Concurso para arquitetos negros definirá projeto de Centro Cultural no Rio; veja como participar


Novo espaço na região do Cais do Valongo tem como objetivo valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras

Por Ma Leri

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Concurso Internacional Centro Cultural Rio-África. A iniciativa, que conta com a organização do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), é aberta a arquitetos negros e tem como objetivo elaborar o projeto do futuro Centro Cultural Rio-África.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto e mais informações podem ser acessadas através deste link.

O profissional escolhido pelo concurso produzirá um projeto arquitetônico próximo ao Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Foto: Oscar Liberal/Iphan
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Podem participar arquitetos negros de todo o Brasil e de países africanos que falam a língua portuguesa, integrantes do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O vencedor será contratado para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de mais de R$ 3 milhões. A comissão julgadora reúne nove profissionais, em sua maioria negros, dos mais diversos campos do conhecimento, referências em pesquisa, diversidade e inclusão.

O Centro Cultural Rio-África deverá ser um espaço pensado para valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras. A ideia é ter áreas destinadas a personagens históricos e o desenvolvimento urbano da zona portuária do Rio, além de perspectivas para o futuro da região.

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Segundo a presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Marcela Abla, a importância desta iniciativa está na forma de repensar as construções da cidade através do afrofuturismo e do enaltecimento da presença negra nos espaços de representação.

“Quando buscamos um concurso público com esse recorte, que traz a herança africana, nossa ideia é repensar o espaço da cidade que sempre foi concebido pela ideia de um ‘homem universal’, e nunca por mulheres ou pessoas de diferentes gêneros ou grupos étnico-raciais. Nosso objetivo é poder abrir muitos caminhos”, ressalta.

Cais do Valongo: retrato colonial

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O Centro Cultural Rio-África ficará localizado próximo ao Cais do Valongo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2017, a região foi, historicamente, um dos principais portos de entrada de escravos africanos durante o período colonial, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Estima-se que 1 milhão de escravizados desembarcaram pelo Cais do Valongo para serem comercializados.

“Um território como esse, com esse histórico e memória, nos convida para repensar, atualizar e fomentar a discussão sobre diáspora, inclusive um outro olhar sobre a negritude. Assim, é muito necessário que esse centro cultural seja pensado; desde da sua concepção, a partir de uma reflexão que considera o acúmulo, o histórico e a vivência cotidiana de pessoas negras na cidade”, diz o coordenador do concurso, o arquiteto Marllon Sevilha.

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Representatividade no mercado de trabalho

O ingresso de arquitetos negros no mercado de trabalho perpassa inúmeras dificuldades, refletindo desigualdades estruturais e raciais presentes na sociedade. Segundo o primeiro relatório “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”, produzido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), apenas 4% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo são negros.

Na visão da coordenadora da Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR e conselheira federal Josemée Gomes de Lima, dados como esses mostram a falta de políticas públicas para mitigar essas barreiras. “Essa disparidade significativa no mercado de trabalho de Arquitetura e Urbanismo no País evidencia as persistentes desigualdades raciais na profissão, que dificultam a entrada e a ascensão de profissionais negros.”

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Em 2024, o CAU/BR instituiu a Comissão Permanente de Políticas Afirmativas (CPA), com o objetivo de abordar questões étnicas, raciais, geracionais, de classe social, de gênero, sexualidade, deficiências e outras relativas à inclusão e valorização no exercício profissional da arquitetura e urbanismo.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Concurso Internacional Centro Cultural Rio-África. A iniciativa, que conta com a organização do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), é aberta a arquitetos negros e tem como objetivo elaborar o projeto do futuro Centro Cultural Rio-África.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto e mais informações podem ser acessadas através deste link.

O profissional escolhido pelo concurso produzirá um projeto arquitetônico próximo ao Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Foto: Oscar Liberal/Iphan

Podem participar arquitetos negros de todo o Brasil e de países africanos que falam a língua portuguesa, integrantes do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O vencedor será contratado para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de mais de R$ 3 milhões. A comissão julgadora reúne nove profissionais, em sua maioria negros, dos mais diversos campos do conhecimento, referências em pesquisa, diversidade e inclusão.

O Centro Cultural Rio-África deverá ser um espaço pensado para valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras. A ideia é ter áreas destinadas a personagens históricos e o desenvolvimento urbano da zona portuária do Rio, além de perspectivas para o futuro da região.

Segundo a presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Marcela Abla, a importância desta iniciativa está na forma de repensar as construções da cidade através do afrofuturismo e do enaltecimento da presença negra nos espaços de representação.

“Quando buscamos um concurso público com esse recorte, que traz a herança africana, nossa ideia é repensar o espaço da cidade que sempre foi concebido pela ideia de um ‘homem universal’, e nunca por mulheres ou pessoas de diferentes gêneros ou grupos étnico-raciais. Nosso objetivo é poder abrir muitos caminhos”, ressalta.

Cais do Valongo: retrato colonial

O Centro Cultural Rio-África ficará localizado próximo ao Cais do Valongo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2017, a região foi, historicamente, um dos principais portos de entrada de escravos africanos durante o período colonial, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Estima-se que 1 milhão de escravizados desembarcaram pelo Cais do Valongo para serem comercializados.

“Um território como esse, com esse histórico e memória, nos convida para repensar, atualizar e fomentar a discussão sobre diáspora, inclusive um outro olhar sobre a negritude. Assim, é muito necessário que esse centro cultural seja pensado; desde da sua concepção, a partir de uma reflexão que considera o acúmulo, o histórico e a vivência cotidiana de pessoas negras na cidade”, diz o coordenador do concurso, o arquiteto Marllon Sevilha.

Representatividade no mercado de trabalho

O ingresso de arquitetos negros no mercado de trabalho perpassa inúmeras dificuldades, refletindo desigualdades estruturais e raciais presentes na sociedade. Segundo o primeiro relatório “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”, produzido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), apenas 4% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo são negros.

Na visão da coordenadora da Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR e conselheira federal Josemée Gomes de Lima, dados como esses mostram a falta de políticas públicas para mitigar essas barreiras. “Essa disparidade significativa no mercado de trabalho de Arquitetura e Urbanismo no País evidencia as persistentes desigualdades raciais na profissão, que dificultam a entrada e a ascensão de profissionais negros.”

Em 2024, o CAU/BR instituiu a Comissão Permanente de Políticas Afirmativas (CPA), com o objetivo de abordar questões étnicas, raciais, geracionais, de classe social, de gênero, sexualidade, deficiências e outras relativas à inclusão e valorização no exercício profissional da arquitetura e urbanismo.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Concurso Internacional Centro Cultural Rio-África. A iniciativa, que conta com a organização do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), é aberta a arquitetos negros e tem como objetivo elaborar o projeto do futuro Centro Cultural Rio-África.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto e mais informações podem ser acessadas através deste link.

O profissional escolhido pelo concurso produzirá um projeto arquitetônico próximo ao Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Foto: Oscar Liberal/Iphan

Podem participar arquitetos negros de todo o Brasil e de países africanos que falam a língua portuguesa, integrantes do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O vencedor será contratado para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de mais de R$ 3 milhões. A comissão julgadora reúne nove profissionais, em sua maioria negros, dos mais diversos campos do conhecimento, referências em pesquisa, diversidade e inclusão.

O Centro Cultural Rio-África deverá ser um espaço pensado para valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras. A ideia é ter áreas destinadas a personagens históricos e o desenvolvimento urbano da zona portuária do Rio, além de perspectivas para o futuro da região.

Segundo a presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Marcela Abla, a importância desta iniciativa está na forma de repensar as construções da cidade através do afrofuturismo e do enaltecimento da presença negra nos espaços de representação.

“Quando buscamos um concurso público com esse recorte, que traz a herança africana, nossa ideia é repensar o espaço da cidade que sempre foi concebido pela ideia de um ‘homem universal’, e nunca por mulheres ou pessoas de diferentes gêneros ou grupos étnico-raciais. Nosso objetivo é poder abrir muitos caminhos”, ressalta.

Cais do Valongo: retrato colonial

O Centro Cultural Rio-África ficará localizado próximo ao Cais do Valongo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2017, a região foi, historicamente, um dos principais portos de entrada de escravos africanos durante o período colonial, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Estima-se que 1 milhão de escravizados desembarcaram pelo Cais do Valongo para serem comercializados.

“Um território como esse, com esse histórico e memória, nos convida para repensar, atualizar e fomentar a discussão sobre diáspora, inclusive um outro olhar sobre a negritude. Assim, é muito necessário que esse centro cultural seja pensado; desde da sua concepção, a partir de uma reflexão que considera o acúmulo, o histórico e a vivência cotidiana de pessoas negras na cidade”, diz o coordenador do concurso, o arquiteto Marllon Sevilha.

Representatividade no mercado de trabalho

O ingresso de arquitetos negros no mercado de trabalho perpassa inúmeras dificuldades, refletindo desigualdades estruturais e raciais presentes na sociedade. Segundo o primeiro relatório “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”, produzido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), apenas 4% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo são negros.

Na visão da coordenadora da Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR e conselheira federal Josemée Gomes de Lima, dados como esses mostram a falta de políticas públicas para mitigar essas barreiras. “Essa disparidade significativa no mercado de trabalho de Arquitetura e Urbanismo no País evidencia as persistentes desigualdades raciais na profissão, que dificultam a entrada e a ascensão de profissionais negros.”

Em 2024, o CAU/BR instituiu a Comissão Permanente de Políticas Afirmativas (CPA), com o objetivo de abordar questões étnicas, raciais, geracionais, de classe social, de gênero, sexualidade, deficiências e outras relativas à inclusão e valorização no exercício profissional da arquitetura e urbanismo.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Concurso Internacional Centro Cultural Rio-África. A iniciativa, que conta com a organização do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), é aberta a arquitetos negros e tem como objetivo elaborar o projeto do futuro Centro Cultural Rio-África.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto e mais informações podem ser acessadas através deste link.

O profissional escolhido pelo concurso produzirá um projeto arquitetônico próximo ao Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Foto: Oscar Liberal/Iphan

Podem participar arquitetos negros de todo o Brasil e de países africanos que falam a língua portuguesa, integrantes do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O vencedor será contratado para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de mais de R$ 3 milhões. A comissão julgadora reúne nove profissionais, em sua maioria negros, dos mais diversos campos do conhecimento, referências em pesquisa, diversidade e inclusão.

O Centro Cultural Rio-África deverá ser um espaço pensado para valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras. A ideia é ter áreas destinadas a personagens históricos e o desenvolvimento urbano da zona portuária do Rio, além de perspectivas para o futuro da região.

Segundo a presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Marcela Abla, a importância desta iniciativa está na forma de repensar as construções da cidade através do afrofuturismo e do enaltecimento da presença negra nos espaços de representação.

“Quando buscamos um concurso público com esse recorte, que traz a herança africana, nossa ideia é repensar o espaço da cidade que sempre foi concebido pela ideia de um ‘homem universal’, e nunca por mulheres ou pessoas de diferentes gêneros ou grupos étnico-raciais. Nosso objetivo é poder abrir muitos caminhos”, ressalta.

Cais do Valongo: retrato colonial

O Centro Cultural Rio-África ficará localizado próximo ao Cais do Valongo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2017, a região foi, historicamente, um dos principais portos de entrada de escravos africanos durante o período colonial, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Estima-se que 1 milhão de escravizados desembarcaram pelo Cais do Valongo para serem comercializados.

“Um território como esse, com esse histórico e memória, nos convida para repensar, atualizar e fomentar a discussão sobre diáspora, inclusive um outro olhar sobre a negritude. Assim, é muito necessário que esse centro cultural seja pensado; desde da sua concepção, a partir de uma reflexão que considera o acúmulo, o histórico e a vivência cotidiana de pessoas negras na cidade”, diz o coordenador do concurso, o arquiteto Marllon Sevilha.

Representatividade no mercado de trabalho

O ingresso de arquitetos negros no mercado de trabalho perpassa inúmeras dificuldades, refletindo desigualdades estruturais e raciais presentes na sociedade. Segundo o primeiro relatório “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”, produzido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), apenas 4% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo são negros.

Na visão da coordenadora da Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR e conselheira federal Josemée Gomes de Lima, dados como esses mostram a falta de políticas públicas para mitigar essas barreiras. “Essa disparidade significativa no mercado de trabalho de Arquitetura e Urbanismo no País evidencia as persistentes desigualdades raciais na profissão, que dificultam a entrada e a ascensão de profissionais negros.”

Em 2024, o CAU/BR instituiu a Comissão Permanente de Políticas Afirmativas (CPA), com o objetivo de abordar questões étnicas, raciais, geracionais, de classe social, de gênero, sexualidade, deficiências e outras relativas à inclusão e valorização no exercício profissional da arquitetura e urbanismo.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o Concurso Internacional Centro Cultural Rio-África. A iniciativa, que conta com a organização do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), é aberta a arquitetos negros e tem como objetivo elaborar o projeto do futuro Centro Cultural Rio-África.

As inscrições vão até o dia 30 de agosto e mais informações podem ser acessadas através deste link.

O profissional escolhido pelo concurso produzirá um projeto arquitetônico próximo ao Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Foto: Oscar Liberal/Iphan

Podem participar arquitetos negros de todo o Brasil e de países africanos que falam a língua portuguesa, integrantes do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O vencedor será contratado para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de mais de R$ 3 milhões. A comissão julgadora reúne nove profissionais, em sua maioria negros, dos mais diversos campos do conhecimento, referências em pesquisa, diversidade e inclusão.

O Centro Cultural Rio-África deverá ser um espaço pensado para valorizar a arte e a cultura afro-brasileiras. A ideia é ter áreas destinadas a personagens históricos e o desenvolvimento urbano da zona portuária do Rio, além de perspectivas para o futuro da região.

Segundo a presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Marcela Abla, a importância desta iniciativa está na forma de repensar as construções da cidade através do afrofuturismo e do enaltecimento da presença negra nos espaços de representação.

“Quando buscamos um concurso público com esse recorte, que traz a herança africana, nossa ideia é repensar o espaço da cidade que sempre foi concebido pela ideia de um ‘homem universal’, e nunca por mulheres ou pessoas de diferentes gêneros ou grupos étnico-raciais. Nosso objetivo é poder abrir muitos caminhos”, ressalta.

Cais do Valongo: retrato colonial

O Centro Cultural Rio-África ficará localizado próximo ao Cais do Valongo. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco desde 2017, a região foi, historicamente, um dos principais portos de entrada de escravos africanos durante o período colonial, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Estima-se que 1 milhão de escravizados desembarcaram pelo Cais do Valongo para serem comercializados.

“Um território como esse, com esse histórico e memória, nos convida para repensar, atualizar e fomentar a discussão sobre diáspora, inclusive um outro olhar sobre a negritude. Assim, é muito necessário que esse centro cultural seja pensado; desde da sua concepção, a partir de uma reflexão que considera o acúmulo, o histórico e a vivência cotidiana de pessoas negras na cidade”, diz o coordenador do concurso, o arquiteto Marllon Sevilha.

Representatividade no mercado de trabalho

O ingresso de arquitetos negros no mercado de trabalho perpassa inúmeras dificuldades, refletindo desigualdades estruturais e raciais presentes na sociedade. Segundo o primeiro relatório “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”, produzido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), apenas 4% dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo são negros.

Na visão da coordenadora da Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR e conselheira federal Josemée Gomes de Lima, dados como esses mostram a falta de políticas públicas para mitigar essas barreiras. “Essa disparidade significativa no mercado de trabalho de Arquitetura e Urbanismo no País evidencia as persistentes desigualdades raciais na profissão, que dificultam a entrada e a ascensão de profissionais negros.”

Em 2024, o CAU/BR instituiu a Comissão Permanente de Políticas Afirmativas (CPA), com o objetivo de abordar questões étnicas, raciais, geracionais, de classe social, de gênero, sexualidade, deficiências e outras relativas à inclusão e valorização no exercício profissional da arquitetura e urbanismo.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o Comissão Especial de Políticas Afirmativas (CPA) do CAU/BR

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