A cidade de São Paulo foi dividida em 15 regiões para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá nos dias 3 e 4 de outubro. São cinco grandes zonas (centro, leste, oeste, sul e norte) que foram subdivididas, cada uma, em três áreas. Em uma mesma região, foram colocados bairros distantes. Jardim Ester, na zona leste, Alto de Pinheiros, zona oeste, e Santo Amaro, zona sul, por exemplo, estão agrupados numa mesma subdivisão. Isso prejudicou a vendedora Fabiana Mendes, de 30 anos, moradora do Butantã, zona oeste. Ela fará a prova em Santo Amaro. "Vou ter de acordar mais cedo e me virar com transporte público", afirma. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o critério para distribuir os municípios que participarão do Enem é o mesmo dos anos anteriores - a divisão da cidade por lotes de acordo com o CEP dos candidatos inscritos. A logística da prova é atribuída à empresa que vence a licitação anual para a realização da prova. Neste ano, a Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos (Consultec) é a responsável. O Inep informou que o problema não é generalizado e que analisará caso a caso. A dificuldade para encontrar escolas disponíveis e em áreas próximas pode estar entre os possíveis motivos. Na capital, cerca de 220 escolas estaduais serão usadas. O exame vai ocorrer apesar de algumas estarem repondo, aos fins de semana, aulas perdidas por causa da gripe. A secretaria estadual da Educação informou que o ministro Fernando Haddad pediu pessoalmente ao secretário Paulo Renato Souza que disponibilizasse as escolas para a realização da prova. Paulo Renato, ainda segundo sua assessoria, alertou o ministro sobre a reposição aos sábados e domingos, dias em que será realizado o Enem. Mesmo assim, o secretário teria concordado em disponibilizar quantas escolas o MEC requisitasse. A secretaria informa que até ontem não havia sido avisada de quais ou quantos estabelecimentos estaduais seriam utilizados.