Diferentes partes do Brasil sentiram os efeitos das fortes chuvas que atingiram o País nos últimos dias. O fenômeno foi sentido com mais intensidade em áreas da região Sul, como Santa Catarina e Paraná, Sudeste, como Rio, Minas e Espírito Santo, e Nordeste, como Sergipe e Bahia. A situação levou municípios a declararem emergência.
Levantamento divulgado pela Agência Brasil mostrou que ao menos 8,6 mil pessoas precisaram deixar suas casas por conta das chuvas nas últimas semanas. Os dados foram baseados em balanços de cinco Estados.
Na Grande Florianópolis, de acordo com a Defesa Civil da capital, foram realizados chamados para atendimento em áreas de 34 deslizamentos. Até a tarde desta quinta-feira, 1, 26 pessoas estavam desabrigadas e mais de mil estavam desalojadas.
Apesar da melhora do volume de chuvas, a Defesa Civil da capital catarinense manteve o alerta em áreas de risco, como encostas e morros, e não descarta novas pancadas isoladas durante esta sexta-feira.
No Estado da Bahia, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) informou que 37 municípios foram afetados, sendo que nove deles entraram em estado de emergência.
“Até o momento, são 342 desabrigados e 3.684 desalojados. O número total de atingidos chega a 52.224 pessoas”, salienta o órgão do Estado, que não registrou nenhum óbito ou desaparecido.
Em Minas Gerais, as chuvas deixaram uma pessoa morta, 956 desabrigados e 3.506 desalojados desde o dia 21 de setembro. São 42 municípios em situação de emergência, conforme descreve o boletim da Defesa Civil do Estado publicado nesta quinta-feira.
Em Sergipe, o governo do Estado declarou estado de emergência para os municípios de Tobias Barreto e Itabaianinha nos Territórios Sul e Centro Sul de Sergipe, devido aos estragos causados pelas chuvas da semana.
A chuva deve continuar
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia preveem continuidade da chuva para esta sexta-feira, 2, destacando que os locais mais afetados deverão ser o noroeste e litoral norte do Espírito Santo, os Vales do Mucuri, do Rio Doce e do Jequitinhonha, em Minas, e o sul e centro-sul baiano.
As chuvas devem atingir de 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e manter ventos intensos (60-100 km/h) que trazem grandes riscos de alagamentos, transbordamento de rios e deslizamentos em áreas de risco.