Em SP, Serra e Dilma protagonizam duelo de números sobre habitação


Ministra propõe meta de 8 milhões de moradias em 15 anos; tucano cita investimento de R$ 1,9 bi no setor em SP

Por Silvia Amorim

Prováveis candidatos à Presidência da República no próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), usaram ontem o palanque em um evento do setor imobiliário na capital paulista para mostrar o poder de fogo de cada um em uma área de forte apelo popular, a habitacional. Numa prévia do que pode ser a campanha de 2010, eles expuseram um cardápio de realizações e promessas.

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A ministra propôs como meta zerar o déficit habitacional de 8 milhões de moradias em 15 anos. "Eu acho 15 anos uma meta factível. Vamos atingir com tranquilidade, porque tenho certeza de que este país vai crescer."Serra prometeu entregar até o fim de sua gestão 100 mil unidades habitacionais e ainda lembrou que foi um dos criadores da estatal paulista Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). "Até há pouco a CDHU talvez fosse a única do Brasil, pelo volume e pela ênfase, a atender a faixa da população de 0 a 3 salários mínimos", disse, na abertura de tradicional feira de imóveis na zona norte da capital.Em 14 minutos de discurso, ele mencionou sete ações de seu governo na habitação e apresentou uma lista de números sobre investimentos e obras. Cerca de R$ 1,9 bilhão de gastos com moradia e urbanização de favelas, 367 mil casas entregues até agora e outras 65 mil em construção foram alguns dos itens citados. "Nunca em São Paulo o poder público esteve tão envolvido com essas comunidades como nos últimos anos", afirmou."ESPETÁCULO"Deixando claro que vai trabalhar o programa Minha Casa, Minha Vida como uma de suas bandeiras de campanha, Dilma até ressuscitou a promessa feita por Lula de comandar o "espetáculo do crescimento", feita ainda no início do governo petista. "Acho que o programa Minha Casa, Minha Vida é uma pré-estreia. Porque vai ser, como o presidente uma vez disse e foi muito ironizado, o espetáculo do crescimento." Serra, sem citar o nome do programa federal, anunciou que fechou parceria com o Ministério das Cidades para a construção de 13 mil moradias no Estado.A aparição conjunta de Serra e Dilma num evento público ocorre dois dias após a divulgação de pesquisa CNI/Ibope. Segundo a sondagem, Serra mantém a liderança na corrida presidencial, apesar de uma queda de 4 pontos em relação ao levantamento anterior, e Dilma aparece tecnicamente empatada com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) no segundo lugar.Embora em lados opostos no campo político, o clima ontem foi amistoso. O governador e a ministra cumprimentaram-se com dois beijos, caminharam pela feira lado a lado e trocaram algumas palavras no percurso.

Prováveis candidatos à Presidência da República no próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), usaram ontem o palanque em um evento do setor imobiliário na capital paulista para mostrar o poder de fogo de cada um em uma área de forte apelo popular, a habitacional. Numa prévia do que pode ser a campanha de 2010, eles expuseram um cardápio de realizações e promessas.

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A ministra propôs como meta zerar o déficit habitacional de 8 milhões de moradias em 15 anos. "Eu acho 15 anos uma meta factível. Vamos atingir com tranquilidade, porque tenho certeza de que este país vai crescer."Serra prometeu entregar até o fim de sua gestão 100 mil unidades habitacionais e ainda lembrou que foi um dos criadores da estatal paulista Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). "Até há pouco a CDHU talvez fosse a única do Brasil, pelo volume e pela ênfase, a atender a faixa da população de 0 a 3 salários mínimos", disse, na abertura de tradicional feira de imóveis na zona norte da capital.Em 14 minutos de discurso, ele mencionou sete ações de seu governo na habitação e apresentou uma lista de números sobre investimentos e obras. Cerca de R$ 1,9 bilhão de gastos com moradia e urbanização de favelas, 367 mil casas entregues até agora e outras 65 mil em construção foram alguns dos itens citados. "Nunca em São Paulo o poder público esteve tão envolvido com essas comunidades como nos últimos anos", afirmou."ESPETÁCULO"Deixando claro que vai trabalhar o programa Minha Casa, Minha Vida como uma de suas bandeiras de campanha, Dilma até ressuscitou a promessa feita por Lula de comandar o "espetáculo do crescimento", feita ainda no início do governo petista. "Acho que o programa Minha Casa, Minha Vida é uma pré-estreia. Porque vai ser, como o presidente uma vez disse e foi muito ironizado, o espetáculo do crescimento." Serra, sem citar o nome do programa federal, anunciou que fechou parceria com o Ministério das Cidades para a construção de 13 mil moradias no Estado.A aparição conjunta de Serra e Dilma num evento público ocorre dois dias após a divulgação de pesquisa CNI/Ibope. Segundo a sondagem, Serra mantém a liderança na corrida presidencial, apesar de uma queda de 4 pontos em relação ao levantamento anterior, e Dilma aparece tecnicamente empatada com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) no segundo lugar.Embora em lados opostos no campo político, o clima ontem foi amistoso. O governador e a ministra cumprimentaram-se com dois beijos, caminharam pela feira lado a lado e trocaram algumas palavras no percurso.

Prováveis candidatos à Presidência da República no próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), usaram ontem o palanque em um evento do setor imobiliário na capital paulista para mostrar o poder de fogo de cada um em uma área de forte apelo popular, a habitacional. Numa prévia do que pode ser a campanha de 2010, eles expuseram um cardápio de realizações e promessas.

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A ministra propôs como meta zerar o déficit habitacional de 8 milhões de moradias em 15 anos. "Eu acho 15 anos uma meta factível. Vamos atingir com tranquilidade, porque tenho certeza de que este país vai crescer."Serra prometeu entregar até o fim de sua gestão 100 mil unidades habitacionais e ainda lembrou que foi um dos criadores da estatal paulista Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). "Até há pouco a CDHU talvez fosse a única do Brasil, pelo volume e pela ênfase, a atender a faixa da população de 0 a 3 salários mínimos", disse, na abertura de tradicional feira de imóveis na zona norte da capital.Em 14 minutos de discurso, ele mencionou sete ações de seu governo na habitação e apresentou uma lista de números sobre investimentos e obras. Cerca de R$ 1,9 bilhão de gastos com moradia e urbanização de favelas, 367 mil casas entregues até agora e outras 65 mil em construção foram alguns dos itens citados. "Nunca em São Paulo o poder público esteve tão envolvido com essas comunidades como nos últimos anos", afirmou."ESPETÁCULO"Deixando claro que vai trabalhar o programa Minha Casa, Minha Vida como uma de suas bandeiras de campanha, Dilma até ressuscitou a promessa feita por Lula de comandar o "espetáculo do crescimento", feita ainda no início do governo petista. "Acho que o programa Minha Casa, Minha Vida é uma pré-estreia. Porque vai ser, como o presidente uma vez disse e foi muito ironizado, o espetáculo do crescimento." Serra, sem citar o nome do programa federal, anunciou que fechou parceria com o Ministério das Cidades para a construção de 13 mil moradias no Estado.A aparição conjunta de Serra e Dilma num evento público ocorre dois dias após a divulgação de pesquisa CNI/Ibope. Segundo a sondagem, Serra mantém a liderança na corrida presidencial, apesar de uma queda de 4 pontos em relação ao levantamento anterior, e Dilma aparece tecnicamente empatada com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) no segundo lugar.Embora em lados opostos no campo político, o clima ontem foi amistoso. O governador e a ministra cumprimentaram-se com dois beijos, caminharam pela feira lado a lado e trocaram algumas palavras no percurso.

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