Guarda Metropolitana ocupa Largo São Francisco em SP


Por ADRIANA FERRAZ E CAMILA BRUNELLI

O Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, foi ocupado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). A ação teve início às 6h de domingo, quando cerca de 40 moradores de rua foram expulsos da frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Parte do grupo resistiu e houve confronto com guardas-civis. Duas pessoas foram levadas para a delegacia. Em seguida, fitas adesivas isolaram as laterais do prédio.Oficialmente, o objetivo da operação é proteger o patrimônio público e evitar a degradação de bens tombados - muros da faculdade estão pichados e esculturas, deterioradas. Ontem, segunda-feira, dez carros da GCM chegaram a ser posicionadas no largo e no entorno. Segundo o comandante da operação, inspetor José Antonio de Oliveira, os guardas permanecerão no local por tempo indeterminado, e podem migrar para outros pontos do centro. "Esta não é uma ação contra os moradores de rua, mas a favor da proteção do patrimônio histórico. Por isso, pode ser que amanhã, na próxima semana ou mesmo no próximo mês possamos migrar para outros pontos do centro", disse Oliveira, ao comentar a concentração de moradores de rua no Pátio do Colégio.O número de moradores de rua que dormiam todas as noites na frente da Faculdade de Direito aumentou neste ano, com o início da operação policial na cracolândia. Segundo alunos, a ocorrência de furtos e roubos cresceu depois disso, o que justificaria uma ação permanente da Guarda ou mesmo da PM. Mas o apoio à operação não é unânime. Enquanto alguns alunos elogiavam e até agradeciam a presença dos guardas, outros criticavam e ofereciam auxílio a um grupo pequeno de moradores que permanecia nas proximidades. "A nossa convivência é pacífica. Muitos deles nos protegem, caminhando conosco até o metrô", afirmou a universitária Gabriela Guimarães, de 19 anos.Há um ano no local, Elizama Luis Alves, de 28 anos, e o marido Michel Manganelli, de 34, protestavam ontem contra a truculência da guarda. "Estávamos dormindo e fomos acordados com pontapés e gás de pimenta. Muitos nem conseguiram salvar as roupas. Eu mesma perdi meus documentos", reclamou Elizama. "Não precisava dessa violência. Por que não levaram só os que fazem besteira? A maioria é de paz", completou Manganelli.InvestigaçãoO promotor de Direitos Humanos da capital, Alexandre Marcos Pereira, abriu investigação para apurar as circunstâncias da operação e já cogita pedir a suspensão na Justiça. "Temos uma ação civil em andamento contra ações truculentas da GCM. A possibilidade de a corporação levar esse modelo para outras localidades nos preocupa. No Largo de São Francisco, esperaram o feriado para agir quase que na clandestinidade."A Secretaria de Segurança Urbana informou que a GCM foi ao Largo para atender reclamação de pichação do prédio que abriga a faculdade, e é tombado pelos órgãos do patrimônio. Em nota, a pasta disse que os guardas ofereceram abrigo às pessoas em situação de rua, mas foram agredidos. Um deles teria levado uma mordida no braço, comprovada em exame de corpo de delito. A pasta ainda nega a utilização de gás de pimenta e não comenta a migração da operação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, foi ocupado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). A ação teve início às 6h de domingo, quando cerca de 40 moradores de rua foram expulsos da frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Parte do grupo resistiu e houve confronto com guardas-civis. Duas pessoas foram levadas para a delegacia. Em seguida, fitas adesivas isolaram as laterais do prédio.Oficialmente, o objetivo da operação é proteger o patrimônio público e evitar a degradação de bens tombados - muros da faculdade estão pichados e esculturas, deterioradas. Ontem, segunda-feira, dez carros da GCM chegaram a ser posicionadas no largo e no entorno. Segundo o comandante da operação, inspetor José Antonio de Oliveira, os guardas permanecerão no local por tempo indeterminado, e podem migrar para outros pontos do centro. "Esta não é uma ação contra os moradores de rua, mas a favor da proteção do patrimônio histórico. Por isso, pode ser que amanhã, na próxima semana ou mesmo no próximo mês possamos migrar para outros pontos do centro", disse Oliveira, ao comentar a concentração de moradores de rua no Pátio do Colégio.O número de moradores de rua que dormiam todas as noites na frente da Faculdade de Direito aumentou neste ano, com o início da operação policial na cracolândia. Segundo alunos, a ocorrência de furtos e roubos cresceu depois disso, o que justificaria uma ação permanente da Guarda ou mesmo da PM. Mas o apoio à operação não é unânime. Enquanto alguns alunos elogiavam e até agradeciam a presença dos guardas, outros criticavam e ofereciam auxílio a um grupo pequeno de moradores que permanecia nas proximidades. "A nossa convivência é pacífica. Muitos deles nos protegem, caminhando conosco até o metrô", afirmou a universitária Gabriela Guimarães, de 19 anos.Há um ano no local, Elizama Luis Alves, de 28 anos, e o marido Michel Manganelli, de 34, protestavam ontem contra a truculência da guarda. "Estávamos dormindo e fomos acordados com pontapés e gás de pimenta. Muitos nem conseguiram salvar as roupas. Eu mesma perdi meus documentos", reclamou Elizama. "Não precisava dessa violência. Por que não levaram só os que fazem besteira? A maioria é de paz", completou Manganelli.InvestigaçãoO promotor de Direitos Humanos da capital, Alexandre Marcos Pereira, abriu investigação para apurar as circunstâncias da operação e já cogita pedir a suspensão na Justiça. "Temos uma ação civil em andamento contra ações truculentas da GCM. A possibilidade de a corporação levar esse modelo para outras localidades nos preocupa. No Largo de São Francisco, esperaram o feriado para agir quase que na clandestinidade."A Secretaria de Segurança Urbana informou que a GCM foi ao Largo para atender reclamação de pichação do prédio que abriga a faculdade, e é tombado pelos órgãos do patrimônio. Em nota, a pasta disse que os guardas ofereceram abrigo às pessoas em situação de rua, mas foram agredidos. Um deles teria levado uma mordida no braço, comprovada em exame de corpo de delito. A pasta ainda nega a utilização de gás de pimenta e não comenta a migração da operação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, foi ocupado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). A ação teve início às 6h de domingo, quando cerca de 40 moradores de rua foram expulsos da frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Parte do grupo resistiu e houve confronto com guardas-civis. Duas pessoas foram levadas para a delegacia. Em seguida, fitas adesivas isolaram as laterais do prédio.Oficialmente, o objetivo da operação é proteger o patrimônio público e evitar a degradação de bens tombados - muros da faculdade estão pichados e esculturas, deterioradas. Ontem, segunda-feira, dez carros da GCM chegaram a ser posicionadas no largo e no entorno. Segundo o comandante da operação, inspetor José Antonio de Oliveira, os guardas permanecerão no local por tempo indeterminado, e podem migrar para outros pontos do centro. "Esta não é uma ação contra os moradores de rua, mas a favor da proteção do patrimônio histórico. Por isso, pode ser que amanhã, na próxima semana ou mesmo no próximo mês possamos migrar para outros pontos do centro", disse Oliveira, ao comentar a concentração de moradores de rua no Pátio do Colégio.O número de moradores de rua que dormiam todas as noites na frente da Faculdade de Direito aumentou neste ano, com o início da operação policial na cracolândia. Segundo alunos, a ocorrência de furtos e roubos cresceu depois disso, o que justificaria uma ação permanente da Guarda ou mesmo da PM. Mas o apoio à operação não é unânime. Enquanto alguns alunos elogiavam e até agradeciam a presença dos guardas, outros criticavam e ofereciam auxílio a um grupo pequeno de moradores que permanecia nas proximidades. "A nossa convivência é pacífica. Muitos deles nos protegem, caminhando conosco até o metrô", afirmou a universitária Gabriela Guimarães, de 19 anos.Há um ano no local, Elizama Luis Alves, de 28 anos, e o marido Michel Manganelli, de 34, protestavam ontem contra a truculência da guarda. "Estávamos dormindo e fomos acordados com pontapés e gás de pimenta. Muitos nem conseguiram salvar as roupas. Eu mesma perdi meus documentos", reclamou Elizama. "Não precisava dessa violência. Por que não levaram só os que fazem besteira? A maioria é de paz", completou Manganelli.InvestigaçãoO promotor de Direitos Humanos da capital, Alexandre Marcos Pereira, abriu investigação para apurar as circunstâncias da operação e já cogita pedir a suspensão na Justiça. "Temos uma ação civil em andamento contra ações truculentas da GCM. A possibilidade de a corporação levar esse modelo para outras localidades nos preocupa. No Largo de São Francisco, esperaram o feriado para agir quase que na clandestinidade."A Secretaria de Segurança Urbana informou que a GCM foi ao Largo para atender reclamação de pichação do prédio que abriga a faculdade, e é tombado pelos órgãos do patrimônio. Em nota, a pasta disse que os guardas ofereceram abrigo às pessoas em situação de rua, mas foram agredidos. Um deles teria levado uma mordida no braço, comprovada em exame de corpo de delito. A pasta ainda nega a utilização de gás de pimenta e não comenta a migração da operação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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