Faltou legitimidade a eleição zimbabuana, dizem líderes mundiais


Por DOMINIC EVANS

Líderes mundiais condenaram, por considerarem ilegítima, a eleição de candidato único realizada pelo Zimbábue na sexta-feira, e o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, disse que eles tinham o direito de intervir para colocar fim à crise naquele país. Ignorando as pressões internacionais para adiar ou cancelar o pleito, o presidente zimbabuano, Robert Mugabe, manteve seus planos, e isso apesar da saída da disputa do candidato oposicionista, Morgan Tsvangirai, que acusou simpatizantes do dirigente de realizar uma campanha de violência e intimidação. "Nós lamentamos as atitudes da liderança zimbabuana -- a violência sistemática, a obstrução e a intimidação --, atitudes essas que tornaram impossível a realização de um segundo turno da eleição presidencial livre e justo", disseram ministros das Relações Exteriores dos países-membros do Grupo dos Oito (G8) depois de um encontro no Japão. Segundo os EUA, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pode estudar na próxima semana a possibilidade de adotar novas sanções contra o Zimbábue, país cuja economia entrou em colapso. A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, descreveu o pleito de sexta-feira como uma "armação". "Hoje, naquela sala (onde se reuniram os chanceleres do G8), houve um forte sentimento de que o que estava ocorrendo no Zimbábue é algo simplesmente inaceitável no século 21 e isso não pode ser ignorado pela comunidade internacional", disse Rice após o encontro dos membros do G8 em Kyoto. A entidade afirmou que o primeiro turno das eleições presidenciais no Zimbábue, realizado em março e no qual Tsvangirai derrotou Mugabe sem, no entanto, obter a quantidade necessária de votos para evitar um segundo turno, precisava ser respeitado e prometeu não aceitar a legitimidade de um governo que não refletia a vontade de seu povo. Javier Solana, chefe da área de política externa da União Européia (UE), disse que a eleição de sexta-feira era inválida e que a situação cada vez pior do país africano representava uma ameaça à estabilidade regional. "Tenho confiança em que as autoridades africanas (reunidas na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SADC, e na União Africana, UA) vão chegar às conclusões necessárias, e não apenas no interesse do Zimbábue, mas no interesse de toda a África", disse Solana em um comunicado. A principal autoridade da UA afirmou que não haveria uma solução imediata para a crise. "O problema do Zimbábue, estou convencido, será resolvido de uma forma adequada. Mas, por favor, dêem-nos tempo para fazer isso junto de nossos chefes de Estado", afirmou Jean Ping, presidente da Comissão da UA, em um encontro de chanceleres que preparava a cúpula da entidade a ocorrer no Egito, na segunda-feira. (Reportagem de Susan Cornwell, Sophie Hardach e Isabel Reynolds em Kyoto; Daniel Wallis e Cynthia Johnston em Sharm el-Sheikh; Louise Egan em Ottawa)

Líderes mundiais condenaram, por considerarem ilegítima, a eleição de candidato único realizada pelo Zimbábue na sexta-feira, e o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, disse que eles tinham o direito de intervir para colocar fim à crise naquele país. Ignorando as pressões internacionais para adiar ou cancelar o pleito, o presidente zimbabuano, Robert Mugabe, manteve seus planos, e isso apesar da saída da disputa do candidato oposicionista, Morgan Tsvangirai, que acusou simpatizantes do dirigente de realizar uma campanha de violência e intimidação. "Nós lamentamos as atitudes da liderança zimbabuana -- a violência sistemática, a obstrução e a intimidação --, atitudes essas que tornaram impossível a realização de um segundo turno da eleição presidencial livre e justo", disseram ministros das Relações Exteriores dos países-membros do Grupo dos Oito (G8) depois de um encontro no Japão. Segundo os EUA, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pode estudar na próxima semana a possibilidade de adotar novas sanções contra o Zimbábue, país cuja economia entrou em colapso. A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, descreveu o pleito de sexta-feira como uma "armação". "Hoje, naquela sala (onde se reuniram os chanceleres do G8), houve um forte sentimento de que o que estava ocorrendo no Zimbábue é algo simplesmente inaceitável no século 21 e isso não pode ser ignorado pela comunidade internacional", disse Rice após o encontro dos membros do G8 em Kyoto. A entidade afirmou que o primeiro turno das eleições presidenciais no Zimbábue, realizado em março e no qual Tsvangirai derrotou Mugabe sem, no entanto, obter a quantidade necessária de votos para evitar um segundo turno, precisava ser respeitado e prometeu não aceitar a legitimidade de um governo que não refletia a vontade de seu povo. Javier Solana, chefe da área de política externa da União Européia (UE), disse que a eleição de sexta-feira era inválida e que a situação cada vez pior do país africano representava uma ameaça à estabilidade regional. "Tenho confiança em que as autoridades africanas (reunidas na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SADC, e na União Africana, UA) vão chegar às conclusões necessárias, e não apenas no interesse do Zimbábue, mas no interesse de toda a África", disse Solana em um comunicado. A principal autoridade da UA afirmou que não haveria uma solução imediata para a crise. "O problema do Zimbábue, estou convencido, será resolvido de uma forma adequada. Mas, por favor, dêem-nos tempo para fazer isso junto de nossos chefes de Estado", afirmou Jean Ping, presidente da Comissão da UA, em um encontro de chanceleres que preparava a cúpula da entidade a ocorrer no Egito, na segunda-feira. (Reportagem de Susan Cornwell, Sophie Hardach e Isabel Reynolds em Kyoto; Daniel Wallis e Cynthia Johnston em Sharm el-Sheikh; Louise Egan em Ottawa)

Líderes mundiais condenaram, por considerarem ilegítima, a eleição de candidato único realizada pelo Zimbábue na sexta-feira, e o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, disse que eles tinham o direito de intervir para colocar fim à crise naquele país. Ignorando as pressões internacionais para adiar ou cancelar o pleito, o presidente zimbabuano, Robert Mugabe, manteve seus planos, e isso apesar da saída da disputa do candidato oposicionista, Morgan Tsvangirai, que acusou simpatizantes do dirigente de realizar uma campanha de violência e intimidação. "Nós lamentamos as atitudes da liderança zimbabuana -- a violência sistemática, a obstrução e a intimidação --, atitudes essas que tornaram impossível a realização de um segundo turno da eleição presidencial livre e justo", disseram ministros das Relações Exteriores dos países-membros do Grupo dos Oito (G8) depois de um encontro no Japão. Segundo os EUA, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pode estudar na próxima semana a possibilidade de adotar novas sanções contra o Zimbábue, país cuja economia entrou em colapso. A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, descreveu o pleito de sexta-feira como uma "armação". "Hoje, naquela sala (onde se reuniram os chanceleres do G8), houve um forte sentimento de que o que estava ocorrendo no Zimbábue é algo simplesmente inaceitável no século 21 e isso não pode ser ignorado pela comunidade internacional", disse Rice após o encontro dos membros do G8 em Kyoto. A entidade afirmou que o primeiro turno das eleições presidenciais no Zimbábue, realizado em março e no qual Tsvangirai derrotou Mugabe sem, no entanto, obter a quantidade necessária de votos para evitar um segundo turno, precisava ser respeitado e prometeu não aceitar a legitimidade de um governo que não refletia a vontade de seu povo. Javier Solana, chefe da área de política externa da União Européia (UE), disse que a eleição de sexta-feira era inválida e que a situação cada vez pior do país africano representava uma ameaça à estabilidade regional. "Tenho confiança em que as autoridades africanas (reunidas na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, SADC, e na União Africana, UA) vão chegar às conclusões necessárias, e não apenas no interesse do Zimbábue, mas no interesse de toda a África", disse Solana em um comunicado. A principal autoridade da UA afirmou que não haveria uma solução imediata para a crise. "O problema do Zimbábue, estou convencido, será resolvido de uma forma adequada. Mas, por favor, dêem-nos tempo para fazer isso junto de nossos chefes de Estado", afirmou Jean Ping, presidente da Comissão da UA, em um encontro de chanceleres que preparava a cúpula da entidade a ocorrer no Egito, na segunda-feira. (Reportagem de Susan Cornwell, Sophie Hardach e Isabel Reynolds em Kyoto; Daniel Wallis e Cynthia Johnston em Sharm el-Sheikh; Louise Egan em Ottawa)

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