Comissão da Câmara rejeita requerimentos para convocar Geddel


Base aliada consegue derrubar pedidos para que o peemedebista explicasse a acusação de tráfico de influência

Por Isadora Peron
Atualização:
Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - 

BRASÍLIA - Em mais uma atuação acompanhada de perto pelo líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), deputados da base aliada rejeitaram novos pedidos para convocar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) a dar explicações sobre a denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

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Ao todo, dez requerimentos foram apresentados na Comissão de Cultura da Casa após Calero pedir demissão na sexta-feira, 18. Ele apontou como um dos motivos de sua saída a pressão que sofreu de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) produzisse um parecer técnico para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador no qual comprou um apartamento.

Parte dos requerimentos na comissão pedia a convocação de Geddel e foram barrados por 13 votos a cinco. Os demais, também rejeitados, tratavam da vinda de Calero à comissão, da realização de audiências públicas sobre o caso e da convocação da presidente do Iphan, Kátia Bogea.

O argumento dos deputados da base foi que não seria preciso que Geddel viesse à Câmara se explicar porque o caso já está sendo investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República.

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Para evitar que os pedidos fossem rejeitados, deputados da oposição tentaram substituir os requerimentos de convocação por uma alternativa mais branda, a aprovação de um convite para Geddel vir à comissão. A diferença é que, quando um ministro é convocado, ele é obrigado a comparecer. Se for apenas um convite, ele pode decidir o que fazer e optar por não vir à Casa. Mesmo assim, a estratégia foi derrubada pelos aliados do governo.

“Se os líderes são paladinos da moral e estão seguros das atitudes de Geddel, porque não deixar o ministro vir se explicar à comissão”, questionou o deputado Pedro Uczai (PT-SC), autor de um dos requerimentos.

O deputado Jean Willys (PSOL-RJ) também protestou contra a atuação do grupo governista e disse ter ficado surpreso com a quantidade de deputados na comissão, que costuma ter reuniões esvaziadas. “Me causa espécie esse quórum hoje aqui. Vossas Excelências sabem o quanto nós trabalhamos para conseguir o quórum mínimo para poder manter a pauta, porque os deputados não comparecem, pelo desprezo total que tem pela cultura”, criticou.

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Pela manhã, o líder do governo já havia participado da sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara onde também foi apreciado – e rejeitado – um requerimento para convocar Geddel.

Na terça, Moura liderou um movimento a favor do ministro ao organizar um manifesto de apoio assinado por líderes da Casa. A ordem no Palácio do Planalto é blindar Geddel, homem de confiança do presidente Michel Temer, para evitar que o caso fragilize ainda mais o governo. 

Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - 

BRASÍLIA - Em mais uma atuação acompanhada de perto pelo líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), deputados da base aliada rejeitaram novos pedidos para convocar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) a dar explicações sobre a denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

Ao todo, dez requerimentos foram apresentados na Comissão de Cultura da Casa após Calero pedir demissão na sexta-feira, 18. Ele apontou como um dos motivos de sua saída a pressão que sofreu de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) produzisse um parecer técnico para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador no qual comprou um apartamento.

Parte dos requerimentos na comissão pedia a convocação de Geddel e foram barrados por 13 votos a cinco. Os demais, também rejeitados, tratavam da vinda de Calero à comissão, da realização de audiências públicas sobre o caso e da convocação da presidente do Iphan, Kátia Bogea.

O argumento dos deputados da base foi que não seria preciso que Geddel viesse à Câmara se explicar porque o caso já está sendo investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República.

Para evitar que os pedidos fossem rejeitados, deputados da oposição tentaram substituir os requerimentos de convocação por uma alternativa mais branda, a aprovação de um convite para Geddel vir à comissão. A diferença é que, quando um ministro é convocado, ele é obrigado a comparecer. Se for apenas um convite, ele pode decidir o que fazer e optar por não vir à Casa. Mesmo assim, a estratégia foi derrubada pelos aliados do governo.

“Se os líderes são paladinos da moral e estão seguros das atitudes de Geddel, porque não deixar o ministro vir se explicar à comissão”, questionou o deputado Pedro Uczai (PT-SC), autor de um dos requerimentos.

O deputado Jean Willys (PSOL-RJ) também protestou contra a atuação do grupo governista e disse ter ficado surpreso com a quantidade de deputados na comissão, que costuma ter reuniões esvaziadas. “Me causa espécie esse quórum hoje aqui. Vossas Excelências sabem o quanto nós trabalhamos para conseguir o quórum mínimo para poder manter a pauta, porque os deputados não comparecem, pelo desprezo total que tem pela cultura”, criticou.

Pela manhã, o líder do governo já havia participado da sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara onde também foi apreciado – e rejeitado – um requerimento para convocar Geddel.

Na terça, Moura liderou um movimento a favor do ministro ao organizar um manifesto de apoio assinado por líderes da Casa. A ordem no Palácio do Planalto é blindar Geddel, homem de confiança do presidente Michel Temer, para evitar que o caso fragilize ainda mais o governo. 

Geddel Vieira Lima. Foto: Dida Sampaio/Estadão Foto: Dida Sampaio/Estadão

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BRASÍLIA - Em mais uma atuação acompanhada de perto pelo líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), deputados da base aliada rejeitaram novos pedidos para convocar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) a dar explicações sobre a denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

Ao todo, dez requerimentos foram apresentados na Comissão de Cultura da Casa após Calero pedir demissão na sexta-feira, 18. Ele apontou como um dos motivos de sua saída a pressão que sofreu de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) produzisse um parecer técnico para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador no qual comprou um apartamento.

Parte dos requerimentos na comissão pedia a convocação de Geddel e foram barrados por 13 votos a cinco. Os demais, também rejeitados, tratavam da vinda de Calero à comissão, da realização de audiências públicas sobre o caso e da convocação da presidente do Iphan, Kátia Bogea.

O argumento dos deputados da base foi que não seria preciso que Geddel viesse à Câmara se explicar porque o caso já está sendo investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República.

Para evitar que os pedidos fossem rejeitados, deputados da oposição tentaram substituir os requerimentos de convocação por uma alternativa mais branda, a aprovação de um convite para Geddel vir à comissão. A diferença é que, quando um ministro é convocado, ele é obrigado a comparecer. Se for apenas um convite, ele pode decidir o que fazer e optar por não vir à Casa. Mesmo assim, a estratégia foi derrubada pelos aliados do governo.

“Se os líderes são paladinos da moral e estão seguros das atitudes de Geddel, porque não deixar o ministro vir se explicar à comissão”, questionou o deputado Pedro Uczai (PT-SC), autor de um dos requerimentos.

O deputado Jean Willys (PSOL-RJ) também protestou contra a atuação do grupo governista e disse ter ficado surpreso com a quantidade de deputados na comissão, que costuma ter reuniões esvaziadas. “Me causa espécie esse quórum hoje aqui. Vossas Excelências sabem o quanto nós trabalhamos para conseguir o quórum mínimo para poder manter a pauta, porque os deputados não comparecem, pelo desprezo total que tem pela cultura”, criticou.

Pela manhã, o líder do governo já havia participado da sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara onde também foi apreciado – e rejeitado – um requerimento para convocar Geddel.

Na terça, Moura liderou um movimento a favor do ministro ao organizar um manifesto de apoio assinado por líderes da Casa. A ordem no Palácio do Planalto é blindar Geddel, homem de confiança do presidente Michel Temer, para evitar que o caso fragilize ainda mais o governo. 

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