No início da última semana, a atriz e bailarina Claudia Raia anunciou uma gravidez aos 55 anos de idade. A gravidez espontânea acima dos 50 anos é considerada por especialistas como um acontecimento muito raro – as chances são de uma a cada mil mulheres. Diante disso, o anúncio gerou curiosidade sobre como a artista havia engravidado.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, divulgada na noite deste domingo, 25, Claudia contou detalhes do processo. A atriz revelou que congelou óvulos há cerca de sete anos, mas disse que, em um primeiro momento, a tentativa de engravidar por fertilização in vitro não saiu como gostaria. A gravidez, então, ocorreu de outra forma.
Inicialmente, Claudia conta ter feito um tratamento de cinco semanas com o hormônio estrogênio para preparar o corpo para a fertilização in vitro. “Fiz todo o tratamento e nos cinco dias últimos, que é quando se faz o embrião, quando junta o espermatozóide com o óvulo, comecei a tomar progesterona. O que aconteceu é que os embriões não se formaram”, disse.
“Olhei para Deus e falei ‘ok, já entendi, não era para ser’”, afirmou Claudia, que entrou na menopausa com 50 anos e, segundo seu médico, já havia parado de ovular há pelo menos três anos quando tentou a fertilização in vitro.
Três meses depois que a atriz parou de tomar os hormônios que preparam o corpo para o procedimento, veio a primeira surpresa. Ao realizar um exame de rotina, o ultrassom mostrou que a atriz havia voltado a ovular.
“Pensei: ‘meu óvulo, de (uma pessoa de) 55 anos, não serve para muita coisa’. Eu tinha desistido”, disse. A atriz, que já tem dois filhos e está com o marido, Jarbas Homem de Mello, há mais de dez anos, conta que a notícia não mexeu muito com ela e que voltou a viver a vida normalmente.
Após uma viagem, ela foi novamente a uma consulta médica e veio uma nova surpresa: o teste de gravidez deu positivo. “Fui descobrir que estava grávida quase na décima semana, quase completando os três meses (de gravidez)”, disse ela, que agora se mostra empolgada com o futuro e minimiza comentários negativos. “A avalanche de amor é imensamente maior.”