O empresário Luiz Antônio de Azeredo Coutinho, de 51 anos, foi executado com pelo menos nove tiros, hoje de madrugada, numa rua do Leblon, um dos bairros mais valorizados do Rio. A polícia acredita que foi um crime encomendado. A família de Coutinho tem envolvimento com o jogo do bicho nos municípios de Niterói e São Gonçalo, no Grande Rio. O empresário estava em seu carro, por volta das 5 horas, quando foi abordado por homens numa moto e em dois carros. Eles fizeram 35 disparos contra o carro de Coutinho, que seguia para casa. Ao ser atingido, ele perdeu o controle do veículo e bateu em dois automóveis que estavam estacionados. Os assassinos fugiram em seguida. A hipótese de assalto foi afastada porque o relógio, pulseiras e anéis de ouro que Coutinho usava não foram roubados. O advogado do empresário, Carlos Huberth, disse que ele era filho de um conhecido banqueiro do jogo do bicho, de apelido Nonô. Os pontos teriam sido herdados por um irmão de Luiz Antônio, Pedro Jorge de Azeredo Coutinho, mas o advogado negou que Coutinho fosse ligado à contravenção. O advogado disse que o cliente era dono de um haras no Rio Grande do Sul, onde já morou, e tinha um escritório que atendia a artistas num shopping do Rio. Ele não havia recebido ameaça, segundo Huberth. Não andava armado nem tinha seguranças. O empresário era casado e tinha três filhos. A mulher dele não teve condições emocionais de prestar depoimento hoje na delegacia, de acordo com o advogado. Moradores contaram que ouviram tiros e rajadas de metralhadoras e ficaram muito assustados. ?Estava dormindo e ouvi duas rajadas e freadas de carro. Não sabia se me jogava no chão ou ficava na cama?, disse uma mulher que vive num condomínio há 30 anos. ?A sensação exata é de estar numa guerra, mesmo estando no Leblon, bairro mais valorizado do Rio.?
COM 88% OFF