Dólar sobe 0,52% após BC defender piso de 2 reais


Por DANIELLE FONSECA

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, interrompendo uma trajetória de quatro sessões seguidas de queda, depois que o Banco Central voltou a intervir no mercado por meio de um leilão de swap cambial reverso. Com a atuação, o BC mostrou mais uma vez que deseja manter a moeda acima de 2 reais. A moeda norte-americana teve valorização de 0,52 por cento, para 2,0270 reais na venda. Durante o dia, a divisa oscilou entre 2,0146 reais, logo na abertura do pregão, e 2,0295 reais, próximo ao fechamento. A autoridade monetária vendeu pela manhã 27.500 contratos da oferta total de até 36 mil contratos de swap reverso, operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. Na véspera, o BC havia feito uma pesquisa no mercado para verificar a demanda pelos swaps. "O swap sustentou a alta do dólar. Essa intervenção do governo reforça a percepção de que ele está interessado em manter a moeda nessa banda entre 2 reais e 2,10 reais", disse o consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi Mauricio Nakahodo. "O BC pode continuar fazendo leilões, ele não vai deixar a moeda chegar 2 reais, antes disso ele já atua. Ele sinalizou que está atento e bem ativo", acrescentou ele. Autoridades do governo brasileiro têm defendido um real mais desvalorizado para aumentar a competitividade da indústria brasileira no exterior e as últimas intervenções do BC fizeram o mercado acreditar na existência de uma banda informal para o dólar, com piso de 2 reais e teto de 2,10 reais. A última vez em que o BC realizou um leilão de swap reverso foi no dia 21 de agosto, quando a divisa era negociada em torno de 2,01 reais. Na ocasião, o BC anunciou o leilão pouco depois de realizar uma pesquisa de demanda. No exterior, o dólar tinha queda ante outras divisas, mas reduziu suas perdas no final do pregão, o que também deu fôlego para que a moeda subisse mais frente ao real perto do fechamento. Às 17h11, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,16 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro tinha alta de 0,30 por cento frente ao dólar. A expectativa por ações de estímulo monetário por parte do Federal Reserve, banco central norte-americano, tem pesado nas cotações do dólar nos mercados mundiais. Muitos investidores esperam que o Fed anuncie na quinta-feira, ao final de sua reunião de política monetária, uma terceira rodada de compra de títulos, operação chamada de "quantitative easing". A operação injetaria liquidez nos mercados financeiros e traria mais pressão ao dólar frente ao real, uma vez que parte desses fluxos tende a se dirigir para mercados emergentes como o Brasil. "Deve ocorrer uma pressão de baixa no dólar no caso de um Q3, mas acredito que o impacto deve ser menor do que nas rodadas anteriores e o governo deve conseguir manter o câmbio nesse patamar (acima de 2 reais)", avaliou Nakahodo. (Reportagem de Danielle Fonseca)

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, interrompendo uma trajetória de quatro sessões seguidas de queda, depois que o Banco Central voltou a intervir no mercado por meio de um leilão de swap cambial reverso. Com a atuação, o BC mostrou mais uma vez que deseja manter a moeda acima de 2 reais. A moeda norte-americana teve valorização de 0,52 por cento, para 2,0270 reais na venda. Durante o dia, a divisa oscilou entre 2,0146 reais, logo na abertura do pregão, e 2,0295 reais, próximo ao fechamento. A autoridade monetária vendeu pela manhã 27.500 contratos da oferta total de até 36 mil contratos de swap reverso, operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. Na véspera, o BC havia feito uma pesquisa no mercado para verificar a demanda pelos swaps. "O swap sustentou a alta do dólar. Essa intervenção do governo reforça a percepção de que ele está interessado em manter a moeda nessa banda entre 2 reais e 2,10 reais", disse o consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi Mauricio Nakahodo. "O BC pode continuar fazendo leilões, ele não vai deixar a moeda chegar 2 reais, antes disso ele já atua. Ele sinalizou que está atento e bem ativo", acrescentou ele. Autoridades do governo brasileiro têm defendido um real mais desvalorizado para aumentar a competitividade da indústria brasileira no exterior e as últimas intervenções do BC fizeram o mercado acreditar na existência de uma banda informal para o dólar, com piso de 2 reais e teto de 2,10 reais. A última vez em que o BC realizou um leilão de swap reverso foi no dia 21 de agosto, quando a divisa era negociada em torno de 2,01 reais. Na ocasião, o BC anunciou o leilão pouco depois de realizar uma pesquisa de demanda. No exterior, o dólar tinha queda ante outras divisas, mas reduziu suas perdas no final do pregão, o que também deu fôlego para que a moeda subisse mais frente ao real perto do fechamento. Às 17h11, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,16 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro tinha alta de 0,30 por cento frente ao dólar. A expectativa por ações de estímulo monetário por parte do Federal Reserve, banco central norte-americano, tem pesado nas cotações do dólar nos mercados mundiais. Muitos investidores esperam que o Fed anuncie na quinta-feira, ao final de sua reunião de política monetária, uma terceira rodada de compra de títulos, operação chamada de "quantitative easing". A operação injetaria liquidez nos mercados financeiros e traria mais pressão ao dólar frente ao real, uma vez que parte desses fluxos tende a se dirigir para mercados emergentes como o Brasil. "Deve ocorrer uma pressão de baixa no dólar no caso de um Q3, mas acredito que o impacto deve ser menor do que nas rodadas anteriores e o governo deve conseguir manter o câmbio nesse patamar (acima de 2 reais)", avaliou Nakahodo. (Reportagem de Danielle Fonseca)

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, interrompendo uma trajetória de quatro sessões seguidas de queda, depois que o Banco Central voltou a intervir no mercado por meio de um leilão de swap cambial reverso. Com a atuação, o BC mostrou mais uma vez que deseja manter a moeda acima de 2 reais. A moeda norte-americana teve valorização de 0,52 por cento, para 2,0270 reais na venda. Durante o dia, a divisa oscilou entre 2,0146 reais, logo na abertura do pregão, e 2,0295 reais, próximo ao fechamento. A autoridade monetária vendeu pela manhã 27.500 contratos da oferta total de até 36 mil contratos de swap reverso, operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. Na véspera, o BC havia feito uma pesquisa no mercado para verificar a demanda pelos swaps. "O swap sustentou a alta do dólar. Essa intervenção do governo reforça a percepção de que ele está interessado em manter a moeda nessa banda entre 2 reais e 2,10 reais", disse o consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi Mauricio Nakahodo. "O BC pode continuar fazendo leilões, ele não vai deixar a moeda chegar 2 reais, antes disso ele já atua. Ele sinalizou que está atento e bem ativo", acrescentou ele. Autoridades do governo brasileiro têm defendido um real mais desvalorizado para aumentar a competitividade da indústria brasileira no exterior e as últimas intervenções do BC fizeram o mercado acreditar na existência de uma banda informal para o dólar, com piso de 2 reais e teto de 2,10 reais. A última vez em que o BC realizou um leilão de swap reverso foi no dia 21 de agosto, quando a divisa era negociada em torno de 2,01 reais. Na ocasião, o BC anunciou o leilão pouco depois de realizar uma pesquisa de demanda. No exterior, o dólar tinha queda ante outras divisas, mas reduziu suas perdas no final do pregão, o que também deu fôlego para que a moeda subisse mais frente ao real perto do fechamento. Às 17h11, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,16 por cento ante uma cesta de divisas, enquanto o euro tinha alta de 0,30 por cento frente ao dólar. A expectativa por ações de estímulo monetário por parte do Federal Reserve, banco central norte-americano, tem pesado nas cotações do dólar nos mercados mundiais. Muitos investidores esperam que o Fed anuncie na quinta-feira, ao final de sua reunião de política monetária, uma terceira rodada de compra de títulos, operação chamada de "quantitative easing". A operação injetaria liquidez nos mercados financeiros e traria mais pressão ao dólar frente ao real, uma vez que parte desses fluxos tende a se dirigir para mercados emergentes como o Brasil. "Deve ocorrer uma pressão de baixa no dólar no caso de um Q3, mas acredito que o impacto deve ser menor do que nas rodadas anteriores e o governo deve conseguir manter o câmbio nesse patamar (acima de 2 reais)", avaliou Nakahodo. (Reportagem de Danielle Fonseca)

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