Apesar de todos os protestos, o destino da Cooperativa Comunitária de Transporte Coletico (CCTC) deverá ser mesmo a extinção, e como consequência outros 102 ônibus deixarão de circular pela cidade. O contrato de emergência firmado entre a CCTC e a Prefeitura, que venceu no último dia 21, não foi renovado sob alegação de que além de ter 80% da frota com mais de 10 anos de uso, a Cooperativa acumulou uma dívida de R$ 1,4 milhão com o sistema. Desde então, os associados vinham tentando encontrar uma forma de se manter trabalhando, enquanto a prefeitura recorreu ao Sistema Paese para garantir o transporte dos 30 mil usuários que diariamente utilizavam as linhas da CCTC. Hoje, o Transurb, sindicato que representa as empresas de ônibus, reafirmou o compromisso de absorver as 12 linhas que eram operadas pela CCTC nas regiões leste, norte e central da cidade. E também da preferência da contratação dos 546 associados da cooperativa. Uma lista com os nomes e endereços dos cooperados será repassada às empresas de ônibus que terão cerca de 10 dias para realizar as contratações. Já a SPTrans, empresa que administra o transporte na cidade de São Paulo, e que é proprietária de 84 dos carros que vinham sendo operados pela CCTC, todos com mais de 10 anos de uso, irá colocar os veículos à disposição da administração pública, que possivelmente irá vendê-los. Os outros 24 carros que compõem a frota própria da cooperativa e tem cerca de oito anos de idade, ficarão parados na garangem da Rua Araguaia, no Canindé, onde hoje ocorreu um princípio de incêndio, mas o fogo, que foi logo controlado, atingiu apenas a carcaça de um veículo. Segundo o presidente da Cooperativa, Ademir Rodrigo Jacinto, a garantia de emprego é o mais importante para os associados, e por isso não deverá haver novos protestos pelo menos por enquanto. ?Vamos aguardar o prazo para o cumprimento do acordo, depois decidimos o que fazer?, disse Jacinto. Já o assessor da presidência da SPTrans, José Unaldo dos Santos disse que a Prefeitura irá solicitar uma auditoria para descobrir quem são os responsáveis pelos prejuízos acumulados pela CCTC. ?Tenho provas de que a administração anterior fez mal uso do dinheiro, e os responsáveis terão que pagar nem que seja com a prisão?, afirmou.
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