise no abastecimento de mantimentos e falta de água e energia em parte dos municípios. Na Saúde, hospitais e postos de saúde foram afetados, com dificuldade para a obtenção de insumos e medicamentos essenciais.

Abaixo, confira um modelo de criticidade de alguns municípios da região, também feito por pesquisadores da UFRGS. As ferramentas contemplam Rio Grande e Arambaré, respectivamente.

Com a permanência da chuva e previsão de temporais e vento forte no fim de semana, o Rio Grande do Sul está em alerta para o aumento no nível de rios, lagoas e outros cursos d’água, inclusive na Grande Porto Alegre. Um dos pontos de preocupação é o entorno da Lagoa dos Patos, no sul do Estado, que está em elevação.

Chamada de Costa Doce, a região abrange Pelotas, Arambaré, Rio Grande e mais municípios, onde algumas áreas receberam recomendação de evacuação. O transbordamento do curso d’água tem chegado a bairros mais próximos da orla.

Após a veiculação de dados que indicavam a elevação do Lago Guaíba, em Porto Alegre, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) corrigiu o registro. O curso d’água segue, portanto, em paulatina redução, chegando a 4,58m às 11h, enquanto a cota de inundação no centro é de 3 m.

Ainda há diversas áreas da região metropolitana tomadas pela enchente. Há elevação, também, em trechos do Rio Uruguai, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.

Cerca de 2 milhões de pessoas foram impactadas pelo maior desastre ambiental do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil. O número de mortes subiu para 136, mas autoridades têm destacado que os dados são parciais e irão subir. Ao menos 444 dos 497 municípios do Estado foram afetados. Pelo menos 71,3 mil pessoas estão em abrigos e outras 339,9 mil estão desalojados.

Segundo a Defesa Civil, o maior volume de precipitação nas últimas 24 horas foram na Região Hidrográfica do Guaíba e Litoral Norte, com acumulados superando pontualmente os 100 mm. “Em função dessas chuvas e dos solos ainda com muita umidade, os Rios Taquari e Caí apresentaram respostas hidrológicas atingindo limiares de alerta, apesar disso a tendência é que ambos rios entrem em estabilidade ainda hoje”, diz comunicado. “A Lagoa dos Patos apresenta níveis elevados e segue em elevação próximo a Pelotas e região”, acrescenta.

Seis regiões do Estado estão em risco hidrológico severo, de acordo com a Defesa Civil, enquanto quase todo os restante está em situação de alerta ou atenção. A exceção é para alguns municípios do extremo sul. Também há preocupação com deslizamentos, especialmente na Serra Gaúcha.

“Devido ao prognóstico dos próximos dias, a Defesa Civil orienta às pessoas que moram em áreas com declive ou elevação nas regiões da Serra, Litoral Norte, Vales e Centro do Estado a respeito dos riscos da ocorrência de movimentos de massa nessas regiões”, destaca em comunicado da noite de sexta-feira, 10.

Segundo destaca a Defesa Civil, a previsão é que as chuvas intensas e persistentes permaneçam em grande parte do Estado no domingo e na segunda. A onda de frio também tem começado a baixar as temperaturas, com previsão de que as mínimas cheguem entre 2º C e 10º C a partir de terça-feira, 14, quando a chuva deve dar uma trégua.

O Rio Taquari aumentou de 7,12m, à meia-noite, para 10,84m às 7h. Com o aumento, entrou na cota de alerta, mas ainda está abaixo da cota de inundação, que é de 18m. A medição é feita em Muçum, um dos municípios mais afetados no Estado.

Destruição em Roca Sales, município no entorno do Rio Taquari Foto: Diego Vara/Reuters

No entorno da Lagoa dos Patos, na chamada Costa Doce, há registro de bloqueios e avanço da inundação. Prefeituras têm alertado para a dificuldade de medição do nível da água, que não foi mais atualizada pelo Estado desde a noite de sexta, quando estava com 2,48m, o dobro do registrado no dia 3. Cidades têm relatado elevação e níveis superiores. A cota de inundação é de 1,3m.

Em São Lourenço do Sul, parte dos abrigos estão lotados. Em Pelotas, a maior preocupação é com a Praia do Laranjal e a localidade de Valverde, com ao menos 632 pessoas em abrigos. No Rio Grande, a Prefeitura emitiu um alerta para a evacuação de mais áreas, com maior preocupação para a situação em partes do centro, da zona portuária, das ilhas e mais bairros.

A Santa Casa do Rio Grande decidiu transferir a emergência hospitalar temporariamente para o Hospital de Cardiologia. “Essa medida visa garantir a continuidade e a qualidade no atendimento às urgências”, justificou em comunicado na sexta.

Confira, abaixo, uma estimativa preliminar das áreas mais sujeitas a riscos na enchente na Grande Porto Alegre e no entorno da Lagoa dos Patos. A ferramenta foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública, com bloqueios em rodovias, pontes e vias de acesso, crise no abastecimento de mantimentos e falta de água e energia em parte dos municípios. Na Saúde, hospitais e postos de saúde foram afetados, com dificuldade para a obtenção de insumos e medicamentos essenciais.

Abaixo, confira um modelo de criticidade de alguns municípios da região, também feito por pesquisadores da UFRGS. As ferramentas contemplam Rio Grande e Arambaré, respectivamente.

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