A possibilidade do conflito que começou com Israel e o Hamas ser ampliado para o Líbano aumentou nos últimos dias, após o número 2 da ala política do grupo terrorista, Saleh al-Arouri, ser morto, em Beirute, capital do Líbano.
O grupo terrorista Hezbollah, que apoia o Hamas, iniciou uma série de ataques de foguetes contra Israel. As Forças Armadas israelenses têm revidado cada vez mais. Nesta segunda-feira, uma importante autoridade militar do Hezbollah morreu em um ataque feito pelo país, no sul do Líbano.
Antes deste acontecimento, o Hezbollah, tinha tentado limitar seu envolvimento a uma guerra de palavras, bem como a ataques limitados ao longo da sua fronteira sul com Israel. O grupo agia dessa forma para evitar arrastar o Líbano para outro conflito armado com Israel.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o mais alto diplomata da UE, Josep Borrell, tentam diplomaticamente evitar que o conflito se escale para o Líbano, a Cisjordânia ocupada e as linhas marítimas do Mar Vermelho.
O temor é a entrada do Irã, que patrocina o grupo, no conflito, o que poderia obrigar os Estados Unidos a responder militarmente em nome de Israel. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, o Irã fornece ao Hezbollah "a maior parte de seu financiamento, treinamento, armas e explosivos, bem como ajuda política, diplomática, monetária e organizacional".
Afinal, qual o impacto mundial, caso uma guerra de Israel contra o Hezbollah fosse inevitável? Podemos ter o primeiro conflito de nível mundial deste século? No 'Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais da ESPM e de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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Apresentação: Gustavo Lopes
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi