Dilma se diz indignada com uso político de 'calúnias'
A presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, disse estar indignada com "uso político" de "calúnias", após a edição da revista Veja desta semana denunciar que a candidata e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam conhecimento de suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Ao questionar a divulgação da denúncia a poucos dias da votação do segundo turno e a falta de provas, Dilma afirmou que combate a corrupção de forma "sistemática" e não apenas em período eleitoral.
"Não se pode tratar assim uma presidenta da República a três dias da eleição. Por que que isso (a denúncia) nunca apareceu antes? Que história é essa? A minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo e ao uso político que estão fazendo disso", afirmou Dilma em entrevista coletiva em Porto Alegre, antes de caminhada.
A presidente disse que os responsáveis "pelas injúrias e calúnias devem ser punidos".
"Não compactuo com a corrupção, nunca compactuei e quero que provem que eu compactuei com a corrupção, e não esse tipo de situação em que se insinua e não tem prova."
Edição da Veja desta semana, antecipada para a sexta-feira, traz reportagem com o que seria declaração do doleiro Alberto Youssef, em depoimento de delação premiada à Polícia Federal, dizendo que tanto a presidente como Lula, ambos do PT, saberiam de suposto esquema de corrupção na Petrobras.
A campanha petista conseguiu, por meio de liminar concedida na noite da sexta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), evitar a veiculação de propaganda paga da capa da revista na TV, rádio e links na internet.
Dilma defendeu ainda, neste sábado, a apuração de todas as denúncias "doa a quem doer", acrescentando que essa determinação não ocorria antes do seu governo e de Lula.