Bienal das crianças


Por Thaís Caramico

Você gosta de arte? O Estadinho adora e por isso foi até a 29ª Bienal de São Paulo, que acontece no Parque Ibirapuera, para recomendar o que de mais legal pode ser visto por lá. Como a mostra é muito grande (são três andares todinhos preenchidos), fizemos uma seleção que inclui pintura, instalação, vídeo e oficina. Bom passeio! Fotos: Thais Caramico/AE

 

Já no primeiro andar, você entra e dá de cara com o terreiro Longe Daqui, Aqui Mesmo. Não fique tímido e aproveite que, desta vez, você pode não apenas tocar na obra como também entrar e explorar cada parte dela. Os terreiros,  como o pessoal da Bienal apelidou, são espaços para relaxar e se divertir. De Marilá Dardot e Fábio Morais, esse aí parece uma casa em contrução, com portas gigantes que reproduzem capas de livros muito famosos, como um do poeta Augusto de Campos e o tão conhecido O Pequeno Príncipe.

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O Círculo de Animais, do artista chinês Ai Weiwei, é uma obra que representa as figuras do zodíaco. Essas esculturas feitas em bronze foram desenhadas por dois jesuítas para ocuparem o antigo palácio de verão em Pequim. Boa parte delas foi destruída pelos exércitos inglês e francês durante a Guerra do Ópio. Mas, para estarem aqui, foram restauradas e tomam um espaço grande no primeiro andar, perto da rampa de entrada. Depois de ver, é legal brincar em volta delas e ainda escolher que bicho você quer ser. Tem rato, porco, elefante, boi...

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No segundo andar do prédio da Bienal, o artista chinês Cao Fei montou uma pequena vila, a obra RMB City. De um lado, florzinhas coloridas nos vasos. Do outro, várias caixas guardam televisores que exibem uma espécie de joguinho, legal de ver. E na parede, uma colagem feita com impressões sobre papéis e objetos criam uma cena de ficção. Aproveite que tem um banco na "vila", e tome tempo ali, sentadinho, até conseguir interpretar tudo o que vê.

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Imagine uma obra que reúne uma imagem e seu significado em seguida? Até parece um livro infantil, mas não é. Em 1971, uma editora publicou uma série de cartazes qiue tinham como objetivo educar adultos nos métodos de Paulo Freire. Já naquela época, o artista pernambucano Jonathas de Andrade viu esses cartazes, que sua mãe comprou numa banca de revista. Anos depois, ele voltou nesse assunto, mas de uma forma diferente: fotografou novos momentos e associou, com uma palavra apenas, seus desejos. No segundo andar é que está a parede da Educação Para Adultos.

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Também no segundo andar, conheça Ninhos. O carioca Hélio Oiticica foi um artista muito importante na década de 1960. E justamente nessa época, Oiticica acreditava que o lazer e o prazer eram fundamentais para que se pudesse colocar a criatividade em prática. Assim, criou um projeto chamado Crelazer. E como parte dele, começou a produzir o que ficou conhecido como ninho, um trabalho que fazia parte de um conjunto de obras, e que se parece muito com a foto acima (recriada para lembrar o que o artista construía). A ideia de Oiticica era oferecer esse espaço vazio para que o público pudesse aproveitar como bem quisesse. E é isso que se vê na Bienal: uma instalação de madeira, juta e lâmpadas, com colchões espalhados em cabines pequenas para o visitante entrar e ter uma experiência legal.  É como se fosse uma casa de camas no chão.

 

Gostou de ver esses tecidos pendurados como se fossem um emaranhado de cortinas? Posso garantir que atravessar esse labirinto de cores é ainda mais especial. Como a Bienal procurou trazer experiência para o visitante, é possível interagir com várias obras. No segundo andar, Campos de Cor, de Amelia Toledo, é uma delas.

 

E uma escada que não chega a lugar algum? Já imaginou? O brasileiro José Spaniol não só imaginou como foi lá e transformou terra batida em arte. E o bacana é que a obra fica próxima à janela, com vista para o parque cheios de árvores. Alto, já no terceiro andar, o fato de ver algo crescer e não dar em nada leva, automaticamente, o olhar para fora dali. Traz uma sensaçãode liberdade bem boa.

 

E por falar em liberdade, a italiana Tatiana Trouvé trouxe para a Bienal a obra 350 Pontos Rumo Ao Infinito. Parece uma teia de aranha, mas são fios de prumo que sobem do chão ao teto, presos apenas por imãs.

A Bienal é grátis e vai até o dia 12/12. E isso é ótimo, pois quem mora longe pode se programar com calma e quem está pertinho pode visitar mais de uma vez, sem pressa. Além dessas obras acima, tem outras coisas muito legais, como A Origem do Terceiro Mundo, de Henrique Oliveira, que mais parece uma caverna de madeira e grampos, e todas as atividades e oficinas organizadas pelo setor educativo da exposição. Fique de olho no site e acompanhe a programação. E se quiser outras informações, é só ligar: (11) 3883-9090.

Você gosta de arte? O Estadinho adora e por isso foi até a 29ª Bienal de São Paulo, que acontece no Parque Ibirapuera, para recomendar o que de mais legal pode ser visto por lá. Como a mostra é muito grande (são três andares todinhos preenchidos), fizemos uma seleção que inclui pintura, instalação, vídeo e oficina. Bom passeio! Fotos: Thais Caramico/AE

 

Já no primeiro andar, você entra e dá de cara com o terreiro Longe Daqui, Aqui Mesmo. Não fique tímido e aproveite que, desta vez, você pode não apenas tocar na obra como também entrar e explorar cada parte dela. Os terreiros,  como o pessoal da Bienal apelidou, são espaços para relaxar e se divertir. De Marilá Dardot e Fábio Morais, esse aí parece uma casa em contrução, com portas gigantes que reproduzem capas de livros muito famosos, como um do poeta Augusto de Campos e o tão conhecido O Pequeno Príncipe.

 

O Círculo de Animais, do artista chinês Ai Weiwei, é uma obra que representa as figuras do zodíaco. Essas esculturas feitas em bronze foram desenhadas por dois jesuítas para ocuparem o antigo palácio de verão em Pequim. Boa parte delas foi destruída pelos exércitos inglês e francês durante a Guerra do Ópio. Mas, para estarem aqui, foram restauradas e tomam um espaço grande no primeiro andar, perto da rampa de entrada. Depois de ver, é legal brincar em volta delas e ainda escolher que bicho você quer ser. Tem rato, porco, elefante, boi...

 

No segundo andar do prédio da Bienal, o artista chinês Cao Fei montou uma pequena vila, a obra RMB City. De um lado, florzinhas coloridas nos vasos. Do outro, várias caixas guardam televisores que exibem uma espécie de joguinho, legal de ver. E na parede, uma colagem feita com impressões sobre papéis e objetos criam uma cena de ficção. Aproveite que tem um banco na "vila", e tome tempo ali, sentadinho, até conseguir interpretar tudo o que vê.

 

Imagine uma obra que reúne uma imagem e seu significado em seguida? Até parece um livro infantil, mas não é. Em 1971, uma editora publicou uma série de cartazes qiue tinham como objetivo educar adultos nos métodos de Paulo Freire. Já naquela época, o artista pernambucano Jonathas de Andrade viu esses cartazes, que sua mãe comprou numa banca de revista. Anos depois, ele voltou nesse assunto, mas de uma forma diferente: fotografou novos momentos e associou, com uma palavra apenas, seus desejos. No segundo andar é que está a parede da Educação Para Adultos.

 

Também no segundo andar, conheça Ninhos. O carioca Hélio Oiticica foi um artista muito importante na década de 1960. E justamente nessa época, Oiticica acreditava que o lazer e o prazer eram fundamentais para que se pudesse colocar a criatividade em prática. Assim, criou um projeto chamado Crelazer. E como parte dele, começou a produzir o que ficou conhecido como ninho, um trabalho que fazia parte de um conjunto de obras, e que se parece muito com a foto acima (recriada para lembrar o que o artista construía). A ideia de Oiticica era oferecer esse espaço vazio para que o público pudesse aproveitar como bem quisesse. E é isso que se vê na Bienal: uma instalação de madeira, juta e lâmpadas, com colchões espalhados em cabines pequenas para o visitante entrar e ter uma experiência legal.  É como se fosse uma casa de camas no chão.

 

Gostou de ver esses tecidos pendurados como se fossem um emaranhado de cortinas? Posso garantir que atravessar esse labirinto de cores é ainda mais especial. Como a Bienal procurou trazer experiência para o visitante, é possível interagir com várias obras. No segundo andar, Campos de Cor, de Amelia Toledo, é uma delas.

 

E uma escada que não chega a lugar algum? Já imaginou? O brasileiro José Spaniol não só imaginou como foi lá e transformou terra batida em arte. E o bacana é que a obra fica próxima à janela, com vista para o parque cheios de árvores. Alto, já no terceiro andar, o fato de ver algo crescer e não dar em nada leva, automaticamente, o olhar para fora dali. Traz uma sensaçãode liberdade bem boa.

 

E por falar em liberdade, a italiana Tatiana Trouvé trouxe para a Bienal a obra 350 Pontos Rumo Ao Infinito. Parece uma teia de aranha, mas são fios de prumo que sobem do chão ao teto, presos apenas por imãs.

A Bienal é grátis e vai até o dia 12/12. E isso é ótimo, pois quem mora longe pode se programar com calma e quem está pertinho pode visitar mais de uma vez, sem pressa. Além dessas obras acima, tem outras coisas muito legais, como A Origem do Terceiro Mundo, de Henrique Oliveira, que mais parece uma caverna de madeira e grampos, e todas as atividades e oficinas organizadas pelo setor educativo da exposição. Fique de olho no site e acompanhe a programação. E se quiser outras informações, é só ligar: (11) 3883-9090.

Você gosta de arte? O Estadinho adora e por isso foi até a 29ª Bienal de São Paulo, que acontece no Parque Ibirapuera, para recomendar o que de mais legal pode ser visto por lá. Como a mostra é muito grande (são três andares todinhos preenchidos), fizemos uma seleção que inclui pintura, instalação, vídeo e oficina. Bom passeio! Fotos: Thais Caramico/AE

 

Já no primeiro andar, você entra e dá de cara com o terreiro Longe Daqui, Aqui Mesmo. Não fique tímido e aproveite que, desta vez, você pode não apenas tocar na obra como também entrar e explorar cada parte dela. Os terreiros,  como o pessoal da Bienal apelidou, são espaços para relaxar e se divertir. De Marilá Dardot e Fábio Morais, esse aí parece uma casa em contrução, com portas gigantes que reproduzem capas de livros muito famosos, como um do poeta Augusto de Campos e o tão conhecido O Pequeno Príncipe.

 

O Círculo de Animais, do artista chinês Ai Weiwei, é uma obra que representa as figuras do zodíaco. Essas esculturas feitas em bronze foram desenhadas por dois jesuítas para ocuparem o antigo palácio de verão em Pequim. Boa parte delas foi destruída pelos exércitos inglês e francês durante a Guerra do Ópio. Mas, para estarem aqui, foram restauradas e tomam um espaço grande no primeiro andar, perto da rampa de entrada. Depois de ver, é legal brincar em volta delas e ainda escolher que bicho você quer ser. Tem rato, porco, elefante, boi...

 

No segundo andar do prédio da Bienal, o artista chinês Cao Fei montou uma pequena vila, a obra RMB City. De um lado, florzinhas coloridas nos vasos. Do outro, várias caixas guardam televisores que exibem uma espécie de joguinho, legal de ver. E na parede, uma colagem feita com impressões sobre papéis e objetos criam uma cena de ficção. Aproveite que tem um banco na "vila", e tome tempo ali, sentadinho, até conseguir interpretar tudo o que vê.

 

Imagine uma obra que reúne uma imagem e seu significado em seguida? Até parece um livro infantil, mas não é. Em 1971, uma editora publicou uma série de cartazes qiue tinham como objetivo educar adultos nos métodos de Paulo Freire. Já naquela época, o artista pernambucano Jonathas de Andrade viu esses cartazes, que sua mãe comprou numa banca de revista. Anos depois, ele voltou nesse assunto, mas de uma forma diferente: fotografou novos momentos e associou, com uma palavra apenas, seus desejos. No segundo andar é que está a parede da Educação Para Adultos.

 

Também no segundo andar, conheça Ninhos. O carioca Hélio Oiticica foi um artista muito importante na década de 1960. E justamente nessa época, Oiticica acreditava que o lazer e o prazer eram fundamentais para que se pudesse colocar a criatividade em prática. Assim, criou um projeto chamado Crelazer. E como parte dele, começou a produzir o que ficou conhecido como ninho, um trabalho que fazia parte de um conjunto de obras, e que se parece muito com a foto acima (recriada para lembrar o que o artista construía). A ideia de Oiticica era oferecer esse espaço vazio para que o público pudesse aproveitar como bem quisesse. E é isso que se vê na Bienal: uma instalação de madeira, juta e lâmpadas, com colchões espalhados em cabines pequenas para o visitante entrar e ter uma experiência legal.  É como se fosse uma casa de camas no chão.

 

Gostou de ver esses tecidos pendurados como se fossem um emaranhado de cortinas? Posso garantir que atravessar esse labirinto de cores é ainda mais especial. Como a Bienal procurou trazer experiência para o visitante, é possível interagir com várias obras. No segundo andar, Campos de Cor, de Amelia Toledo, é uma delas.

 

E uma escada que não chega a lugar algum? Já imaginou? O brasileiro José Spaniol não só imaginou como foi lá e transformou terra batida em arte. E o bacana é que a obra fica próxima à janela, com vista para o parque cheios de árvores. Alto, já no terceiro andar, o fato de ver algo crescer e não dar em nada leva, automaticamente, o olhar para fora dali. Traz uma sensaçãode liberdade bem boa.

 

E por falar em liberdade, a italiana Tatiana Trouvé trouxe para a Bienal a obra 350 Pontos Rumo Ao Infinito. Parece uma teia de aranha, mas são fios de prumo que sobem do chão ao teto, presos apenas por imãs.

A Bienal é grátis e vai até o dia 12/12. E isso é ótimo, pois quem mora longe pode se programar com calma e quem está pertinho pode visitar mais de uma vez, sem pressa. Além dessas obras acima, tem outras coisas muito legais, como A Origem do Terceiro Mundo, de Henrique Oliveira, que mais parece uma caverna de madeira e grampos, e todas as atividades e oficinas organizadas pelo setor educativo da exposição. Fique de olho no site e acompanhe a programação. E se quiser outras informações, é só ligar: (11) 3883-9090.