‘Direitos humanos salvam vidas; mas é preciso senso de urgência’; leia artigo


No 75° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, diretora da Anistia Internacional Brasil aborda o senso de responsabilidade individual e coletiva nas crises

Atualização:

Temos acompanhado a multiplicação de notícias sobre tragédias no Brasil e no mundo. São catástrofes climáticas: fogo na Europa e no Canadá e graves inundações na Líbia. No Brasil, ondas de calor com temperaturas recorde; chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, no Maranhão e no Acre, enquanto, em Manaus, faltou água.

Choca saber que rios, antes caudalosos, secaram, como o Madeira, o Negro e o Solimões. Aqui no jornal tomamos conhecimento do aumento de 20% na proporção de incêndios no Pantanal em relação a 2022, enquanto multiplicaram-se os ciclones no sul e sudeste.

Também são trágicos os conflitos armados ao redor do mundo: o mais recente, entre Israel e o Hamas, em Gaza; em Nagorno-Karabakh, iniciado pelo Azerbaijão; no norte da Europa, entre Rússia e Ucrânia; na Síria; na Etiópia: e no Iêmen. Além disso, conflitos armados vitimizam grandes populações de rohingyas, curdos, afegãos, sudaneses do sul, somalis e residentes do sul da Tailândia.

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Jurema Pinto Werneck, diretora da Anistia Internacional no Brasil, cobra senso de urgência da sociedade para salvar vidas nas diversas crises atuais. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO Foto: PEDRO KIRILOS

Tudo isso ainda sem superar a tragédia das incertezas por não termos conseguido alcançar uma recuperação justa frente à pandemia da Covid-19: populações inteiras traumatizadas, de luto, sofrem as sequelas físicas, psicológicas, econômicas e sociais, sem encontrarem políticas públicas de alívio.

O contexto de tragédias desemboca, por fim, numa crise de futuro: no Brasil, o chamado bônus demográfico foi perdido pela inércia de gestores, pelas altas taxas de homicídios de jovens negros, pelo encarceramento em massa que nos faz ter a terceira maior população de mulheres e homens - a maioria jovens, a maioria negros - retirados do convívio social. Isso acontece enquanto outra tragédia se abateu sobre o povo ianomami - e que muitos chamam de genocídio.

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Os impactos dessas emergências são invariavelmente maiores para as pessoas cuja experiência de vida já é repleta de injustiças e carências materiais; de falta de acesso a direitos garantidos. Nós e, principalmente, os agentes públicos, governantes, legisladores, operadores de justiça, já sabemos quem são essas pessoas, onde e como vivem.

Por diferentes meios, depois de tanto conhecimento acumulado, também já sabemos dos caminhos para mitigar os impactos e prevenir tragédias. O que falta para que se entre realmente em ação, sem excessos de retórica e subterfúgios?

A humanidade está debruçada em muitos abismos e, aparentemente, as vozes dispostas a reverter este quadro não alcançaram os poderes com a velocidade necessária. Um exemplo são jovens ativistas como Greta Thunberg, que, anos atrás, buscava nos instigar o sentido de urgência: “quero que vocês ajam como se a casa estivesse pegando fogo, porque está”.

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É preciso recuperar o senso de urgência para salvar vidas, todas, sem exceção. É preciso recuperar o senso de responsabilidade individual e coletiva. É preciso, como insistiu um filósofo alemão, que sejamos uma humanidade ao lado de toda a biodiversidade, que existe e precisa continuar existindo inclusive para aqueles que virão depois de nós.

Estamos no meio de mais uma Conferência das Partes (COP28) que, em tese, analisa caminhos possíveis para deter ou mitigar uma dessas crises, a climática. A reunião busca construir pactos entre governantes, altos oficiais de organismos multilaterais, legisladores, empresários e a diversidade de representantes da sociedade civil, de modo a possibilitar que passos – ou melhor, saltos! – sejam dados.

Ao mesmo tempo, precisamente hoje, celebramos o 75° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. São momentos para que reflitamos sobre nosso longo histórico de oportunidades perdidas, de populações inteiras desprezadas ou abandonadas, de imobilismos intencionais em favor de interesses particulares. Já passa da hora e quase não temos mais tempo (para alguns, inclusive, já não temos mais)!

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Me movo com sentimentos de raiva, de tristeza, mas também de esperança. Já vivi e vi a dor profunda da exclusão, da negligência e das violências. Mas também vi o que seres humanos podem fazer de grandioso, de importante e de transformador. Os direitos à saúde, à água, à educação, à alimentação e ao ambiente saudável e moradia adequada, entre outros, são conquistas das ações destas pessoas em favor de um futuro melhor. É nossa responsabilidade continuar o trabalho delas!

* Jurema Pinto Werneck é diretora executiva da Anistia Internacional Brasil

Temos acompanhado a multiplicação de notícias sobre tragédias no Brasil e no mundo. São catástrofes climáticas: fogo na Europa e no Canadá e graves inundações na Líbia. No Brasil, ondas de calor com temperaturas recorde; chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, no Maranhão e no Acre, enquanto, em Manaus, faltou água.

Choca saber que rios, antes caudalosos, secaram, como o Madeira, o Negro e o Solimões. Aqui no jornal tomamos conhecimento do aumento de 20% na proporção de incêndios no Pantanal em relação a 2022, enquanto multiplicaram-se os ciclones no sul e sudeste.

Também são trágicos os conflitos armados ao redor do mundo: o mais recente, entre Israel e o Hamas, em Gaza; em Nagorno-Karabakh, iniciado pelo Azerbaijão; no norte da Europa, entre Rússia e Ucrânia; na Síria; na Etiópia: e no Iêmen. Além disso, conflitos armados vitimizam grandes populações de rohingyas, curdos, afegãos, sudaneses do sul, somalis e residentes do sul da Tailândia.

Jurema Pinto Werneck, diretora da Anistia Internacional no Brasil, cobra senso de urgência da sociedade para salvar vidas nas diversas crises atuais. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO Foto: PEDRO KIRILOS

Tudo isso ainda sem superar a tragédia das incertezas por não termos conseguido alcançar uma recuperação justa frente à pandemia da Covid-19: populações inteiras traumatizadas, de luto, sofrem as sequelas físicas, psicológicas, econômicas e sociais, sem encontrarem políticas públicas de alívio.

O contexto de tragédias desemboca, por fim, numa crise de futuro: no Brasil, o chamado bônus demográfico foi perdido pela inércia de gestores, pelas altas taxas de homicídios de jovens negros, pelo encarceramento em massa que nos faz ter a terceira maior população de mulheres e homens - a maioria jovens, a maioria negros - retirados do convívio social. Isso acontece enquanto outra tragédia se abateu sobre o povo ianomami - e que muitos chamam de genocídio.

Os impactos dessas emergências são invariavelmente maiores para as pessoas cuja experiência de vida já é repleta de injustiças e carências materiais; de falta de acesso a direitos garantidos. Nós e, principalmente, os agentes públicos, governantes, legisladores, operadores de justiça, já sabemos quem são essas pessoas, onde e como vivem.

Por diferentes meios, depois de tanto conhecimento acumulado, também já sabemos dos caminhos para mitigar os impactos e prevenir tragédias. O que falta para que se entre realmente em ação, sem excessos de retórica e subterfúgios?

A humanidade está debruçada em muitos abismos e, aparentemente, as vozes dispostas a reverter este quadro não alcançaram os poderes com a velocidade necessária. Um exemplo são jovens ativistas como Greta Thunberg, que, anos atrás, buscava nos instigar o sentido de urgência: “quero que vocês ajam como se a casa estivesse pegando fogo, porque está”.

É preciso recuperar o senso de urgência para salvar vidas, todas, sem exceção. É preciso recuperar o senso de responsabilidade individual e coletiva. É preciso, como insistiu um filósofo alemão, que sejamos uma humanidade ao lado de toda a biodiversidade, que existe e precisa continuar existindo inclusive para aqueles que virão depois de nós.

Estamos no meio de mais uma Conferência das Partes (COP28) que, em tese, analisa caminhos possíveis para deter ou mitigar uma dessas crises, a climática. A reunião busca construir pactos entre governantes, altos oficiais de organismos multilaterais, legisladores, empresários e a diversidade de representantes da sociedade civil, de modo a possibilitar que passos – ou melhor, saltos! – sejam dados.

Ao mesmo tempo, precisamente hoje, celebramos o 75° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. São momentos para que reflitamos sobre nosso longo histórico de oportunidades perdidas, de populações inteiras desprezadas ou abandonadas, de imobilismos intencionais em favor de interesses particulares. Já passa da hora e quase não temos mais tempo (para alguns, inclusive, já não temos mais)!

Me movo com sentimentos de raiva, de tristeza, mas também de esperança. Já vivi e vi a dor profunda da exclusão, da negligência e das violências. Mas também vi o que seres humanos podem fazer de grandioso, de importante e de transformador. Os direitos à saúde, à água, à educação, à alimentação e ao ambiente saudável e moradia adequada, entre outros, são conquistas das ações destas pessoas em favor de um futuro melhor. É nossa responsabilidade continuar o trabalho delas!

* Jurema Pinto Werneck é diretora executiva da Anistia Internacional Brasil

Temos acompanhado a multiplicação de notícias sobre tragédias no Brasil e no mundo. São catástrofes climáticas: fogo na Europa e no Canadá e graves inundações na Líbia. No Brasil, ondas de calor com temperaturas recorde; chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, no Maranhão e no Acre, enquanto, em Manaus, faltou água.

Choca saber que rios, antes caudalosos, secaram, como o Madeira, o Negro e o Solimões. Aqui no jornal tomamos conhecimento do aumento de 20% na proporção de incêndios no Pantanal em relação a 2022, enquanto multiplicaram-se os ciclones no sul e sudeste.

Também são trágicos os conflitos armados ao redor do mundo: o mais recente, entre Israel e o Hamas, em Gaza; em Nagorno-Karabakh, iniciado pelo Azerbaijão; no norte da Europa, entre Rússia e Ucrânia; na Síria; na Etiópia: e no Iêmen. Além disso, conflitos armados vitimizam grandes populações de rohingyas, curdos, afegãos, sudaneses do sul, somalis e residentes do sul da Tailândia.

Jurema Pinto Werneck, diretora da Anistia Internacional no Brasil, cobra senso de urgência da sociedade para salvar vidas nas diversas crises atuais. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO Foto: PEDRO KIRILOS

Tudo isso ainda sem superar a tragédia das incertezas por não termos conseguido alcançar uma recuperação justa frente à pandemia da Covid-19: populações inteiras traumatizadas, de luto, sofrem as sequelas físicas, psicológicas, econômicas e sociais, sem encontrarem políticas públicas de alívio.

O contexto de tragédias desemboca, por fim, numa crise de futuro: no Brasil, o chamado bônus demográfico foi perdido pela inércia de gestores, pelas altas taxas de homicídios de jovens negros, pelo encarceramento em massa que nos faz ter a terceira maior população de mulheres e homens - a maioria jovens, a maioria negros - retirados do convívio social. Isso acontece enquanto outra tragédia se abateu sobre o povo ianomami - e que muitos chamam de genocídio.

Os impactos dessas emergências são invariavelmente maiores para as pessoas cuja experiência de vida já é repleta de injustiças e carências materiais; de falta de acesso a direitos garantidos. Nós e, principalmente, os agentes públicos, governantes, legisladores, operadores de justiça, já sabemos quem são essas pessoas, onde e como vivem.

Por diferentes meios, depois de tanto conhecimento acumulado, também já sabemos dos caminhos para mitigar os impactos e prevenir tragédias. O que falta para que se entre realmente em ação, sem excessos de retórica e subterfúgios?

A humanidade está debruçada em muitos abismos e, aparentemente, as vozes dispostas a reverter este quadro não alcançaram os poderes com a velocidade necessária. Um exemplo são jovens ativistas como Greta Thunberg, que, anos atrás, buscava nos instigar o sentido de urgência: “quero que vocês ajam como se a casa estivesse pegando fogo, porque está”.

É preciso recuperar o senso de urgência para salvar vidas, todas, sem exceção. É preciso recuperar o senso de responsabilidade individual e coletiva. É preciso, como insistiu um filósofo alemão, que sejamos uma humanidade ao lado de toda a biodiversidade, que existe e precisa continuar existindo inclusive para aqueles que virão depois de nós.

Estamos no meio de mais uma Conferência das Partes (COP28) que, em tese, analisa caminhos possíveis para deter ou mitigar uma dessas crises, a climática. A reunião busca construir pactos entre governantes, altos oficiais de organismos multilaterais, legisladores, empresários e a diversidade de representantes da sociedade civil, de modo a possibilitar que passos – ou melhor, saltos! – sejam dados.

Ao mesmo tempo, precisamente hoje, celebramos o 75° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. São momentos para que reflitamos sobre nosso longo histórico de oportunidades perdidas, de populações inteiras desprezadas ou abandonadas, de imobilismos intencionais em favor de interesses particulares. Já passa da hora e quase não temos mais tempo (para alguns, inclusive, já não temos mais)!

Me movo com sentimentos de raiva, de tristeza, mas também de esperança. Já vivi e vi a dor profunda da exclusão, da negligência e das violências. Mas também vi o que seres humanos podem fazer de grandioso, de importante e de transformador. Os direitos à saúde, à água, à educação, à alimentação e ao ambiente saudável e moradia adequada, entre outros, são conquistas das ações destas pessoas em favor de um futuro melhor. É nossa responsabilidade continuar o trabalho delas!

* Jurema Pinto Werneck é diretora executiva da Anistia Internacional Brasil

Temos acompanhado a multiplicação de notícias sobre tragédias no Brasil e no mundo. São catástrofes climáticas: fogo na Europa e no Canadá e graves inundações na Líbia. No Brasil, ondas de calor com temperaturas recorde; chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, no Maranhão e no Acre, enquanto, em Manaus, faltou água.

Choca saber que rios, antes caudalosos, secaram, como o Madeira, o Negro e o Solimões. Aqui no jornal tomamos conhecimento do aumento de 20% na proporção de incêndios no Pantanal em relação a 2022, enquanto multiplicaram-se os ciclones no sul e sudeste.

Também são trágicos os conflitos armados ao redor do mundo: o mais recente, entre Israel e o Hamas, em Gaza; em Nagorno-Karabakh, iniciado pelo Azerbaijão; no norte da Europa, entre Rússia e Ucrânia; na Síria; na Etiópia: e no Iêmen. Além disso, conflitos armados vitimizam grandes populações de rohingyas, curdos, afegãos, sudaneses do sul, somalis e residentes do sul da Tailândia.

Jurema Pinto Werneck, diretora da Anistia Internacional no Brasil, cobra senso de urgência da sociedade para salvar vidas nas diversas crises atuais. FOTO: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO Foto: PEDRO KIRILOS

Tudo isso ainda sem superar a tragédia das incertezas por não termos conseguido alcançar uma recuperação justa frente à pandemia da Covid-19: populações inteiras traumatizadas, de luto, sofrem as sequelas físicas, psicológicas, econômicas e sociais, sem encontrarem políticas públicas de alívio.

O contexto de tragédias desemboca, por fim, numa crise de futuro: no Brasil, o chamado bônus demográfico foi perdido pela inércia de gestores, pelas altas taxas de homicídios de jovens negros, pelo encarceramento em massa que nos faz ter a terceira maior população de mulheres e homens - a maioria jovens, a maioria negros - retirados do convívio social. Isso acontece enquanto outra tragédia se abateu sobre o povo ianomami - e que muitos chamam de genocídio.

Os impactos dessas emergências são invariavelmente maiores para as pessoas cuja experiência de vida já é repleta de injustiças e carências materiais; de falta de acesso a direitos garantidos. Nós e, principalmente, os agentes públicos, governantes, legisladores, operadores de justiça, já sabemos quem são essas pessoas, onde e como vivem.

Por diferentes meios, depois de tanto conhecimento acumulado, também já sabemos dos caminhos para mitigar os impactos e prevenir tragédias. O que falta para que se entre realmente em ação, sem excessos de retórica e subterfúgios?

A humanidade está debruçada em muitos abismos e, aparentemente, as vozes dispostas a reverter este quadro não alcançaram os poderes com a velocidade necessária. Um exemplo são jovens ativistas como Greta Thunberg, que, anos atrás, buscava nos instigar o sentido de urgência: “quero que vocês ajam como se a casa estivesse pegando fogo, porque está”.

É preciso recuperar o senso de urgência para salvar vidas, todas, sem exceção. É preciso recuperar o senso de responsabilidade individual e coletiva. É preciso, como insistiu um filósofo alemão, que sejamos uma humanidade ao lado de toda a biodiversidade, que existe e precisa continuar existindo inclusive para aqueles que virão depois de nós.

Estamos no meio de mais uma Conferência das Partes (COP28) que, em tese, analisa caminhos possíveis para deter ou mitigar uma dessas crises, a climática. A reunião busca construir pactos entre governantes, altos oficiais de organismos multilaterais, legisladores, empresários e a diversidade de representantes da sociedade civil, de modo a possibilitar que passos – ou melhor, saltos! – sejam dados.

Ao mesmo tempo, precisamente hoje, celebramos o 75° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. São momentos para que reflitamos sobre nosso longo histórico de oportunidades perdidas, de populações inteiras desprezadas ou abandonadas, de imobilismos intencionais em favor de interesses particulares. Já passa da hora e quase não temos mais tempo (para alguns, inclusive, já não temos mais)!

Me movo com sentimentos de raiva, de tristeza, mas também de esperança. Já vivi e vi a dor profunda da exclusão, da negligência e das violências. Mas também vi o que seres humanos podem fazer de grandioso, de importante e de transformador. Os direitos à saúde, à água, à educação, à alimentação e ao ambiente saudável e moradia adequada, entre outros, são conquistas das ações destas pessoas em favor de um futuro melhor. É nossa responsabilidade continuar o trabalho delas!

* Jurema Pinto Werneck é diretora executiva da Anistia Internacional Brasil

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