O fundador da Parmalat, Carlisto Tanzi, foi condenado na quinta-feira a dez anos de prisão por fraude contra o mercado, num processo relativo à falência da empresa italiana, em 2003. Todos os outros réus foram absolvidos. Tanzi, que também era executivo-chefe da empresa, estava entre os oito ex-executivos, inclusive ex-funcionários do Bank of America, que foram julgados em Milão por fraude contra o mercado e obstrução à supervisão. O Bank of America se disse satisfeito com a absolvição de seus funcionários, e disse que o julgamento deixou claro que o banco nunca soube nem teria como saber da verdadeira condição financeira da Parmalat. A falência da empresa foi um dos maiores escândalos financeiros da Europa, e Tanzi foi descrito por um promotor como "a central que acobertava todos os demais" nesse caso. A Parmalat quebrou em 2003 deixando dívidas de 14 bilhões de euros e prejudicando mais de 100 mil pequenos acionistas. Promotores afirmavam que os réus haviam enganado o mercado por mascararem as dificuldades financeiras da Parmalat. Eles haviam solicitado 13 anos de prisão para Tanzi nesse caso, e penas de três anos e meio e seis anos para os outros réus. Outros oito réus haviam sido excluídos do processo graças a um acordo judicial em setembro. O principal processo relativo à falência do grupo começou em março em Parma (norte da Itália), perto da sede da empresa. Reestruturada, a empresa voltou à Bolsa de Milão em 2005, e ainda é a maior empresa alimentícia de capital aberto da Itália. Acordos judiciais já permitiram que o grupo pagasse bancos credores.
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