Em busca do Brasil desconhecido


Livro relata viagem de Daniel Piza e Tiago Queiroz, que refizeram o itinerário de Euclides da Cunha em 1905 pela Amazônia

Por Ubiratan Brasil

COTIDIANO - Retrato da rotina dos moradores amazonenses comprova valor da biodiversidade da região

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Livros de viagem habitualmente oferecem descobertas ao leitor, especialmente quando o autor escreve sobre seus temas não como um acadêmico ou analista, mas como um observador que transmite suas emoções e por meio de uma escrita descritiva. Em Amazônia de Euclides - Viagem de Volta a Um Paraíso Perdido (Leya Brasil, 192 páginas, R$ 39,90), cujo lançamento ocorre hoje, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, Daniel Piza atualiza as sensações despertadas em Euclides da Cunha (1866-1909) quando de sua viagem ao Alto Purus, no Acre, região fronteiriça com o Peru, em 1905.

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Naquele início de século 20, o autor de Os Sertões foi designado para liderar a comitiva mista brasileiro-peruana de reconhecimento da região. E, além de cumprir com os objetivos técnicos da missão (como mapeamento da área), Euclides coletou dados para uma análise histórica e social do extremo oeste da Amazônia, informações que resultaram nos livros Contrastes e Confrontos (1907) e À Margem da História (1909).

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Com esses textos fundamentais à mão e acompanhado do repórter fotográfico Tiago Queiroz, Piza, editor executivo e colunista do Estado, repetiu o trajeto final do itinerário euclidiano entre 4 e 15 de março do ano passado. Percorrendo a região em barcos, Piza e Queiroz repetiram Euclides e travaram um contato mais próximo com a população local. Uma das questões mais recorrentes na obra de Euclides é a relação entre civilização e barbárie - como na época acontecia o auge da economia extrativista da borracha, o escritor observou o trabalho semiescravo a que eram submetidos os seringueiros, além da brutalidade reservada aos índios.

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Em sua viagem, Piza conheceu outra realidade. Não só a borracha deixou há muito de ter importância econômica, como a função não desperta saudade nos ex-seringueiros, hoje mais preocupados com a agricultura. "O que prevalece é a falta de perspectiva de emprego", observa o escritor Milton Hatoum, autor do texto de apresentação do livro e com quem Piza participará hoje de uma conversa, na mesma Livraria da Vila, a partir das 19h30 - também haverá projeção das fotos de Queiroz. "A agricultura de subsistência é apenas isso: uma possibilidade para sobreviver."

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As descrições de Piza encontram eco nas imagens de Tiago Queiroz, retratos do cotidiano de índios e paisagens isoladas, uma região cuja rica biodiversidade continua ainda pouco conhecida. E o espaço mais generoso do livro revela-se como o meio ideal para apresentar esse panorama, uma vez que a viagem figurou no projeto multimídia O Ano de Euclides, organizado pelo Estado em 2009, que incluiu boletins diários na Rádio Eldorado, um blog, matéria publicada no jornal e um ciclo de debates temáticos. Em Amazônia de Euclides, Daniel Piza aprofunda e atualiza a viagem do escritor/cientista viajante que, ao unir ciência e arte, delineou a geografia e a alma do povo amazônico.

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Serviço

Amazônia de Euclides, de Daniel Piza. Debate com Milton Hatoum. Livraria da Vila. Alameda Lorena, 1.731, 3062-1063. 19h30

reference

Veja especial Amazônia de Euclides:

COTIDIANO - Retrato da rotina dos moradores amazonenses comprova valor da biodiversidade da região

Livros de viagem habitualmente oferecem descobertas ao leitor, especialmente quando o autor escreve sobre seus temas não como um acadêmico ou analista, mas como um observador que transmite suas emoções e por meio de uma escrita descritiva. Em Amazônia de Euclides - Viagem de Volta a Um Paraíso Perdido (Leya Brasil, 192 páginas, R$ 39,90), cujo lançamento ocorre hoje, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, Daniel Piza atualiza as sensações despertadas em Euclides da Cunha (1866-1909) quando de sua viagem ao Alto Purus, no Acre, região fronteiriça com o Peru, em 1905.

Naquele início de século 20, o autor de Os Sertões foi designado para liderar a comitiva mista brasileiro-peruana de reconhecimento da região. E, além de cumprir com os objetivos técnicos da missão (como mapeamento da área), Euclides coletou dados para uma análise histórica e social do extremo oeste da Amazônia, informações que resultaram nos livros Contrastes e Confrontos (1907) e À Margem da História (1909).

Com esses textos fundamentais à mão e acompanhado do repórter fotográfico Tiago Queiroz, Piza, editor executivo e colunista do Estado, repetiu o trajeto final do itinerário euclidiano entre 4 e 15 de março do ano passado. Percorrendo a região em barcos, Piza e Queiroz repetiram Euclides e travaram um contato mais próximo com a população local. Uma das questões mais recorrentes na obra de Euclides é a relação entre civilização e barbárie - como na época acontecia o auge da economia extrativista da borracha, o escritor observou o trabalho semiescravo a que eram submetidos os seringueiros, além da brutalidade reservada aos índios.

Em sua viagem, Piza conheceu outra realidade. Não só a borracha deixou há muito de ter importância econômica, como a função não desperta saudade nos ex-seringueiros, hoje mais preocupados com a agricultura. "O que prevalece é a falta de perspectiva de emprego", observa o escritor Milton Hatoum, autor do texto de apresentação do livro e com quem Piza participará hoje de uma conversa, na mesma Livraria da Vila, a partir das 19h30 - também haverá projeção das fotos de Queiroz. "A agricultura de subsistência é apenas isso: uma possibilidade para sobreviver."

As descrições de Piza encontram eco nas imagens de Tiago Queiroz, retratos do cotidiano de índios e paisagens isoladas, uma região cuja rica biodiversidade continua ainda pouco conhecida. E o espaço mais generoso do livro revela-se como o meio ideal para apresentar esse panorama, uma vez que a viagem figurou no projeto multimídia O Ano de Euclides, organizado pelo Estado em 2009, que incluiu boletins diários na Rádio Eldorado, um blog, matéria publicada no jornal e um ciclo de debates temáticos. Em Amazônia de Euclides, Daniel Piza aprofunda e atualiza a viagem do escritor/cientista viajante que, ao unir ciência e arte, delineou a geografia e a alma do povo amazônico.

Serviço

Amazônia de Euclides, de Daniel Piza. Debate com Milton Hatoum. Livraria da Vila. Alameda Lorena, 1.731, 3062-1063. 19h30

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Livros de viagem habitualmente oferecem descobertas ao leitor, especialmente quando o autor escreve sobre seus temas não como um acadêmico ou analista, mas como um observador que transmite suas emoções e por meio de uma escrita descritiva. Em Amazônia de Euclides - Viagem de Volta a Um Paraíso Perdido (Leya Brasil, 192 páginas, R$ 39,90), cujo lançamento ocorre hoje, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, Daniel Piza atualiza as sensações despertadas em Euclides da Cunha (1866-1909) quando de sua viagem ao Alto Purus, no Acre, região fronteiriça com o Peru, em 1905.

Naquele início de século 20, o autor de Os Sertões foi designado para liderar a comitiva mista brasileiro-peruana de reconhecimento da região. E, além de cumprir com os objetivos técnicos da missão (como mapeamento da área), Euclides coletou dados para uma análise histórica e social do extremo oeste da Amazônia, informações que resultaram nos livros Contrastes e Confrontos (1907) e À Margem da História (1909).

Com esses textos fundamentais à mão e acompanhado do repórter fotográfico Tiago Queiroz, Piza, editor executivo e colunista do Estado, repetiu o trajeto final do itinerário euclidiano entre 4 e 15 de março do ano passado. Percorrendo a região em barcos, Piza e Queiroz repetiram Euclides e travaram um contato mais próximo com a população local. Uma das questões mais recorrentes na obra de Euclides é a relação entre civilização e barbárie - como na época acontecia o auge da economia extrativista da borracha, o escritor observou o trabalho semiescravo a que eram submetidos os seringueiros, além da brutalidade reservada aos índios.

Em sua viagem, Piza conheceu outra realidade. Não só a borracha deixou há muito de ter importância econômica, como a função não desperta saudade nos ex-seringueiros, hoje mais preocupados com a agricultura. "O que prevalece é a falta de perspectiva de emprego", observa o escritor Milton Hatoum, autor do texto de apresentação do livro e com quem Piza participará hoje de uma conversa, na mesma Livraria da Vila, a partir das 19h30 - também haverá projeção das fotos de Queiroz. "A agricultura de subsistência é apenas isso: uma possibilidade para sobreviver."

As descrições de Piza encontram eco nas imagens de Tiago Queiroz, retratos do cotidiano de índios e paisagens isoladas, uma região cuja rica biodiversidade continua ainda pouco conhecida. E o espaço mais generoso do livro revela-se como o meio ideal para apresentar esse panorama, uma vez que a viagem figurou no projeto multimídia O Ano de Euclides, organizado pelo Estado em 2009, que incluiu boletins diários na Rádio Eldorado, um blog, matéria publicada no jornal e um ciclo de debates temáticos. Em Amazônia de Euclides, Daniel Piza aprofunda e atualiza a viagem do escritor/cientista viajante que, ao unir ciência e arte, delineou a geografia e a alma do povo amazônico.

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Amazônia de Euclides, de Daniel Piza. Debate com Milton Hatoum. Livraria da Vila. Alameda Lorena, 1.731, 3062-1063. 19h30

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Livros de viagem habitualmente oferecem descobertas ao leitor, especialmente quando o autor escreve sobre seus temas não como um acadêmico ou analista, mas como um observador que transmite suas emoções e por meio de uma escrita descritiva. Em Amazônia de Euclides - Viagem de Volta a Um Paraíso Perdido (Leya Brasil, 192 páginas, R$ 39,90), cujo lançamento ocorre hoje, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, Daniel Piza atualiza as sensações despertadas em Euclides da Cunha (1866-1909) quando de sua viagem ao Alto Purus, no Acre, região fronteiriça com o Peru, em 1905.

Naquele início de século 20, o autor de Os Sertões foi designado para liderar a comitiva mista brasileiro-peruana de reconhecimento da região. E, além de cumprir com os objetivos técnicos da missão (como mapeamento da área), Euclides coletou dados para uma análise histórica e social do extremo oeste da Amazônia, informações que resultaram nos livros Contrastes e Confrontos (1907) e À Margem da História (1909).

Com esses textos fundamentais à mão e acompanhado do repórter fotográfico Tiago Queiroz, Piza, editor executivo e colunista do Estado, repetiu o trajeto final do itinerário euclidiano entre 4 e 15 de março do ano passado. Percorrendo a região em barcos, Piza e Queiroz repetiram Euclides e travaram um contato mais próximo com a população local. Uma das questões mais recorrentes na obra de Euclides é a relação entre civilização e barbárie - como na época acontecia o auge da economia extrativista da borracha, o escritor observou o trabalho semiescravo a que eram submetidos os seringueiros, além da brutalidade reservada aos índios.

Em sua viagem, Piza conheceu outra realidade. Não só a borracha deixou há muito de ter importância econômica, como a função não desperta saudade nos ex-seringueiros, hoje mais preocupados com a agricultura. "O que prevalece é a falta de perspectiva de emprego", observa o escritor Milton Hatoum, autor do texto de apresentação do livro e com quem Piza participará hoje de uma conversa, na mesma Livraria da Vila, a partir das 19h30 - também haverá projeção das fotos de Queiroz. "A agricultura de subsistência é apenas isso: uma possibilidade para sobreviver."

As descrições de Piza encontram eco nas imagens de Tiago Queiroz, retratos do cotidiano de índios e paisagens isoladas, uma região cuja rica biodiversidade continua ainda pouco conhecida. E o espaço mais generoso do livro revela-se como o meio ideal para apresentar esse panorama, uma vez que a viagem figurou no projeto multimídia O Ano de Euclides, organizado pelo Estado em 2009, que incluiu boletins diários na Rádio Eldorado, um blog, matéria publicada no jornal e um ciclo de debates temáticos. Em Amazônia de Euclides, Daniel Piza aprofunda e atualiza a viagem do escritor/cientista viajante que, ao unir ciência e arte, delineou a geografia e a alma do povo amazônico.

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Amazônia de Euclides, de Daniel Piza. Debate com Milton Hatoum. Livraria da Vila. Alameda Lorena, 1.731, 3062-1063. 19h30

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