A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que é muito importante que Brasil retome o crescimento acima de 4,5 por cento e defendeu um pacto entre todos os países para sair da crise. "É muito importante que o Brasil retome sua taxa de crescimento, em torno dos 4,5 por cento e 5 por cento", afirmou a presidente em entrevista à imprensa, horas depois de discursar durante a Assembleia-Geral da ONU em Nova York. A previsão do governo é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2 por cento neste ano, acima da expectativa do mercado, que prevê crescimento de 1,57 por cento para 2012 e de 4 por cento para 2013. O governo iniciou o ano projetando crescimento de 4,5 por cento. "A gente tem de buscar um pacto e não ficar apontando o dedo uns para os outros", afirmou Dilma. Segundo Dilma, os países de uma certa forma vão ter de se engajar "nessa necessidade, nessa determinação e nessa vontade política de procurar políticas de recupeção que não afetem de uma forma drámatica os outros". Mais cedo, Dilma criticou no discurso na ONU a política expansionista adotada pelos principais Bancos Centrais, afirmando ser prejudicial aos países emergentes e a própria economia global. No discurso de abertura da assembleia ONU, a presidente defendeu que tal política "desequilibra as taxas de câmbio... o que agrava ainda mais o quadro recessivo global". Para Dilma, os países emergentes estavam "segurando a taxa de expansão" em 2010 e 2011. "Em 2012, a crise pegou todo mundo".