A montadora italiana Fiat vai assinar um acordo para a abertura de uma fábrica na China com o grupo industrial Guangzhou Automóveis, disseram autoridades chinesas, um avanço importante em um mercado que cresce apesar da retração mundial. "Eles tiveram conversas com a Guangzhou e estão prestes a abrir uma fábrica na China", disse Sun Yngfu, diretor-geral de Assuntos Europeus do Ministério do Comércio da China, aos jornalistas, em Roma, neste domingo. O acordo deve ser assinado na manhã de segunda-feira, disse uma autoridade chinesa. A Fiat, que acaba de adquirir 20 por cento das ações da americana Chrysler, buscava há tempos um parceiro na China, onde a venda de automóveis cresce em contraste com a baixa procura na Europa e nos EUA. O executivo-chefe da Fiat, Sergio Marchionne, disse no mês passado que sua empresa estava próxima de um acordo na China com o grupo Guangzhou. "Estamos muito interessados na cooperação no setor automotivo", disse Yngfu por sua vez. Marchionne quer que a Fiat ganhe corpo para enfrentar a crise global da indústria, desencadeada pela demanda decrescente e falta de crédito para os consumidores. Ele tentou um acordo com a Opel, a unidade europeia da General Motors, mas abandonou as conversas e agora diz que, embora ainda interessado, não vai aumentar sua oferta. Outro fabricante de carros chinês, a estatal Beijing Automotive, encaminhou uma proposta para a Opel na sexta-feira, disputando com a fabricante canadense Magna. Neste domingo o diário italiano de negócios Il Sole 24 Ore informou que a aliança entre Fiat e Guangzhou prevê uma fábrica conjunta a ser lançada na China em 2011 para produzir uma nova versão do modelo Linea e mais tarde os modelos Bravo e Grande Punto. Um porta-voz da Fiat disse não poder confirmar esses relatos.