O lutador de vale-tudo Vítor Belfort acredita que o desfecho para o desaparecimento de sua irmã Priscila, há mais de três anos, está próximo. Mas disse que a desempregada Elaine Paiva da Silva - presa esta semana após confessar o seqüestro e o assassinato da jovem junto com uma quadrilha de pelo menos dez pessoas - "está se contradizendo muito". "É uma farsa falar que a minha irmã tinha dívida de drogas. Ela não era viciada e tinha um carro que valia bem mais do que R$ 9 mil", afirmou o lutador. Em entrevista coletiva, Belfort disse que a família espera com apreensão o resultado da quebra do sigilo telefônico de Elaine, que vai indicar se o relato da desempregada é verdadeiro, caso sejam confirmadas as ligações no celular dela para Priscila pouco antes do desaparecimento da vítima. O lutador negou que a família tenha recebido qualquer carta de Priscila após o desaparecimento. Sobre a hipótese levantada pela polícia de que a dívida com drogas poderia ser de um namorado de Priscila, o lutador afirmou que a família forneceu para a Delegacia Anti-Seqüestro do Rio os nomes de todos os ex-namorados da irmã. Belfort disse ter tido pouco contato com Luiz Cláudio Corrêa Fortes, namorado de Priscila na época em que ela desapareceu. Belfort afirmou desconhecer qualquer envolvimento de Fortes com drogas. "Na época em que a Priscila desapareceu, eles tinham acabado de reatar o relacionamento, mas ele não era presente em nossas vidas e nem criou laços com a minha família", resumiu. "Acho que, por trás desta meia-verdade, há uma grande verdade que não veio à tona", declarou Belfort, que não descartou a possibilidade de Elaine ter assumido a culpa para proteger outros autores do crime.
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