‘Glamping’: Acampamento de luxo tem Wi-Fi, jacuzzi e até chef particular; veja vídeo


Entre os atrativos estão chef particular, miniloja de conveniências, Wi-Fi e, claro, cozinha e banheiro totalmente equipados

Por João Ker
Atualização:

Acampamento sem perrengue e com o máximo de conforto possível sem abrir mão do contato com a natureza. Essa é a premissa do “glamping”, que une as palavras “glamour” e “camping” para definir um tipo de hospedagem com barracas, trailers, contêineres ou cabanas - e que tem crescido no Brasil nos últimos anos. A modalidade de “acampamento chique” espalhou-se pelo interior e pelo litoral de São Paulo e tem movimentado turistas atraídos pelas belezas naturais da Mata Atlântica em pontos como as Serras da Mantiqueira e da Cantareira, em São Paulo.

O conceito de levar o conforto da vida urbana à hospedagem na natureza não é exatamente novo: aparece em registros desde o século XVI. Mas, o conceito do “glamping” ganhou força mais recentemente, sobretudo no exterior, em 2016, o termo até entrou oficialmente para o dicionário de Oxford, que o define como “um tipo de acampamento que é mais confortável e luxuoso que o acampamento tradicional”.

Assim, a falta de um banheiro dá lugar a jacuzzis ao ar livre, a fogueira é elétrica, o colchão inflável é substituído por uma cama king size e a barraca de lona pode se materializar na forma de uma cabana A-frame (aquelas com estrutura em formato de “A”) ou do domo geodésico, que permite dormir no conforto da sua bolha aquecida enquanto observa o céu por um teto ou parede de vidro.

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É esse, por exemplo, um dos modelos oferecidos pelo Nomad Place, “complexo de luxo” criado em 2020 próximo à Pedra do Baú, na Serra da Mantiqueira, divisa com Minas Gerais. “Aqui, estamos totalmente imersos na natureza. Nosso terreno tem o mínimo de impacto possível no entorno. Não fizemos terraplanagem, não cortamos árvores”, afirma Halmer Marques, um dos sócios na propriedade de cinco hectares com sete acomodações em São Bento do Sapucaí.

A ideia nasceu após Halmer visitar espaços similares na Europa e em outros países da América do Sul, quando os primeiros empreendimentos do tipo começavam a surgir no Sul do Brasil. Com serviço de chef particular, miniloja de conveniências, Wi-Fi, permissão para animais de estimação, cozinha e banheiro totalmente equipados, o espaço já recebeu hóspedes de todas as regiões do Brasil e teve crescimento de 700% nas visitas no ano passado, mesmo com diárias que podem chegar a aproximadamente R$ 1,5 mil.

Em outubro do ano passado, o diretor de arte Matias Tino, de 50 anos, escolheu o local para curtir a lua de mel ao longo de um fim de semana com a mulher. “Minha ideia não era ir para um resort, mas queria algo que fosse só para nós dois mesmo. Estar longe de tudo, mas também ter serviço amplo e outras possibilidades”, diz ele.

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Tino já tinha visitado São Bento do Sapucaí em anos anteriores e até passado alguns carnavais por lá. Mas foi a ideia de desconectar do mundo e conectar-se à natureza que o atraiu para voltar à cidade. Agora, ele tem recomendado a experiência aos amigos e pretende até construir sua própria cabana em um futuro próximo.

“É uma experiência onde você precisa se conectar com a outra pessoa”, diz Tino, que ficou hospedado com a mulher em um dos três domos geodésicos do local, construídos na parte mais alta da propriedade e cujo acesso é feito a bordo de um quadriciclo, perfeito para quem gosta de aventuras (mas nem tanto para quem sente medo de altura).

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Levantamento da Booking, plataforma internacional para agendar hospedagens, apontou que mais da metade dos brasileiros que usam o serviço (56%) buscam uma viagem de férias “desconectadas”, onde possam “fugir da realidade”.

A pesquisa foi feita com mais de 24 mil pessoas espalhadas por 32 países. Entre os brasileiros, outra tendência encontrada para este ano é a preferência por experiências “fora da zona de conforto”,desejo expresso por 79% do público daqui, que pretende “testar seus limites”.

Perto dali e também na parte da Serra da Mantiqueira com acesso por São Bento do Sapucaí, o Cara de Cão oferece sete acomodações diferentes aos pés da Pedra do Baú. Assim como no complexo vizinho, a maioria dos hóspedes é formada por casais jovens, de 25 e 40 anos, muitos deles dispostos a se aventurar pelas trilhas, escaladas e cachoeiras do entorno, mas com privacidade e conforto ao longo da experiência.

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“Antes da pandemia, a gente tinha certa dificuldade de explicar como funcionava o espaço, como não era um serviço de pousada e tal. Isso, às vezes, era uma barreira”, diz Adriana Cardoso, designer de moda que, aos 32 anos, cuida do Cara de Cão com a ajuda do marido, o arquiteto André Gomes.

A estilista Adriana Cardoso, de 32 anos, no Trailer Capivara, reformado por ela e pelo marido para locação; ela diz que '99% dos hóspedes são casais jovens' Foto: TABA BENEDICTO

A primeira acomodação do espaço foi construída pelo pai de Adriana ainda em 1992, quando ela tinha apenas dois anos. Quando ele morreu, em 2017, a jovem se mudou da capital paulista para São Bento do Sapucaí e passou a investir no local, construindo novas cabanas, comprando o trailer que mais tarde batizaria de “Capivara” e reformando o espaço com a ajuda do marido.

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“Com a pandemia, acho que disseminou mais (essa tendência de) as pessoas buscarem refúgios, lugares onde não vão compartilhar os espaços. O mais importante é a privacidade”, afirma Adriana.

É o caso do bancário Alexandre Zizona, de 30 anos, que há quatro se hospeda no local, depois de ter descoberto o espaço pelas redes sociais. Um dos pontos que considerou positivo e decisivo para aderir ao “glamping” é a possibilidade de poder usar um banheiro encanado e ter uma cozinha equipada.

Nomad Place é um glamping em São Bento do Sapucaí, na região da Serra da Mantiqueira Foto: TABA BENEDICTO
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“Essa é uma oportunidade diferente, outra perspectiva de viagem. Você tem um contato maior com a natureza e até precisa passar algumas dificuldades, mas aconselho a todos porque vale muito a pena”, diz, afirmando que apesar da boa experiência também não deixa de cogitar um acampamento “raiz”.

Mais informações:

Nomad Place: https://www.nomadplacebr.com/

Cara de Cão: https://www.instagram.com/caradecaochales/

Confira outras opções de “glamping” no Estado de São Paulo:

  • Ilhabela:

Velinn: https://velinn.com/camping-ilhabela/

Chalés Triunfo: https://www.chalestriunfo.com.br/

Hostel da Vila: https://hosteldavilailhabela.com.br/

  • Araçoiaba da Serra:

Cabana Home: https://www.instagram.com/cabanahome/

  • Mairiporã:

Shelter Cantareira: https://www.instagram.com/shelter.cantareira/

  • Ubatuba:

Bambu Ecolodge: https://www.instagram.com/bananabamboo_ecolodge/

  • Iporanga:

Mangarito: https://mangarito.com/

  • Monteiro Lobato:

Clube do Mato: https://www.instagram.com/clubedomato/

  • Campos do Jordão:

La Brume Lodges: https://www.labrume.com.br/pt/

Cabana da Árvore: https://www.instagram.com/cabanadaarvore/

  • Santana de Parnaíba:

Projeto Terra Preta: https://www.instagram.com/experienciaterrapreta/

  • Santo Antônio do Pinhal:

Villam Cabanas: https://www.instagram.com/villam.cabanas/

Acampamento sem perrengue e com o máximo de conforto possível sem abrir mão do contato com a natureza. Essa é a premissa do “glamping”, que une as palavras “glamour” e “camping” para definir um tipo de hospedagem com barracas, trailers, contêineres ou cabanas - e que tem crescido no Brasil nos últimos anos. A modalidade de “acampamento chique” espalhou-se pelo interior e pelo litoral de São Paulo e tem movimentado turistas atraídos pelas belezas naturais da Mata Atlântica em pontos como as Serras da Mantiqueira e da Cantareira, em São Paulo.

O conceito de levar o conforto da vida urbana à hospedagem na natureza não é exatamente novo: aparece em registros desde o século XVI. Mas, o conceito do “glamping” ganhou força mais recentemente, sobretudo no exterior, em 2016, o termo até entrou oficialmente para o dicionário de Oxford, que o define como “um tipo de acampamento que é mais confortável e luxuoso que o acampamento tradicional”.

Assim, a falta de um banheiro dá lugar a jacuzzis ao ar livre, a fogueira é elétrica, o colchão inflável é substituído por uma cama king size e a barraca de lona pode se materializar na forma de uma cabana A-frame (aquelas com estrutura em formato de “A”) ou do domo geodésico, que permite dormir no conforto da sua bolha aquecida enquanto observa o céu por um teto ou parede de vidro.

É esse, por exemplo, um dos modelos oferecidos pelo Nomad Place, “complexo de luxo” criado em 2020 próximo à Pedra do Baú, na Serra da Mantiqueira, divisa com Minas Gerais. “Aqui, estamos totalmente imersos na natureza. Nosso terreno tem o mínimo de impacto possível no entorno. Não fizemos terraplanagem, não cortamos árvores”, afirma Halmer Marques, um dos sócios na propriedade de cinco hectares com sete acomodações em São Bento do Sapucaí.

A ideia nasceu após Halmer visitar espaços similares na Europa e em outros países da América do Sul, quando os primeiros empreendimentos do tipo começavam a surgir no Sul do Brasil. Com serviço de chef particular, miniloja de conveniências, Wi-Fi, permissão para animais de estimação, cozinha e banheiro totalmente equipados, o espaço já recebeu hóspedes de todas as regiões do Brasil e teve crescimento de 700% nas visitas no ano passado, mesmo com diárias que podem chegar a aproximadamente R$ 1,5 mil.

Em outubro do ano passado, o diretor de arte Matias Tino, de 50 anos, escolheu o local para curtir a lua de mel ao longo de um fim de semana com a mulher. “Minha ideia não era ir para um resort, mas queria algo que fosse só para nós dois mesmo. Estar longe de tudo, mas também ter serviço amplo e outras possibilidades”, diz ele.

Tino já tinha visitado São Bento do Sapucaí em anos anteriores e até passado alguns carnavais por lá. Mas foi a ideia de desconectar do mundo e conectar-se à natureza que o atraiu para voltar à cidade. Agora, ele tem recomendado a experiência aos amigos e pretende até construir sua própria cabana em um futuro próximo.

“É uma experiência onde você precisa se conectar com a outra pessoa”, diz Tino, que ficou hospedado com a mulher em um dos três domos geodésicos do local, construídos na parte mais alta da propriedade e cujo acesso é feito a bordo de um quadriciclo, perfeito para quem gosta de aventuras (mas nem tanto para quem sente medo de altura).

Levantamento da Booking, plataforma internacional para agendar hospedagens, apontou que mais da metade dos brasileiros que usam o serviço (56%) buscam uma viagem de férias “desconectadas”, onde possam “fugir da realidade”.

A pesquisa foi feita com mais de 24 mil pessoas espalhadas por 32 países. Entre os brasileiros, outra tendência encontrada para este ano é a preferência por experiências “fora da zona de conforto”,desejo expresso por 79% do público daqui, que pretende “testar seus limites”.

Perto dali e também na parte da Serra da Mantiqueira com acesso por São Bento do Sapucaí, o Cara de Cão oferece sete acomodações diferentes aos pés da Pedra do Baú. Assim como no complexo vizinho, a maioria dos hóspedes é formada por casais jovens, de 25 e 40 anos, muitos deles dispostos a se aventurar pelas trilhas, escaladas e cachoeiras do entorno, mas com privacidade e conforto ao longo da experiência.

“Antes da pandemia, a gente tinha certa dificuldade de explicar como funcionava o espaço, como não era um serviço de pousada e tal. Isso, às vezes, era uma barreira”, diz Adriana Cardoso, designer de moda que, aos 32 anos, cuida do Cara de Cão com a ajuda do marido, o arquiteto André Gomes.

A estilista Adriana Cardoso, de 32 anos, no Trailer Capivara, reformado por ela e pelo marido para locação; ela diz que '99% dos hóspedes são casais jovens' Foto: TABA BENEDICTO

A primeira acomodação do espaço foi construída pelo pai de Adriana ainda em 1992, quando ela tinha apenas dois anos. Quando ele morreu, em 2017, a jovem se mudou da capital paulista para São Bento do Sapucaí e passou a investir no local, construindo novas cabanas, comprando o trailer que mais tarde batizaria de “Capivara” e reformando o espaço com a ajuda do marido.

“Com a pandemia, acho que disseminou mais (essa tendência de) as pessoas buscarem refúgios, lugares onde não vão compartilhar os espaços. O mais importante é a privacidade”, afirma Adriana.

É o caso do bancário Alexandre Zizona, de 30 anos, que há quatro se hospeda no local, depois de ter descoberto o espaço pelas redes sociais. Um dos pontos que considerou positivo e decisivo para aderir ao “glamping” é a possibilidade de poder usar um banheiro encanado e ter uma cozinha equipada.

Nomad Place é um glamping em São Bento do Sapucaí, na região da Serra da Mantiqueira Foto: TABA BENEDICTO

“Essa é uma oportunidade diferente, outra perspectiva de viagem. Você tem um contato maior com a natureza e até precisa passar algumas dificuldades, mas aconselho a todos porque vale muito a pena”, diz, afirmando que apesar da boa experiência também não deixa de cogitar um acampamento “raiz”.

Mais informações:

Nomad Place: https://www.nomadplacebr.com/

Cara de Cão: https://www.instagram.com/caradecaochales/

Confira outras opções de “glamping” no Estado de São Paulo:

  • Ilhabela:

Velinn: https://velinn.com/camping-ilhabela/

Chalés Triunfo: https://www.chalestriunfo.com.br/

Hostel da Vila: https://hosteldavilailhabela.com.br/

  • Araçoiaba da Serra:

Cabana Home: https://www.instagram.com/cabanahome/

  • Mairiporã:

Shelter Cantareira: https://www.instagram.com/shelter.cantareira/

  • Ubatuba:

Bambu Ecolodge: https://www.instagram.com/bananabamboo_ecolodge/

  • Iporanga:

Mangarito: https://mangarito.com/

  • Monteiro Lobato:

Clube do Mato: https://www.instagram.com/clubedomato/

  • Campos do Jordão:

La Brume Lodges: https://www.labrume.com.br/pt/

Cabana da Árvore: https://www.instagram.com/cabanadaarvore/

  • Santana de Parnaíba:

Projeto Terra Preta: https://www.instagram.com/experienciaterrapreta/

  • Santo Antônio do Pinhal:

Villam Cabanas: https://www.instagram.com/villam.cabanas/

Acampamento sem perrengue e com o máximo de conforto possível sem abrir mão do contato com a natureza. Essa é a premissa do “glamping”, que une as palavras “glamour” e “camping” para definir um tipo de hospedagem com barracas, trailers, contêineres ou cabanas - e que tem crescido no Brasil nos últimos anos. A modalidade de “acampamento chique” espalhou-se pelo interior e pelo litoral de São Paulo e tem movimentado turistas atraídos pelas belezas naturais da Mata Atlântica em pontos como as Serras da Mantiqueira e da Cantareira, em São Paulo.

O conceito de levar o conforto da vida urbana à hospedagem na natureza não é exatamente novo: aparece em registros desde o século XVI. Mas, o conceito do “glamping” ganhou força mais recentemente, sobretudo no exterior, em 2016, o termo até entrou oficialmente para o dicionário de Oxford, que o define como “um tipo de acampamento que é mais confortável e luxuoso que o acampamento tradicional”.

Assim, a falta de um banheiro dá lugar a jacuzzis ao ar livre, a fogueira é elétrica, o colchão inflável é substituído por uma cama king size e a barraca de lona pode se materializar na forma de uma cabana A-frame (aquelas com estrutura em formato de “A”) ou do domo geodésico, que permite dormir no conforto da sua bolha aquecida enquanto observa o céu por um teto ou parede de vidro.

É esse, por exemplo, um dos modelos oferecidos pelo Nomad Place, “complexo de luxo” criado em 2020 próximo à Pedra do Baú, na Serra da Mantiqueira, divisa com Minas Gerais. “Aqui, estamos totalmente imersos na natureza. Nosso terreno tem o mínimo de impacto possível no entorno. Não fizemos terraplanagem, não cortamos árvores”, afirma Halmer Marques, um dos sócios na propriedade de cinco hectares com sete acomodações em São Bento do Sapucaí.

A ideia nasceu após Halmer visitar espaços similares na Europa e em outros países da América do Sul, quando os primeiros empreendimentos do tipo começavam a surgir no Sul do Brasil. Com serviço de chef particular, miniloja de conveniências, Wi-Fi, permissão para animais de estimação, cozinha e banheiro totalmente equipados, o espaço já recebeu hóspedes de todas as regiões do Brasil e teve crescimento de 700% nas visitas no ano passado, mesmo com diárias que podem chegar a aproximadamente R$ 1,5 mil.

Em outubro do ano passado, o diretor de arte Matias Tino, de 50 anos, escolheu o local para curtir a lua de mel ao longo de um fim de semana com a mulher. “Minha ideia não era ir para um resort, mas queria algo que fosse só para nós dois mesmo. Estar longe de tudo, mas também ter serviço amplo e outras possibilidades”, diz ele.

Tino já tinha visitado São Bento do Sapucaí em anos anteriores e até passado alguns carnavais por lá. Mas foi a ideia de desconectar do mundo e conectar-se à natureza que o atraiu para voltar à cidade. Agora, ele tem recomendado a experiência aos amigos e pretende até construir sua própria cabana em um futuro próximo.

“É uma experiência onde você precisa se conectar com a outra pessoa”, diz Tino, que ficou hospedado com a mulher em um dos três domos geodésicos do local, construídos na parte mais alta da propriedade e cujo acesso é feito a bordo de um quadriciclo, perfeito para quem gosta de aventuras (mas nem tanto para quem sente medo de altura).

Levantamento da Booking, plataforma internacional para agendar hospedagens, apontou que mais da metade dos brasileiros que usam o serviço (56%) buscam uma viagem de férias “desconectadas”, onde possam “fugir da realidade”.

A pesquisa foi feita com mais de 24 mil pessoas espalhadas por 32 países. Entre os brasileiros, outra tendência encontrada para este ano é a preferência por experiências “fora da zona de conforto”,desejo expresso por 79% do público daqui, que pretende “testar seus limites”.

Perto dali e também na parte da Serra da Mantiqueira com acesso por São Bento do Sapucaí, o Cara de Cão oferece sete acomodações diferentes aos pés da Pedra do Baú. Assim como no complexo vizinho, a maioria dos hóspedes é formada por casais jovens, de 25 e 40 anos, muitos deles dispostos a se aventurar pelas trilhas, escaladas e cachoeiras do entorno, mas com privacidade e conforto ao longo da experiência.

“Antes da pandemia, a gente tinha certa dificuldade de explicar como funcionava o espaço, como não era um serviço de pousada e tal. Isso, às vezes, era uma barreira”, diz Adriana Cardoso, designer de moda que, aos 32 anos, cuida do Cara de Cão com a ajuda do marido, o arquiteto André Gomes.

A estilista Adriana Cardoso, de 32 anos, no Trailer Capivara, reformado por ela e pelo marido para locação; ela diz que '99% dos hóspedes são casais jovens' Foto: TABA BENEDICTO

A primeira acomodação do espaço foi construída pelo pai de Adriana ainda em 1992, quando ela tinha apenas dois anos. Quando ele morreu, em 2017, a jovem se mudou da capital paulista para São Bento do Sapucaí e passou a investir no local, construindo novas cabanas, comprando o trailer que mais tarde batizaria de “Capivara” e reformando o espaço com a ajuda do marido.

“Com a pandemia, acho que disseminou mais (essa tendência de) as pessoas buscarem refúgios, lugares onde não vão compartilhar os espaços. O mais importante é a privacidade”, afirma Adriana.

É o caso do bancário Alexandre Zizona, de 30 anos, que há quatro se hospeda no local, depois de ter descoberto o espaço pelas redes sociais. Um dos pontos que considerou positivo e decisivo para aderir ao “glamping” é a possibilidade de poder usar um banheiro encanado e ter uma cozinha equipada.

Nomad Place é um glamping em São Bento do Sapucaí, na região da Serra da Mantiqueira Foto: TABA BENEDICTO

“Essa é uma oportunidade diferente, outra perspectiva de viagem. Você tem um contato maior com a natureza e até precisa passar algumas dificuldades, mas aconselho a todos porque vale muito a pena”, diz, afirmando que apesar da boa experiência também não deixa de cogitar um acampamento “raiz”.

Mais informações:

Nomad Place: https://www.nomadplacebr.com/

Cara de Cão: https://www.instagram.com/caradecaochales/

Confira outras opções de “glamping” no Estado de São Paulo:

  • Ilhabela:

Velinn: https://velinn.com/camping-ilhabela/

Chalés Triunfo: https://www.chalestriunfo.com.br/

Hostel da Vila: https://hosteldavilailhabela.com.br/

  • Araçoiaba da Serra:

Cabana Home: https://www.instagram.com/cabanahome/

  • Mairiporã:

Shelter Cantareira: https://www.instagram.com/shelter.cantareira/

  • Ubatuba:

Bambu Ecolodge: https://www.instagram.com/bananabamboo_ecolodge/

  • Iporanga:

Mangarito: https://mangarito.com/

  • Monteiro Lobato:

Clube do Mato: https://www.instagram.com/clubedomato/

  • Campos do Jordão:

La Brume Lodges: https://www.labrume.com.br/pt/

Cabana da Árvore: https://www.instagram.com/cabanadaarvore/

  • Santana de Parnaíba:

Projeto Terra Preta: https://www.instagram.com/experienciaterrapreta/

  • Santo Antônio do Pinhal:

Villam Cabanas: https://www.instagram.com/villam.cabanas/

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