EUA reforçam presença em área central de Porto Príncipe


Por NATUZA NERY

As tropas dos Estados Unidos aumentaram sua presença no centro da cidade de Porto Príncipe e andam provocando um mal-estar nas tropas brasileiras. Militares norte-americanos voltaram a aterrissar em helicópteros nesta quinta-feira no Palácio do Governo, símbolo da soberania do país. Pela manhã, dois tanques Hamve fizeram ronda nas ruas que rodeiam o prédio. Abordados pela reportagem, que seguiu o grupo por cerca de 15 minutos de moto, os militares da patrulha negaram atuar na segurança das ruas. Eram aproximadamente 9h30 da manhã quando um helicóptero pousou no interior dos jardins do prédio presidencial. Ali, desembarcaram alguns militares com mochilas e poucos homens sem uniforme. O mesmo já havia ocorrido na véspera. O comandante do Batalhão brasileiro, coronel João Batista Bernardes, disse que conversou com seu homólogo sobre o assunto e ouviu que a aterrissagem era necessária para transportar feridos do hospital universitário, a uma quadra dali. Ele negou qualquer animosidade. "Nós nos entendemos muito bem", garantiu. "O limite (desse bom relacionamento) é se eles começarem a fazer aquilo que, por mandato da ONU, estamos autorizados a fazer (cuidar da segurança local). Quem tem a responsabilidade da segurança somos nós", ponderou. Praticamente toda a sede do Executivo haitiano foi destruída no terremoto. O presidente do país, René Préval, sobreviveu porque não despachava em seu gabinete quando as estruturas de concreto vieram abaixo. O Brasil e os outros 16 países que integram a Minustah, missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), têm mandato para controlar as operações de segurança e não estão dispostos a ceder um milímetro em suas atribuições. Não há nas tropas brasileiras a certeza de que esses limites não serão extrapolados. Há outro problema: o Brasil não gostou nada da cobertura da imprensa internacional sobre as operações recentes no Haiti. Um oficial graduado reclamou à Reuters sob condição de anonimato. Disse que "só os americanos aparecem na imprensa nas atividades de resgate e ajuda às vítimas, como se a Minustah sequer existisse." Também houve preocupação com notícias dando conta do crescimento da violência na capital, algo que o alto comando refuta com veemência. A Minustah tem contingente de cerca de 9.000 pessoas, sendo pouco mais de 7.000 militares. O Brasil lidera a missão, com 1.266 militares. Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou à Reuters que o governo pedirá ao Congresso a aprovação do envio de mais 1.300 militares brasileiros ao país caribenho. 3.500 HOMENS Cerca de cem soldados norte-americanos desembarcaram em Porto Príncipe nas horas que se seguiram ao terremoto. Nove dias após o desastre, aproximadamente 2.000 militares daquele país operam na capital, praticamente o dobro do contingente brasileiro, maior efetivo da missão de paz. "O comandante das tropas americanas me informou hoje que eles chegarão a, no máximo, 3.500 homens aqui", disse o coronel Bernardes. O Pentágono informou que 2.676 militares norte-americanos estão no Haiti até esta quinta-feira, outros 10.445 estão a bordo de navios no litoral e 63 helicópteros ajudavam nas operações. Outros 4.600 militares devem chegar ao Haiti até o fim de semana. Nesta semana, 2.200 fuzileiros navais chegaram ao país em uma unidade expedicionária. Em conversas reservadas, alguns militares já disseram que, aos poucos, os norte-americanos vão extrapolando sua tarefa central: fazer chegar ajuda humanitária aos necessitados e, no máximo, proteger contra saques e tumultos os carregamentos de comida. No entanto, as reuniões do alto comando dos dois países corre em clima de cooperação. O problema maior ocorre no dia a dia das operações, quando os brasileiros identificam limites supostamente ultrapassados. Os EUA já controlam o aeroporto da cidade, a pedido do presidente Préval e, segundo o coronel Bernardes, essa foi uma grande contribuição daquelas tropas. "Se não tivesse a coordenação do aeroporto, a ajuda humanitária não estaria chegando", afirmou. PROTEÇÃO DE HOSPITAL Nas primeiras horas desta quinta, o hospital universitário era guardado por mais de 30 soldados dos EUA. Eles informaram a repórteres que estavam ali para levar feridos a um navio e tratá-los. Dois dias atrás, porém, quase não havia patrulha no centro da capital, onde milhares de desabrigados pedem comida e água. As tropas brasileiras fariam nesta manhã uma distribuição de mantimentos no Palácio do Governo, onde os norte-americanos estavam, mas a operação acabou cancelada. Duas fontes disseram à Reuters que o cancelamento não tem relação com a presença dos EUA no prédio, mas informaram que pretendem fincar uma bandeira brasileira no local durante uma distribuição de comida prevista para a madrugada de sexta-feira. O objetivo é simbólico: marcar posição.

As tropas dos Estados Unidos aumentaram sua presença no centro da cidade de Porto Príncipe e andam provocando um mal-estar nas tropas brasileiras. Militares norte-americanos voltaram a aterrissar em helicópteros nesta quinta-feira no Palácio do Governo, símbolo da soberania do país. Pela manhã, dois tanques Hamve fizeram ronda nas ruas que rodeiam o prédio. Abordados pela reportagem, que seguiu o grupo por cerca de 15 minutos de moto, os militares da patrulha negaram atuar na segurança das ruas. Eram aproximadamente 9h30 da manhã quando um helicóptero pousou no interior dos jardins do prédio presidencial. Ali, desembarcaram alguns militares com mochilas e poucos homens sem uniforme. O mesmo já havia ocorrido na véspera. O comandante do Batalhão brasileiro, coronel João Batista Bernardes, disse que conversou com seu homólogo sobre o assunto e ouviu que a aterrissagem era necessária para transportar feridos do hospital universitário, a uma quadra dali. Ele negou qualquer animosidade. "Nós nos entendemos muito bem", garantiu. "O limite (desse bom relacionamento) é se eles começarem a fazer aquilo que, por mandato da ONU, estamos autorizados a fazer (cuidar da segurança local). Quem tem a responsabilidade da segurança somos nós", ponderou. Praticamente toda a sede do Executivo haitiano foi destruída no terremoto. O presidente do país, René Préval, sobreviveu porque não despachava em seu gabinete quando as estruturas de concreto vieram abaixo. O Brasil e os outros 16 países que integram a Minustah, missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), têm mandato para controlar as operações de segurança e não estão dispostos a ceder um milímetro em suas atribuições. Não há nas tropas brasileiras a certeza de que esses limites não serão extrapolados. Há outro problema: o Brasil não gostou nada da cobertura da imprensa internacional sobre as operações recentes no Haiti. Um oficial graduado reclamou à Reuters sob condição de anonimato. Disse que "só os americanos aparecem na imprensa nas atividades de resgate e ajuda às vítimas, como se a Minustah sequer existisse." Também houve preocupação com notícias dando conta do crescimento da violência na capital, algo que o alto comando refuta com veemência. A Minustah tem contingente de cerca de 9.000 pessoas, sendo pouco mais de 7.000 militares. O Brasil lidera a missão, com 1.266 militares. Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou à Reuters que o governo pedirá ao Congresso a aprovação do envio de mais 1.300 militares brasileiros ao país caribenho. 3.500 HOMENS Cerca de cem soldados norte-americanos desembarcaram em Porto Príncipe nas horas que se seguiram ao terremoto. Nove dias após o desastre, aproximadamente 2.000 militares daquele país operam na capital, praticamente o dobro do contingente brasileiro, maior efetivo da missão de paz. "O comandante das tropas americanas me informou hoje que eles chegarão a, no máximo, 3.500 homens aqui", disse o coronel Bernardes. O Pentágono informou que 2.676 militares norte-americanos estão no Haiti até esta quinta-feira, outros 10.445 estão a bordo de navios no litoral e 63 helicópteros ajudavam nas operações. Outros 4.600 militares devem chegar ao Haiti até o fim de semana. Nesta semana, 2.200 fuzileiros navais chegaram ao país em uma unidade expedicionária. Em conversas reservadas, alguns militares já disseram que, aos poucos, os norte-americanos vão extrapolando sua tarefa central: fazer chegar ajuda humanitária aos necessitados e, no máximo, proteger contra saques e tumultos os carregamentos de comida. No entanto, as reuniões do alto comando dos dois países corre em clima de cooperação. O problema maior ocorre no dia a dia das operações, quando os brasileiros identificam limites supostamente ultrapassados. Os EUA já controlam o aeroporto da cidade, a pedido do presidente Préval e, segundo o coronel Bernardes, essa foi uma grande contribuição daquelas tropas. "Se não tivesse a coordenação do aeroporto, a ajuda humanitária não estaria chegando", afirmou. PROTEÇÃO DE HOSPITAL Nas primeiras horas desta quinta, o hospital universitário era guardado por mais de 30 soldados dos EUA. Eles informaram a repórteres que estavam ali para levar feridos a um navio e tratá-los. Dois dias atrás, porém, quase não havia patrulha no centro da capital, onde milhares de desabrigados pedem comida e água. As tropas brasileiras fariam nesta manhã uma distribuição de mantimentos no Palácio do Governo, onde os norte-americanos estavam, mas a operação acabou cancelada. Duas fontes disseram à Reuters que o cancelamento não tem relação com a presença dos EUA no prédio, mas informaram que pretendem fincar uma bandeira brasileira no local durante uma distribuição de comida prevista para a madrugada de sexta-feira. O objetivo é simbólico: marcar posição.

As tropas dos Estados Unidos aumentaram sua presença no centro da cidade de Porto Príncipe e andam provocando um mal-estar nas tropas brasileiras. Militares norte-americanos voltaram a aterrissar em helicópteros nesta quinta-feira no Palácio do Governo, símbolo da soberania do país. Pela manhã, dois tanques Hamve fizeram ronda nas ruas que rodeiam o prédio. Abordados pela reportagem, que seguiu o grupo por cerca de 15 minutos de moto, os militares da patrulha negaram atuar na segurança das ruas. Eram aproximadamente 9h30 da manhã quando um helicóptero pousou no interior dos jardins do prédio presidencial. Ali, desembarcaram alguns militares com mochilas e poucos homens sem uniforme. O mesmo já havia ocorrido na véspera. O comandante do Batalhão brasileiro, coronel João Batista Bernardes, disse que conversou com seu homólogo sobre o assunto e ouviu que a aterrissagem era necessária para transportar feridos do hospital universitário, a uma quadra dali. Ele negou qualquer animosidade. "Nós nos entendemos muito bem", garantiu. "O limite (desse bom relacionamento) é se eles começarem a fazer aquilo que, por mandato da ONU, estamos autorizados a fazer (cuidar da segurança local). Quem tem a responsabilidade da segurança somos nós", ponderou. Praticamente toda a sede do Executivo haitiano foi destruída no terremoto. O presidente do país, René Préval, sobreviveu porque não despachava em seu gabinete quando as estruturas de concreto vieram abaixo. O Brasil e os outros 16 países que integram a Minustah, missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), têm mandato para controlar as operações de segurança e não estão dispostos a ceder um milímetro em suas atribuições. Não há nas tropas brasileiras a certeza de que esses limites não serão extrapolados. Há outro problema: o Brasil não gostou nada da cobertura da imprensa internacional sobre as operações recentes no Haiti. Um oficial graduado reclamou à Reuters sob condição de anonimato. Disse que "só os americanos aparecem na imprensa nas atividades de resgate e ajuda às vítimas, como se a Minustah sequer existisse." Também houve preocupação com notícias dando conta do crescimento da violência na capital, algo que o alto comando refuta com veemência. A Minustah tem contingente de cerca de 9.000 pessoas, sendo pouco mais de 7.000 militares. O Brasil lidera a missão, com 1.266 militares. Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou à Reuters que o governo pedirá ao Congresso a aprovação do envio de mais 1.300 militares brasileiros ao país caribenho. 3.500 HOMENS Cerca de cem soldados norte-americanos desembarcaram em Porto Príncipe nas horas que se seguiram ao terremoto. Nove dias após o desastre, aproximadamente 2.000 militares daquele país operam na capital, praticamente o dobro do contingente brasileiro, maior efetivo da missão de paz. "O comandante das tropas americanas me informou hoje que eles chegarão a, no máximo, 3.500 homens aqui", disse o coronel Bernardes. O Pentágono informou que 2.676 militares norte-americanos estão no Haiti até esta quinta-feira, outros 10.445 estão a bordo de navios no litoral e 63 helicópteros ajudavam nas operações. Outros 4.600 militares devem chegar ao Haiti até o fim de semana. Nesta semana, 2.200 fuzileiros navais chegaram ao país em uma unidade expedicionária. Em conversas reservadas, alguns militares já disseram que, aos poucos, os norte-americanos vão extrapolando sua tarefa central: fazer chegar ajuda humanitária aos necessitados e, no máximo, proteger contra saques e tumultos os carregamentos de comida. No entanto, as reuniões do alto comando dos dois países corre em clima de cooperação. O problema maior ocorre no dia a dia das operações, quando os brasileiros identificam limites supostamente ultrapassados. Os EUA já controlam o aeroporto da cidade, a pedido do presidente Préval e, segundo o coronel Bernardes, essa foi uma grande contribuição daquelas tropas. "Se não tivesse a coordenação do aeroporto, a ajuda humanitária não estaria chegando", afirmou. PROTEÇÃO DE HOSPITAL Nas primeiras horas desta quinta, o hospital universitário era guardado por mais de 30 soldados dos EUA. Eles informaram a repórteres que estavam ali para levar feridos a um navio e tratá-los. Dois dias atrás, porém, quase não havia patrulha no centro da capital, onde milhares de desabrigados pedem comida e água. As tropas brasileiras fariam nesta manhã uma distribuição de mantimentos no Palácio do Governo, onde os norte-americanos estavam, mas a operação acabou cancelada. Duas fontes disseram à Reuters que o cancelamento não tem relação com a presença dos EUA no prédio, mas informaram que pretendem fincar uma bandeira brasileira no local durante uma distribuição de comida prevista para a madrugada de sexta-feira. O objetivo é simbólico: marcar posição.

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