Da rebeldia à inconsequência, o que o cérebro pode explicar


Por Romina Cacia e LIDIANE FERREIRA

O que faz um jovem entrar no quarto e ficar horas em frente a um computador? Qual o motivo de ele gostar mais de sair com os amigos do que com os pais? Tudo isso tem uma explicação. E as respostas vão além da ebulição hormonal.Dos 12 aos 25 anos, nosso cérebro se reorganiza, numa espécie de faxina entre as redes de neurônios. Aquelas que até então foram utilizadas são fortalecidas. Já as que ficaram ociosas acabam sendo desligadas. Se até este momento você não aprendeu a tocar violino, as células nervosas destinadas a esta tarefa serão perdidas. Caso queira aprender a tocar este instrumento no futuro, pode até conseguir, mas será mais difícil.Essa faxina termina no córtex pré-frontal, a área do cérebro que comanda os impulsos, as tomadas de decisão e o pensamento abstrato e criativo. Durante essa organização, ele sofrerá um processo de amadurecimento - embora já esteja formado, ainda não consegue desempenhar suas funções como um adulto, planejando e avaliando todas as consequências de um ato. "A maturidade das áreas frontais coincide com a do comportamento humano", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É por isso que o jovem será muitas vezes inconsequente e impulsivo. Culpa também da ação da dopamina, que acentua essas características e faz com que ele sinta mais prazer no momento anterior à ação do que nela em si. É como se ele comemorasse o gol antes mesmo de bater o pênalti. Isso ajuda a explicar comportamentos de risco, que expõem o jovem a consequências possivelmente desastrosas, como o uso de drogas, bebidas alcoólicas e sexo desprotegido. "A manifestação desses comportamentos se dá através de uma série de ações relacionadas à experimentação de limites e busca de sensações", afirma Vitor Haase, coordenador do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).É uma fase de grandes mudanças e que se reflete também nas típicas oscilações de humor. "São consequências dos lutos pelos quais o jovem passa, como a perda do pai herói, do corpo infantil e a busca pela autonomia", diz o médico Mauro Fisberg, especializado em adolescentes.Mas não é só isso. Os elementos externos influenciam na maneira de agir e pensar do jovem. A cultura na qual está inserido, o ambiente familiar em que vive e a forma como desenvolve suas relações pessoais são fundamentais na manifestação desses comportamentos, assim como no freio de seus impulsos e na construção de sua personalidade.Os fatores externos também podem explicar o que faz o jovem considerar a companhia dos amigos mais interessante que a dos pais. Estar inserido em um grupo e se sentir parte dele é fundamental na construção da sua identidade. É uma forma de sair da autoridade familiar e tentar novas formas de relações sociais e experiências. É aí também que, geralmente, as primeiras relações amorosas ocorrem.De acordo com Haase, o jovem precisa se "lançar" no mundo. Para ele, o adolescente tem de se arriscar, porém, não pode ser irresponsável a ponto de pagar na velhice, ou antes dela, pelos excessos da juventude. Como se vê, a bioquímica do jovem não é uma conta exata. Por isso, em caso de atitudes impulsivas e respostas atravessadas, respire fundo. Depois dos 25 passa.

O que faz um jovem entrar no quarto e ficar horas em frente a um computador? Qual o motivo de ele gostar mais de sair com os amigos do que com os pais? Tudo isso tem uma explicação. E as respostas vão além da ebulição hormonal.Dos 12 aos 25 anos, nosso cérebro se reorganiza, numa espécie de faxina entre as redes de neurônios. Aquelas que até então foram utilizadas são fortalecidas. Já as que ficaram ociosas acabam sendo desligadas. Se até este momento você não aprendeu a tocar violino, as células nervosas destinadas a esta tarefa serão perdidas. Caso queira aprender a tocar este instrumento no futuro, pode até conseguir, mas será mais difícil.Essa faxina termina no córtex pré-frontal, a área do cérebro que comanda os impulsos, as tomadas de decisão e o pensamento abstrato e criativo. Durante essa organização, ele sofrerá um processo de amadurecimento - embora já esteja formado, ainda não consegue desempenhar suas funções como um adulto, planejando e avaliando todas as consequências de um ato. "A maturidade das áreas frontais coincide com a do comportamento humano", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É por isso que o jovem será muitas vezes inconsequente e impulsivo. Culpa também da ação da dopamina, que acentua essas características e faz com que ele sinta mais prazer no momento anterior à ação do que nela em si. É como se ele comemorasse o gol antes mesmo de bater o pênalti. Isso ajuda a explicar comportamentos de risco, que expõem o jovem a consequências possivelmente desastrosas, como o uso de drogas, bebidas alcoólicas e sexo desprotegido. "A manifestação desses comportamentos se dá através de uma série de ações relacionadas à experimentação de limites e busca de sensações", afirma Vitor Haase, coordenador do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).É uma fase de grandes mudanças e que se reflete também nas típicas oscilações de humor. "São consequências dos lutos pelos quais o jovem passa, como a perda do pai herói, do corpo infantil e a busca pela autonomia", diz o médico Mauro Fisberg, especializado em adolescentes.Mas não é só isso. Os elementos externos influenciam na maneira de agir e pensar do jovem. A cultura na qual está inserido, o ambiente familiar em que vive e a forma como desenvolve suas relações pessoais são fundamentais na manifestação desses comportamentos, assim como no freio de seus impulsos e na construção de sua personalidade.Os fatores externos também podem explicar o que faz o jovem considerar a companhia dos amigos mais interessante que a dos pais. Estar inserido em um grupo e se sentir parte dele é fundamental na construção da sua identidade. É uma forma de sair da autoridade familiar e tentar novas formas de relações sociais e experiências. É aí também que, geralmente, as primeiras relações amorosas ocorrem.De acordo com Haase, o jovem precisa se "lançar" no mundo. Para ele, o adolescente tem de se arriscar, porém, não pode ser irresponsável a ponto de pagar na velhice, ou antes dela, pelos excessos da juventude. Como se vê, a bioquímica do jovem não é uma conta exata. Por isso, em caso de atitudes impulsivas e respostas atravessadas, respire fundo. Depois dos 25 passa.

O que faz um jovem entrar no quarto e ficar horas em frente a um computador? Qual o motivo de ele gostar mais de sair com os amigos do que com os pais? Tudo isso tem uma explicação. E as respostas vão além da ebulição hormonal.Dos 12 aos 25 anos, nosso cérebro se reorganiza, numa espécie de faxina entre as redes de neurônios. Aquelas que até então foram utilizadas são fortalecidas. Já as que ficaram ociosas acabam sendo desligadas. Se até este momento você não aprendeu a tocar violino, as células nervosas destinadas a esta tarefa serão perdidas. Caso queira aprender a tocar este instrumento no futuro, pode até conseguir, mas será mais difícil.Essa faxina termina no córtex pré-frontal, a área do cérebro que comanda os impulsos, as tomadas de decisão e o pensamento abstrato e criativo. Durante essa organização, ele sofrerá um processo de amadurecimento - embora já esteja formado, ainda não consegue desempenhar suas funções como um adulto, planejando e avaliando todas as consequências de um ato. "A maturidade das áreas frontais coincide com a do comportamento humano", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É por isso que o jovem será muitas vezes inconsequente e impulsivo. Culpa também da ação da dopamina, que acentua essas características e faz com que ele sinta mais prazer no momento anterior à ação do que nela em si. É como se ele comemorasse o gol antes mesmo de bater o pênalti. Isso ajuda a explicar comportamentos de risco, que expõem o jovem a consequências possivelmente desastrosas, como o uso de drogas, bebidas alcoólicas e sexo desprotegido. "A manifestação desses comportamentos se dá através de uma série de ações relacionadas à experimentação de limites e busca de sensações", afirma Vitor Haase, coordenador do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).É uma fase de grandes mudanças e que se reflete também nas típicas oscilações de humor. "São consequências dos lutos pelos quais o jovem passa, como a perda do pai herói, do corpo infantil e a busca pela autonomia", diz o médico Mauro Fisberg, especializado em adolescentes.Mas não é só isso. Os elementos externos influenciam na maneira de agir e pensar do jovem. A cultura na qual está inserido, o ambiente familiar em que vive e a forma como desenvolve suas relações pessoais são fundamentais na manifestação desses comportamentos, assim como no freio de seus impulsos e na construção de sua personalidade.Os fatores externos também podem explicar o que faz o jovem considerar a companhia dos amigos mais interessante que a dos pais. Estar inserido em um grupo e se sentir parte dele é fundamental na construção da sua identidade. É uma forma de sair da autoridade familiar e tentar novas formas de relações sociais e experiências. É aí também que, geralmente, as primeiras relações amorosas ocorrem.De acordo com Haase, o jovem precisa se "lançar" no mundo. Para ele, o adolescente tem de se arriscar, porém, não pode ser irresponsável a ponto de pagar na velhice, ou antes dela, pelos excessos da juventude. Como se vê, a bioquímica do jovem não é uma conta exata. Por isso, em caso de atitudes impulsivas e respostas atravessadas, respire fundo. Depois dos 25 passa.

O que faz um jovem entrar no quarto e ficar horas em frente a um computador? Qual o motivo de ele gostar mais de sair com os amigos do que com os pais? Tudo isso tem uma explicação. E as respostas vão além da ebulição hormonal.Dos 12 aos 25 anos, nosso cérebro se reorganiza, numa espécie de faxina entre as redes de neurônios. Aquelas que até então foram utilizadas são fortalecidas. Já as que ficaram ociosas acabam sendo desligadas. Se até este momento você não aprendeu a tocar violino, as células nervosas destinadas a esta tarefa serão perdidas. Caso queira aprender a tocar este instrumento no futuro, pode até conseguir, mas será mais difícil.Essa faxina termina no córtex pré-frontal, a área do cérebro que comanda os impulsos, as tomadas de decisão e o pensamento abstrato e criativo. Durante essa organização, ele sofrerá um processo de amadurecimento - embora já esteja formado, ainda não consegue desempenhar suas funções como um adulto, planejando e avaliando todas as consequências de um ato. "A maturidade das áreas frontais coincide com a do comportamento humano", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É por isso que o jovem será muitas vezes inconsequente e impulsivo. Culpa também da ação da dopamina, que acentua essas características e faz com que ele sinta mais prazer no momento anterior à ação do que nela em si. É como se ele comemorasse o gol antes mesmo de bater o pênalti. Isso ajuda a explicar comportamentos de risco, que expõem o jovem a consequências possivelmente desastrosas, como o uso de drogas, bebidas alcoólicas e sexo desprotegido. "A manifestação desses comportamentos se dá através de uma série de ações relacionadas à experimentação de limites e busca de sensações", afirma Vitor Haase, coordenador do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).É uma fase de grandes mudanças e que se reflete também nas típicas oscilações de humor. "São consequências dos lutos pelos quais o jovem passa, como a perda do pai herói, do corpo infantil e a busca pela autonomia", diz o médico Mauro Fisberg, especializado em adolescentes.Mas não é só isso. Os elementos externos influenciam na maneira de agir e pensar do jovem. A cultura na qual está inserido, o ambiente familiar em que vive e a forma como desenvolve suas relações pessoais são fundamentais na manifestação desses comportamentos, assim como no freio de seus impulsos e na construção de sua personalidade.Os fatores externos também podem explicar o que faz o jovem considerar a companhia dos amigos mais interessante que a dos pais. Estar inserido em um grupo e se sentir parte dele é fundamental na construção da sua identidade. É uma forma de sair da autoridade familiar e tentar novas formas de relações sociais e experiências. É aí também que, geralmente, as primeiras relações amorosas ocorrem.De acordo com Haase, o jovem precisa se "lançar" no mundo. Para ele, o adolescente tem de se arriscar, porém, não pode ser irresponsável a ponto de pagar na velhice, ou antes dela, pelos excessos da juventude. Como se vê, a bioquímica do jovem não é uma conta exata. Por isso, em caso de atitudes impulsivas e respostas atravessadas, respire fundo. Depois dos 25 passa.

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