Memória, gente e lugares

Dados sobre coronavírus expõem fragilidade da preservação digital


Por Edmundo Leite
Atualização:

A decisão do atual governo brasileiro de restringir o acesso a dados sobre a epidemia do coronavírus, feita por plataformas digitais e pela internet, escancarou um problema que já faz estragos há um tempo e que terá efeitos ainda maiores no futuro: a falta de uma política de preservação digital.

Com a remoção das plataformas com dados anteriores do site do Ministério da Saúde, uma mobilização das secretarias estaduais colocou um novo site em pé para compilar e divulgar os dados reais paralelamente aos dos tratados pelo governo federal. Os jornais também se uniram para compilar e divulgar os dados conjuntamente, de modo que a sociedade tenha fontes confiáveis sobre a doença e a epidemia.

'Painel Coronavírus' foi atualizado apenas com informações sobre os casos de recuperados, novas contaminações e óbitos. Demais dados sobre histórico da doença no País foram omitidas Foto: Reprodução
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Apesar da eficácia em publicar as informações no momento da urgência, nada garante que esses dados estarão disponíveis num futuro próximo ou distante. Assim como o site do Ministério da Saúde que existia de um jeito até uns dias atrás, não há nenhuma garantia que esses outros sites e plataformas existirão daqui a alguns meses, anos, décadas ou séculos, como aconteceram com documentos e publicações físicas, de papel ou outros suportes arquivados e preservados em instituições públicas ou privadas.

Sem políticas públicas e privadas de preservação digital, será mais fácil e confiável verificar dados da gripe espanhola de um mundo pré-analógico de 1918 anotados num antigo livro de registro que os do coronavírus de 2020 de uma era digital.

As tímidas ações em prol da preservação digital ainda estão centradas apenas nos documentos. Publicações, como os sites, não estão contempladas nas incipientes formulações, o que é grave, pois muitas vezes publicação e documento são uma coisa só na era digital.

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Paradoxalmente, em plena era digital, a única garantia de preservação de dados na atualidade estão nos documentos físicos guardados nas bibliotecas e arquivos que garantem acesso a informações passadas mesmo que os autores, editores e provedores das publicações originais tenham sido extintos.

Enquanto isso, se você quiser acessar futuramente algo que está em algum site na internet ou garantir a preservação de documentos ou qualquer outro item digital, como fotos, vídeos, páginas e áudios, grave e arquive com segurança por conta própria. No momento não tem ninguém fazendo isso por você.

Leia também:> 11 de Setembro e amnésia digital

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> Quem arquivará a internet para as futuras gerações?

> "404 Error. File Not Found". O que é isso?

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> Diretrizes do preservador digital

A decisão do atual governo brasileiro de restringir o acesso a dados sobre a epidemia do coronavírus, feita por plataformas digitais e pela internet, escancarou um problema que já faz estragos há um tempo e que terá efeitos ainda maiores no futuro: a falta de uma política de preservação digital.

Com a remoção das plataformas com dados anteriores do site do Ministério da Saúde, uma mobilização das secretarias estaduais colocou um novo site em pé para compilar e divulgar os dados reais paralelamente aos dos tratados pelo governo federal. Os jornais também se uniram para compilar e divulgar os dados conjuntamente, de modo que a sociedade tenha fontes confiáveis sobre a doença e a epidemia.

'Painel Coronavírus' foi atualizado apenas com informações sobre os casos de recuperados, novas contaminações e óbitos. Demais dados sobre histórico da doença no País foram omitidas Foto: Reprodução

Apesar da eficácia em publicar as informações no momento da urgência, nada garante que esses dados estarão disponíveis num futuro próximo ou distante. Assim como o site do Ministério da Saúde que existia de um jeito até uns dias atrás, não há nenhuma garantia que esses outros sites e plataformas existirão daqui a alguns meses, anos, décadas ou séculos, como aconteceram com documentos e publicações físicas, de papel ou outros suportes arquivados e preservados em instituições públicas ou privadas.

Sem políticas públicas e privadas de preservação digital, será mais fácil e confiável verificar dados da gripe espanhola de um mundo pré-analógico de 1918 anotados num antigo livro de registro que os do coronavírus de 2020 de uma era digital.

As tímidas ações em prol da preservação digital ainda estão centradas apenas nos documentos. Publicações, como os sites, não estão contempladas nas incipientes formulações, o que é grave, pois muitas vezes publicação e documento são uma coisa só na era digital.

Paradoxalmente, em plena era digital, a única garantia de preservação de dados na atualidade estão nos documentos físicos guardados nas bibliotecas e arquivos que garantem acesso a informações passadas mesmo que os autores, editores e provedores das publicações originais tenham sido extintos.

Enquanto isso, se você quiser acessar futuramente algo que está em algum site na internet ou garantir a preservação de documentos ou qualquer outro item digital, como fotos, vídeos, páginas e áudios, grave e arquive com segurança por conta própria. No momento não tem ninguém fazendo isso por você.

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Com a remoção das plataformas com dados anteriores do site do Ministério da Saúde, uma mobilização das secretarias estaduais colocou um novo site em pé para compilar e divulgar os dados reais paralelamente aos dos tratados pelo governo federal. Os jornais também se uniram para compilar e divulgar os dados conjuntamente, de modo que a sociedade tenha fontes confiáveis sobre a doença e a epidemia.

'Painel Coronavírus' foi atualizado apenas com informações sobre os casos de recuperados, novas contaminações e óbitos. Demais dados sobre histórico da doença no País foram omitidas Foto: Reprodução

Apesar da eficácia em publicar as informações no momento da urgência, nada garante que esses dados estarão disponíveis num futuro próximo ou distante. Assim como o site do Ministério da Saúde que existia de um jeito até uns dias atrás, não há nenhuma garantia que esses outros sites e plataformas existirão daqui a alguns meses, anos, décadas ou séculos, como aconteceram com documentos e publicações físicas, de papel ou outros suportes arquivados e preservados em instituições públicas ou privadas.

Sem políticas públicas e privadas de preservação digital, será mais fácil e confiável verificar dados da gripe espanhola de um mundo pré-analógico de 1918 anotados num antigo livro de registro que os do coronavírus de 2020 de uma era digital.

As tímidas ações em prol da preservação digital ainda estão centradas apenas nos documentos. Publicações, como os sites, não estão contempladas nas incipientes formulações, o que é grave, pois muitas vezes publicação e documento são uma coisa só na era digital.

Paradoxalmente, em plena era digital, a única garantia de preservação de dados na atualidade estão nos documentos físicos guardados nas bibliotecas e arquivos que garantem acesso a informações passadas mesmo que os autores, editores e provedores das publicações originais tenham sido extintos.

Enquanto isso, se você quiser acessar futuramente algo que está em algum site na internet ou garantir a preservação de documentos ou qualquer outro item digital, como fotos, vídeos, páginas e áudios, grave e arquive com segurança por conta própria. No momento não tem ninguém fazendo isso por você.

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Com a remoção das plataformas com dados anteriores do site do Ministério da Saúde, uma mobilização das secretarias estaduais colocou um novo site em pé para compilar e divulgar os dados reais paralelamente aos dos tratados pelo governo federal. Os jornais também se uniram para compilar e divulgar os dados conjuntamente, de modo que a sociedade tenha fontes confiáveis sobre a doença e a epidemia.

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Sem políticas públicas e privadas de preservação digital, será mais fácil e confiável verificar dados da gripe espanhola de um mundo pré-analógico de 1918 anotados num antigo livro de registro que os do coronavírus de 2020 de uma era digital.

As tímidas ações em prol da preservação digital ainda estão centradas apenas nos documentos. Publicações, como os sites, não estão contempladas nas incipientes formulações, o que é grave, pois muitas vezes publicação e documento são uma coisa só na era digital.

Paradoxalmente, em plena era digital, a única garantia de preservação de dados na atualidade estão nos documentos físicos guardados nas bibliotecas e arquivos que garantem acesso a informações passadas mesmo que os autores, editores e provedores das publicações originais tenham sido extintos.

Enquanto isso, se você quiser acessar futuramente algo que está em algum site na internet ou garantir a preservação de documentos ou qualquer outro item digital, como fotos, vídeos, páginas e áudios, grave e arquive com segurança por conta própria. No momento não tem ninguém fazendo isso por você.

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Com a remoção das plataformas com dados anteriores do site do Ministério da Saúde, uma mobilização das secretarias estaduais colocou um novo site em pé para compilar e divulgar os dados reais paralelamente aos dos tratados pelo governo federal. Os jornais também se uniram para compilar e divulgar os dados conjuntamente, de modo que a sociedade tenha fontes confiáveis sobre a doença e a epidemia.

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As tímidas ações em prol da preservação digital ainda estão centradas apenas nos documentos. Publicações, como os sites, não estão contempladas nas incipientes formulações, o que é grave, pois muitas vezes publicação e documento são uma coisa só na era digital.

Paradoxalmente, em plena era digital, a única garantia de preservação de dados na atualidade estão nos documentos físicos guardados nas bibliotecas e arquivos que garantem acesso a informações passadas mesmo que os autores, editores e provedores das publicações originais tenham sido extintos.

Enquanto isso, se você quiser acessar futuramente algo que está em algum site na internet ou garantir a preservação de documentos ou qualquer outro item digital, como fotos, vídeos, páginas e áudios, grave e arquive com segurança por conta própria. No momento não tem ninguém fazendo isso por você.

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