Governo Lula determina avaliação urgente de condição de outra ponte entre Tocantins e Maranhão


Órgão regulador afirma que trânsito ferroviário na região é relevante e solicita informações de empresa que opera a Ferrovia Norte Sul; empresa informa que inspeção preventiva não detectou problemas de estrutura

Por Mariana Carneiro
Atualização:

BRASÍLIA – Após a queda de uma ponte rodoviária sobre o Rio Tocantins na divisa com o Maranhão, ocorrida neste domingo, 22, o governo federal pediu que a VLI Logística informe o estado de conservação de uma ponte ferroviária que fica na mesma região.

A VLI - empresa que tem a Vale, o fundo canadense Brookfield e a Mitsui como sócios - detém a concessão do trecho norte da Ferrovia Norte-Sul, que opera o transporte principalmente de grãos na região, que escoam do Centro-Oeste para o porto de Itaqui, no Maranhão.

O ramal vai de Palmas (TO) até Açailândia (MA), onde a ferrovia se encontra com a Estrada de Ferro Carajás. Na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, na altura dos municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), há uma ponte ferroviária que é paralela à ponte rodoviária que caiu.

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Ponte ferroviária ao lado da ponte que caiu na divisa entre Maranhão e Tocantins Foto: Reprodução via Google Maps

Em ofício enviado à empresa, a que o Estadão teve acesso, a Infra SA - estatal do setor ferroviário - pede que a VLI informe questões técnicas, como inspeções recentes, testes de carga e manutenções, com o objetivo de verificar a segurança da operação na região. “Com o objetivo de preservar a segurança e a qualidade na prestação do serviço público, solicita-se, com a urgência que o caso requer, um relatório detalhado sobre as condições de estabilidade da ponte ferroviária sobre o Rio Tocantins, que liga as cidades de Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA, e que é paralela e próxima à ponte rodoviária que colapsou recentemente”, diz o ofício enviado pela Infra nesta segunda-feira, 23. E acrescenta: “Dada a relevância dessa ponte para o transporte ferroviário e a segurança de suas operações, é essencial que tenhamos acesso imediato às informações atualizadas sobre sua integridade estrutural”.

As informações devem ser prestadas pela concessionária no prazo de dez dias. O ofício afirma ainda que caso seja identificado algum problema de estrutura, a VLI deverá apresentar um plano de reparo e cronograma de execução.

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Imagem do asfalto antes da queda da ponte com as ferragens expostas Foto: Reprodução via Google Maps

Procurada, a VLI afirmou que realizou nesta segunda-feira, 23, uma inspeção preventiva na ponte ferroviária e não constatou impacto na estrutura, “o que permite a continuidade do tráfego de composições em segurança”, informou a companhia. A empresa informou ainda que a ponte não pode ser usada para o trânsito rodoviário.

“A VLI também alerta que, a despeito da proximidade, a ponte ferroviária não pode e não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos rodoviários de qualquer natureza, visto que sua estrutura e configuração não atendem a tal finalidade”, afirma a empresa. “O uso da ponte ferroviária para finalidades outras que não o trânsito de locomotivas e vagões de carga representa risco de vida.”

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Neste domingo, 22, a ponte rodoviária que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) caiu, deixando duas pessoas mortas. Outras catorze estão desaparecidas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, foi a região e se reuniu com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Carlos Brandão disse que a ponte é dos anos 1960, sugerindo que possa ser esse o motivo do colapso.

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“É lógico que essa ponte é de 1960, com o nome de Juscelino Kubitschek, todas essas pontes estão sofrendo uma análise e um acompanhamento, muitas delas estão sendo recuperadas”, disse Brandão, em vídeo divulgado por sua assessoria.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia, Vinicius Marchese, afirma que a idade da ponte não tem relação com a queda.

“Esse não é o motivo (a idade da ponte). Obras como essa são planejadas para durar muito mais do que isso. O que precisa é manutenção e inspeção”, diz Marchese.

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Ele defende que é preciso haver uma política de inspeção periódica nas estruturas públicas para averiguar o estado de conservação e a sua segurança, algo previsto em um projeto de lei de 2013 que nunca avançou no Congresso.

Neste momento, o Confea e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea) investigam as causas da queda da ponte. Marchese afirma que, como há vítimas, poderá haver consequências na esfera cível e criminal dos responsáveis. No momento da queda, um vereador fazia imagens de problemas na estrutura da ponte.

“O grande apontamento é a necessidade de inspeção periódica desses equipamentos nacionalmente. Quantas outras pontes podem estar na mesma situação?”, questiona.

BRASÍLIA – Após a queda de uma ponte rodoviária sobre o Rio Tocantins na divisa com o Maranhão, ocorrida neste domingo, 22, o governo federal pediu que a VLI Logística informe o estado de conservação de uma ponte ferroviária que fica na mesma região.

A VLI - empresa que tem a Vale, o fundo canadense Brookfield e a Mitsui como sócios - detém a concessão do trecho norte da Ferrovia Norte-Sul, que opera o transporte principalmente de grãos na região, que escoam do Centro-Oeste para o porto de Itaqui, no Maranhão.

O ramal vai de Palmas (TO) até Açailândia (MA), onde a ferrovia se encontra com a Estrada de Ferro Carajás. Na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, na altura dos municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), há uma ponte ferroviária que é paralela à ponte rodoviária que caiu.

Ponte ferroviária ao lado da ponte que caiu na divisa entre Maranhão e Tocantins Foto: Reprodução via Google Maps

Em ofício enviado à empresa, a que o Estadão teve acesso, a Infra SA - estatal do setor ferroviário - pede que a VLI informe questões técnicas, como inspeções recentes, testes de carga e manutenções, com o objetivo de verificar a segurança da operação na região. “Com o objetivo de preservar a segurança e a qualidade na prestação do serviço público, solicita-se, com a urgência que o caso requer, um relatório detalhado sobre as condições de estabilidade da ponte ferroviária sobre o Rio Tocantins, que liga as cidades de Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA, e que é paralela e próxima à ponte rodoviária que colapsou recentemente”, diz o ofício enviado pela Infra nesta segunda-feira, 23. E acrescenta: “Dada a relevância dessa ponte para o transporte ferroviário e a segurança de suas operações, é essencial que tenhamos acesso imediato às informações atualizadas sobre sua integridade estrutural”.

As informações devem ser prestadas pela concessionária no prazo de dez dias. O ofício afirma ainda que caso seja identificado algum problema de estrutura, a VLI deverá apresentar um plano de reparo e cronograma de execução.

Imagem do asfalto antes da queda da ponte com as ferragens expostas Foto: Reprodução via Google Maps

Procurada, a VLI afirmou que realizou nesta segunda-feira, 23, uma inspeção preventiva na ponte ferroviária e não constatou impacto na estrutura, “o que permite a continuidade do tráfego de composições em segurança”, informou a companhia. A empresa informou ainda que a ponte não pode ser usada para o trânsito rodoviário.

“A VLI também alerta que, a despeito da proximidade, a ponte ferroviária não pode e não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos rodoviários de qualquer natureza, visto que sua estrutura e configuração não atendem a tal finalidade”, afirma a empresa. “O uso da ponte ferroviária para finalidades outras que não o trânsito de locomotivas e vagões de carga representa risco de vida.”

Neste domingo, 22, a ponte rodoviária que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) caiu, deixando duas pessoas mortas. Outras catorze estão desaparecidas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, foi a região e se reuniu com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Carlos Brandão disse que a ponte é dos anos 1960, sugerindo que possa ser esse o motivo do colapso.

“É lógico que essa ponte é de 1960, com o nome de Juscelino Kubitschek, todas essas pontes estão sofrendo uma análise e um acompanhamento, muitas delas estão sendo recuperadas”, disse Brandão, em vídeo divulgado por sua assessoria.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia, Vinicius Marchese, afirma que a idade da ponte não tem relação com a queda.

“Esse não é o motivo (a idade da ponte). Obras como essa são planejadas para durar muito mais do que isso. O que precisa é manutenção e inspeção”, diz Marchese.

Ele defende que é preciso haver uma política de inspeção periódica nas estruturas públicas para averiguar o estado de conservação e a sua segurança, algo previsto em um projeto de lei de 2013 que nunca avançou no Congresso.

Neste momento, o Confea e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea) investigam as causas da queda da ponte. Marchese afirma que, como há vítimas, poderá haver consequências na esfera cível e criminal dos responsáveis. No momento da queda, um vereador fazia imagens de problemas na estrutura da ponte.

“O grande apontamento é a necessidade de inspeção periódica desses equipamentos nacionalmente. Quantas outras pontes podem estar na mesma situação?”, questiona.

BRASÍLIA – Após a queda de uma ponte rodoviária sobre o Rio Tocantins na divisa com o Maranhão, ocorrida neste domingo, 22, o governo federal pediu que a VLI Logística informe o estado de conservação de uma ponte ferroviária que fica na mesma região.

A VLI - empresa que tem a Vale, o fundo canadense Brookfield e a Mitsui como sócios - detém a concessão do trecho norte da Ferrovia Norte-Sul, que opera o transporte principalmente de grãos na região, que escoam do Centro-Oeste para o porto de Itaqui, no Maranhão.

O ramal vai de Palmas (TO) até Açailândia (MA), onde a ferrovia se encontra com a Estrada de Ferro Carajás. Na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, na altura dos municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), há uma ponte ferroviária que é paralela à ponte rodoviária que caiu.

Ponte ferroviária ao lado da ponte que caiu na divisa entre Maranhão e Tocantins Foto: Reprodução via Google Maps

Em ofício enviado à empresa, a que o Estadão teve acesso, a Infra SA - estatal do setor ferroviário - pede que a VLI informe questões técnicas, como inspeções recentes, testes de carga e manutenções, com o objetivo de verificar a segurança da operação na região. “Com o objetivo de preservar a segurança e a qualidade na prestação do serviço público, solicita-se, com a urgência que o caso requer, um relatório detalhado sobre as condições de estabilidade da ponte ferroviária sobre o Rio Tocantins, que liga as cidades de Aguiarnópolis/TO e Estreito/MA, e que é paralela e próxima à ponte rodoviária que colapsou recentemente”, diz o ofício enviado pela Infra nesta segunda-feira, 23. E acrescenta: “Dada a relevância dessa ponte para o transporte ferroviário e a segurança de suas operações, é essencial que tenhamos acesso imediato às informações atualizadas sobre sua integridade estrutural”.

As informações devem ser prestadas pela concessionária no prazo de dez dias. O ofício afirma ainda que caso seja identificado algum problema de estrutura, a VLI deverá apresentar um plano de reparo e cronograma de execução.

Imagem do asfalto antes da queda da ponte com as ferragens expostas Foto: Reprodução via Google Maps

Procurada, a VLI afirmou que realizou nesta segunda-feira, 23, uma inspeção preventiva na ponte ferroviária e não constatou impacto na estrutura, “o que permite a continuidade do tráfego de composições em segurança”, informou a companhia. A empresa informou ainda que a ponte não pode ser usada para o trânsito rodoviário.

“A VLI também alerta que, a despeito da proximidade, a ponte ferroviária não pode e não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos rodoviários de qualquer natureza, visto que sua estrutura e configuração não atendem a tal finalidade”, afirma a empresa. “O uso da ponte ferroviária para finalidades outras que não o trânsito de locomotivas e vagões de carga representa risco de vida.”

Neste domingo, 22, a ponte rodoviária que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) caiu, deixando duas pessoas mortas. Outras catorze estão desaparecidas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, foi a região e se reuniu com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Carlos Brandão disse que a ponte é dos anos 1960, sugerindo que possa ser esse o motivo do colapso.

“É lógico que essa ponte é de 1960, com o nome de Juscelino Kubitschek, todas essas pontes estão sofrendo uma análise e um acompanhamento, muitas delas estão sendo recuperadas”, disse Brandão, em vídeo divulgado por sua assessoria.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia, Vinicius Marchese, afirma que a idade da ponte não tem relação com a queda.

“Esse não é o motivo (a idade da ponte). Obras como essa são planejadas para durar muito mais do que isso. O que precisa é manutenção e inspeção”, diz Marchese.

Ele defende que é preciso haver uma política de inspeção periódica nas estruturas públicas para averiguar o estado de conservação e a sua segurança, algo previsto em um projeto de lei de 2013 que nunca avançou no Congresso.

Neste momento, o Confea e os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea) investigam as causas da queda da ponte. Marchese afirma que, como há vítimas, poderá haver consequências na esfera cível e criminal dos responsáveis. No momento da queda, um vereador fazia imagens de problemas na estrutura da ponte.

“O grande apontamento é a necessidade de inspeção periódica desses equipamentos nacionalmente. Quantas outras pontes podem estar na mesma situação?”, questiona.

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