O calor e o tempo seco no interior de São Paulo têm contribuído para a ocorrência de queimadas. Desde sábado, pelo menos quatro grandes incêndios em áreas de preservação e de estudos foram registrados nas regiões de Jundiaí, Piracicaba, São Carlos e Sorocaba.Na madrugada de ontem, o fogo destruiu 100 mil m2 de mata no entorno da Serra do Japi, em Jundiaí (SP). Guardas passaram a madrugada tentando combater as labaredas que destruíram a vegetação em uma área de preservação ambiental.Também ontem, um incêndio atingia uma área de preservação permanente na zona rural de Piracicaba, próximo ao Horto Florestal de Tupi, às margens da Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304). O Corpo de Bombeiros, que foi chamado por volta do meio-dia, informou que pelo menos 20 hectares de mata foram atingidos. Até o final da tarde de ontem, o fogo não havia sido controlado.Durante o final de semana, um outro incêndio atingiu áreas de mata da Floresta Nacional de Ipanema, uma unidade de conservação federal em Iperó, na região de Sorocaba. Essa área, de 6 mil hectares, é administrada pelo Instituto Chico Mendes. As chamas estavam próximas de um sítio histórico, com remanescentes dos fornos construídos por Afonso Sardinha, no final do século 16, numa das primeiras tentativas de fundir o ferro em território brasileiro.O fogo começou no sábado, num canavial no entorno do parque, se espalhou e atingiu a floresta. As chamas foram controladas ontem. A floresta abriga mais de 20 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.Também no sábado, um incêndio destruiu uma área de pastagem da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos. O incêndio começou em uma fazenda ao lado do terreno e se alastrou.Equipes da Defesa Civil, voluntários, técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Cetesb e moradores da Praia de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, passaram o dia de ontem removendo da areia, do mar e de cursos d'água as manchas de óleo provenientes de um caminhão carregado com óleo diesel que tombou na quinta-feira na Rodovia Rio-Santos. O produto escorreu por córregos, atingiu o Rio Canto do Moreira e chegou até o mar. Segundo a prefeitura, peixes e crustáceos morreram. / REGINALDO PUPO