Corpo de advogada desaparecida há dois anos é encontrado em mata no RS


Mulher de 29 anos saiu para caminhar, sem celular nem documentos; corpo foi localizado dentro de área do Exército, sem sinais de violência, segundo a polícia

Por Fabio Grellet
Atualização:

O corpo de uma advogada que estava desaparecida desde julho de 2022 em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi encontrado em um matagal na área rural do município no último dia 7, quase dois anos após o sumiço. A localização foi anunciada nesta terça-feira, 18, pela Polícia Civil gaúcha, que arquivou o inquérito sobre o desaparecimento e agora está investigando a morte da mulher.

Alessandra Dellatorre, de 29 anos, saiu para caminhar pela Avenida Unisinos, às 14h30 de um sábado, 16 de julho de 2022, e não levou documentos nem celular, apenas uma garrafa com uma bebida que costumava ingerir antes dos treinos físicos.

O último registro da advogada foi feito por câmeras de segurança quando ela caminhava na direção de uma área de mata. Na época, a polícia fez buscas, com auxílio de bombeiros e de voluntários, e usou cães farejadores e um helicóptero, mas não localizou a advogada.

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A última imagem de Alessandra, caminhando, em julho de 2022 (esq), e a advogada em foto divulgada pelos pais. Foto: Reprodução/TV Globo

No último dia 7, militares faziam patrulha de rotina pela área do 18.º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, na divisa entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando viram um corpo humano em decomposição. O cadáver foi recolhido pela Polícia Civil.

Pelas roupas, já havia suspeita de se tratar de Alessandra, o que foi confirmado por meio de exame da arcada dentária. O corpo estava a 1,9 quilômetro de onde ela foi vista pela última vez.

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Nas redes sociais, pais de Alessandra anunciaram que o corpo dela foi encontrado, depois de quase dois anos. Foto: Reprodução/Instagram @procurandoale

“Não existem sinais de crime. As roupas não estão rasgadas, os ossos estão todos juntos. A imagem é de uma ossada posicionada no mesmo pedaço de terra. As perícias e investigações nesse momento não indicam para crime”, afirmou nesta terça-feira o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil gaúcha.

“A ossada estava íntegra. Nos ossos não tinha sinal de tiro ou facada, por exemplo, nenhuma marca que levasse a crer em violência contra a vítima”, disse o diretor adjunto do Instituto-Geral de Perícias, Maiquel Santos, também nesta terça-feira.

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No local do crime, segundo Santos, não foi localizado nenhum vestígio que leve a crer na participação de outras pessoas: “Não havia sinais de cordas, armas brancas. As roupas estavam íntegras, o que indica que ela estava vestindo essas roupas no momento da morte”.

Por enquanto não se sabe a causa da morte – registrada como indeterminada – nem o motivo de a advogada ter entrado na mata. “Por algum motivo ela entrou na área da mata. O nosso último registro por câmera nos levava a crer nisso. Infelizmente, àquele tempo não houve sucesso nas buscas. A área de mata é muito vasta e densa”, afirmou a delegada Mariana Studart, da DHPP de São Leopoldo.

Uma das hipóteses é de que Alessandra tenha passado mal ao ingerir o líquido que consumira. A garrafa que ela usava foi encontrada e submetida a perícia, e o conteúdo era uma mistura de energético com cafeína e um medicamento para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

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Exército

Em nota, o batalhão informou que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar possível existência de crime militar. “O 18º Batalhão de Infantaria Motorizado informa que, durante a realização de uma patrulha de rotina, localizou indícios de restos mortais humanos dentro dos limites de seu Campo de Instrução. Os supostos restos mortais foram encontrados parcialmente enterrados em área de densa cobertura vegetal e de difícil acesso, junto à cerca que faz divisa com a área ocupada pelos trilhos da empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb)”, diz a nota.

“As patrulhas são realizadas periodicamente, com a finalidade de assegurar a integridade do Campo de Instrução, que possui área total de 523.103,995 m², coberto por vegetação nativa com algumas estradas e trilhas em seu interior, sendo demarcado por meio de cercas e placas de aviso de ‘área militar’”.

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Família

Os pais de Alessandra, que desde 2022 mantinham uma campanha nas redes sociais por informações sobre o paradeiro da advogada, publicaram mensagem comunicando e lamentando a morte.

“As buscas procurando nossa Alessandra terminaram. Por mais que a razão apontasse para o pior, a fé e a esperança lutavam para não aceitar. Finalmente, o corpinho dela foi encontrado onde menos se esperava. Passaram-se 23 meses e 1 dia até termos a pior notícia possível. Agora, nada mais pode ser feito para ela a não ser orar. Esse é o nosso último pedido a todos. Se puderem, tenham ela em suas orações”, escreveram Eduardo e Ivete.

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Anúncio do enterro da advogada, programado para quarta-feira, dia 19. Foto: Reprodução/ Instagram @procurandoale

O enterro da advogada será realizado na quarta-feira, 19, no cemitério Cristo Rei, em São Leopoldo.

O corpo de uma advogada que estava desaparecida desde julho de 2022 em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi encontrado em um matagal na área rural do município no último dia 7, quase dois anos após o sumiço. A localização foi anunciada nesta terça-feira, 18, pela Polícia Civil gaúcha, que arquivou o inquérito sobre o desaparecimento e agora está investigando a morte da mulher.

Alessandra Dellatorre, de 29 anos, saiu para caminhar pela Avenida Unisinos, às 14h30 de um sábado, 16 de julho de 2022, e não levou documentos nem celular, apenas uma garrafa com uma bebida que costumava ingerir antes dos treinos físicos.

O último registro da advogada foi feito por câmeras de segurança quando ela caminhava na direção de uma área de mata. Na época, a polícia fez buscas, com auxílio de bombeiros e de voluntários, e usou cães farejadores e um helicóptero, mas não localizou a advogada.

A última imagem de Alessandra, caminhando, em julho de 2022 (esq), e a advogada em foto divulgada pelos pais. Foto: Reprodução/TV Globo

No último dia 7, militares faziam patrulha de rotina pela área do 18.º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, na divisa entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando viram um corpo humano em decomposição. O cadáver foi recolhido pela Polícia Civil.

Pelas roupas, já havia suspeita de se tratar de Alessandra, o que foi confirmado por meio de exame da arcada dentária. O corpo estava a 1,9 quilômetro de onde ela foi vista pela última vez.

Nas redes sociais, pais de Alessandra anunciaram que o corpo dela foi encontrado, depois de quase dois anos. Foto: Reprodução/Instagram @procurandoale

“Não existem sinais de crime. As roupas não estão rasgadas, os ossos estão todos juntos. A imagem é de uma ossada posicionada no mesmo pedaço de terra. As perícias e investigações nesse momento não indicam para crime”, afirmou nesta terça-feira o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil gaúcha.

“A ossada estava íntegra. Nos ossos não tinha sinal de tiro ou facada, por exemplo, nenhuma marca que levasse a crer em violência contra a vítima”, disse o diretor adjunto do Instituto-Geral de Perícias, Maiquel Santos, também nesta terça-feira.

No local do crime, segundo Santos, não foi localizado nenhum vestígio que leve a crer na participação de outras pessoas: “Não havia sinais de cordas, armas brancas. As roupas estavam íntegras, o que indica que ela estava vestindo essas roupas no momento da morte”.

Por enquanto não se sabe a causa da morte – registrada como indeterminada – nem o motivo de a advogada ter entrado na mata. “Por algum motivo ela entrou na área da mata. O nosso último registro por câmera nos levava a crer nisso. Infelizmente, àquele tempo não houve sucesso nas buscas. A área de mata é muito vasta e densa”, afirmou a delegada Mariana Studart, da DHPP de São Leopoldo.

Uma das hipóteses é de que Alessandra tenha passado mal ao ingerir o líquido que consumira. A garrafa que ela usava foi encontrada e submetida a perícia, e o conteúdo era uma mistura de energético com cafeína e um medicamento para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Exército

Em nota, o batalhão informou que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar possível existência de crime militar. “O 18º Batalhão de Infantaria Motorizado informa que, durante a realização de uma patrulha de rotina, localizou indícios de restos mortais humanos dentro dos limites de seu Campo de Instrução. Os supostos restos mortais foram encontrados parcialmente enterrados em área de densa cobertura vegetal e de difícil acesso, junto à cerca que faz divisa com a área ocupada pelos trilhos da empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb)”, diz a nota.

“As patrulhas são realizadas periodicamente, com a finalidade de assegurar a integridade do Campo de Instrução, que possui área total de 523.103,995 m², coberto por vegetação nativa com algumas estradas e trilhas em seu interior, sendo demarcado por meio de cercas e placas de aviso de ‘área militar’”.

Família

Os pais de Alessandra, que desde 2022 mantinham uma campanha nas redes sociais por informações sobre o paradeiro da advogada, publicaram mensagem comunicando e lamentando a morte.

“As buscas procurando nossa Alessandra terminaram. Por mais que a razão apontasse para o pior, a fé e a esperança lutavam para não aceitar. Finalmente, o corpinho dela foi encontrado onde menos se esperava. Passaram-se 23 meses e 1 dia até termos a pior notícia possível. Agora, nada mais pode ser feito para ela a não ser orar. Esse é o nosso último pedido a todos. Se puderem, tenham ela em suas orações”, escreveram Eduardo e Ivete.

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O enterro da advogada será realizado na quarta-feira, 19, no cemitério Cristo Rei, em São Leopoldo.

O corpo de uma advogada que estava desaparecida desde julho de 2022 em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi encontrado em um matagal na área rural do município no último dia 7, quase dois anos após o sumiço. A localização foi anunciada nesta terça-feira, 18, pela Polícia Civil gaúcha, que arquivou o inquérito sobre o desaparecimento e agora está investigando a morte da mulher.

Alessandra Dellatorre, de 29 anos, saiu para caminhar pela Avenida Unisinos, às 14h30 de um sábado, 16 de julho de 2022, e não levou documentos nem celular, apenas uma garrafa com uma bebida que costumava ingerir antes dos treinos físicos.

O último registro da advogada foi feito por câmeras de segurança quando ela caminhava na direção de uma área de mata. Na época, a polícia fez buscas, com auxílio de bombeiros e de voluntários, e usou cães farejadores e um helicóptero, mas não localizou a advogada.

A última imagem de Alessandra, caminhando, em julho de 2022 (esq), e a advogada em foto divulgada pelos pais. Foto: Reprodução/TV Globo

No último dia 7, militares faziam patrulha de rotina pela área do 18.º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, na divisa entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando viram um corpo humano em decomposição. O cadáver foi recolhido pela Polícia Civil.

Pelas roupas, já havia suspeita de se tratar de Alessandra, o que foi confirmado por meio de exame da arcada dentária. O corpo estava a 1,9 quilômetro de onde ela foi vista pela última vez.

Nas redes sociais, pais de Alessandra anunciaram que o corpo dela foi encontrado, depois de quase dois anos. Foto: Reprodução/Instagram @procurandoale

“Não existem sinais de crime. As roupas não estão rasgadas, os ossos estão todos juntos. A imagem é de uma ossada posicionada no mesmo pedaço de terra. As perícias e investigações nesse momento não indicam para crime”, afirmou nesta terça-feira o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil gaúcha.

“A ossada estava íntegra. Nos ossos não tinha sinal de tiro ou facada, por exemplo, nenhuma marca que levasse a crer em violência contra a vítima”, disse o diretor adjunto do Instituto-Geral de Perícias, Maiquel Santos, também nesta terça-feira.

No local do crime, segundo Santos, não foi localizado nenhum vestígio que leve a crer na participação de outras pessoas: “Não havia sinais de cordas, armas brancas. As roupas estavam íntegras, o que indica que ela estava vestindo essas roupas no momento da morte”.

Por enquanto não se sabe a causa da morte – registrada como indeterminada – nem o motivo de a advogada ter entrado na mata. “Por algum motivo ela entrou na área da mata. O nosso último registro por câmera nos levava a crer nisso. Infelizmente, àquele tempo não houve sucesso nas buscas. A área de mata é muito vasta e densa”, afirmou a delegada Mariana Studart, da DHPP de São Leopoldo.

Uma das hipóteses é de que Alessandra tenha passado mal ao ingerir o líquido que consumira. A garrafa que ela usava foi encontrada e submetida a perícia, e o conteúdo era uma mistura de energético com cafeína e um medicamento para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Exército

Em nota, o batalhão informou que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para verificar possível existência de crime militar. “O 18º Batalhão de Infantaria Motorizado informa que, durante a realização de uma patrulha de rotina, localizou indícios de restos mortais humanos dentro dos limites de seu Campo de Instrução. Os supostos restos mortais foram encontrados parcialmente enterrados em área de densa cobertura vegetal e de difícil acesso, junto à cerca que faz divisa com a área ocupada pelos trilhos da empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb)”, diz a nota.

“As patrulhas são realizadas periodicamente, com a finalidade de assegurar a integridade do Campo de Instrução, que possui área total de 523.103,995 m², coberto por vegetação nativa com algumas estradas e trilhas em seu interior, sendo demarcado por meio de cercas e placas de aviso de ‘área militar’”.

Família

Os pais de Alessandra, que desde 2022 mantinham uma campanha nas redes sociais por informações sobre o paradeiro da advogada, publicaram mensagem comunicando e lamentando a morte.

“As buscas procurando nossa Alessandra terminaram. Por mais que a razão apontasse para o pior, a fé e a esperança lutavam para não aceitar. Finalmente, o corpinho dela foi encontrado onde menos se esperava. Passaram-se 23 meses e 1 dia até termos a pior notícia possível. Agora, nada mais pode ser feito para ela a não ser orar. Esse é o nosso último pedido a todos. Se puderem, tenham ela em suas orações”, escreveram Eduardo e Ivete.

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O enterro da advogada será realizado na quarta-feira, 19, no cemitério Cristo Rei, em São Leopoldo.

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