Sinais de coerência


Com a vitória do Vasco aos 45 minutos do segundo tempo, a qual levou a definição do título para a última rodada, a frase "Que campeonato maluco!" e suas variações foram ditas e ouvidas nas cinco regiões brasileiras. Mas, embora 2011 termine com apenas dois times com possibilidade de ganhar a taça, Vasco e Corinthians (em 2010 eram quatro), seria injusto que o campeão fosse decidido na penúltima rodada. Sim, o Corinthians foi líder do Brasileirão em cerca de dois terços do calendário, mas principalmente no segundo semestre jogou o que jogou de novo contra o Figueirense: um futebol limitado, que cria raras chances de gol, não tem lances de craque nem mesmo grande consistência. O Vasco, por mais que digam que foi em homenagem ao técnico Ricardo Gomes, jogou de modo mais vistoso em certos momentos, mesmo dividindo atenções com a Sul-americana. Não foi apenas por emoção que os deuses da bola fizeram Bernardo desempatar.

Por danielpiza

O Corinthians extraiu forças da continuidade - a começar pela do treinador, Tite - e das opções táticas dadas pelo elenco. Escrevi em 21 de julho no blog que ele era líder "porque tem dois atacantes rápidos; porque tem jogadores para dar a bola para eles; porque tem dois volantes que marcam bem e saem para o jogo com responsabilidade; porque tem boas opções de banco; e porque tem uma defesa firme. Rapidez, coesão e bom nível técnico médio - eis o segredo. Não é uma equipe muito superior às outras, mas tem mais clareza e segurança em sua proposta". É verdade ainda - e a chegada de Alex, que já poderia ter entrado como titular contra o Figueirense, melhorou as coisas. Mas quero dar uma ênfase: o trabalho dos dois volantes, em especial do versátil Paulinho, foi o que teve mais peso na jornada até aqui, quando o time depende apenas de si mesmo.

O Vasco tem dois meio-campistas de maior nível técnico, Felipe e Juninho (embora este não tenha jogado muitas vezes), o melhor zagueiro atuante no Brasil, Dedé, e também o irregular Diego Souza, que fez alguns dos gols mais bonitos do campeonato. Sofreu com a falta de ataque mais artilheiro e por não ter tanta coesão técnica no elenco. Nada indica que não possa vencer o Flamengo, mas é possível entender por que não ficou tanto tempo como o Corinthians no alto da tabela. Quanto aos corinthianos, é claro que queriam já ser campeões, mas agora estão diante da situação que tem o sabor de sua história: podem descer ao inferno perdendo o campeonato diante do arquirrival local - ou subir ao paraíso com o gosto adicional de tê-lo derrotado. E ainda se diz que a fórmula dos pontos corridos é fria.

Olhando para a tabela depois de 37 rodadas, aliás, as surpresas também não são tantas assim. Sim, o Santos de Neymar e Borges em décimo lugar chama atenção, mas todos sabemos que venceu a Libertadores e teve vários jogadores contundidos (como Elano e Ganso). O Cruzeiro, que também teve bom primeiro semestre na Libertadores, não deveria estar na zona do rebaixamento, mas apenas Montillo tem jogado bola lá em vários meses. Afora o Santos, nenhum dos times abaixo do oitavo lugar merecia estar mais acima, merecia? O Botafogo está em nono, mas sempre fui dos que não viam qualidade nele para estar nos andares mais altos. Já o São Paulo imaginei que fosse melhor, em especial com a volta de Luís Fabiano, só que o elenco parece ter desandado - Dagoberto e Lucas abriram mão de um ano que vinha muito bem - e as escolhas de treinador foram infelizes.

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Mais uma vez o campeonato foi muito afetado pelos desfalques. Jogadores de talento como Damião (excelente começo), Fred (excelente final), Thiago Neves, Deco e Juninho ficaram muito tempo no departamento médico ou demoraram a estrear, como o citado Luís Fabiano e Adriano. Com esses e mais alguns jogadores mais presentes, o campeonato teria sido melhor - isso para não falar da queda de produção de Ronaldinho, aquele que nunca ressuscita de vez. Mas o quarteto do topo - Corinthians, Vasco, Fluminense e Flamengo - está onde está por seus méritos, apesar dos altos e baixos. Há alguma coerência debaixo da maluquice.

("Boleiros")

O Corinthians extraiu forças da continuidade - a começar pela do treinador, Tite - e das opções táticas dadas pelo elenco. Escrevi em 21 de julho no blog que ele era líder "porque tem dois atacantes rápidos; porque tem jogadores para dar a bola para eles; porque tem dois volantes que marcam bem e saem para o jogo com responsabilidade; porque tem boas opções de banco; e porque tem uma defesa firme. Rapidez, coesão e bom nível técnico médio - eis o segredo. Não é uma equipe muito superior às outras, mas tem mais clareza e segurança em sua proposta". É verdade ainda - e a chegada de Alex, que já poderia ter entrado como titular contra o Figueirense, melhorou as coisas. Mas quero dar uma ênfase: o trabalho dos dois volantes, em especial do versátil Paulinho, foi o que teve mais peso na jornada até aqui, quando o time depende apenas de si mesmo.

O Vasco tem dois meio-campistas de maior nível técnico, Felipe e Juninho (embora este não tenha jogado muitas vezes), o melhor zagueiro atuante no Brasil, Dedé, e também o irregular Diego Souza, que fez alguns dos gols mais bonitos do campeonato. Sofreu com a falta de ataque mais artilheiro e por não ter tanta coesão técnica no elenco. Nada indica que não possa vencer o Flamengo, mas é possível entender por que não ficou tanto tempo como o Corinthians no alto da tabela. Quanto aos corinthianos, é claro que queriam já ser campeões, mas agora estão diante da situação que tem o sabor de sua história: podem descer ao inferno perdendo o campeonato diante do arquirrival local - ou subir ao paraíso com o gosto adicional de tê-lo derrotado. E ainda se diz que a fórmula dos pontos corridos é fria.

Olhando para a tabela depois de 37 rodadas, aliás, as surpresas também não são tantas assim. Sim, o Santos de Neymar e Borges em décimo lugar chama atenção, mas todos sabemos que venceu a Libertadores e teve vários jogadores contundidos (como Elano e Ganso). O Cruzeiro, que também teve bom primeiro semestre na Libertadores, não deveria estar na zona do rebaixamento, mas apenas Montillo tem jogado bola lá em vários meses. Afora o Santos, nenhum dos times abaixo do oitavo lugar merecia estar mais acima, merecia? O Botafogo está em nono, mas sempre fui dos que não viam qualidade nele para estar nos andares mais altos. Já o São Paulo imaginei que fosse melhor, em especial com a volta de Luís Fabiano, só que o elenco parece ter desandado - Dagoberto e Lucas abriram mão de um ano que vinha muito bem - e as escolhas de treinador foram infelizes.

Mais uma vez o campeonato foi muito afetado pelos desfalques. Jogadores de talento como Damião (excelente começo), Fred (excelente final), Thiago Neves, Deco e Juninho ficaram muito tempo no departamento médico ou demoraram a estrear, como o citado Luís Fabiano e Adriano. Com esses e mais alguns jogadores mais presentes, o campeonato teria sido melhor - isso para não falar da queda de produção de Ronaldinho, aquele que nunca ressuscita de vez. Mas o quarteto do topo - Corinthians, Vasco, Fluminense e Flamengo - está onde está por seus méritos, apesar dos altos e baixos. Há alguma coerência debaixo da maluquice.

("Boleiros")

O Corinthians extraiu forças da continuidade - a começar pela do treinador, Tite - e das opções táticas dadas pelo elenco. Escrevi em 21 de julho no blog que ele era líder "porque tem dois atacantes rápidos; porque tem jogadores para dar a bola para eles; porque tem dois volantes que marcam bem e saem para o jogo com responsabilidade; porque tem boas opções de banco; e porque tem uma defesa firme. Rapidez, coesão e bom nível técnico médio - eis o segredo. Não é uma equipe muito superior às outras, mas tem mais clareza e segurança em sua proposta". É verdade ainda - e a chegada de Alex, que já poderia ter entrado como titular contra o Figueirense, melhorou as coisas. Mas quero dar uma ênfase: o trabalho dos dois volantes, em especial do versátil Paulinho, foi o que teve mais peso na jornada até aqui, quando o time depende apenas de si mesmo.

O Vasco tem dois meio-campistas de maior nível técnico, Felipe e Juninho (embora este não tenha jogado muitas vezes), o melhor zagueiro atuante no Brasil, Dedé, e também o irregular Diego Souza, que fez alguns dos gols mais bonitos do campeonato. Sofreu com a falta de ataque mais artilheiro e por não ter tanta coesão técnica no elenco. Nada indica que não possa vencer o Flamengo, mas é possível entender por que não ficou tanto tempo como o Corinthians no alto da tabela. Quanto aos corinthianos, é claro que queriam já ser campeões, mas agora estão diante da situação que tem o sabor de sua história: podem descer ao inferno perdendo o campeonato diante do arquirrival local - ou subir ao paraíso com o gosto adicional de tê-lo derrotado. E ainda se diz que a fórmula dos pontos corridos é fria.

Olhando para a tabela depois de 37 rodadas, aliás, as surpresas também não são tantas assim. Sim, o Santos de Neymar e Borges em décimo lugar chama atenção, mas todos sabemos que venceu a Libertadores e teve vários jogadores contundidos (como Elano e Ganso). O Cruzeiro, que também teve bom primeiro semestre na Libertadores, não deveria estar na zona do rebaixamento, mas apenas Montillo tem jogado bola lá em vários meses. Afora o Santos, nenhum dos times abaixo do oitavo lugar merecia estar mais acima, merecia? O Botafogo está em nono, mas sempre fui dos que não viam qualidade nele para estar nos andares mais altos. Já o São Paulo imaginei que fosse melhor, em especial com a volta de Luís Fabiano, só que o elenco parece ter desandado - Dagoberto e Lucas abriram mão de um ano que vinha muito bem - e as escolhas de treinador foram infelizes.

Mais uma vez o campeonato foi muito afetado pelos desfalques. Jogadores de talento como Damião (excelente começo), Fred (excelente final), Thiago Neves, Deco e Juninho ficaram muito tempo no departamento médico ou demoraram a estrear, como o citado Luís Fabiano e Adriano. Com esses e mais alguns jogadores mais presentes, o campeonato teria sido melhor - isso para não falar da queda de produção de Ronaldinho, aquele que nunca ressuscita de vez. Mas o quarteto do topo - Corinthians, Vasco, Fluminense e Flamengo - está onde está por seus méritos, apesar dos altos e baixos. Há alguma coerência debaixo da maluquice.

("Boleiros")

O Corinthians extraiu forças da continuidade - a começar pela do treinador, Tite - e das opções táticas dadas pelo elenco. Escrevi em 21 de julho no blog que ele era líder "porque tem dois atacantes rápidos; porque tem jogadores para dar a bola para eles; porque tem dois volantes que marcam bem e saem para o jogo com responsabilidade; porque tem boas opções de banco; e porque tem uma defesa firme. Rapidez, coesão e bom nível técnico médio - eis o segredo. Não é uma equipe muito superior às outras, mas tem mais clareza e segurança em sua proposta". É verdade ainda - e a chegada de Alex, que já poderia ter entrado como titular contra o Figueirense, melhorou as coisas. Mas quero dar uma ênfase: o trabalho dos dois volantes, em especial do versátil Paulinho, foi o que teve mais peso na jornada até aqui, quando o time depende apenas de si mesmo.

O Vasco tem dois meio-campistas de maior nível técnico, Felipe e Juninho (embora este não tenha jogado muitas vezes), o melhor zagueiro atuante no Brasil, Dedé, e também o irregular Diego Souza, que fez alguns dos gols mais bonitos do campeonato. Sofreu com a falta de ataque mais artilheiro e por não ter tanta coesão técnica no elenco. Nada indica que não possa vencer o Flamengo, mas é possível entender por que não ficou tanto tempo como o Corinthians no alto da tabela. Quanto aos corinthianos, é claro que queriam já ser campeões, mas agora estão diante da situação que tem o sabor de sua história: podem descer ao inferno perdendo o campeonato diante do arquirrival local - ou subir ao paraíso com o gosto adicional de tê-lo derrotado. E ainda se diz que a fórmula dos pontos corridos é fria.

Olhando para a tabela depois de 37 rodadas, aliás, as surpresas também não são tantas assim. Sim, o Santos de Neymar e Borges em décimo lugar chama atenção, mas todos sabemos que venceu a Libertadores e teve vários jogadores contundidos (como Elano e Ganso). O Cruzeiro, que também teve bom primeiro semestre na Libertadores, não deveria estar na zona do rebaixamento, mas apenas Montillo tem jogado bola lá em vários meses. Afora o Santos, nenhum dos times abaixo do oitavo lugar merecia estar mais acima, merecia? O Botafogo está em nono, mas sempre fui dos que não viam qualidade nele para estar nos andares mais altos. Já o São Paulo imaginei que fosse melhor, em especial com a volta de Luís Fabiano, só que o elenco parece ter desandado - Dagoberto e Lucas abriram mão de um ano que vinha muito bem - e as escolhas de treinador foram infelizes.

Mais uma vez o campeonato foi muito afetado pelos desfalques. Jogadores de talento como Damião (excelente começo), Fred (excelente final), Thiago Neves, Deco e Juninho ficaram muito tempo no departamento médico ou demoraram a estrear, como o citado Luís Fabiano e Adriano. Com esses e mais alguns jogadores mais presentes, o campeonato teria sido melhor - isso para não falar da queda de produção de Ronaldinho, aquele que nunca ressuscita de vez. Mas o quarteto do topo - Corinthians, Vasco, Fluminense e Flamengo - está onde está por seus méritos, apesar dos altos e baixos. Há alguma coerência debaixo da maluquice.

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