Leonencio Nossa, repórter especial do Estado, nasceu no Espírito Santo, vive em Brasília, mas se especializou mesmo em falar do Brasil. Para o capixaba, foi a literatura que abriu os caminhos. Nos livros, desde a infância, foi do Norte ao Sul do país pela imaginação. No jornalismo, foi a campo para contar a história dos brasileiros, como no especial "Sangue Político", vencedor do prêmio Esso de jornalismo em 2014.
Estar presente além das fronteiras do Sudeste foi, para Nossa, um encontro com um país que ele já conhecia. "A literatura já tinha esse papel de atingir o Brasil inteiro e, por meio dela, tive esse acesso. Quando chegava na Amazônia ou no Nordeste, era como se já tivesse estado lá", contou.O jornalista compara sua sensação com a do livro "Lituma nos Andes", do escritor peruano Vargas Llosa. Na história, Lituma vai ao interior do Peru e se sente tão próximo do local que é quase como um nativo.
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Se Nossa se inspirou pela literatura, ele também sabe separá-la do fazer jornalístico. "O bom texto do jornalismo não é florido. Ele é enxuto e objetivo. Você tem que ser muito grande sendo apenas repórter", disse, dando o exemplo da jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich, ganhadora do prêmio Nobel de literatura deste ano.
Quando conquistou o Esso, Nossa revelou conexões entre lideranças políticas e assassinatos em todo o Brasil. Foram 17 meses de apuração e pesquisa, em uma rotina quase paralela à da redação, em todo o país. Ele acreditou na história e não dependeu do suporte inicial do veículo em que trabalhava. Um tipo de iniciativa que pode ser aplicada a qualquer jornalista que tenha uma história para contar. "A grande reportagem nasce na provocação, no chamar atenção e ir atrás daquilo. No fim, não fica o prêmio, mas a história", disse.
Por Vitor Tavares
Leonencio Nossa, repórter especial do Estado, nasceu no Espírito Santo, vive em Brasília, mas se especializou mesmo em falar do Brasil. Para o capixaba, foi a literatura que abriu os caminhos. Nos livros, desde a infância, foi do Norte ao Sul do país pela imaginação. No jornalismo, foi a campo para contar a história dos brasileiros, como no especial "Sangue Político", vencedor do prêmio Esso de jornalismo em 2014.
Estar presente além das fronteiras do Sudeste foi, para Nossa, um encontro com um país que ele já conhecia. "A literatura já tinha esse papel de atingir o Brasil inteiro e, por meio dela, tive esse acesso. Quando chegava na Amazônia ou no Nordeste, era como se já tivesse estado lá", contou.O jornalista compara sua sensação com a do livro "Lituma nos Andes", do escritor peruano Vargas Llosa. Na história, Lituma vai ao interior do Peru e se sente tão próximo do local que é quase como um nativo.
Se Nossa se inspirou pela literatura, ele também sabe separá-la do fazer jornalístico. "O bom texto do jornalismo não é florido. Ele é enxuto e objetivo. Você tem que ser muito grande sendo apenas repórter", disse, dando o exemplo da jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich, ganhadora do prêmio Nobel de literatura deste ano.
Quando conquistou o Esso, Nossa revelou conexões entre lideranças políticas e assassinatos em todo o Brasil. Foram 17 meses de apuração e pesquisa, em uma rotina quase paralela à da redação, em todo o país. Ele acreditou na história e não dependeu do suporte inicial do veículo em que trabalhava. Um tipo de iniciativa que pode ser aplicada a qualquer jornalista que tenha uma história para contar. "A grande reportagem nasce na provocação, no chamar atenção e ir atrás daquilo. No fim, não fica o prêmio, mas a história", disse.
Por Vitor Tavares
Leonencio Nossa, repórter especial do Estado, nasceu no Espírito Santo, vive em Brasília, mas se especializou mesmo em falar do Brasil. Para o capixaba, foi a literatura que abriu os caminhos. Nos livros, desde a infância, foi do Norte ao Sul do país pela imaginação. No jornalismo, foi a campo para contar a história dos brasileiros, como no especial "Sangue Político", vencedor do prêmio Esso de jornalismo em 2014.
Estar presente além das fronteiras do Sudeste foi, para Nossa, um encontro com um país que ele já conhecia. "A literatura já tinha esse papel de atingir o Brasil inteiro e, por meio dela, tive esse acesso. Quando chegava na Amazônia ou no Nordeste, era como se já tivesse estado lá", contou.O jornalista compara sua sensação com a do livro "Lituma nos Andes", do escritor peruano Vargas Llosa. Na história, Lituma vai ao interior do Peru e se sente tão próximo do local que é quase como um nativo.
Se Nossa se inspirou pela literatura, ele também sabe separá-la do fazer jornalístico. "O bom texto do jornalismo não é florido. Ele é enxuto e objetivo. Você tem que ser muito grande sendo apenas repórter", disse, dando o exemplo da jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich, ganhadora do prêmio Nobel de literatura deste ano.
Quando conquistou o Esso, Nossa revelou conexões entre lideranças políticas e assassinatos em todo o Brasil. Foram 17 meses de apuração e pesquisa, em uma rotina quase paralela à da redação, em todo o país. Ele acreditou na história e não dependeu do suporte inicial do veículo em que trabalhava. Um tipo de iniciativa que pode ser aplicada a qualquer jornalista que tenha uma história para contar. "A grande reportagem nasce na provocação, no chamar atenção e ir atrás daquilo. No fim, não fica o prêmio, mas a história", disse.