Ciclistas e sem-terra


A surpreendente comparação entre ciclistas e sem-terra, com que o prefeito brindou os paulistanos, deve ser considerada como “a última do Haddad”. Última apenas no sentido de mais recente, porque outras certamente virão com a aproximação das eleições. Na tentativa de conseguir um novo mandato, ele não deixará de exercitar sua imaginação, que tem sido fértil no encontro de fórmulas de impacto e projetos – se é que a pressa e a improvisação que os caracterizam justificam esse nome – para iludir os eleitores.

Por Redação

Por ocasião da abertura no dia 26 de maio do Bicicultura 2016, um evento de cicloativistas, Haddad afirmou, jogando espertamente – ele não dá ponto sem nó – com as palavras e as ideias, que “ciclista é uma espécie de sem-terra, que está pedindo uma reforma agrária na cidade”. E corrigiu logo em seguida, como mostrou reportagem do Estado: “era” sem-terra, porque “graças a Deus não é mais”. Só faltou acrescentar que graças a ele também, é claro, pois as ciclovias da forma torta como foram implantadas na verdade são obra sua, sem intervenção superior.

Essa é uma jogada esperta – e não amalucada, como pode parecer à primeira vista –, porque tem brilhareco suficiente para impressionar os menos avisados, ou apenas apressados. “Do mesmo modo que o latifúndio improdutivo produz miséria, fome, exclusão, nosso sistema viário era um latifúndio improdutivo, que produzia morte e exclusão da mesma maneira”, pontificou o prefeito, tratando os paulistanos como seus alunos.

Como dessa vez Haddad não se apressou a corrigir o tempo do verbo, deve-se concluir que a seu ver, por causa de suas ciclovias, o sistema viário, que antes “produzia morte”, agora não produz mais? Na empolgação do seu brilhante achado do paralelo entre ciclista e sem-terra, ele se esqueceu de que as irrespondíveis e cruéis estatísticas continuam apontando a realidade de sempre, do elevado número de mortes no trânsito na capital, com variações que nada têm a ver – pelo menos comprovadamente – com as ciclovias.

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Continuando sua aula aos paulistanos, que a seus olhos devem se confundir com os cicloativistas que estavam presentes no Bicicultura, o prefeito explicou que a decisão de construir as vias exclusivas para bicicletas foi política: “É uma decisão política de dizer: ‘vou fazer a reforma viária do mesmo jeito que fizeram a reforma agrária’”. Haddad não fez reforma viária coisa nenhuma, a não ser da boca para fora, mas a decisão sobre as ciclovias foi mesmo política. Só que no mau sentido, o da política miúda, da demagogia.

No fecho de sua notável exposição, lembrou que há “uma vantagem da reforma viária em relação à agrária”, por causa da ausência de conflito: “Você não está retirando a propriedade de um para dar para outro”. Só faltou acrescentar que poupou à cidade a presença de uma versão do belicoso João Pedro Stédile, do MST, porque isso desagradaria a esse seu companheiro de “reformas”.

O Bicicultura poderia ter sido uma boa ocasião para discutir a sério a questão do ciclismo como meio de transporte na cidade. Com 573 inscritos, mais de 160 atividades, entre “bicicletadas” noturnas, mostras de vídeo e fotografia, palestras e painéis, havia condições e ambiente para levantar questões importantes relativas à improvisada ação do governo Haddad nesse setor e propor meios para corrigir o que está errado.

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Ninguém contesta que o uso da bicicleta pode desempenhar um papel na mobilidade urbana de São Paulo, como acontece em outras grandes cidades. Mas em primeiro lugar esse papel está longe de ter peso decisivo, como alardeiam o prefeito e alguns assim chamados cicloativistas. Em segundo lugar, a implantação de ciclovias exige estudos técnicos para determinar onde se deve implantá-las, tendo em vista a demanda atual e a potencial.

Nada ou quase nada disso foi feito. Prevaleceram os cálculos políticos e eleitorais, numa palavra – a demagogia, e por isso as ciclovias, com raras exceções, estão entregues às moscas.

Por ocasião da abertura no dia 26 de maio do Bicicultura 2016, um evento de cicloativistas, Haddad afirmou, jogando espertamente – ele não dá ponto sem nó – com as palavras e as ideias, que “ciclista é uma espécie de sem-terra, que está pedindo uma reforma agrária na cidade”. E corrigiu logo em seguida, como mostrou reportagem do Estado: “era” sem-terra, porque “graças a Deus não é mais”. Só faltou acrescentar que graças a ele também, é claro, pois as ciclovias da forma torta como foram implantadas na verdade são obra sua, sem intervenção superior.

Essa é uma jogada esperta – e não amalucada, como pode parecer à primeira vista –, porque tem brilhareco suficiente para impressionar os menos avisados, ou apenas apressados. “Do mesmo modo que o latifúndio improdutivo produz miséria, fome, exclusão, nosso sistema viário era um latifúndio improdutivo, que produzia morte e exclusão da mesma maneira”, pontificou o prefeito, tratando os paulistanos como seus alunos.

Como dessa vez Haddad não se apressou a corrigir o tempo do verbo, deve-se concluir que a seu ver, por causa de suas ciclovias, o sistema viário, que antes “produzia morte”, agora não produz mais? Na empolgação do seu brilhante achado do paralelo entre ciclista e sem-terra, ele se esqueceu de que as irrespondíveis e cruéis estatísticas continuam apontando a realidade de sempre, do elevado número de mortes no trânsito na capital, com variações que nada têm a ver – pelo menos comprovadamente – com as ciclovias.

Continuando sua aula aos paulistanos, que a seus olhos devem se confundir com os cicloativistas que estavam presentes no Bicicultura, o prefeito explicou que a decisão de construir as vias exclusivas para bicicletas foi política: “É uma decisão política de dizer: ‘vou fazer a reforma viária do mesmo jeito que fizeram a reforma agrária’”. Haddad não fez reforma viária coisa nenhuma, a não ser da boca para fora, mas a decisão sobre as ciclovias foi mesmo política. Só que no mau sentido, o da política miúda, da demagogia.

No fecho de sua notável exposição, lembrou que há “uma vantagem da reforma viária em relação à agrária”, por causa da ausência de conflito: “Você não está retirando a propriedade de um para dar para outro”. Só faltou acrescentar que poupou à cidade a presença de uma versão do belicoso João Pedro Stédile, do MST, porque isso desagradaria a esse seu companheiro de “reformas”.

O Bicicultura poderia ter sido uma boa ocasião para discutir a sério a questão do ciclismo como meio de transporte na cidade. Com 573 inscritos, mais de 160 atividades, entre “bicicletadas” noturnas, mostras de vídeo e fotografia, palestras e painéis, havia condições e ambiente para levantar questões importantes relativas à improvisada ação do governo Haddad nesse setor e propor meios para corrigir o que está errado.

Ninguém contesta que o uso da bicicleta pode desempenhar um papel na mobilidade urbana de São Paulo, como acontece em outras grandes cidades. Mas em primeiro lugar esse papel está longe de ter peso decisivo, como alardeiam o prefeito e alguns assim chamados cicloativistas. Em segundo lugar, a implantação de ciclovias exige estudos técnicos para determinar onde se deve implantá-las, tendo em vista a demanda atual e a potencial.

Nada ou quase nada disso foi feito. Prevaleceram os cálculos políticos e eleitorais, numa palavra – a demagogia, e por isso as ciclovias, com raras exceções, estão entregues às moscas.

Por ocasião da abertura no dia 26 de maio do Bicicultura 2016, um evento de cicloativistas, Haddad afirmou, jogando espertamente – ele não dá ponto sem nó – com as palavras e as ideias, que “ciclista é uma espécie de sem-terra, que está pedindo uma reforma agrária na cidade”. E corrigiu logo em seguida, como mostrou reportagem do Estado: “era” sem-terra, porque “graças a Deus não é mais”. Só faltou acrescentar que graças a ele também, é claro, pois as ciclovias da forma torta como foram implantadas na verdade são obra sua, sem intervenção superior.

Essa é uma jogada esperta – e não amalucada, como pode parecer à primeira vista –, porque tem brilhareco suficiente para impressionar os menos avisados, ou apenas apressados. “Do mesmo modo que o latifúndio improdutivo produz miséria, fome, exclusão, nosso sistema viário era um latifúndio improdutivo, que produzia morte e exclusão da mesma maneira”, pontificou o prefeito, tratando os paulistanos como seus alunos.

Como dessa vez Haddad não se apressou a corrigir o tempo do verbo, deve-se concluir que a seu ver, por causa de suas ciclovias, o sistema viário, que antes “produzia morte”, agora não produz mais? Na empolgação do seu brilhante achado do paralelo entre ciclista e sem-terra, ele se esqueceu de que as irrespondíveis e cruéis estatísticas continuam apontando a realidade de sempre, do elevado número de mortes no trânsito na capital, com variações que nada têm a ver – pelo menos comprovadamente – com as ciclovias.

Continuando sua aula aos paulistanos, que a seus olhos devem se confundir com os cicloativistas que estavam presentes no Bicicultura, o prefeito explicou que a decisão de construir as vias exclusivas para bicicletas foi política: “É uma decisão política de dizer: ‘vou fazer a reforma viária do mesmo jeito que fizeram a reforma agrária’”. Haddad não fez reforma viária coisa nenhuma, a não ser da boca para fora, mas a decisão sobre as ciclovias foi mesmo política. Só que no mau sentido, o da política miúda, da demagogia.

No fecho de sua notável exposição, lembrou que há “uma vantagem da reforma viária em relação à agrária”, por causa da ausência de conflito: “Você não está retirando a propriedade de um para dar para outro”. Só faltou acrescentar que poupou à cidade a presença de uma versão do belicoso João Pedro Stédile, do MST, porque isso desagradaria a esse seu companheiro de “reformas”.

O Bicicultura poderia ter sido uma boa ocasião para discutir a sério a questão do ciclismo como meio de transporte na cidade. Com 573 inscritos, mais de 160 atividades, entre “bicicletadas” noturnas, mostras de vídeo e fotografia, palestras e painéis, havia condições e ambiente para levantar questões importantes relativas à improvisada ação do governo Haddad nesse setor e propor meios para corrigir o que está errado.

Ninguém contesta que o uso da bicicleta pode desempenhar um papel na mobilidade urbana de São Paulo, como acontece em outras grandes cidades. Mas em primeiro lugar esse papel está longe de ter peso decisivo, como alardeiam o prefeito e alguns assim chamados cicloativistas. Em segundo lugar, a implantação de ciclovias exige estudos técnicos para determinar onde se deve implantá-las, tendo em vista a demanda atual e a potencial.

Nada ou quase nada disso foi feito. Prevaleceram os cálculos políticos e eleitorais, numa palavra – a demagogia, e por isso as ciclovias, com raras exceções, estão entregues às moscas.

Por ocasião da abertura no dia 26 de maio do Bicicultura 2016, um evento de cicloativistas, Haddad afirmou, jogando espertamente – ele não dá ponto sem nó – com as palavras e as ideias, que “ciclista é uma espécie de sem-terra, que está pedindo uma reforma agrária na cidade”. E corrigiu logo em seguida, como mostrou reportagem do Estado: “era” sem-terra, porque “graças a Deus não é mais”. Só faltou acrescentar que graças a ele também, é claro, pois as ciclovias da forma torta como foram implantadas na verdade são obra sua, sem intervenção superior.

Essa é uma jogada esperta – e não amalucada, como pode parecer à primeira vista –, porque tem brilhareco suficiente para impressionar os menos avisados, ou apenas apressados. “Do mesmo modo que o latifúndio improdutivo produz miséria, fome, exclusão, nosso sistema viário era um latifúndio improdutivo, que produzia morte e exclusão da mesma maneira”, pontificou o prefeito, tratando os paulistanos como seus alunos.

Como dessa vez Haddad não se apressou a corrigir o tempo do verbo, deve-se concluir que a seu ver, por causa de suas ciclovias, o sistema viário, que antes “produzia morte”, agora não produz mais? Na empolgação do seu brilhante achado do paralelo entre ciclista e sem-terra, ele se esqueceu de que as irrespondíveis e cruéis estatísticas continuam apontando a realidade de sempre, do elevado número de mortes no trânsito na capital, com variações que nada têm a ver – pelo menos comprovadamente – com as ciclovias.

Continuando sua aula aos paulistanos, que a seus olhos devem se confundir com os cicloativistas que estavam presentes no Bicicultura, o prefeito explicou que a decisão de construir as vias exclusivas para bicicletas foi política: “É uma decisão política de dizer: ‘vou fazer a reforma viária do mesmo jeito que fizeram a reforma agrária’”. Haddad não fez reforma viária coisa nenhuma, a não ser da boca para fora, mas a decisão sobre as ciclovias foi mesmo política. Só que no mau sentido, o da política miúda, da demagogia.

No fecho de sua notável exposição, lembrou que há “uma vantagem da reforma viária em relação à agrária”, por causa da ausência de conflito: “Você não está retirando a propriedade de um para dar para outro”. Só faltou acrescentar que poupou à cidade a presença de uma versão do belicoso João Pedro Stédile, do MST, porque isso desagradaria a esse seu companheiro de “reformas”.

O Bicicultura poderia ter sido uma boa ocasião para discutir a sério a questão do ciclismo como meio de transporte na cidade. Com 573 inscritos, mais de 160 atividades, entre “bicicletadas” noturnas, mostras de vídeo e fotografia, palestras e painéis, havia condições e ambiente para levantar questões importantes relativas à improvisada ação do governo Haddad nesse setor e propor meios para corrigir o que está errado.

Ninguém contesta que o uso da bicicleta pode desempenhar um papel na mobilidade urbana de São Paulo, como acontece em outras grandes cidades. Mas em primeiro lugar esse papel está longe de ter peso decisivo, como alardeiam o prefeito e alguns assim chamados cicloativistas. Em segundo lugar, a implantação de ciclovias exige estudos técnicos para determinar onde se deve implantá-las, tendo em vista a demanda atual e a potencial.

Nada ou quase nada disso foi feito. Prevaleceram os cálculos políticos e eleitorais, numa palavra – a demagogia, e por isso as ciclovias, com raras exceções, estão entregues às moscas.

Por ocasião da abertura no dia 26 de maio do Bicicultura 2016, um evento de cicloativistas, Haddad afirmou, jogando espertamente – ele não dá ponto sem nó – com as palavras e as ideias, que “ciclista é uma espécie de sem-terra, que está pedindo uma reforma agrária na cidade”. E corrigiu logo em seguida, como mostrou reportagem do Estado: “era” sem-terra, porque “graças a Deus não é mais”. Só faltou acrescentar que graças a ele também, é claro, pois as ciclovias da forma torta como foram implantadas na verdade são obra sua, sem intervenção superior.

Essa é uma jogada esperta – e não amalucada, como pode parecer à primeira vista –, porque tem brilhareco suficiente para impressionar os menos avisados, ou apenas apressados. “Do mesmo modo que o latifúndio improdutivo produz miséria, fome, exclusão, nosso sistema viário era um latifúndio improdutivo, que produzia morte e exclusão da mesma maneira”, pontificou o prefeito, tratando os paulistanos como seus alunos.

Como dessa vez Haddad não se apressou a corrigir o tempo do verbo, deve-se concluir que a seu ver, por causa de suas ciclovias, o sistema viário, que antes “produzia morte”, agora não produz mais? Na empolgação do seu brilhante achado do paralelo entre ciclista e sem-terra, ele se esqueceu de que as irrespondíveis e cruéis estatísticas continuam apontando a realidade de sempre, do elevado número de mortes no trânsito na capital, com variações que nada têm a ver – pelo menos comprovadamente – com as ciclovias.

Continuando sua aula aos paulistanos, que a seus olhos devem se confundir com os cicloativistas que estavam presentes no Bicicultura, o prefeito explicou que a decisão de construir as vias exclusivas para bicicletas foi política: “É uma decisão política de dizer: ‘vou fazer a reforma viária do mesmo jeito que fizeram a reforma agrária’”. Haddad não fez reforma viária coisa nenhuma, a não ser da boca para fora, mas a decisão sobre as ciclovias foi mesmo política. Só que no mau sentido, o da política miúda, da demagogia.

No fecho de sua notável exposição, lembrou que há “uma vantagem da reforma viária em relação à agrária”, por causa da ausência de conflito: “Você não está retirando a propriedade de um para dar para outro”. Só faltou acrescentar que poupou à cidade a presença de uma versão do belicoso João Pedro Stédile, do MST, porque isso desagradaria a esse seu companheiro de “reformas”.

O Bicicultura poderia ter sido uma boa ocasião para discutir a sério a questão do ciclismo como meio de transporte na cidade. Com 573 inscritos, mais de 160 atividades, entre “bicicletadas” noturnas, mostras de vídeo e fotografia, palestras e painéis, havia condições e ambiente para levantar questões importantes relativas à improvisada ação do governo Haddad nesse setor e propor meios para corrigir o que está errado.

Ninguém contesta que o uso da bicicleta pode desempenhar um papel na mobilidade urbana de São Paulo, como acontece em outras grandes cidades. Mas em primeiro lugar esse papel está longe de ter peso decisivo, como alardeiam o prefeito e alguns assim chamados cicloativistas. Em segundo lugar, a implantação de ciclovias exige estudos técnicos para determinar onde se deve implantá-las, tendo em vista a demanda atual e a potencial.

Nada ou quase nada disso foi feito. Prevaleceram os cálculos políticos e eleitorais, numa palavra – a demagogia, e por isso as ciclovias, com raras exceções, estão entregues às moscas.

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