O Ministério da Justiça e Segurança Pública demitiu o diretor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Humberto Gleydson Fontinele Alencar, que estava afastado do cargo desde fevereiro. A portaria de dispensa de Alencar foi assinada nesta quinta-feira, 4, e será oficializada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
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Na terça-feira, 2, o ministério concluiu investigação interna a respeito da eventual responsabilidade de servidores na fuga de Deibson Cabral e Rogério Mendonça. O órgão resolveu mover processos administrativos contra 10 servidores, mas concluiu que não houve corrupção mas “falhas nos procedimentos carcerários de segurança”.
Atualmente, a penitenciária está sob os cuidados de Carlos Luis Vieira Pires, que foi nomeado como uma espécie de “interventor” pelo ministro Ricardo Lewandowski logo que a cúpula do presídio foi afastada.
Nesta quinta-feira, 5, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal recapturaram os foragidos. Cabral e Mendonça foram cercados em uma ponte em Marabá, no Pará. Além deles, quatro comparsas foram presos.
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De acordo com Lewandowski, os detidos formaram um “comboio do crime” para tentar escapar do País. Inicialmente, um dos criminosos ameaçou reagir apontando um fuzil para os policiais, mas desistiu.
Cabral e Mendonça serão levados de volta a Mossoró que, segundo o ministro, passou por uma reestruturação de seus equipamentos de segurança e uma revisão dos protocolos para evitar novas fugas.
A fuga que ocorreu na penitenciária de Mossoró é inédita no sistema penitenciário federal, criado m 2006. Os criminosos ficaram foragidos por 50 dias. A lentidão nas buscas motivaram desgaste para o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para Lewandowski, que havia acabado de assumir a pasta, após o ex-ministro Flávio Dino ir para o Supremo Tribunal Federal.