Breves análises de política e sociedade

Semana de Moda de Paris dialoga com cenário político mundial


Nas passarelas de Paris, a semana de moda que terminou ontem recuperou elementos de épocas mais revolucionárias e questionadoras como uma respostas às crises político-sociais de hoje.

Por Silvia Feola

Uma "nova leitura" do oversized coloca como peça central da modelagem os ombros proeminentes.

A silhueta, típica dos anos de 1980, remete a uma época em que a inserção da mulher no mercado formal de trabalho vinha acompanhada de uma necessidade de imposição: os ombros volumosos serviam para fazer frente ao homem em sua estatura e largura. Numa época em que o feminismo é questionado por uma reação conservadora no mundo, é simbólico tornar a silhueta da mulher maior e mais acentuada.

Os ombros foram destaque nos desfiles de Vivienne Westwood, Dries van Noten e Saint Laurent, para citar apenas alguns.

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O último trouxe à passarela looks que podem muito bem homenagear a modelo, cantora e atriz jamaicana Grace Jones.

A Dior, com uma coleção toda azul, trouxe muito jeans e a jaqueta de operário como formas de direcionar a coleção a um mercado mais jovem. Além disso, ganha notoriedade também a boina, símbolo da Revolução Francesa, recuperado também nos revolucionários anos de 1960 e 1970 na França.

A Miu Miu trouxe uma coleção repleta de cores e estampas que lembravam os psicodélicos anos de 1970. Mas os gorros de pele - as típicas ushankas russas - somados às decorações militares das peças pareciam fazer alusão à Guerra Fria, até hoje recuperada pela política internacional.

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Os crop tops saíram de cena: nenhuma barriga de fora à vista. A moda agora deixa de lado o look adolescente e tenta resgatar a imagem da mulher mais séria, como afirma Jess Cartney-Morley.

Numa época de incertezas, a moda tenta marcar seu ponto.

 Foto: Estadão
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Saint Laurent AW2017

 Foto: Estadão

Dior AW2017

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Miu Miu AW2017 Foto: Estadão
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Miu Miu AW2017

Uma "nova leitura" do oversized coloca como peça central da modelagem os ombros proeminentes.

A silhueta, típica dos anos de 1980, remete a uma época em que a inserção da mulher no mercado formal de trabalho vinha acompanhada de uma necessidade de imposição: os ombros volumosos serviam para fazer frente ao homem em sua estatura e largura. Numa época em que o feminismo é questionado por uma reação conservadora no mundo, é simbólico tornar a silhueta da mulher maior e mais acentuada.

Os ombros foram destaque nos desfiles de Vivienne Westwood, Dries van Noten e Saint Laurent, para citar apenas alguns.

O último trouxe à passarela looks que podem muito bem homenagear a modelo, cantora e atriz jamaicana Grace Jones.

A Dior, com uma coleção toda azul, trouxe muito jeans e a jaqueta de operário como formas de direcionar a coleção a um mercado mais jovem. Além disso, ganha notoriedade também a boina, símbolo da Revolução Francesa, recuperado também nos revolucionários anos de 1960 e 1970 na França.

A Miu Miu trouxe uma coleção repleta de cores e estampas que lembravam os psicodélicos anos de 1970. Mas os gorros de pele - as típicas ushankas russas - somados às decorações militares das peças pareciam fazer alusão à Guerra Fria, até hoje recuperada pela política internacional.

Os crop tops saíram de cena: nenhuma barriga de fora à vista. A moda agora deixa de lado o look adolescente e tenta resgatar a imagem da mulher mais séria, como afirma Jess Cartney-Morley.

Numa época de incertezas, a moda tenta marcar seu ponto.

 Foto: Estadão

Saint Laurent AW2017

 Foto: Estadão

Dior AW2017

Miu Miu AW2017 Foto: Estadão
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Miu Miu AW2017

Uma "nova leitura" do oversized coloca como peça central da modelagem os ombros proeminentes.

A silhueta, típica dos anos de 1980, remete a uma época em que a inserção da mulher no mercado formal de trabalho vinha acompanhada de uma necessidade de imposição: os ombros volumosos serviam para fazer frente ao homem em sua estatura e largura. Numa época em que o feminismo é questionado por uma reação conservadora no mundo, é simbólico tornar a silhueta da mulher maior e mais acentuada.

Os ombros foram destaque nos desfiles de Vivienne Westwood, Dries van Noten e Saint Laurent, para citar apenas alguns.

O último trouxe à passarela looks que podem muito bem homenagear a modelo, cantora e atriz jamaicana Grace Jones.

A Dior, com uma coleção toda azul, trouxe muito jeans e a jaqueta de operário como formas de direcionar a coleção a um mercado mais jovem. Além disso, ganha notoriedade também a boina, símbolo da Revolução Francesa, recuperado também nos revolucionários anos de 1960 e 1970 na França.

A Miu Miu trouxe uma coleção repleta de cores e estampas que lembravam os psicodélicos anos de 1970. Mas os gorros de pele - as típicas ushankas russas - somados às decorações militares das peças pareciam fazer alusão à Guerra Fria, até hoje recuperada pela política internacional.

Os crop tops saíram de cena: nenhuma barriga de fora à vista. A moda agora deixa de lado o look adolescente e tenta resgatar a imagem da mulher mais séria, como afirma Jess Cartney-Morley.

Numa época de incertezas, a moda tenta marcar seu ponto.

 Foto: Estadão

Saint Laurent AW2017

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Dior AW2017

Miu Miu AW2017 Foto: Estadão
 Foto: Estadão

Miu Miu AW2017

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