Opinião|‘Divulgar os esforços ESG sem comprová-los pode trazer danos à reputação das empresas’


Advogada e consultora destaca a importância do compromisso ético dos programas empresariais voltados à diversidade étnico-racial, meio ambiente e ações sociais

Por Ana Bavon
Atualização:

A despeito das especulações sobre o enfraquecimento da agenda, a substituição da sigla, ou ao backlash que assola cada passo do desenvolvimento da agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa), relatórios de materialidade vem sendo desenvolvidos e apresentados com cada vez mais rigor para atender demandas de investidores e demais stakeholders.

No entanto, num sentido mais amplo, os relatórios ESG vão além dos relatórios de Responsabilidade Corporativa e Social. Agora a sociedade quer enxergar por dentro da organização e compreender como o core business impacta o planeta e as pessoas.

A advogada, professora e escritora Ana Bavon destaca a importância da comprovação material das práticas ESG nas organizações Foto: Amanda Rod
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Na medida em que a agenda ESG e os eventos sociais de impacto ganham novos contornos e se tornam cada vez mais complexos, companhias vêm aumentando seus investimentos em ações que integrem sustentabilidade e impacto social a sua estratégia de negócios. Clientes, investidores, parceiros de negócios e a sociedade em geral esperam agora que as empresas relatem os aspectos não financeiros das suas operações de uma forma muito mais formal.

Essa pressão pode ser aproveitada para energizar a agenda de integridade da companhia e provocar um comportamento de maior compromisso por parte da governança, no que se refere aos aspectos éticos e culturais da organização.

Os relatórios de materialidade ESG de uma empresa oferecem mais informações sobre a sua cultura e missão do que um investidor poderia obter através da simples análise das avaliações técnicas e métricas financeiras da empresa. Em essência, esses materiais capacitam os investidores a investir em organizações que respeitam ou apoiam as questões que lhes interessam do ponto de vista ético.

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Já para a sociedade em geral, essas informações carecem de maior transparência, a adequação para uma linguagem de fácil compreensão e assimilação. Uma dedicação a demonstrar esse impacto vai auxiliar a sociedade como um todo na análise reputacional da empresa em que consome seus produtos ou emprega sua força de trabalho.

Desde sempre, a ética tem um papel crucial na agenda ESG, principalmente no que se refere à capacidade da companhia em se blindar da ameaça do greenwashing ou socialwashing (práticas enganosas que procuram dar a impressão de comprometimento com a sustentabilidade ambiental e social), e da falta de transparência na sua tomada de decisão. Escolhas baseadas numa premissa ética tendem a atender os princípios ESG by design.

Os aspectos culturais da organização ganham protagonismo na agenda ESG, pois os elementos que traduzem um ambiente íntegro pertencem a eles. Os valores compartilhados, as regras, os comportamentos e o grau de tolerância e austeridade que compõem a identidade de uma corporação é o que guia suas ações. Portanto, quanto mais inclusiva, equânime e justa for uma companhia, mais seus aspectos culturais se conectam com os princípios ESG.

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Empresas que se atentarem para a forte conexão entre o cumprimento das exigências de materialidade em seus relatórios, e compromisso ético com a necessidade de demonstrar a intimidade de sua cultura, certamente ganham em reputação e marca de valor, impactando diretamente na atração e retenção dos melhores talentos e na conexão com parceiros de reputação igualmente sólida.

Quando mencionamos inovação e vantagem competitiva, fica incontestável o impacto positivo de uma reputação bem gerenciada. A ética é comprovadamente um elemento que sustenta a criatividade e a capacidade humana de gerar valor no ambiente organizacional.

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Por fim, mas não menos importante, a geração de valor no longo prazo se beneficia de empresas culturalmente éticas e transparentes, já que essas culturas são naturalmente mais resilientes e sustentáveis do ponto de vista das velozes mudanças sociais pelas quais nosso planeta atravessa.

Portanto, empresas que apresentem lacunas entre suas divulgações e o seu real desempenho correm o risco de sofrer graves danos à reputação. Dito isso, já não é suficiente afirmar que se preocupam com o desempenho do ESG ou demonstrar via relatórios a materialidade de seus esforços.

As organizações devem agir no sentido de que a interpretação da sociedade sobre a ética e a cultura do negócio sejam verdadeiramente condizentes com os princípios norteadores dos aspectos ESG.

A despeito das especulações sobre o enfraquecimento da agenda, a substituição da sigla, ou ao backlash que assola cada passo do desenvolvimento da agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa), relatórios de materialidade vem sendo desenvolvidos e apresentados com cada vez mais rigor para atender demandas de investidores e demais stakeholders.

No entanto, num sentido mais amplo, os relatórios ESG vão além dos relatórios de Responsabilidade Corporativa e Social. Agora a sociedade quer enxergar por dentro da organização e compreender como o core business impacta o planeta e as pessoas.

A advogada, professora e escritora Ana Bavon destaca a importância da comprovação material das práticas ESG nas organizações Foto: Amanda Rod

Na medida em que a agenda ESG e os eventos sociais de impacto ganham novos contornos e se tornam cada vez mais complexos, companhias vêm aumentando seus investimentos em ações que integrem sustentabilidade e impacto social a sua estratégia de negócios. Clientes, investidores, parceiros de negócios e a sociedade em geral esperam agora que as empresas relatem os aspectos não financeiros das suas operações de uma forma muito mais formal.

Essa pressão pode ser aproveitada para energizar a agenda de integridade da companhia e provocar um comportamento de maior compromisso por parte da governança, no que se refere aos aspectos éticos e culturais da organização.

Os relatórios de materialidade ESG de uma empresa oferecem mais informações sobre a sua cultura e missão do que um investidor poderia obter através da simples análise das avaliações técnicas e métricas financeiras da empresa. Em essência, esses materiais capacitam os investidores a investir em organizações que respeitam ou apoiam as questões que lhes interessam do ponto de vista ético.

Já para a sociedade em geral, essas informações carecem de maior transparência, a adequação para uma linguagem de fácil compreensão e assimilação. Uma dedicação a demonstrar esse impacto vai auxiliar a sociedade como um todo na análise reputacional da empresa em que consome seus produtos ou emprega sua força de trabalho.

Desde sempre, a ética tem um papel crucial na agenda ESG, principalmente no que se refere à capacidade da companhia em se blindar da ameaça do greenwashing ou socialwashing (práticas enganosas que procuram dar a impressão de comprometimento com a sustentabilidade ambiental e social), e da falta de transparência na sua tomada de decisão. Escolhas baseadas numa premissa ética tendem a atender os princípios ESG by design.

Os aspectos culturais da organização ganham protagonismo na agenda ESG, pois os elementos que traduzem um ambiente íntegro pertencem a eles. Os valores compartilhados, as regras, os comportamentos e o grau de tolerância e austeridade que compõem a identidade de uma corporação é o que guia suas ações. Portanto, quanto mais inclusiva, equânime e justa for uma companhia, mais seus aspectos culturais se conectam com os princípios ESG.

Empresas que se atentarem para a forte conexão entre o cumprimento das exigências de materialidade em seus relatórios, e compromisso ético com a necessidade de demonstrar a intimidade de sua cultura, certamente ganham em reputação e marca de valor, impactando diretamente na atração e retenção dos melhores talentos e na conexão com parceiros de reputação igualmente sólida.

Quando mencionamos inovação e vantagem competitiva, fica incontestável o impacto positivo de uma reputação bem gerenciada. A ética é comprovadamente um elemento que sustenta a criatividade e a capacidade humana de gerar valor no ambiente organizacional.

Por fim, mas não menos importante, a geração de valor no longo prazo se beneficia de empresas culturalmente éticas e transparentes, já que essas culturas são naturalmente mais resilientes e sustentáveis do ponto de vista das velozes mudanças sociais pelas quais nosso planeta atravessa.

Portanto, empresas que apresentem lacunas entre suas divulgações e o seu real desempenho correm o risco de sofrer graves danos à reputação. Dito isso, já não é suficiente afirmar que se preocupam com o desempenho do ESG ou demonstrar via relatórios a materialidade de seus esforços.

As organizações devem agir no sentido de que a interpretação da sociedade sobre a ética e a cultura do negócio sejam verdadeiramente condizentes com os princípios norteadores dos aspectos ESG.

A despeito das especulações sobre o enfraquecimento da agenda, a substituição da sigla, ou ao backlash que assola cada passo do desenvolvimento da agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa), relatórios de materialidade vem sendo desenvolvidos e apresentados com cada vez mais rigor para atender demandas de investidores e demais stakeholders.

No entanto, num sentido mais amplo, os relatórios ESG vão além dos relatórios de Responsabilidade Corporativa e Social. Agora a sociedade quer enxergar por dentro da organização e compreender como o core business impacta o planeta e as pessoas.

A advogada, professora e escritora Ana Bavon destaca a importância da comprovação material das práticas ESG nas organizações Foto: Amanda Rod

Na medida em que a agenda ESG e os eventos sociais de impacto ganham novos contornos e se tornam cada vez mais complexos, companhias vêm aumentando seus investimentos em ações que integrem sustentabilidade e impacto social a sua estratégia de negócios. Clientes, investidores, parceiros de negócios e a sociedade em geral esperam agora que as empresas relatem os aspectos não financeiros das suas operações de uma forma muito mais formal.

Essa pressão pode ser aproveitada para energizar a agenda de integridade da companhia e provocar um comportamento de maior compromisso por parte da governança, no que se refere aos aspectos éticos e culturais da organização.

Os relatórios de materialidade ESG de uma empresa oferecem mais informações sobre a sua cultura e missão do que um investidor poderia obter através da simples análise das avaliações técnicas e métricas financeiras da empresa. Em essência, esses materiais capacitam os investidores a investir em organizações que respeitam ou apoiam as questões que lhes interessam do ponto de vista ético.

Já para a sociedade em geral, essas informações carecem de maior transparência, a adequação para uma linguagem de fácil compreensão e assimilação. Uma dedicação a demonstrar esse impacto vai auxiliar a sociedade como um todo na análise reputacional da empresa em que consome seus produtos ou emprega sua força de trabalho.

Desde sempre, a ética tem um papel crucial na agenda ESG, principalmente no que se refere à capacidade da companhia em se blindar da ameaça do greenwashing ou socialwashing (práticas enganosas que procuram dar a impressão de comprometimento com a sustentabilidade ambiental e social), e da falta de transparência na sua tomada de decisão. Escolhas baseadas numa premissa ética tendem a atender os princípios ESG by design.

Os aspectos culturais da organização ganham protagonismo na agenda ESG, pois os elementos que traduzem um ambiente íntegro pertencem a eles. Os valores compartilhados, as regras, os comportamentos e o grau de tolerância e austeridade que compõem a identidade de uma corporação é o que guia suas ações. Portanto, quanto mais inclusiva, equânime e justa for uma companhia, mais seus aspectos culturais se conectam com os princípios ESG.

Empresas que se atentarem para a forte conexão entre o cumprimento das exigências de materialidade em seus relatórios, e compromisso ético com a necessidade de demonstrar a intimidade de sua cultura, certamente ganham em reputação e marca de valor, impactando diretamente na atração e retenção dos melhores talentos e na conexão com parceiros de reputação igualmente sólida.

Quando mencionamos inovação e vantagem competitiva, fica incontestável o impacto positivo de uma reputação bem gerenciada. A ética é comprovadamente um elemento que sustenta a criatividade e a capacidade humana de gerar valor no ambiente organizacional.

Por fim, mas não menos importante, a geração de valor no longo prazo se beneficia de empresas culturalmente éticas e transparentes, já que essas culturas são naturalmente mais resilientes e sustentáveis do ponto de vista das velozes mudanças sociais pelas quais nosso planeta atravessa.

Portanto, empresas que apresentem lacunas entre suas divulgações e o seu real desempenho correm o risco de sofrer graves danos à reputação. Dito isso, já não é suficiente afirmar que se preocupam com o desempenho do ESG ou demonstrar via relatórios a materialidade de seus esforços.

As organizações devem agir no sentido de que a interpretação da sociedade sobre a ética e a cultura do negócio sejam verdadeiramente condizentes com os princípios norteadores dos aspectos ESG.

A despeito das especulações sobre o enfraquecimento da agenda, a substituição da sigla, ou ao backlash que assola cada passo do desenvolvimento da agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa), relatórios de materialidade vem sendo desenvolvidos e apresentados com cada vez mais rigor para atender demandas de investidores e demais stakeholders.

No entanto, num sentido mais amplo, os relatórios ESG vão além dos relatórios de Responsabilidade Corporativa e Social. Agora a sociedade quer enxergar por dentro da organização e compreender como o core business impacta o planeta e as pessoas.

A advogada, professora e escritora Ana Bavon destaca a importância da comprovação material das práticas ESG nas organizações Foto: Amanda Rod

Na medida em que a agenda ESG e os eventos sociais de impacto ganham novos contornos e se tornam cada vez mais complexos, companhias vêm aumentando seus investimentos em ações que integrem sustentabilidade e impacto social a sua estratégia de negócios. Clientes, investidores, parceiros de negócios e a sociedade em geral esperam agora que as empresas relatem os aspectos não financeiros das suas operações de uma forma muito mais formal.

Essa pressão pode ser aproveitada para energizar a agenda de integridade da companhia e provocar um comportamento de maior compromisso por parte da governança, no que se refere aos aspectos éticos e culturais da organização.

Os relatórios de materialidade ESG de uma empresa oferecem mais informações sobre a sua cultura e missão do que um investidor poderia obter através da simples análise das avaliações técnicas e métricas financeiras da empresa. Em essência, esses materiais capacitam os investidores a investir em organizações que respeitam ou apoiam as questões que lhes interessam do ponto de vista ético.

Já para a sociedade em geral, essas informações carecem de maior transparência, a adequação para uma linguagem de fácil compreensão e assimilação. Uma dedicação a demonstrar esse impacto vai auxiliar a sociedade como um todo na análise reputacional da empresa em que consome seus produtos ou emprega sua força de trabalho.

Desde sempre, a ética tem um papel crucial na agenda ESG, principalmente no que se refere à capacidade da companhia em se blindar da ameaça do greenwashing ou socialwashing (práticas enganosas que procuram dar a impressão de comprometimento com a sustentabilidade ambiental e social), e da falta de transparência na sua tomada de decisão. Escolhas baseadas numa premissa ética tendem a atender os princípios ESG by design.

Os aspectos culturais da organização ganham protagonismo na agenda ESG, pois os elementos que traduzem um ambiente íntegro pertencem a eles. Os valores compartilhados, as regras, os comportamentos e o grau de tolerância e austeridade que compõem a identidade de uma corporação é o que guia suas ações. Portanto, quanto mais inclusiva, equânime e justa for uma companhia, mais seus aspectos culturais se conectam com os princípios ESG.

Empresas que se atentarem para a forte conexão entre o cumprimento das exigências de materialidade em seus relatórios, e compromisso ético com a necessidade de demonstrar a intimidade de sua cultura, certamente ganham em reputação e marca de valor, impactando diretamente na atração e retenção dos melhores talentos e na conexão com parceiros de reputação igualmente sólida.

Quando mencionamos inovação e vantagem competitiva, fica incontestável o impacto positivo de uma reputação bem gerenciada. A ética é comprovadamente um elemento que sustenta a criatividade e a capacidade humana de gerar valor no ambiente organizacional.

Por fim, mas não menos importante, a geração de valor no longo prazo se beneficia de empresas culturalmente éticas e transparentes, já que essas culturas são naturalmente mais resilientes e sustentáveis do ponto de vista das velozes mudanças sociais pelas quais nosso planeta atravessa.

Portanto, empresas que apresentem lacunas entre suas divulgações e o seu real desempenho correm o risco de sofrer graves danos à reputação. Dito isso, já não é suficiente afirmar que se preocupam com o desempenho do ESG ou demonstrar via relatórios a materialidade de seus esforços.

As organizações devem agir no sentido de que a interpretação da sociedade sobre a ética e a cultura do negócio sejam verdadeiramente condizentes com os princípios norteadores dos aspectos ESG.

Opinião por Ana Bavon

Advogada, fundadora e CEO da B4People

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