Governo estuda corte maior de CO2 e apoia plano florestal da ONU


Por RAYMOND COLITT

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira que o governo está estudando cortes mais profundos de CO2 do que o anunciado anteriormente e que o país apoia o esquema endossado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a preservação de florestas, conhecido pela sigla Redd. Há a expectativa de que o Brasil tenha um papel-chave nas negociações durante a cúpula de Copenhague, em dezembro, que pretende esboçar um novo tratado internacional sobre mudanças climáticas. O governo brasileiro está estudando uma redução de 40 por cento na emissão de 2,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono prevista para 2020, que passaria a cerca de 1,7 bilhão de toneladas. Em 2005, a emissão foi de 2,1 bilhões de toneladas e, em 1994, de 1,7 bilhão. Minc havia dito anteriormente que a meta era congelar as emissões nos níveis registrados em 2005. "Nossa proposta evoluiu. A proposta (do ministério) é reduzir 40 por cento da estimativa do crescimento (dos níveis) até 2020", disse Minc em uma entrevista coletiva em Brasília. Em 3 de novembro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomará a decisão sobre a proposta que o Brasil levará à cúpula da ONU sobre o clima na capital dinamarquesa. O governo já havia decidido que iria apoiar em Copenhague, com condições, um esquema proposto chamado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), disse Minc. Pelo esquema do Redd, nações ricas compensam os países em desenvolvimento pela preservação de florestas para evitar emissões de CO2 por meio de um mercado expandido de carbono. O sistema poderia ser adotado em Copenhague como parte de um pacto climático mais amplo. Cerca de 17 por cento das emissões globais de gases do efeito estufa podem ser resultantes da devastação florestal, já que as árvores queimadas ou derrubadas liberam dióxido de carbono. "Nas últimas reuniões o Brasil não defendeu o Redd. Essa posição foi evoluindo (...) Agora vamos defender", disse Minc. Mas pela proposta do Brasil, o Redd não deveria representar mais de 10 por cento do compromisso total de redução de emissões de uma nação rica, acrescentou Minc. "Os países ricos têm ainda que fazer sua lição de casa", disse ele. AÇÕES Pela proposta do Ministério do Meio Ambiente, praticamente metade do corte de 40 por cento nas emissões de CO2 proposto pelo governo viria da diminuição do desmatamento. O país tem como meta a redução em 80 por cento na taxa de desmatamento até 2020, com base na média anual de 19.500 quilômetros quadrados entre 1996 e 2005. A expectativa é que a taxa de destruição da Amazônia nos 12 meses até julho deva cair para 9.500 quilômetros quadrados, seu nível mais baixo em 20 anos. O restante dos cortes de emissões viria da melhoria das práticas agrícolas, crescente uso de biocombustíveis e reflorestamento para produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica. O desmatamento corresponde a aproximadamente 75 por cento das emissões de carbono do país, mas representa somente 52 por cento do total das emissões de gases do efeito estufa, que incluem o metano e o óxido nitroso, mais perigosos. O setor agrícola é o segundo mais poluente, com uma parcela de 25 por cento do total das emissões. A queima de bagaço e o não tratamento das fezes animais estão entre os principais fatores. O setor de energia responde por 20 por cento e a indústria, por apenas 1,7 por cento do total de emissões, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira que o governo está estudando cortes mais profundos de CO2 do que o anunciado anteriormente e que o país apoia o esquema endossado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a preservação de florestas, conhecido pela sigla Redd. Há a expectativa de que o Brasil tenha um papel-chave nas negociações durante a cúpula de Copenhague, em dezembro, que pretende esboçar um novo tratado internacional sobre mudanças climáticas. O governo brasileiro está estudando uma redução de 40 por cento na emissão de 2,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono prevista para 2020, que passaria a cerca de 1,7 bilhão de toneladas. Em 2005, a emissão foi de 2,1 bilhões de toneladas e, em 1994, de 1,7 bilhão. Minc havia dito anteriormente que a meta era congelar as emissões nos níveis registrados em 2005. "Nossa proposta evoluiu. A proposta (do ministério) é reduzir 40 por cento da estimativa do crescimento (dos níveis) até 2020", disse Minc em uma entrevista coletiva em Brasília. Em 3 de novembro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomará a decisão sobre a proposta que o Brasil levará à cúpula da ONU sobre o clima na capital dinamarquesa. O governo já havia decidido que iria apoiar em Copenhague, com condições, um esquema proposto chamado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), disse Minc. Pelo esquema do Redd, nações ricas compensam os países em desenvolvimento pela preservação de florestas para evitar emissões de CO2 por meio de um mercado expandido de carbono. O sistema poderia ser adotado em Copenhague como parte de um pacto climático mais amplo. Cerca de 17 por cento das emissões globais de gases do efeito estufa podem ser resultantes da devastação florestal, já que as árvores queimadas ou derrubadas liberam dióxido de carbono. "Nas últimas reuniões o Brasil não defendeu o Redd. Essa posição foi evoluindo (...) Agora vamos defender", disse Minc. Mas pela proposta do Brasil, o Redd não deveria representar mais de 10 por cento do compromisso total de redução de emissões de uma nação rica, acrescentou Minc. "Os países ricos têm ainda que fazer sua lição de casa", disse ele. AÇÕES Pela proposta do Ministério do Meio Ambiente, praticamente metade do corte de 40 por cento nas emissões de CO2 proposto pelo governo viria da diminuição do desmatamento. O país tem como meta a redução em 80 por cento na taxa de desmatamento até 2020, com base na média anual de 19.500 quilômetros quadrados entre 1996 e 2005. A expectativa é que a taxa de destruição da Amazônia nos 12 meses até julho deva cair para 9.500 quilômetros quadrados, seu nível mais baixo em 20 anos. O restante dos cortes de emissões viria da melhoria das práticas agrícolas, crescente uso de biocombustíveis e reflorestamento para produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica. O desmatamento corresponde a aproximadamente 75 por cento das emissões de carbono do país, mas representa somente 52 por cento do total das emissões de gases do efeito estufa, que incluem o metano e o óxido nitroso, mais perigosos. O setor agrícola é o segundo mais poluente, com uma parcela de 25 por cento do total das emissões. A queima de bagaço e o não tratamento das fezes animais estão entre os principais fatores. O setor de energia responde por 20 por cento e a indústria, por apenas 1,7 por cento do total de emissões, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira que o governo está estudando cortes mais profundos de CO2 do que o anunciado anteriormente e que o país apoia o esquema endossado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a preservação de florestas, conhecido pela sigla Redd. Há a expectativa de que o Brasil tenha um papel-chave nas negociações durante a cúpula de Copenhague, em dezembro, que pretende esboçar um novo tratado internacional sobre mudanças climáticas. O governo brasileiro está estudando uma redução de 40 por cento na emissão de 2,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono prevista para 2020, que passaria a cerca de 1,7 bilhão de toneladas. Em 2005, a emissão foi de 2,1 bilhões de toneladas e, em 1994, de 1,7 bilhão. Minc havia dito anteriormente que a meta era congelar as emissões nos níveis registrados em 2005. "Nossa proposta evoluiu. A proposta (do ministério) é reduzir 40 por cento da estimativa do crescimento (dos níveis) até 2020", disse Minc em uma entrevista coletiva em Brasília. Em 3 de novembro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomará a decisão sobre a proposta que o Brasil levará à cúpula da ONU sobre o clima na capital dinamarquesa. O governo já havia decidido que iria apoiar em Copenhague, com condições, um esquema proposto chamado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), disse Minc. Pelo esquema do Redd, nações ricas compensam os países em desenvolvimento pela preservação de florestas para evitar emissões de CO2 por meio de um mercado expandido de carbono. O sistema poderia ser adotado em Copenhague como parte de um pacto climático mais amplo. Cerca de 17 por cento das emissões globais de gases do efeito estufa podem ser resultantes da devastação florestal, já que as árvores queimadas ou derrubadas liberam dióxido de carbono. "Nas últimas reuniões o Brasil não defendeu o Redd. Essa posição foi evoluindo (...) Agora vamos defender", disse Minc. Mas pela proposta do Brasil, o Redd não deveria representar mais de 10 por cento do compromisso total de redução de emissões de uma nação rica, acrescentou Minc. "Os países ricos têm ainda que fazer sua lição de casa", disse ele. AÇÕES Pela proposta do Ministério do Meio Ambiente, praticamente metade do corte de 40 por cento nas emissões de CO2 proposto pelo governo viria da diminuição do desmatamento. O país tem como meta a redução em 80 por cento na taxa de desmatamento até 2020, com base na média anual de 19.500 quilômetros quadrados entre 1996 e 2005. A expectativa é que a taxa de destruição da Amazônia nos 12 meses até julho deva cair para 9.500 quilômetros quadrados, seu nível mais baixo em 20 anos. O restante dos cortes de emissões viria da melhoria das práticas agrícolas, crescente uso de biocombustíveis e reflorestamento para produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica. O desmatamento corresponde a aproximadamente 75 por cento das emissões de carbono do país, mas representa somente 52 por cento do total das emissões de gases do efeito estufa, que incluem o metano e o óxido nitroso, mais perigosos. O setor agrícola é o segundo mais poluente, com uma parcela de 25 por cento do total das emissões. A queima de bagaço e o não tratamento das fezes animais estão entre os principais fatores. O setor de energia responde por 20 por cento e a indústria, por apenas 1,7 por cento do total de emissões, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

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