Ciclone no Rio Grande do Sul tira 2,9 mil de casa: ‘Água batia na cintura e fui socorrida de barco’


De acordo com a Defesa Civil do Estado, ao menos 11 morreram após inundações e deslizamentos

Por Luciano Nagel
Atualização:

SÃO LEOPOLDO (RS) - A passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul entre a noite de quinta-feira, 15, e madrugada de sexta, 16, afetou 41 municípios no Estado, com mais de 2,3 mil desabrigados e 602 desalojados, segundo a Defesa Civil. Ao menos 11 pessoas morreram. Um dos municípios mais afetados é São Leopoldo, no Vale dos Sinos, a 35 quilômetros da capital Porto Alegre.

Em alguns bairros, a situação se agravou a ponto de ser necessária a intervenção dos bombeiros para resgatar famílias de barco, devido ao alto nível das águas e risco de afogamentos.

“Quando a gente se levantou da cama, por volta das 4h da madrugada, já havia água por toda a casa. Das canelas, as águas subiram rapidamente até a cintura”, contou, emocionada, a dona de casa, Elisângela Pereira, de 41 anos. Ela, as três filhas - de 18, 15 e 13 anos, - o marido e o cachorrinho de estimação foram socorridos por bombeiros e soldados do Exército.

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Ginásio de esportes, em São Leopoldo, recebe mais de 400 desabrigados Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Nas enchentes, a família perdeu tudo. A entrevista ocorreu na tarde deste sábado, 17, no ginásio de esportes de São Leopoldo, que desde sexta-feira, 16, abriga mais de 400 pessoas.

Renata de Paula, de 30 anos, e sua mãe, Fátima, 53, residem na Vila Campina, uma das áreas mais atingidas pelas enchentes em São Leopoldo. Mãe e filha contam que foram resgatadas de barco pelos bombeiros durante o amanhecer chuvoso e frio de sexta-feira, 16.

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“A água começou a subir rapidamente por volta das 4h da manhã. Quando vimos, a água já batia na cintura dentro de casa. Graças a Deus os bombeiros vieram rapidamente e nos socorreram de barco. Parecia um pesadelo sem fim’', disse Renata. Sua mãe, Fátima, tem enfisema pulmonar e foi medicada assim que chegou ao abrigo.

Renata de Paula e a mãe Fátima foram resgatadas de barco pelos bombeiros Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Em algumas regiões, como no município de Lindolfo Collor, a cerca de 60 quilômetros da capital gaúcha, moradores ilhados tiveram de ser resgatados de helicóptero. Um vídeo divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul mostra um homem e seu cachorro sendo içados para a aeronave.

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Recursos federais

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, prometeu a liberação de recursos federais para ajudar os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a recuperar as cidades atingidas. De acordo com o ministro, recursos que estavam disponíveis e não foram utilizados durante a pandemia de covid-19 serão redirecionados aos dois Estados.

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Neste sábado, 17, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do governador Eduardo Leite, Góes fez um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Durante o sobrevoo a Caraá, uma das cidades mais atingidas, o ministro disse ao governador que a União ajudará a reconstruir cerca de 50 casas que ficaram destruídas com a passagem do ciclone. O próprio ministro relatou que a situação ainda era grave, com muitas áreas alagadas e estradas interrompidas. / COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

SÃO LEOPOLDO (RS) - A passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul entre a noite de quinta-feira, 15, e madrugada de sexta, 16, afetou 41 municípios no Estado, com mais de 2,3 mil desabrigados e 602 desalojados, segundo a Defesa Civil. Ao menos 11 pessoas morreram. Um dos municípios mais afetados é São Leopoldo, no Vale dos Sinos, a 35 quilômetros da capital Porto Alegre.

Em alguns bairros, a situação se agravou a ponto de ser necessária a intervenção dos bombeiros para resgatar famílias de barco, devido ao alto nível das águas e risco de afogamentos.

“Quando a gente se levantou da cama, por volta das 4h da madrugada, já havia água por toda a casa. Das canelas, as águas subiram rapidamente até a cintura”, contou, emocionada, a dona de casa, Elisângela Pereira, de 41 anos. Ela, as três filhas - de 18, 15 e 13 anos, - o marido e o cachorrinho de estimação foram socorridos por bombeiros e soldados do Exército.

Ginásio de esportes, em São Leopoldo, recebe mais de 400 desabrigados Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Nas enchentes, a família perdeu tudo. A entrevista ocorreu na tarde deste sábado, 17, no ginásio de esportes de São Leopoldo, que desde sexta-feira, 16, abriga mais de 400 pessoas.

Renata de Paula, de 30 anos, e sua mãe, Fátima, 53, residem na Vila Campina, uma das áreas mais atingidas pelas enchentes em São Leopoldo. Mãe e filha contam que foram resgatadas de barco pelos bombeiros durante o amanhecer chuvoso e frio de sexta-feira, 16.

“A água começou a subir rapidamente por volta das 4h da manhã. Quando vimos, a água já batia na cintura dentro de casa. Graças a Deus os bombeiros vieram rapidamente e nos socorreram de barco. Parecia um pesadelo sem fim’', disse Renata. Sua mãe, Fátima, tem enfisema pulmonar e foi medicada assim que chegou ao abrigo.

Renata de Paula e a mãe Fátima foram resgatadas de barco pelos bombeiros Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Em algumas regiões, como no município de Lindolfo Collor, a cerca de 60 quilômetros da capital gaúcha, moradores ilhados tiveram de ser resgatados de helicóptero. Um vídeo divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul mostra um homem e seu cachorro sendo içados para a aeronave.

Recursos federais

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, prometeu a liberação de recursos federais para ajudar os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a recuperar as cidades atingidas. De acordo com o ministro, recursos que estavam disponíveis e não foram utilizados durante a pandemia de covid-19 serão redirecionados aos dois Estados.

Neste sábado, 17, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do governador Eduardo Leite, Góes fez um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Durante o sobrevoo a Caraá, uma das cidades mais atingidas, o ministro disse ao governador que a União ajudará a reconstruir cerca de 50 casas que ficaram destruídas com a passagem do ciclone. O próprio ministro relatou que a situação ainda era grave, com muitas áreas alagadas e estradas interrompidas. / COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

SÃO LEOPOLDO (RS) - A passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul entre a noite de quinta-feira, 15, e madrugada de sexta, 16, afetou 41 municípios no Estado, com mais de 2,3 mil desabrigados e 602 desalojados, segundo a Defesa Civil. Ao menos 11 pessoas morreram. Um dos municípios mais afetados é São Leopoldo, no Vale dos Sinos, a 35 quilômetros da capital Porto Alegre.

Em alguns bairros, a situação se agravou a ponto de ser necessária a intervenção dos bombeiros para resgatar famílias de barco, devido ao alto nível das águas e risco de afogamentos.

“Quando a gente se levantou da cama, por volta das 4h da madrugada, já havia água por toda a casa. Das canelas, as águas subiram rapidamente até a cintura”, contou, emocionada, a dona de casa, Elisângela Pereira, de 41 anos. Ela, as três filhas - de 18, 15 e 13 anos, - o marido e o cachorrinho de estimação foram socorridos por bombeiros e soldados do Exército.

Ginásio de esportes, em São Leopoldo, recebe mais de 400 desabrigados Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Nas enchentes, a família perdeu tudo. A entrevista ocorreu na tarde deste sábado, 17, no ginásio de esportes de São Leopoldo, que desde sexta-feira, 16, abriga mais de 400 pessoas.

Renata de Paula, de 30 anos, e sua mãe, Fátima, 53, residem na Vila Campina, uma das áreas mais atingidas pelas enchentes em São Leopoldo. Mãe e filha contam que foram resgatadas de barco pelos bombeiros durante o amanhecer chuvoso e frio de sexta-feira, 16.

“A água começou a subir rapidamente por volta das 4h da manhã. Quando vimos, a água já batia na cintura dentro de casa. Graças a Deus os bombeiros vieram rapidamente e nos socorreram de barco. Parecia um pesadelo sem fim’', disse Renata. Sua mãe, Fátima, tem enfisema pulmonar e foi medicada assim que chegou ao abrigo.

Renata de Paula e a mãe Fátima foram resgatadas de barco pelos bombeiros Foto: LUCIANO NAGEL/ESTADÃO

Em algumas regiões, como no município de Lindolfo Collor, a cerca de 60 quilômetros da capital gaúcha, moradores ilhados tiveram de ser resgatados de helicóptero. Um vídeo divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul mostra um homem e seu cachorro sendo içados para a aeronave.

Recursos federais

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, prometeu a liberação de recursos federais para ajudar os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a recuperar as cidades atingidas. De acordo com o ministro, recursos que estavam disponíveis e não foram utilizados durante a pandemia de covid-19 serão redirecionados aos dois Estados.

Neste sábado, 17, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do governador Eduardo Leite, Góes fez um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Durante o sobrevoo a Caraá, uma das cidades mais atingidas, o ministro disse ao governador que a União ajudará a reconstruir cerca de 50 casas que ficaram destruídas com a passagem do ciclone. O próprio ministro relatou que a situação ainda era grave, com muitas áreas alagadas e estradas interrompidas. / COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

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