O enviado internacional à Síria, Lakhdar Brahimi, disse, após conversas com o presidente sírio Bashar al-Assad neste sábado, que a escalada do conflito representa uma ameaça global. Ativistas dizem que mais de 27.000 pessoas foram mortas no levante contra Assad, que já dura 18 meses e que começou com pedidos pacíficos para uma reforma, mas se tornou uma insurgência sangrenta que está aprofundando as tensões no Oriente Médio. "Esta crise está se deteriorando e representa um perigo para o povo sírio, para a região e para o mundo inteiro", disse Brahimi a repórteres em Damasco depois de ter falado com Assad por uma hora no palácio presidencial. Esse foi o primeiro encontro entre ambos desde que Brahimi substituiu Kofi Annan como mediador duas semanas atrás, assumindo uma missão que o veterano argelino descreveu como "praticamente impossível". As forças de Assad e os combatentes rebeldes cada vez mais eficazes têm ignorado os apelos para acabar com o conflito, que continua na maioria das principais cidades do país, incluindo Damasco, Aleppo, Homs e Deir al-Zor. A agência de notícias estatal SANA citou Assad dizendo a Brahimi que o sucesso de sua missão dependia de "pressionar os países que financiam e treinam terroristas, e levam armas para a Síria, para parar com essas ações". (Por Marwan Makdesi)