Diretora da Anac diz que não tem responsabilidade na crise


À CPI, Denise Abreu afirma que não tem motivos para renunciar ao cargo na Agência Nacional de Aviação Civil

Por Renata Veríssimo e da Agência Estado

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu afirmou nesta quinta-feira, 16, que não tem motivos para renunciar ao cargo na agência. "Não entendo que tenha qualquer tipo de responsabilidade nestas ocorrências que denotam a crise aérea nacional, que implicaram em tragédias nacionais e que marcaram a história deste País", afirmou Denise em seu depoimento à CPI do Apagão Aéreo do Senado.   Veja também: Discussão sobre aeroporto causa bate-boca entre senadores Pereira diz que não tinha autoridade sobre o tráfego aéreo Cronologia da crise aérea Quem são as vítimas do vôo 3054 Tudo sobre o acidente do vôo 3054    O relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO),  pediu à diretora que relatasse a sua experiência e a dos demais diretores da agência reguladora no setor aéreo e perguntou se ela tinha ligações diretas com o presidente Lula e com José Dirceu. Ela negou que tenha essas ligações. Respondeu que sua experiência foi adquirida entre agosto de 2003 e agosto de 2005, quando trabalhou como subchefe da Casa Civil na elaboração de pareceres e decretos relacionados ao setor.   O senador Torres perguntou a Denise Abreu se ela tinha ligações diretas com Lula e se isso tinha a ver com a nomeação dela para o cargo de diretora da Anac. Ela negou ter esse tipo de relação com o presidente da República. Contou que despachou várias vezes com Lula sobre assuntos relacionados à sua função de subchefe da Casa Civil. Negou que tenha sido indicada para a Anac pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.   A uma pergunta do relator sobre a competência e a qualificação dos outros cinco diretores da Anac, Denise Abreu disse que todos eles, "a depender da área da aviação civil", têm conhecimento sobre o setor. "Estamos falando de segurança de vôo, mas segurança de vôo não é tudo na aviação civil", disse ela.   Demóstenes Torres leu declarações a ela atribuídas, na imprensa, por parentes das vítimas do acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em setembro de 2006. A parentes que, na época, se queixavam da dificuldade de identificação das vítimas, Denise Abreu disse, segundo o noticiário da época: "Vocês são inteligentes. O avião caiu de 11.000 metros de altura. O que você esperavam? Corpos?"   A diretora respondeu ao senador que isso não tem mais "a menor importância", porque a sua intenção, naquele momento, foi a de apresentar informações às famílias das vítimas. Acrescentou que, se a compreensão das suas declarações foi a de que ela não teve sensibilidade para com as pessoas, voltará a pedir desculpas.   "Eu não fumo charuto"   A diretora da Anac lamentou, nesta quinta-feira, 16, os ataques que recebeu desde o início da crise aérea. "Fui exposta à nação como uma mulher insensível", afirmou a diretora, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a crise aérea no Senado.   Denise também afirmou que nenhum especialista em aviação civil havia sido formado e estava preparado para enfrentar a crise aérea que surgiu após o choque do Boeing da Gol com o jato Legacy. Defendendo-se das críticas sobre ter sido fotografada fumando charuto em uma festa com a diretoria da Anac dias depois do acidente, Denise disse que não fuma charuto e que apenas "educadamente" participou de um ritual durante o casamento da filha de um amigo.

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu afirmou nesta quinta-feira, 16, que não tem motivos para renunciar ao cargo na agência. "Não entendo que tenha qualquer tipo de responsabilidade nestas ocorrências que denotam a crise aérea nacional, que implicaram em tragédias nacionais e que marcaram a história deste País", afirmou Denise em seu depoimento à CPI do Apagão Aéreo do Senado.   Veja também: Discussão sobre aeroporto causa bate-boca entre senadores Pereira diz que não tinha autoridade sobre o tráfego aéreo Cronologia da crise aérea Quem são as vítimas do vôo 3054 Tudo sobre o acidente do vôo 3054    O relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO),  pediu à diretora que relatasse a sua experiência e a dos demais diretores da agência reguladora no setor aéreo e perguntou se ela tinha ligações diretas com o presidente Lula e com José Dirceu. Ela negou que tenha essas ligações. Respondeu que sua experiência foi adquirida entre agosto de 2003 e agosto de 2005, quando trabalhou como subchefe da Casa Civil na elaboração de pareceres e decretos relacionados ao setor.   O senador Torres perguntou a Denise Abreu se ela tinha ligações diretas com Lula e se isso tinha a ver com a nomeação dela para o cargo de diretora da Anac. Ela negou ter esse tipo de relação com o presidente da República. Contou que despachou várias vezes com Lula sobre assuntos relacionados à sua função de subchefe da Casa Civil. Negou que tenha sido indicada para a Anac pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.   A uma pergunta do relator sobre a competência e a qualificação dos outros cinco diretores da Anac, Denise Abreu disse que todos eles, "a depender da área da aviação civil", têm conhecimento sobre o setor. "Estamos falando de segurança de vôo, mas segurança de vôo não é tudo na aviação civil", disse ela.   Demóstenes Torres leu declarações a ela atribuídas, na imprensa, por parentes das vítimas do acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em setembro de 2006. A parentes que, na época, se queixavam da dificuldade de identificação das vítimas, Denise Abreu disse, segundo o noticiário da época: "Vocês são inteligentes. O avião caiu de 11.000 metros de altura. O que você esperavam? Corpos?"   A diretora respondeu ao senador que isso não tem mais "a menor importância", porque a sua intenção, naquele momento, foi a de apresentar informações às famílias das vítimas. Acrescentou que, se a compreensão das suas declarações foi a de que ela não teve sensibilidade para com as pessoas, voltará a pedir desculpas.   "Eu não fumo charuto"   A diretora da Anac lamentou, nesta quinta-feira, 16, os ataques que recebeu desde o início da crise aérea. "Fui exposta à nação como uma mulher insensível", afirmou a diretora, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a crise aérea no Senado.   Denise também afirmou que nenhum especialista em aviação civil havia sido formado e estava preparado para enfrentar a crise aérea que surgiu após o choque do Boeing da Gol com o jato Legacy. Defendendo-se das críticas sobre ter sido fotografada fumando charuto em uma festa com a diretoria da Anac dias depois do acidente, Denise disse que não fuma charuto e que apenas "educadamente" participou de um ritual durante o casamento da filha de um amigo.

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu afirmou nesta quinta-feira, 16, que não tem motivos para renunciar ao cargo na agência. "Não entendo que tenha qualquer tipo de responsabilidade nestas ocorrências que denotam a crise aérea nacional, que implicaram em tragédias nacionais e que marcaram a história deste País", afirmou Denise em seu depoimento à CPI do Apagão Aéreo do Senado.   Veja também: Discussão sobre aeroporto causa bate-boca entre senadores Pereira diz que não tinha autoridade sobre o tráfego aéreo Cronologia da crise aérea Quem são as vítimas do vôo 3054 Tudo sobre o acidente do vôo 3054    O relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO),  pediu à diretora que relatasse a sua experiência e a dos demais diretores da agência reguladora no setor aéreo e perguntou se ela tinha ligações diretas com o presidente Lula e com José Dirceu. Ela negou que tenha essas ligações. Respondeu que sua experiência foi adquirida entre agosto de 2003 e agosto de 2005, quando trabalhou como subchefe da Casa Civil na elaboração de pareceres e decretos relacionados ao setor.   O senador Torres perguntou a Denise Abreu se ela tinha ligações diretas com Lula e se isso tinha a ver com a nomeação dela para o cargo de diretora da Anac. Ela negou ter esse tipo de relação com o presidente da República. Contou que despachou várias vezes com Lula sobre assuntos relacionados à sua função de subchefe da Casa Civil. Negou que tenha sido indicada para a Anac pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.   A uma pergunta do relator sobre a competência e a qualificação dos outros cinco diretores da Anac, Denise Abreu disse que todos eles, "a depender da área da aviação civil", têm conhecimento sobre o setor. "Estamos falando de segurança de vôo, mas segurança de vôo não é tudo na aviação civil", disse ela.   Demóstenes Torres leu declarações a ela atribuídas, na imprensa, por parentes das vítimas do acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas em setembro de 2006. A parentes que, na época, se queixavam da dificuldade de identificação das vítimas, Denise Abreu disse, segundo o noticiário da época: "Vocês são inteligentes. O avião caiu de 11.000 metros de altura. O que você esperavam? Corpos?"   A diretora respondeu ao senador que isso não tem mais "a menor importância", porque a sua intenção, naquele momento, foi a de apresentar informações às famílias das vítimas. Acrescentou que, se a compreensão das suas declarações foi a de que ela não teve sensibilidade para com as pessoas, voltará a pedir desculpas.   "Eu não fumo charuto"   A diretora da Anac lamentou, nesta quinta-feira, 16, os ataques que recebeu desde o início da crise aérea. "Fui exposta à nação como uma mulher insensível", afirmou a diretora, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a crise aérea no Senado.   Denise também afirmou que nenhum especialista em aviação civil havia sido formado e estava preparado para enfrentar a crise aérea que surgiu após o choque do Boeing da Gol com o jato Legacy. Defendendo-se das críticas sobre ter sido fotografada fumando charuto em uma festa com a diretoria da Anac dias depois do acidente, Denise disse que não fuma charuto e que apenas "educadamente" participou de um ritual durante o casamento da filha de um amigo.

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