Guarda do Rio vai fazer policiamento com armas não letais


Entre as armas que serão usadas pelos guardas estão o gás de pimenta e lançadores de balas de borracha

Por Pedro Dantas e de O Estado de S. Paulo

A Guarda Municipal do Rio testará em junho o uso de quatro armas não letais no patrulhamento de rua. Um grupo de 40 agentes do Grupo de Ações Especiais e Grupamento Tático Móvel vão atuar no Leme (zona sul), bairro cujas favelas foram ocupadas pela Polícia Militar, com 10 pistolas e dois lançadores de balas de borracha com alcance de 50 metros, duas pistolas Taser de descargas elétrica e 20 frascos spray de pimenta. A OAB-RJ afirma que o uso das armas é inconstitucional.

 

"Operacionalmente é ótimo, pois ajudaria a retirar a sobrecarga da Polícia Militar, mas é inconstitucional. O artigo 144 da Constituição Federal define os órgãos que podem atuar na segurança pública e a Guarda Municipal não está lá. As guardas municipais são apenas para segurança patrimonial. Eles não podem revistar ou prender suspeitos. Apenas podem prender em flagrante, como qualquer cidadão", disse o presidente da Comissão de Segurança da OAB-RJ, o advogado José Carlos Tortima.

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Segundo ele, outro aspecto legal que impede o uso de armas não letais é que os guardas municipais são celetistas e não servidores públicos estatutários. "A Guarda Municipal é uma empresa pública da prefeitura do Rio, cujos integrantes são celetistas. Isso é incompatível com a segurança pública", argumentou.

 

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O advogado alerta também para os riscos do novo armamento. "O equipamento pode ser fatal para um cardíaco que receba o choque ou o alérgico que atingido pelo spray de pimenta. A bala de borracha dependendo de onde atingir a pessoa também pode matar ou causar danos irreversíveis", afirmou.

 

Ontem, após o lançamento do projeto, o comandante da Guarda Municipal do Rio, o tenente - coronel Ricardo Coutinho Pacheco, disse que o uso das armas é legal, pois a Guarda Municipal não atuará como a Polícia Militar e não usará armas letais. "A Constituição proíbe nossa atuação como polícia e não faremos isso. O uso de armas não letais foi recomendado pela Organização das Nações Unidas. Várias guardas municipais já usam este equipamento. Os guardas fizeram treinamentos e o uso da arma será o último recurso", explicou o comandante.

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que a introdução de armas não letais no equipamento dos guardas municipais será um "laboratório". "A Guarda Municipal se limitará ao combate aos pequenos delitos e o cumprimento do código de posturas municipais. Não esperem os guardas combatendo o tráfico de drogas. Isso é função da polícia", ressaltou.

 

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Atualizada às 19h52

A Guarda Municipal do Rio testará em junho o uso de quatro armas não letais no patrulhamento de rua. Um grupo de 40 agentes do Grupo de Ações Especiais e Grupamento Tático Móvel vão atuar no Leme (zona sul), bairro cujas favelas foram ocupadas pela Polícia Militar, com 10 pistolas e dois lançadores de balas de borracha com alcance de 50 metros, duas pistolas Taser de descargas elétrica e 20 frascos spray de pimenta. A OAB-RJ afirma que o uso das armas é inconstitucional.

 

"Operacionalmente é ótimo, pois ajudaria a retirar a sobrecarga da Polícia Militar, mas é inconstitucional. O artigo 144 da Constituição Federal define os órgãos que podem atuar na segurança pública e a Guarda Municipal não está lá. As guardas municipais são apenas para segurança patrimonial. Eles não podem revistar ou prender suspeitos. Apenas podem prender em flagrante, como qualquer cidadão", disse o presidente da Comissão de Segurança da OAB-RJ, o advogado José Carlos Tortima.

 

Segundo ele, outro aspecto legal que impede o uso de armas não letais é que os guardas municipais são celetistas e não servidores públicos estatutários. "A Guarda Municipal é uma empresa pública da prefeitura do Rio, cujos integrantes são celetistas. Isso é incompatível com a segurança pública", argumentou.

 

O advogado alerta também para os riscos do novo armamento. "O equipamento pode ser fatal para um cardíaco que receba o choque ou o alérgico que atingido pelo spray de pimenta. A bala de borracha dependendo de onde atingir a pessoa também pode matar ou causar danos irreversíveis", afirmou.

 

Ontem, após o lançamento do projeto, o comandante da Guarda Municipal do Rio, o tenente - coronel Ricardo Coutinho Pacheco, disse que o uso das armas é legal, pois a Guarda Municipal não atuará como a Polícia Militar e não usará armas letais. "A Constituição proíbe nossa atuação como polícia e não faremos isso. O uso de armas não letais foi recomendado pela Organização das Nações Unidas. Várias guardas municipais já usam este equipamento. Os guardas fizeram treinamentos e o uso da arma será o último recurso", explicou o comandante.

 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que a introdução de armas não letais no equipamento dos guardas municipais será um "laboratório". "A Guarda Municipal se limitará ao combate aos pequenos delitos e o cumprimento do código de posturas municipais. Não esperem os guardas combatendo o tráfico de drogas. Isso é função da polícia", ressaltou.

 

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A Guarda Municipal do Rio testará em junho o uso de quatro armas não letais no patrulhamento de rua. Um grupo de 40 agentes do Grupo de Ações Especiais e Grupamento Tático Móvel vão atuar no Leme (zona sul), bairro cujas favelas foram ocupadas pela Polícia Militar, com 10 pistolas e dois lançadores de balas de borracha com alcance de 50 metros, duas pistolas Taser de descargas elétrica e 20 frascos spray de pimenta. A OAB-RJ afirma que o uso das armas é inconstitucional.

 

"Operacionalmente é ótimo, pois ajudaria a retirar a sobrecarga da Polícia Militar, mas é inconstitucional. O artigo 144 da Constituição Federal define os órgãos que podem atuar na segurança pública e a Guarda Municipal não está lá. As guardas municipais são apenas para segurança patrimonial. Eles não podem revistar ou prender suspeitos. Apenas podem prender em flagrante, como qualquer cidadão", disse o presidente da Comissão de Segurança da OAB-RJ, o advogado José Carlos Tortima.

 

Segundo ele, outro aspecto legal que impede o uso de armas não letais é que os guardas municipais são celetistas e não servidores públicos estatutários. "A Guarda Municipal é uma empresa pública da prefeitura do Rio, cujos integrantes são celetistas. Isso é incompatível com a segurança pública", argumentou.

 

O advogado alerta também para os riscos do novo armamento. "O equipamento pode ser fatal para um cardíaco que receba o choque ou o alérgico que atingido pelo spray de pimenta. A bala de borracha dependendo de onde atingir a pessoa também pode matar ou causar danos irreversíveis", afirmou.

 

Ontem, após o lançamento do projeto, o comandante da Guarda Municipal do Rio, o tenente - coronel Ricardo Coutinho Pacheco, disse que o uso das armas é legal, pois a Guarda Municipal não atuará como a Polícia Militar e não usará armas letais. "A Constituição proíbe nossa atuação como polícia e não faremos isso. O uso de armas não letais foi recomendado pela Organização das Nações Unidas. Várias guardas municipais já usam este equipamento. Os guardas fizeram treinamentos e o uso da arma será o último recurso", explicou o comandante.

 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que a introdução de armas não letais no equipamento dos guardas municipais será um "laboratório". "A Guarda Municipal se limitará ao combate aos pequenos delitos e o cumprimento do código de posturas municipais. Não esperem os guardas combatendo o tráfico de drogas. Isso é função da polícia", ressaltou.

 

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